14 de dez. de 2016

AS CINCO CIDADES


1 Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. 3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. 5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Ap.21.1-5.

OBJETIVO.

Venho tratar neste sermão sobre certos distúrbios ocorridos no meio evangélico em nossa contemporaneidade, não somente neste meio, mas em todo contexto religioso, os quais têm moldado e condicionado para um comportamento religioso tornando pesado o jugo das pessoas.  

INTRODUÇÃO

A referência do texto áureo acima, existe uma correlação entre a cidade da Nova Jerusalém e a noiva do Cordeiro que representa a Igreja.
Contudo, existem modelos de cidades que aludem a modelos de igrejas edificadas por homens que servem mais a interesses humanos do que a Cristo. Vejamos alguns exemplos bíblicos de grandes cidades e suas características religiosas em oposição ao modelo de Igreja Noiva de Cristo.

NÍNIVE

MINISTÉRIOS ONDE O HOMEM ESTÁ EM EVIDÊNCIA ACIMA DE DEUS.

Nínive é uma das primeiras cidades citadas no livro de Gênesis. Como metrópole, faz alusão a um sistema eclesial que visa enaltecer a celebridade, ou seja, trata-se da CELEBRAÇÃO DO LÍDER COMO PERSONALIDADE. Observe sua história e compreenderás que ela foi edificada sobre esse fundamento.
8 Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. 9 Foi valente caçador diante do SENHOR; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do SENHOR. 10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. 11 Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá. 12 E, entre Nínive e Calá, a grande cidade de Resém. Gn.10.8-12.
Gênesis 10: 8-11 diz: "Cuxe (Neto de Noé) gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra. Foi valente caçador diante do Senhor; daí dizer-se: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. O princípio de seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar. Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá”. Então de acordo com a Bíblia Ninrode edificou Nínive.

CARACTERÍSTICAS DE NÍNIVE

Os palácios de Nínive eram cobertos de esculturas em baixo-relevo, representando cenas de batalhas e da vida cotidiana dos assírios. Pelo que restou deles e da biblioteca (foram recuperadas cerca de 20.000 tabuinhas da sua famosa biblioteca) sabemos muito da história desse grande Império. A mais antiga observação do planeta foi realizada em pelo menos dezessete séculos a.C. São as observações de Bel, escritas em caracteres cuneiformes encontrados em tábuas nas ruínas de Nínive, que contêm também um livro totalmente dedicado ao planeta Marte.
Nínive também é citada no Livro de Naum. "Cerca de 100 anos após Jonas o povo de Nínive esqueceU de Deus e de suas regras e volta a ser mau. Naum profetiza que Nínive será totalmente destruída, o que acontece em 50 anos".. Os babilônios, os citas e os medos sitiaram Nínive. Inundações repentinas corroeram as muralhas e os agressores romperam suas defesas. (Naum 2:6-8) A ex-poderosa cidade logo virou um montão de ruínas. Até hoje Nínive permanece desabitada.
A política externa assíria era conhecida por sua brutalidade para com os inimigos. Em muitos casos, atos de selvageria por parte do império assírio foram empregados com o fim de persuadir seus inimigos a se entregarem sem luta. Registros escritos da época demonstram o temor dos povos adjacentes ao terror assírio.

O MINISTRO E SUA VISÃO EXPANSIONISTA E SUA INFLUÊNCIA NO GOVERNO.

2 Reis 15:29  Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a Ijom, e Abel-Bete-Maaca, e a Janoa, e a Quedes, e a Hazor, e a Gileade, e à Galiléia, e à toda a terra de Naftali, e os levou para a Assíria.
Assim, os relevos que destacava-se nos muros descreve as crueldades de Tiglate-Pilezer sobre seus oponentes, bem como seus atos heróicos com leões, etc. Tal procedimento serve para causar admiração as pessoas que entravam na cidade e reconhecê-lo como personalidade.
Assim como em Nínive, tem muitos líderes que levanta monumentos para si, altares e ministérios suntuosos para seu próprio ego! Existem ministérios que exaltam a si mesmos e não a Deus! O primeiro nome que aparece é o do líder, do grupo de louvor, e não de Jesus. São altares com degraus, que elevam o homem, a sua pessoa, o seu ministério. Altares cuja CELEBRAÇÃO É A PERSONALIDADE. Desta forma, onde está Jesus nestes altares?

DEIFICAÇÃO VERSUS ENDEUSAMENTO DO LÍDER.

Há uma clara distinção entre religião e o cristianismo, todas as religiões trabalham com o propósito de divinizar o ser humano em seu reencontro (religare) com Deus ou com o divino.
Enquanto que o cristianismo é a humanização de Deus através do verbo que se fez carne e habitou entre nós. Fala de um Deus que se compadece e condescende de nossas fraquezas, pois se tornou homem de dores, como nós, e conhece como nós o sofrimento sendo Deus Emanuel.
No sentido bíblico, Deus espera que sejamos a imagem e semelhança de Jesus, tendo a ele como modelo, isso é chamado de forma teológica pelos patriarcas de “deificação”, contudo, o que as celebridades buscam é um aspecto amplo da divinização, ou quase um endeusamento, isso é muito perigoso!
O problema de toda atividade religiosa que procura divinizar o homem é que para que tal coisa aconteça, a mesma precisa aguçar as questões dos caprichos. Nestas exacerbações da auto exigência é que se manifesta os distúrbios da neurose, mania, extravagâncias e outros. Porém, tais atividades da vaidade do líder não trazem genuíno cristianismo, só agrega mais religiosidade a um povo faminto por Deus. São como águas que não podem satisfazer.
12 Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o Senhor. 13 Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas. Jr.2.12,13.
Talvez você indague: “Qual o  problema com mais religiosidade?” Observe os texto abaixo:
10 Porque o Senhor derramou sobre vós o espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, que são os profetas, e vendou a vossa cabeça, que são os videntes. 11 Toda visão já se vos tornou como as palavras de um livro selado, que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não posso, porque está selado; 12 e dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não sei ler. 13 O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, Is.29.10-13.
As únicas coisas que trazem o cristianismo verdadeiro é o conhecimento da Palavra, o relacionamento genuíno com Deus através do amor e de uma motivação correta.
Assim, o modelo de Igreja que celebra uma personalidade não condiz com a Palavra de Deus porque constitui uma espécie de veneração cujo centro da Igreja não Cristo, e sim como o líder é ungido ou bonzão em Deus!

