21 de dez. de 2014

SER CRISTÃO NO SÉCULO XXI

 “Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores”. Mateus 9.13.
OBJETIVO.
Venho tratar neste sermão sobre a relevância de ser e portar-se como um cristão pós-contemporâneo sem omitir os aspectos fundamentais do Evangelho e da fé cristã.
INTRODUÇÃO.
O argumento de nosso sermão parte da seguinte premissa: “Como podemos ser cristãos em pleno século XXI e darmos um testemunho que seja eficaz e relevante para sociedade?”
A humanidade tem passado por importantes transformações no decorrer dos tempos, principalmente na virada deste século conforme profecia de Daniel 12.4.
Tu, porém, Daniel, cerra as palavras e sela o livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará. Dan 12.4
A tecnologia e a ciência evoluíram de forma muito rápida, as quais fazem com que o mundo e suas interações se tornem intensas, ansiosas e globalizadas.
Entretanto, nós pertencemos a essas gerações de transição, nas quais muitas pessoas e instituições se sentem deslocadas porque não conseguem acompanhar os avanços e transformações da atualidade.
Pais se sentem deslocados em relação a seus filhos, anciãos perderam contato em relação aos jovens, profissionais tornam-se obsoletos em sua própria área de trabalho, empresas perdem espaço em meio a competição acirrada do mercado, bem como, a igreja perde comunicação em relação às presentes e vindouras gerações.
Sendo assim despertamos em nós o desejo de reavaliar certas práticas e fazer uma leitura atualizada dos conceitos de nossa “cosmovisão” dentro dos parâmetros da vida cristã sem perder a essência e os fundamentos da autêntica fé bíblica no mundo pós-contemporâneo.
ANÁLISE.
Ora, na verdade, o mundo sempre passou por transformações que causavam conflitos entre gerações; isso não deveria ser novidade; até na época de Jesus a sociedade passava por transformações inovadoras, contudo há de ressaltar que nunca as transformações foram tão abruptas como agora.
Porém, devemos observar o posicionamento de Jesus ante essas transformações e aprender com Ele a fim de que tenhamos um evangelho contextualizado.
Pois, certos comportamentos e tendências podem mudar, mas a essência e mensagem do Evangelho permanecem as mesmas. Observe os seguintes versículos:
Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores. Então vieram ter com ele os discípulos de João, perguntando: Por que é que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não jejuam? Respondeu-lhes Jesus: Podem porventura ficar tristes os convidados às núpcias, enquanto o noivo está com eles? Dias virão, porém, em que lhes será tirado o noivo, e então hão de jejuar. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho; porque semelhante remendo tira parte do vestido, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; do contrário se rebentam, derrama-se o vinho, e os odres se perdem; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam. Mt.9.10-17.
Naquele tempo passou Jesus pelas searas num dia de sábado; e os seus discípulos, sentindo fome, começaram a colher espigas, e a comer. Os fariseus, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos estão fazendo o que não é lícito fazer no sábado. Ele, porém, lhes disse: Acaso não lestes o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros? Como entrou na casa de Deus, e como eles comeram os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem a seus companheiros, mas somente aos sacerdotes? Ou não lestes na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa? Digo-vos, porém, que aqui está o que é maior do que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não condenaríeis os inocentes. Mt.12.1-7.
Penso que, Jesus ao citar em ambos episódios acima sobre o livro de Oséias 6.6; Ele queria muito mais do que dar fundamentação bíblica ou justificar seu procedimento, mas trazer um novo entendimento que serve como “princípio de coerência” e interação moral nos comportamentos éticos e cristãos.
Observemos o texto original extraído das mensagens proféticas de Oséias:
Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra. Que te farei, ó Efraim? que te farei, ó Judá? porque o vosso amor é como a nuvem da manhã, e como o orvalho que cedo passa. Por isso os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca os matei; e os meus juízos a teu respeito sairão como a luz. Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. Os.6.3-6.
Nesses versículos, O profeta Oséias aborda certos aspectos dos comportamentos de religiosidade (visto aqui como orvalho passageiro) em contraste ao verdadeiro tema da questão, isto é: “Conhecimento de Deus de forma progressiva que se intensifica tal qual a ilustração da alva que traz luz e revelação; de mesma forma, a ilustração da última chuva que proporciona refrigério e maturidade, o qual leva a um comportamento misericordioso e não ritual”.
Dessa forma, com essa proposição podemos compreender melhor aquilo que Jesus referia nos respectivos episódios.
Dentro do conceito de Jesus sobre o conhecimento de Deus, sua misericórdia e amor pelas vidas humanas, tais gestos de misericórdia e compaixão em busca dos necessitados suplantam todos os gestos rituais de religiosidade.
Corrobora também esse argumento em relação ao posicionamento de Jesus por textos como: A parábola do Bom Samaritano em Lc.10.27-37, confirmado por Isaías 58.2-12. E seguidas referências e afirmações de Is. 29.13.
Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor; Is. 29.13.
Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos anciãos, mas comem o pão com as mãos por lavar? Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim; mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Vós deixais o mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens. Disse-lhes ainda: Bem sabeis rejeitar o mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição. Mc. 7.5-9.
Ora, o que podemos extrair dos ensinamentos de Jesus sobre esse tema é que na maioria dos casos, o conhecimento de Deus e sua misericórdia produz compaixão que leva a reconciliação; contudo os conhecimentos sobre religiosidade produz discriminação que proporciona a condenação e o juízo que afastam as pessoas de Deus.
Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo. Tg. 2.13
Sendo assim concluímos o pensamento que o conhecimento de Deus deve ser inclusivo e restaurador, ao contrário dos atos de religiosidade que segregam as pessoas de Deus.
Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Tg. 3.13-17.
APLICAÇÃO.
Desta forma, em nosso comportamento, nós devemos reavaliar tudo aquilo que pode afastar as pessoas de Deus e impedi-las de alcançar o Evangelho. Tais procedimentos necessitam de uma reforma tanto no setor clérigo, como na igreja e na atitude dos membros em relação a si mesmos e aos perdidos.
  • A Inovação deve começar pelos sacerdotes: mudança de perfil (informal, descontraído, acessível), vestimenta contemporânea, adepto a tecnologia, interação na abordagem social, contextualizado as necessidades do povo.
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porquanto rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Os. 4.6.
1 Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: 2 pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; 3 nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. 4 Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória. 1 Pe.5.1-4.
  • Aplica-se na abordagem eclesial e sua dinâmica de interação e crescimento: A igreja tem acompanhado algumas transformações e tendências sociais, todavia, parece não haver uma avaliação precisa sobre quais fenômenos sociais ela deve seguir ou não; assim ela adota tanto bons padrões quanto ruins.
na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Romanos 8:21
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. 2 Coríntios 3:17
O que é bom: Ao mesmo tempo que a igreja inovou no tocante a adoração com uma musicalidade contemporânea, bem como suas abordagens na cura interior, batalha espiritual, critérios de excelência, qualidade no serviço e estratégias de crescimento tornando-se compatível as realidades cotidianas.
O que é ruim: Da mesma forma, ela absorve certas influências sociais que causam prejuízo ao bem-estar do próprio membro como: permissividade mundana, uma postura de sexualidade liberal e o anarquismo da fé (cabe aqui uma observação pessoal).
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gálatas 5.13.
Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. 1 Coríntios 8.9.
Bem como, prejuízo para própria igreja por meio da implementação de sistemas de aplicação tecnicista ou estratégias de crescimento mediante: pragmatismo, números, resultados, estética, exigência e mais valia extraordinária (Is.58.3). Cujos sistemas nos escrúpulos seculares subjugam os filhos de Deus a escravos de metas e programas no afã da liderança ostentar suas vaidades e caprichos ou sustentar suas inseguranças pessoais e finanças através de uma igreja de supraestrutura erigida em “nome do crescimento do reino”.
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Gálatas 5.1.
Tal qual a igreja, assim a sociedade de uma forma geral caminha para o pragmatismo e sua atribuição de valores cuja ênfase enaltece ao materialismo, ao consumo, os resultados e a estética sem indagar a real importância ou relevância disso ante valores maiores como a vida, a peculiaridade e relacionamento interpessoal.
A imposição desse sistema frio e técnico suprime a riqueza dos sentimentos humanos, toli a liberdade de expressão e sua espontaneidade. O qual sufoca anseios e sentimentos daqueles que são absorvidos a um sistema. Tal situação desencadeia no medo de sermos enquadrados nisso e assim perdermos nossa identidade, ou nosso valor como indivíduo ou peculiaridade única criada por Deus.
A suma desse tópico é que a igreja deve avaliar bem a implementação ou dinâmica dos procedimentos para não corroer com aquilo pelo qual ela mesma foi chamada e estabelecer comportamentos válidos para seu propósito integral.
  • Deve se instruir o povo em uma nova abordagem evangelística: O Reino de Deus é estabelecido na maturidade de consciência através do amor e alegria contagiante não sob jugo de religiosidade; isto é: Você não deve fazer as coisas porque o pastor manda ou sua religião proíbe, mas porque você tem consciência da vontade de Deus e por amor quer fazer o que lhe agrada.
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Jo.13.35.
Todas as vossas obras sejam feitas em amor. 1 Co.16.14.
Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Rm.14.15.
Repare que segundo a teologia de João, guardar os mandamentos não é algo impositivo ou imperativo, mas observância de “uma prática de amor” quer os tornam agradáveis, leves e acessíveis.
Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são penosos; 1 Jo. 5.2,3.
O Evangelho em sua essência significa “boa notícia” e não notícia de condenação. As pessoas devem aceitar o evangelho por amor a Deus e por reconhecimento de sua bondade e não pelo medo do tormento que a virá anunciado pela condenação da religiosidade segregadora.
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. 1 Coríntios 6.12.
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. 1 Coríntios 10.23.