BABEL

MINISTÉRIOS ONDE A ESTRUTURA ESTÁ EM EVIDÊNCIA ACIMA DE DEUS.

1 Ora, em toda a terra havia apenas uma linguagem e uma só maneira de falar. 2 Sucedeu que, partindo eles do Oriente, deram com uma planície na terra de Sinar; e habitaram ali. 3 E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. 4 Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra. 5 Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam; 6 e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. 7 Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro. 8 Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da terra; e cessaram de edificar a cidade. 9 Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela. Gn.11.1-9.
Babel é igualmente uma das primeiras cidades citadas no livro de Gênesis. Como metrópole, faz alusão a um sistema eclesial que visa enaltecer a estrutura e os feitos humanos e que acaba por escravizar pessoas. Observe sua história e compreenderás que ela foi edificada sobre esse fundamento.
Babilônia foi edificada por Ninrode (Gn 10.9-10). Esse Ninrode era chamado de poderoso caçador (caçador de almas e não gerador de filhos).  O objetivo desta cidade era tornar célebre o nome de homens, à custa do povo e centralizar o poder nas mãos de poucos (Gn 11.4 - para que não sejamos espalhados).

A CIDADE CONSTRUÍDA POR TIJOLOS

Esta cidade também fora edificada por tijolos, no lugar de pedras. O nome Babel significa confusão: e o resultado disto é que Deus espalhou os filhos dos homens sobre a superfície da terra.
O tijolo trata sobre padrão, representa a tentativa para colocar as pessoas dentro de uma forma, a  mecanização da obra,  todo  aquele  que  não  tem  a  medida  certa  é  lançado  fora (todos  devem ser iguais).  Este  padrão  gera  confusão, pois produz competição,  exigência,  cobrança,  crítica  e legalismo; assim, onde entra o controle total do homem, não há liberdade para o Espírito Santo.
Babel com seu zigurate, uma torre monumental ou cultual era feito de tijolos, o qual, a intenção era chegar até Deus, não para adorá-lo, mas para ser como Deus, ou seja, uma idolatria! O altar feito de tijolos seria semelhante aquele que adora, prega, fala igual ao seu líder ou ídolo musical, tenta entrar na presença de Deus por imitação de outrem. Isto é abominável à Deus! Para que esta cidade fosse edificada com tijolos, havia jugo e escravidão. Os tijolos eram confeccionados em palha e barro, precisa ser manuseado, depende do homem, não mais de Deus.
“ Então, saíram os superintendentes do povo e seus capatazes e falaram ao povo: Assim diz Faraó: Não vos darei palha. Ide vós mesmos e ajuntai palha onde a puderdes achar; porque nada se diminuirá do vosso trabalho. Então, o povo se espalhou por toda a terra do Egito a ajuntar restolho em lugar de palha.” Ex 5.10-12.

“ Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,  manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.  Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão;  se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo. Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?  Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio.  Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles.”   I Co 3.12-19
A palha se vê na edificação humana; contudo, a palha se queimará. Somos responsáveis pela edificação da morada do Espírito – onde Deus terá liberdade plena. Deus quer estar numa igreja que não seja edificada sobre palha nem feno, isto é, por estratégias humanas que só fazem tornar o homem mais religioso. Deus quer estar numa igreja edificada por aquilo que é divino, por mais que passe o fogo, tal venha purificar a obra e não destruí-la. Devemos vigiar e orar para não estarmos trocando os elementos e os materiais da construção divina.
Babel nos lembra do mundo (Gn 11); hoje o sistema econômico do mundo está para edificar uma nova Babel, a Babel do anticristo; todo o sistema metodológico do mundo visa à implantação de uma cidade (um modelo de vida neobabilônico). Todavia satanás intenta edificar uma cidade nos padrões babilônios.
Tal qual a velha Babel, a Babilônia propunha ser uma imitação da Nova Jerusalém, havia um rio que entrava na cidade em contraste com o rio de Deus que sai da cidade; suas portas eram de bronze, mas as portas de Jerusalém são peroladas; suas ruas eram nas cores do arco-íris, porém na Nova Jerusalém, a glória do Senhor ilumina a cidade. Assim, percebemos que o diabo através da religião sempre procurará imitar a Deus.

O PRINCÍPIO DE DEUS É SEMPRE ESPALHAR

O princípio de Deus é sempre espalhar (constatado na ação de semear) e o princípio do homem é sempre centralizar. Os homens já sabiam que o propósito de Deus era povoar a terra quando Ninrode edificou Babel. Todavia, o que disseram: (Gn.11.4 “para que não sejamos espalhados sobre a face de toda terra”). Assim, muitas igrejas não querem cumprir o principal propósito da igreja: espalhar famílias sobre toda a terra, através de missões, mas querem centralizar o poder numa cidade.
No entanto, as pessoas certamente serão espalhadas! A questão é: De que maneira elas serão espalhadas? O que não explode um dia irá implodir! Estas torres humanas algum dia terão que cair. O problema é que quando as torres humanas caírem tais poderão trazer confusão, isto será um espalhar sem propósito! Devemos, portanto, traçar alvos para que este envio não seja com confusão e sim com propósito.

QUANDO BABEL ESCRAVIZA PESSOAS

Bem como, prejuízo para própria igreja por meio da implementação de sistemas de aplicação tecnicista ou estratégias de crescimento mediante: pragmatismo, números, resultados, estética, exigência e mais valia extraordinária (Is.58.3). Cujos sistemas nos escrúpulos seculares subjugam os filhos de Deus a escravos de metas e programas no afã da liderança ostentar suas vaidades e caprichos ou sustentar suas inseguranças pessoais e finanças através de uma igreja de supraestrutura erigida em “nome do crescimento do reino”.
Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Gálatas 5.1.
Quando determinada instituição cumpre sua função como igreja ou quando ela vai além e se torna uma religião? Quando ela deixa de cumprir seu papel de servir a Deus e a sociedade e passa a exigir serviço a si, tornando se controladora e opressora. Exemplo: O comunismo, o Estado e a sociedade.
O poder seja qual for sua forma sempre que executado de modo autoritário sem dar escolha a empatia tende a se tornar tirano. A religião se fundamenta por meio do medo e consequente punição. Pessoas religiosas têm medo ou são proibidas de abordar certos assuntos sob uma penalidade ou punição.
A crueldade da religiosidade se encontra quando procede daquela ameaça de que fizer isso, ou deixar de fazer aquilo outro, então perde a salvação, pois a salvação encontra se nessa instituição. Ora, a verdadeira fé reside não na coibição do pensamento, mas na obediência consciente fundamentado no amor e no entendimento do que é Graça.
30 Então, os homens daquela cidade disseram a Joás: Leva para fora o teu filho, para que morra; pois derribou o altar de Baal e cortou o poste-ídolo que estava junto dele. 31 Porém Joás disse a todos os que se puseram contra ele: Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por ele contender, ainda esta manhã, será morto. Se é deus, que por si mesmo contenda; pois derribaram o seu altar. 32 Naquele dia, Gideão passou a ser chamado Jerubaal, porque foi dito: Baal contenda contra ele, pois ele derribou o seu altar. Jz.6.30-32.
O medo enaltece a regra, enquanto a graça enaltece o relacionamento e a consciência. O medo subjuga, mas não educa, a consciência educa.

O CUIDADO COM A ECLESIOLATRIA

  1. Entendimento do tempo espiritual de cautela que a igreja brasileira vive.
  2. Lidar com a euforia causada pela liderança e pelos membros provocada pelo bom estado de ânimo da igreja ou pelo maníaco senso de urgência estabelecidos por eles e pela religião.
  3. Assimilação que servimos a Deus e não a igreja. Não devemos permitir que a vida eclesial substitua a vida com Deus tornando-se nosso ídolo.
  4. Focar meu tempo de comunhão para adorar a Deus e não fazer da igreja meu ídolo (eclesiolatria).
  5. Não permitir que pensamentos sobre igreja consuma vigor, mas investir em Deus minha paixão e devoção.
  6. A rigidez conceitual e discursiva dada mediante a exigência ao longo do desenvolvimento tende a conduzir pessoas ou para o mesmo padrão conceitual rígido ou para o oposto disso, ou seja, para total falta de fronteiras conceituais como se isto representasse um desafio a tudo que a pessoa viveu debaixo de regime opressor na infância, isto é, a rigidez excessiva de conceitos leva a polarização dos pensamentos.
Quando tratamos desse assunto , não significa que devemos ser polaristas a ponto de irmos a outro extremo e deixarmos de cultuar a Deus no vínculo com uma igreja, tal qual faz alguns que deixaram de congregar.
Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima. Hebreus 10:25
Isso significa que nós devemos deixar de ser meninos na fé e tornar maduros em nossa relação com Deus.
para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, Efésios 4.14-15.
Tal comportamento só expressa imaturidade e mágoa nessa tomada de decisão.
Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos. 1 Coríntios 14:20
Mas tomar decisão coerente e equilibrada que expressa maturidade na resolução desses conflitos religiosos. Assim, devemos nos apropriar de nosso esclarecimento e coerência através da Palavra de Deus e fazer da Palavra não apenas um compêndio de informações com o uso para fins religiosos, mas torná-la parte integrante de nossa vida.
Devemos encontrar o fino equilíbrio para servirmos a Deus na igreja, ao invés de ser servo da igreja de Deus, tampouco servir a igreja dos homens. A questão não está em que exista instituições religiosas que vão arregimentar pessoas para seu serviço, tal sempre existiu e sempre ocorrerá. O erro está em eu me permitir no coração a se colocar debaixo desse jugo.
Portanto, devemos encontrar em nossos corações a motivação certa em servir e a quem servir de fato com nossa adoração. É nisso que reside o âmago da questão. Agora, o que devemos fazer?
A solução não está em parar de exercer qualquer serviço ou função, muitos até poderiam pensar que essa fosse a correta alternativa, mas não é! Esse tipo de atitude só demonstraria que temos por hábito tratar nossos medos e ignorâncias com a fuga de situações conflituosas. Logo, o abandono ou inoperância no serviço para Deus não resolve o problema, só complica e deflagra mais a existência de um neurótico sentimento.
A coisa certa a ser feita é calibrar nossa motivação e ajustá-la aos parâmetros da Palavra de Deus a ser exercido em estado de graça.
Servir a Deus não deve ser visto como fardo em nossa Igreja. Devemos fazer as coisas por amor, pois Jesus tira esse fardo. Acima de sermos servos somos filhos. No entendimento dessa revelação, mudamos nossa atitude na nossa comunhão com Ele e mudamos nosso relacionamento como líderes. Quando a Igreja também entende isso, muda o seu relacionamento como corpo.
Onde há muitos servos existe uma empresa! Onde há muitos filhos existe uma família! Se o vínculo de Deus conosco é de senhorio então nosso relacionamento com ele é de empresa se é de amor então somos uma família.
Há pastores querendo ser sábios nesse mundo, por isso não se enquadram naquilo que aparenta loucura nessa edificação de Deus, uma família. Construir uma casa de madeira é evidentemente mais rápido e mais fácil, mas nós queremos edificar uma casa com pedras vivas.