CONCLUSÃO.
Logo, cabe a nós, nessa época, fazermos uma retrospectiva e avaliarmos nosso comportamento para saber se temos sido religiosos ou autênticos cristãos que promovem um amoroso evangelho contextualizado as necessidades desta presente geração.
APELO.
Quantos querem aceitar a Jesus como Senhor e Salvador?

Quantos querem se propor a anunciar um evangelho contextualizado sem jugos de religiosidade?

7 de set. de 2014

A SAGA DO TEMPLO

 “10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. 11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. Mlq.3.10-12”.
OBJETIVO.
Venho tratar neste sermão sobre a história e os fatores que levaram Davi a querer construir um templo para Deus no monte Moriá e quais foram os benefícios disso.
INTRODUÇÃO.
Malaquias tinha em mente algo considerado muito importante quando escreveu esses versículos acima exposto, a saber, a importância de ter o Templo, seu histórico e a necessidade de sua reconstrução para que fosse liberada a benção de Deus e a repreensão do devorador.
Destarte, temos que entender o histórico do Templo em Jerusalém e sua saga aitiológica para que possamos compreender com profundidade a importância do templo para benção do povo de Israel; pelo menos a importância do primeiro e segundo templo. Pois existiram três templos em Jerusalém: O Templo no período de Salomão (em torno de 970 a.C.), O Templo no período de Esdras ( por volta de 530 a.C.), O Templo de Herodes aproximadamente 30 d.C.) e o quarto, o qual está para ser construído, conforme profecia de Ezequiel; Ez.40ss.