ROMA

MINISTÉRIOS ONDE OS EVENTOS ESTÃO EM EVIDÊNCIA ACIMA DE DEUS.

12 Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes. 13 Aquela que se encontra em Babilônia, também eleita, vos saúda, como igualmente meu filho Marcos. 14 Saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor. Paz a todos vós que vos achais em Cristo. 1 Pe.5.12-14.
Outro tipo de metrópole que representa um sistema religioso é Roma, essa  faz alusão a um sistema eclesial que visa enaltecer eventos e celebrações acima do próprio objeto da adoração que é Deus. Isso ocorre quando a forma e o espetáculo excede o propósito e assim ilude as pessoas com a aparência e estética no lugar do conteúdo.
O problema desse tipo de controle do pensamento é que seu resultado leva a superficialidade, intolerância, a alienação, a qual, na ruptura do tecido da realidade do senso social comum produz esquizofrenia coletiva.
A exemplo disso tem-se o lema do império romano: “Bolo e Circo ou Pão e Circo”!

QUESTÕES DA INTENSIDADE EM CONTRAPOSIÇÃO AO DESFRUTE.

O exemplo do desfrutar um bolo saboroso ou engolir compulsivamente várias fatias de forma consecutiva e não aproveitar o sabor.
8 Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia. Sl.34.8.
A questão é que tais induções dessas atividades tem levado a sociedade e futuras gerações a adquirir um comportamento inclinado para o “Déficit de Atenção e Transtorno de Hiperatividade (DATH). A exemplo disso encontramos “os caça eventos”, isto é, pessoas que vivem a vida cristã só através de eventos e de artistas evangélicos tudo a fim de ostentar uma aparência de sucesso e espiritualidade.
Isto é vivemos a era da Igreja com (DATH). Ou seja, uma igreja emocionalmente doente, superficial com expressões maníacas em sua religiosidade! O engano da intensificação de celebrações religiosas sob pretexto de crescimento espiritual que leva pessoas a mania, a frustração e o esgotamento.

ATIVISMO MANÍACO.

Muitos pensam que por muito praticarem algo, através da intensidade desta atividade, eles estarão agradando mais a Deus. No entanto, a mania exige que determinadas funções que outrora eram satisfatórias, agora não sejam suficientes o que leva a produzir ainda mais e intensificar seu rigor ascético. Observe o que Jesus pensa sobre isso:
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais. Mt.6.7,8.
Da mesma forma, ela absorve certas influências sociais que causam prejuízo ao bem-estar do próprio membro como: permissividade mundana, uma postura de sexualidade liberal e o anarquismo da fé (cabe aqui uma observação pessoal).
Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gálatas 5.13.
Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. 1 Coríntios 8.9.
Tal qual a igreja, assim a sociedade de uma forma geral caminha para a superficialidade, aparência, estética, cuja ênfase enaltece ao materialismo, ao consumo, os resultados sem indagar a real importância ou relevância disso ante valores maiores como a vida, a peculiaridade e relacionamento interpessoal.
A imposição desse sistema frio e técnico suprime a riqueza dos sentimentos humanos, tolhe a liberdade de expressão e sua espontaneidade. O qual sufoca anseios e sentimentos daqueles que são absorvidos a um sistema. Tal situação desencadeia no medo de sermos enquadrados nisso e assim perdermos nossa identidade, ou nosso valor como indivíduo ou peculiaridade única criada por Deus.

VELHA JERUSALÉM

MINISTÉRIOS ONDE O COMÉRCIO ESTÁ EM EVIDÊNCIA ACIMA DE DEUS.

8 e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado. 9 Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados. 10 Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra. 11 Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo; 12 e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram. 13 Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu. Ap.11.8-13.
O último tipo de metrópole secular que representa um sistema religioso é a própria Jerusalém terrena, essa  faz alusão a um sistema eclesial que visa enaltecer o comércio, obtendo da fé grande fonte de lucro. Sem dúvida, é um dos segmentos mais vis de distorção da religiosidade humana. Foi assim no tempo dos profetas e nos tempos de Jesus, é assim na Jerusalém atual e seu comércio religioso, e será quando ela se tornar a Grande Babilônia de Apocalipse.
Penso que um dos fatores porque contribui para alargamento do comércio religiosos tenha haver com a profissionalização em decorrência daquilo que seria chamada ministerial.
É comum percebermos que determinado artista, cantor ou escritor a quem prestigiávamos e que possuía qualidades inspirativas agora, pelo “martelar constante ao longo da dura caminhada” principalmente a cumprir com propostas contratuais tenham caído para mera profissionalização funcional que há muito tempo consumiu sua chamada; cujo cumprimento de propostas contratuais acabam por fazer em público coisas que envergonham o Evangelho.
A necessidade econômica em vender um novo CD ou escrever um livro novo com o propósito de mantê-­lo em “fama” no suprimento de sua estrutura funcional faz da celebridade cristã um subserviente a propósitos explicitamente ​mercadológicos (a genuína motivação de expansão do Reino está longe de ser verdade!).

COMÉRCIO RELIGIOSO COMO MODISMO

Poderíamos atribuir ao acréscimo deste pensamento àqueles que seguem a tendência ditatorial da moda, cujo propósito seja demonstrar que estão atualizados no conhecimento daquilo que circula nas rádios evangélicas, ainda que por propósitos mercadológicos, ou no repertório de igrejas. O fato de várias igrejas passarem a cantar uma música sucesso mercadológico não significa que esta tenha qualidade musical ou profundidade teológica, às vezes, a opinião da maioria não representa a posição de Deus. Assim, a qualidade cede a vez para o mais renome do mercado.
13  O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu,   Isaías 29.13.
Certos cristãos afirmam ser livres, todavia permanecem influenciados por práticas clichês e manipulados como ​massa de manobra​. Sim, deveras! Existe muita manipulação de marketing evangélico e eclesial.
Por falar em “mercado da fé”, observe isso: Muitos acessórios chamados “​reforços de fé​” que são vendidos na forma de “amuletos” evangélicos como “lenços ungidos”, “água benta”, “óleo de Israel”, etc. Os quais visam exploram o reino de forma financeira e comercial.
“2 E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; 3 também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme". 2 Pe.2.2,3.
Exemplo: Shows de cantores com finalidades puramente comercial, comemoração de feriados com finalidade de lucro, eventos cristãos onde se vendem a unção (At.8.9­-23).
“13 Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. 14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; 15 tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas 16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio". Jo.2.13­16.
Cabe a nós exercer o “​binômio profético​”, e como profetas de Deus “​anunciar​” Cristo e seu compromisso com a verdade e “​denunciar​” os erros, ou distorções cometidos em nome do Reino.
"para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade". 1 Timóteo 3.15.

CUIDADO COM A DEMAGOGIA COMERCIAL

Significado de DEMAGOGO. Quem se comporta de maneira interesseira e ambiciosa, visando a manipulação dos interesses populares, através do discurso.
Tal falastrão que se gaba, ilude com fantasia e exorbitância a fim de causar de forma convincente uma boa impressão a outros. Muita bravata e fanfarronice com fins lucrativos e pouco conteúdo espiritual.

UMA MASSA QUE GOSTA DE SER EXPLORADA

Além disso, estamos convictos que as pessoas escolhem sua conduta de vida cristã e até sua congregação mais por um critério cultural do que por uma direção do Espírito. Até porque elas não sabem ter direção espiritual para tal, pois na ausência de uma orientação espiritual a cultura assume esta função.
Mas, Deus na sua multiforme sabedoria tolera esta variação cultural para permitir diversidade de igrejas; Talvez sejam os homens que criam igrejas a fim de adaptar a fé a seus ditames culturais, em todo caso, tais pessoas são volúveis, pois são guiadas pela volatilidade da alma subserviente a cultura.

NOVA JERUSALÉM

MINISTÉRIOS ONDE CRISTO ESTÁ EM EVIDÊNCIA.

9 Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; 10 e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, Ap.21.9,10.
Nesta mesma disposição, temos a Nova Jerusalém, a cidade de Pedras vivas. Vejamos:
“Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” 1 Pe.2.4,5
A igreja é formada por pedras vivas, que na expressão idiomática representa pedras lascadas, isto é, aquelas que não foram polidas ou lapidadas e não são iguais umas às outras. Deus nos chamou para sermos filhos, mesmo sendo diferentes dos nossos irmãos. Ele é o sábio arquiteto e como um artista dispõe este quebra-cabeça amalgamando-nos com o Seu amor e Seu Espírito.
Edificando uma casa espiritual, onde Deus e nós nos sentimos em casa.
A Nova Jerusalém não é edificada com tijolos de palha, mas com ouro, prata e pedras preciosas (Ap.21.11,18). Seu muro é alaranjado como jaspe, tem as portas das doze tribos; ou doze principais famílias (Ap.21.12).
“e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel...  A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido. Os fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de pedras preciosas.” Ap.21.10-12;18,19a
Embora seja uma cidade; tal é constituída como família de Deus, pois é a Igreja, a noiva e esposa do Cordeiro (Ap.21.2-9); esta é sua base familiar.  No tabernáculo de Deus (Ap.21.3) não seremos escravos de um sistema;  mas, filhos (Ap.21.7) constituindo a família perfeita.
Por isso devemos dar liberdade ao Espírito Santo. Limitá-Lo é colocá-Lo em um determinado espaço do tamanho de nossa visão (tamanho de um tijolo) e ditarmos como o Espírito deve agir. Ele é o Senhor! Sua é a igreja!  A morada pertence a Deus.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.