HISTÓRICO.
  1. O contexto histórico anterior – a motivação de construir o templo:
A história começa quando Davi dispõe a trazer a arca da aliança de Bete Semes até Jerusalém para que pudesse glorificar a Deus ali e adorá-lo continuamente.
Então, Davi, com todo o Israel, subiu a Baalá, isto é, a Quiriate-Jearim, que está em Judá, para fazer subir dali a arca de Deus, diante da qual é invocado o nome do SENHOR, que se assenta acima dos querubins. 7 Puseram a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro. 8 Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus, com todo o seu empenho; em cânticos, com harpas, com alaúdes, com tamboris, com címbalos e com trombetas. 1 Cr.13.6-8.
Também estabeleceu os levitas na Casa do SENHOR com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do SENHOR, por intermédio de seus profetas. 2 Crônicas 29:25
A primeira tentativa de trazer a arca deu errado porque Deus desaprovou o modo filisteu de leva-la. Mas, na segunda tentativa, Davi trás a arca da aliança no modo certo.
Então, disse Davi: Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o SENHOR os elegeu, para levarem a arca de Deus e o servirem para sempre...13 Pois, visto que não a levastes na primeira vez, o SENHOR, nosso Deus, irrompeu contra nós, porque, então, não o buscamos, segundo nos fora ordenado. 14 Santificaram-se, pois, os sacerdotes e levitas, para fazerem subir a arca do SENHOR, Deus de Israel. 15 Os filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus aos ombros pelas varas que nela estavam, como Moisés tinha ordenado, segundo a palavra do SENHOR. 1 Cr.15.2;13-15.
Davi resolve colocar a arca da aliança em um tabernáculo no monte Sião, na cidade de Davi.
Ao entrar a arca da Aliança do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi dançando e folgando, o desprezou no seu coração. 1 Cr.15.29
Não apenas satisfeito de ter trazido a arca para abençoar a si e a todo povo de Israel, Davi despertou a generosidade em seu coração pelo interesse em construir um templo que pudesse expressar a magnitude de Deus.
1 Sucedeu que, habitando Davi em sua própria casa, disse ao profeta Natã: Eis que moro em casa de cedros, mas a arca da Aliança do SENHOR se acha numa tenda. 2 Então, Natã disse a Davi: Faze tudo quanto está no teu coração, porque Deus é contigo. 1 Cr.17.1,2.
Todavia, veio da parte do Senhor a resposta de Deus acerca de um templo para si e quanto a disposição de Davi em construir esse templo.
Porém, naquela mesma noite, veio a palavra do SENHOR a Natã, dizendo: 4 Vai e dize a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR: Tu não edificarás casa para minha habitação; 5 porque em casa nenhuma habitei, desde o dia que fiz subir a Israel até ao dia de hoje; mas tenho andado de tenda em tenda, de tabernáculo em tabernáculo. 6 Em todo lugar em que andei com todo o Israel, falei, acaso, alguma palavra com algum dos seus juízes, a quem mandei apascentar o meu povo, dizendo: Por que não me edificais uma casa de cedro? 7 Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tomei-te da malhada e de detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o meu povo de Israel. 8 E fui contigo, por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos de diante de ti e fiz grande o teu nome, como só os grandes têm na terra. 9 Prepararei lugar para o meu povo de Israel e o plantarei para que habite no seu lugar e não mais seja perturbado; e jamais os filhos da perversidade o oprimam, como dantes, 10 desde o dia em que mandei houvesse juízes sobre o meu povo de Israel; porém abati todos os teus inimigos e também te fiz saber que o SENHOR te edificaria uma casa. 11 Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. 12 Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre. 13 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti. 14 Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre. 15 Segundo todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi. 1 Cr.17.3-15