Além do aspecto existencial e contemporâneo entre a analogia de "águas vivas" como representação do operar do Espírito Santo em nosso ser; existe igualmente, uma conotação literal e escatológica da manifestação do rio de águas vivas (correntes) que fluirá na Nova Jerusalém representando de forma simbólica o Espírito Santo que trás cura para Israel e a humanidade, a “verdadeira água da vida” que fluirá do rio de Deus na Jerusalém celestial, a qual representa a plena ação do Espírito Santo em curar e restaurar todo ser humano para que tenha acesso à Nova Jerusalém e se alimente da árvore da vida.  
Assim, o rio terreno é um símbolo profético do que será o espiritual! Desta forma, Deus anuncia um grande derramar do Espírito sobre seu povo.
1 Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. 2  No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Ap.22.1-2.

PASSOS PARA RECEBER ESTE FLUIR DE ÁGUAS VIVAS

Portanto, o conceito acerca do fluir de águas da vida é representado tanto numa manifestação pessoal quanto numa promessa coletiva sobre o grande operar do Espírito Santo no ser humano. O qual espera que cheguemos a ele e peçamos para que ele venha derramar do fluir de suas águas em nossos corações.
pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. Apocalipse 7:17  
Assim, nosso Senhor Jesus Cristo tem o propósito de nos guiar a presença do Espírito Santo para que recebamos Seu refrigério e sejamos plenamente curados a fim de que cumpramos com Sua vontade.
Todavia, isto depende de quanta sede nós temos para chegar diante da presença de Deus e pedirmos desta água da vida.  
Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. Apocalipse 21:6  

CONCLUSÃO.

Logo, através de todas estas analogias acerca das cidades, as quais, Deus espera que nos acheguemos a ele e possamos desfrutar de sua presença gloriosa, não como uma metrópole secular, mas como a Noiva do Cordeiro.
Assim, em concordância ao seu chamado, nós igreja, estendemos este convite solene para que bebamos todos das fontes de água da vida.
O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida. Apocalipse 22:17.

13 de nov. de 2016

CONFIANÇA EM DEUS

1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura ferir-me; e me oprime pelejando todo o dia. 2 Os que me espreitam continuamente querem ferir-me; e são muitos os que atrevidamente me combatem. 3 Em me vindo o temor, hei de confiar em ti. 4 Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer um mortal? 5 Todo o dia torcem as minhas palavras; os seus pensamentos são todos contra mim para o mal. 6 Ajuntam-se, escondem-se, espionam os meus passos, como aguardando a hora de me darem cabo da vida. 7 Dá-lhes a retribuição segundo a sua iniqüidade. Derriba os povos, ó Deus, na tua ira!
8 Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro? 9 No dia em que eu te invocar, baterão em retirada os meus inimigos; bem sei isto: que Deus é por mim. 10 Em Deus, cuja palavra eu louvo, no SENHOR, cuja palavra eu louvo, 11 neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem? 12 Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus; render-te-ei ações de graças. 13 Pois da morte me livraste a alma, sim, livraste da queda os meus pés, para que eu ande na presença de Deus, na luz da vida.

OBJETIVO

    O objetivo desse sermão é através da experiência de Davi esclarecer como o medo pode afetar nosso comportamento e discernimento.
FUNDO HISTÓRICO
    Todo Salmo começa com termos indicativos, os quais, na tradução, são colocados como subtítulos indicativos acima do primeiro versículo; porém, na versão hebraica, tais são considerados como versículo primeiro.
Essas notas explicativas são muito importantes porque algumas descrevem certas informações acerca do fundo histórico do salmo em questão. Nesse sentido, essa nota indicativa é bastante relevante.
    Portanto o texto indicativo no Salmo 56 descreve assim: “Ao mestre do canto. Segundo a melodia “A pomba nós terebintos distantes”. Hino de Davi, quando os filisteus o prenderam em Gate.
    Ora, o que isso significa? E que relevância trará ao conhecimento do Salmo 56? Observe que “ao mestre do canto” representa uma indicação ao dirigente da adoração da forma como ele deveria adorar a Deus. A descrição da melodia “ A pomba nos terebintos distantes” trata além da forma de melodia ou estilo musical, um aspecto espiritual e emocional com o qual Davi se deparava naquela ocasião.
Desta forma, o texto indicativo é muito importante, pois revela que o sentimento de Davi expressava era de medo e desespero, tal qual, uma pomba que foge de uma situação tribulosa e busca refúgio num carvalho que está longe da área de perigo! A pomba relata as aspirações e sentimentos da alma do adorador. Observe como Davi retrata a si mesmo quando descreve suas emoções de forma pormenorizada no salmo anterior:
1 Dá ouvidos, ó Deus, à minha oração; não te escondas da minha súplica. 2 Atende-me e responde-me; sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado, 3 por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois sobre mim lançam calamidade e furiosamente me hostilizam. 4 Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam; 5 temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim. 6 Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso. 7 Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto. 8 Dar-me-ia pressa em abrigar-me do vendaval e da procela. Sl.55.1-8.
    No entanto, o terebinto distante representa uma forma peculiar de carvalho encontrado no Oriente Médio. Esse carvalho representa a segurança da divindade; por exemplo, foi embaixo de um carvalho que Deus apareceu a Abrão (Gn.18.1), é comum encontrarmos personagens bíblicos buscando refúgio em carvalho como ilustração de amparar sua fé e confiança em Deus, observe o exemplo de Abraão e seus carvalhos de Moré, em Siquém (Gn.12.6); e os carvalhais de Manre em Hebrom (Gn.13.18). Da mesma forma, Jacó se santificou desfazendo-se dos ídolos e colocando-os embaixo de um carvalho (Gn.35.4), bem como, sepultando seus mortos, tanto nos carvalhais de Manre, quanto nos carvalhais de Betel (Gn.23.17-19; Gn.35.8).
    Contudo, o fundo histórico mais importante é: “Hino de Davi, quando os filisteus o prenderam em Gate”. Porque isso remonta a situação vivencial de Davi que está em 1 Sm.21.10-15; 1 Sm.22.1 e esclarece a razão porque Davi estava com medo.
10 Levantou-se Davi, naquele dia, e fugiu de diante de Saul, e foi a Aquis, rei de Gate. 11 Porém os servos de Aquis lhe disseram: Este não é Davi, o rei da sua terra? Não é a este que se cantava nas danças, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares? 12 Davi guardou estas palavras, considerando-as consigo mesmo, e teve muito medo de Aquis, rei de Gate. 13 Pelo que se contrafez diante deles, em cujas mãos se fingia doido, esgravatava nos postigos das portas e deixava correr saliva pela barba. 14 Então, disse Aquis aos seus servos: Bem vedes que este homem está louco; por que mo trouxestes a mim? 15 Faltam-me a mim doidos, para que trouxésseis este para fazer doidices diante de mim? Há de entrar este na minha casa? 1 Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele.
Observe que Davi já estava com medo; e de forma recorrente, fica com mais medo ainda, no momento em que percebe que poderia ser assassinado em Gate, cidade dos filisteus.
Diante de tais circunstâncias, só existem três caminhos: Ou fica louco e anda como andarilho nas portas e praças; ou se esconde numa caverna semelhante a de Adulão e entra em depressão; ou fortalece sua confiança em Deus pela adoração de sua Palavra e invocação de seu poderoso nome. Davi, portanto, escolheu a última delas.