  1. O contexto histórico imediato: O Sinal sobre qual lugar edificaria o templo.
Assim, Davi ficou agradecido a Deus pelo fato de saber que seu filho construiria e que Deus lhe firmaria uma dinastia eterna que se cumpre com a vinda do messias em sua descendência. Todavia, ocorre um enredo que define o local para construção do Templo no Monte Moriá. Observe:
Esse episódio começa quando Davi em seu senso do orgulho faz um senso do número de guerreiros em Israel.
1 Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel. 2 Disse Davi a Joabe e aos chefes do povo: Ide, levantai o censo de Israel, desde Berseba até Dã; e trazei-me a apuração para que eu saiba o seu número. 3 Então, disse Joabe: Multiplique o SENHOR, teu Deus, a este povo cem vezes mais; porventura, ó rei, meu senhor, não são todos servos de meu senhor? Por que requer isso o meu senhor? Por que trazer, assim, culpa sobre Israel? 1 Cr.21.1-3.
Tal senso foi uma ofensa a Deus, portanto, seria escolhido um castigo por tal ato pecaminoso, assim Davi escolhe ser disciplinado pelo Senhor.
13 Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do SENHOR, porque são muitíssimas as suas misericórdias, mas nas mãos dos homens não caia eu. 14 Então, enviou o SENHOR a peste a Israel; e caíram de Israel setenta mil homens. 1 Cr.21.13-14.
Ora, e, meio ao castigo veio a misericórdia de Deus em lugar específico, isto é, na eira de Ornã, lugar mais alto e ao norte de Jerusalém antiga.
Enviou Deus um anjo a Jerusalém, para a destruir; ao destruí-la, olhou o SENHOR, e se arrependeu do mal, e disse ao anjo destruidor: Basta, retira, agora, a mão. O Anjo do SENHOR estava junto à eira de Ornã, o jebuseu. 1 Cr.21.15.
O MAPA.
A questão que nos surge a mente é porque Deus resolve parar o castigo justamente naquele lugar? Para que responsamos isso, nós temos que entender um histórico ainda mais antigo, isso é, do pacto de Deus com Abrão e a importância de se edificar um altar.


  1. O contexto histórico antepassado: A importância de se edificar uma altar.
Por um bom tempo em sua vida, Abraão peregrinava entre o deserto do Negueve e a futura cidade de Betel e em cada lugar ele erigia um altar ao Senhor e invocava seu nome e tinha experiência com um de seus nomes e atributos: Observe a experiência com o atributo de Deus chamado em hebraico de “EL”.
2 Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. 3 Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, 4 até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do SENHOR. Gn.13.2,4.

Quando Abraão peregrinou em Berseba, ele teve a experiência de erigir um altar e invocar o atributo do Deus Eterno “EL ‘OLAM”.
Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o nome do SENHOR, Deus Eterno. Gn.21.33.
Todavia, foi no Caminho dos Carvalhais de Manré em Hebrom (Gn.13.18) que ele teve a experiência com o atributo de Deus Todo-Poderoso que se revela como “EL SHADDAY” Gn.17.1.
18 E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR. Gn.13.18

1 Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito. Gn.17.1
Também Abrão teve o conhecimento de uma cidade chamada Salém (o qual é Jebus: futura Jerusalém) cujo sacerdote chamado Melquisedeque sai ao seu encontro para abençoá-lo com a experiência do atributo de Deus Altíssimo “ELION”.
18 Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; 19 abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; 20 e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo. Gn.14.18-20.
Dali, Abraão tem o entendimento do que é um sacerdote sobre sua vida e da importância de contribuir com a parte do Senhor lhe entregando os dízimos. O Novo Testamento nos dá referência disso.
1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, 2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; 3 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente. 4 Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. Hb.7.1-4.


Passado algum tempo Deus prova a Abraão em seu maior desafio para edificar um altar e fazer sacrifício daquilo que era mais importante.
1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! 2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. 3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. Gn.22.1-3.
Assim, Abraão sai de Berseba crendo no “DEUS ETERNO”, passa por Hebrom sabendo que DEUS É TODO-PODEROSO, toma direção a Efrata (Belém) e segue o CAMINHO por Jebus e a Moriá encontrar-se com DEUS ALTÍSSIMO. Circula o vale de Refain (Vale da Sombra dos Mortos) e contorna o Vale de Hinon (Vale do Desespero) e deixa seus moços Gn.22.4-5. (Js.15.8)
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. 5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Gn.22.4-5

... e as suas saídas estarão do lado de En-Rogel. 8 Deste ponto sobe pelo vale do Filho de Hinom, do lado dos jebuseus do Sul, isto é, Jerusalém; e sobe este limite até ao cimo do monte que está diante do vale de Hinom, para o ocidente, que está no fim do vale dos Refains, do lado norte. 9 Então, vai o limite desde o cimo do monte até à fonte das águas de Neftoa... Js.15.7b, 8,9a.