ANÁLISE

    Agora vamos interpretar o Salmo 56 por meio de uma tradução livre e ver o que ele tem a ensinar:
1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque procura ferir-me o homem; e me oprime pelejando todo o dia. 2 Querem ferir-me os que me apertam como inimigo todo dia; e são muitos os que altivamente me combatem. 3 No dia que eu temer, hei de confiar em ti. 4 Em Deus, eu louvo sua palavra, Em Deus está a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o carnal? 5 Todo o dia as minhas palavras eles torcem; contra mim são todos os seus pensamentos para o mal. 6 Ajuntam-se, escondem-se, espionam os meus passos, como aguardando a hora de darem cabo da minha alma. 7 Dá-lhes a retribuição segundo a sua iniqüidade. Na tua ira, derriba os povos, ó Deus!
8 Escreveste (contar) os meus passos...; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas (inscritas) no teu livro? 9 Então tornarão para trás os meus inimigos no dia em que eu te invocar; isto eu sei: que Deus é por mim. 10 Em Deus, eu louvo a palavra, em Yahwéh, eu louvo a palavra, 11 Em Deus está a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem? 12 Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus; render-te-ei ações de graças (ofertas pacíficas de gratidão). 13 Pois livraste minha alma da morte, sim, livraste os meus pés da minha queda, para que eu ande junto na presença de Deus, na luz da vida.
    O que se deve compreender é que esse texto em hebraico reflete uma linguagem poética, que se dá por “paralelismo de membros” daí, a repetição para demonstrar intensidade de sentimentos. Portanto, observe algumas repetições dadas de forma intencional.
    Ó Deus, ou em Deus” que representa invocação! repetido nove vezes no salmo e indica que o salmista constantemente clamava a Deus. “Todo o dia ou no dia”, repetido por quatro vezes, representa os conflitos diários daquele que está em tribulação espiritual e emocional. Assim, a pessoa em conflito deve diariamente enfrentar suas batalhas emocionais. A ameaça dos “inimigos” filisteus, descrita no salmo por cinco vezes, de várias formas, causavam angústia, aflição e aperto.
“O medo ou temor” é descrito por três vezes e revela o supra sentimento do “medo da morte” que jaz profundo no âmago da questão, era velado e agora manifesto por meio das constantes ameaças provocados pela angústia, aflição e aperto.

CARACTERÍSTICAS SOBRE O MEDO

Davi tinha medo de ser machucado tanto emocionalmente quanto de forma física (v.2). Davi tinha medo que a arrogância dos homens maus pudesse prejudicá-lo (v.2). Davi tinha medo acerca de como os outros pensavam a respeito dele e de como isso podia dar má reputação (v.5). Davi tinha medo da perseguição (v.6). Davi tinha medo da injustiça dos malfeitores (v.7). Davi tinha medo de cair na vida e desgraça (v.13) e por isso temia a morte (v.13).
Existe em cada pessoa um mecanismo de defesa, que é acionado toda vez que ela se sente ameaçada no quesito da sua sobrevivência e isso provoca medo.
DESCRIÇÃO DE MEDOS:
Medo de haver confronto, a exemplo das censuras que podem produzir nas pessoas uma reação de auto-justificação e não de arrependimento que repercute no medo de não ser aceito.
Da mesma forma, a quebra de planejamentos e a sensação de ameaça quando tudo começa ou parece dar errado e provoca ameaça a sensação de segurança e planejamento que proporciona medo das situações se descontrolarem gerando  sentimento de frustração e inutilidade derivada pela crise de desvalia.
Aliado a isso, pode-se constatar o medo causado pelas preocupações financeiras que trazem ameaça a tranquilidade, as quais geram irritação, principalmente quando são descobertas de surpresa, ou são tomadas de surpresa em qualquer situação conflitante. Tais provocam mais medo pelo excesso de demanda de problemas que gera uma responsabilidade salvífica e torna a pessoa ainda mais controladora, pois essa tem medo da perda. Esse medo provoca saudosismo e apego às tradições como oposto a evitar situações inovadoras que pode levar a perda do controle.
Tais repetições dessas questões acima corroboradas com velhos medos que não foram devidamente curados ou proporciona mais traumas e provoca hipersensibilidade no mecanismos de defesa do indivíduo.
No entanto devemos pensar da seguinte forma:
Por que a preocupação e o medo com essas coisas? Isso tem a ver com sentimento de falta de aceitação ou insegurança, medo de perder algo importante que pode me fazer falta, dificuldade em lidar com a perda, medo das coisas saírem do controle e prejudicarem, assim geram nervosismo e ansiedade.