Abraão deve escolher entre dois caminhos e dois vales, isto em alegoria é:
Ou sobe ao oriente pelo vale de Cedrom (Vale da Escuridão e das Cinzas) ou sobe por outro vale ao ocidente [Vale Tiropeão] que atravessa por Selá (Siloé – Fonte das águas) que dá direção mais ampla a distante Neftoa (Abertura das Águas) ao extremo noroeste de Jerusalém. Pois é pela direção desse último vale que Abraão sobe na expectativa de que Deus é a fonte de toda vida, eternidade, poder e soberania, por isso proverá para si um holocausto ainda que dos mortos tenha que ressuscitar.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. 7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.

17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. Hb.11.17-19.
Abraão circula o Monte Sião a Ocidente e margeia o Monte Ofel subindo ao Monte Moriá , Gn.22.2,9-14. E tem a experiência com o atributo de Deus da provisão “JIRÉH”.
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei... 9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; 10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. 11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! 12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. 13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. 14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá. Gn.22.2,9-14

  1. O retorno ao contexto histórico imediato: A escolha do Monte Moriá.
Agora encontramos o anjo sobre o mesmo monte Moriá (eira de Ornã) que Abrão erigira um altar e Deus se compadecera.
15 Enviou Deus um anjo a Jerusalém, para a destruir; ao destruí-la, olhou o SENHOR, e se arrependeu do mal, e disse ao anjo destruidor: Basta, retira, agora, a mão. O Anjo do SENHOR estava junto à eira de Ornã, o jebuseu. 1 Cr.21.15
Ao saber do paradeiro do anjo Davi tem a disposição para fazer um sacrifício naquele lugar 1 Cr.21.18-25.
18 Então, o Anjo do SENHOR disse a Gade que mandasse Davi subir para levantar um altar ao SENHOR, na eira de Ornã, o jebuseu. 19 Subiu, pois, Davi, segundo a palavra de Gade, que falara em nome do SENHOR. 20 Virando-se Ornã, viu o Anjo; e esconderam-se seus quatro filhos que estavam com ele. Ora, Ornã estava debulhando trigo. 21 Quando Davi vinha chegando a Ornã, este olhou, e o viu e, saindo da eira, se inclinou diante de Davi, com o rosto em terra. 22 Disse Davi a Ornã: Dá-me este lugar da eira a fim de edificar nele um altar ao SENHOR, para que cesse a praga de sobre o povo; dá-mo pelo seu devido valor. 23 Então, disse Ornã a Davi: Tome-a o rei, meu senhor, para si e faça dela o que bem lhe parecer; eis que dou os bois para o holocausto, e os trilhos, para a lenha, e o trigo, para oferta de manjares; dou tudo. 24 Tornou o rei Davi a Ornã: Não; antes, pelo seu inteiro valor a quero comprar; porque não tomarei o que é teu para o SENHOR, nem oferecerei holocausto que não me custe nada. 25 Davi deu a Ornã por aquele lugar a soma de seiscentos siclos de ouro. 1 Cr.21.18-25
A resposta da aceitação divina vem mediante o fogo que cai do céu e impede a praga destruidora. Daí a entendimento que mediante o sacrifício naquele lugar Deus responde a oração, abençoa e impede o devorador.
26 Edificou ali um altar ao SENHOR, ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos e invocou o SENHOR, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto. 27 O SENHOR deu ordem ao Anjo, e ele meteu a sua espada na bainha. 1 Cr.21.26-27.
Logo, Davi entende que este local é consagrado para edificar o templo do Senhor. Observe o texto abaixo:
28 Vendo Davi, naquele mesmo tempo, que o SENHOR lhe respondera na eira de Ornã, o jebuseu, sacrificou ali. 29 Porque o tabernáculo do SENHOR, que Moisés fizera no deserto, e o altar do holocausto estavam, naquele tempo, no alto de Gibeão. 30 Davi não podia ir até lá para consultar a Deus, porque estava atemorizado por causa da espada do Anjo do SENHOR. 1 Disse Davi: Aqui, se levantará a Casa do SENHOR Deus e o altar do holocausto para Israel. 1 Cr.21.28-30 e 1 Cr.22.1

Desta forma, Davi dispõe de seus próprios recursos para auxiliar na construção do Templo embora não fosse ele o construtor do Templo. 1 Cr.28.2-7. 1 Cr.29.1-3.
2 Pôs-se o rei Davi em pé e disse: Ouvi-me, irmãos meus e povo meu: Era meu propósito de coração edificar uma casa de repouso para a arca da Aliança do SENHOR e para o estrado dos pés do nosso Deus, e eu tinha feito o preparo para a edificar. 3 Porém Deus me disse: Não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra e derramaste muito sangue. 4 O SENHOR, Deus de Israel, me escolheu de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse eu rei sobre Israel; porque a Judá escolheu por príncipe e a casa de meu pai, na casa de Judá; e entre os filhos de meu pai se agradou de mim, para me fazer rei sobre todo o Israel. 5 E, de todos os meus filhos, porque muitos filhos me deu o SENHOR, escolheu ele a Salomão para se assentar no trono do reino do SENHOR, sobre Israel. 6 E me disse: Teu filho Salomão é quem edificará a minha casa e os meus átrios, porque o escolhi para filho e eu lhe serei por pai. 7 Estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar ele em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje. 1Cr.28.2-7.

1 Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o SENHOR Deus. 2 Eu, pois, com todas as minhas forças já preparei para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, prata para as de prata, bronze para as de bronze, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira; pedras de ônix, pedras de engaste, pedras de várias cores, de mosaicos e toda sorte de pedras preciosas, e mármore, e tudo em abundância. 3 E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo quanto preparei para o santuário: 1 Cr.29.1-3
ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
Nesse sentido, agora nós podemos entender o discurso do profeta Ageu e o valor que o mesmo dava a reconstrução do Templo, pois ele foi um profeta que viu o Templo de Salomão e sua destruição e a reconstrução do Templo de Esdras.
3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. Ag.1.3-8.

APLICAÇÃO: BENEFÍCIOS DE ABENÇOAR A RESTAURAÇÃO OU CONSTRUÇÃO DE UM TEMPLO.
  1. PROSPERIDADE: Ag.2.3-9; 18-19.
3 Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos? 4 Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o SENHOR, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o SENHOR, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos; 5 segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. 6 Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; 7 farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o SENHOR dos Exércitos. 8 Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos. 9 A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos...18 Considerai, eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo do SENHOR, considerai nestas coisas. 19 Já não há semente no celeiro. Além disso, a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei.

  1. POR ASEGURARMOS A CASA DE DEUS, DEUS CONFIRMA NOSSA CASA.
11 Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. 12 Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre. 13 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti. 1 Cr.17.11-13.
  1. DEUS REPREENDE A PRAGA DEVORADORA. Mlq.3.10ss.
10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. 11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Mlq.3.10,11.


CONCLUSÃO.
Assim, somos estimulados a auxiliar na reparação de nosso local de culto público, não somente porque amamos a casa de Deus, mas porque também somos abençoados.
Oração de Davi 1 Cr.29.10-17.
10 Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante a congregação toda e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. 11 Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. 12 Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. 13 Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. 14 Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. 15 Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência. 16 SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da tua mão e é toda tua. 17 Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente. 1 Cr.29.10-17
APELO.

Quantos querem ser auxiliadores nessa tarefa de reparar ou construir a casa do Senhor?