TIPOS DE MEDO.

Temores internos, nervosismo, estresse, aspectos do susto, o estar ou andar assustado, pavor, tribulação, perturbação, agitação... Podem ser derivados das questões do medo não resolvido de forma adequada.
Sendo assim, urge fazer um mapeamento desses medos, isto é, há que identificar as raízes do medo e suas origens para que se estabeleça uma estratégia de enfrentamento dos medos e suas mazelas.

APLICAÇÃO PASTORAL

Contudo, a resposta para esses conflitos se encontra na restauradora sentença afirmativa de Davi: “Em Deus, eu louvo a palavra, em Yahwéh, eu louvo a palavra, Em Deus está a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?” Essa sentença foi repetida de forma enfática como um remédio para os conflitos interpessoais e interiores.   
E de fato assim o é; pois, essa sentença afirmativa é profundamente esclarecedora e revigorante! Vamos desfrutá-la com mais intensidade.
Em Deus, eu louvo a palavra…” Existe duas expressões significativas: O louvor que liberta e cura as feridas e conflitos da alma e a Palavra que tem poder de restauração.

O LOUVOR QUE LIBERTA.

Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores. Tiago 5:13
31 Porque com a voz do SENHOR será apavorada a Assíria, quando ele a fere com a vara. 32 Cada pancada castigadora, com a vara, que o SENHOR lhe der, será ao som de tamboris e harpas; e combaterá vibrando golpes contra eles. Is.30.31,32.
    Sim, quando se louva a Deus, tal pessoa expele seus males, como afirma o ditado: “Quem canta os males espanta!”

O RECITAR A PALAVRA.

    Doutra sorte, a confissão da Palavra de Deus é poderosa ferramenta para expulsar o medo e os conflitos emocionais. Observe isso:
Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. Salmos 138:2
A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra… A minha alma, de tristeza, verte lágrimas; fortalece-me segundo a tua palavra… O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica. Salmos 119:25,28,50.
Assim, imagine o poder restaurador que há quando se confessa a Palavra de Deus na forma de declarações, pronunciamento, decretos e profecia!

A INVOCAÇÃO DO NOME DE DEUS.

Em Deus, eu louvo a palavra, em Yahwéh, eu louvo a palavra…”
    Davi obteve vitória porque aprendeu de forma triunfante a utilizar o louvor, a Palavra e o Nome de Deus serve como antídoto para enfrentar os problemas.
Prostrar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra. Salmos 138:2
Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam. Sl.9.10.
Agora, pense se você juntar as três ações: “o louvor”, “a Palavra” e o “Nome de Deus” em concordância para a cura da alma e extração do medo! Foi isso que Davi fez.   
Rendei graças ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas. Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR. Buscai o SENHOR e o seu poder; buscai perpetuamente a sua presença. Sl.105.1-4.
Graças te rendemos, Ó Deus; graças te rendemos, e invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas. Sl.75.1
Comece agora, a louvar e confessar a Palavra de Deus e a utilizar o nome de Jesus com poder a fim de refutar tudo o que te ameaça!

ONDE DEPOSITAMOS NOSSA CONFIANÇA.

Em Deus está a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?”

MEDITAR NA CONFIANÇA:

A maioria das questões da falta de confiança em Deus é proveniente dos sentimentos vindo de ações que proporcionam medo e ameaça! Por causa disso, deve-se confiar em Deus e despeito das ameaças, manter paz e tranquilidade. Cada pessoa que está madura em Deus deve-se manter calmo e confiante e não se deixar abalar pelo medo.
Agora, sugiro que medite: Onde está a sua confiança? Antes que você responda, permita te informar que suas atitudes e comportamentos já responderam o quanto você é confiante através a  manifestação de sua tranquilidade, calma e assertividade; ou através de seu nervosismo, ansiedade e frustração!

ORAÇÃO:

Deve-se orar e repreender esses medos e temores no entendimento que não é por  capacidade ou força pessoal que a pessoa vence esses conflitos; mas através da graça e favor de Deus.

AMOR PATERNAL DE DEUS:

Sua confiança deve estar alicerçada na Paternidade Divina e em seu amor por ti!
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Rm 8:14-17.
Entender como o perfeito amor lança fora todo medo. Pelo amor que você tem por Jesus, e seu recíproco amor por ti; assim você deve sentir e ter confiança que ele cuidará de todas as ameaças. Isso deve ser em tal intensidade que produza gratidão pelo seu cuidado.

CONCLUSÃO

Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se reanimou no SENHOR, seu Deus. 1Sm 30:5,6
Da mesma forma com que Davi se fortaleceu no Senhor seu Deus, assim você deve se reanimar nEle e buscar seu refúgio e esperança.
3 Em me vindo o temor, hei de confiar em ti. 4 Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer um mortal? 10 Em Deus, cuja palavra eu louvo, no SENHOR, cuja palavra eu louvo, 11 neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem? 12 Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus; render-te-ei ações de graças… Sl.56.3,4,10-12.

APELO

    Quantos querem reafirmar sua confiança em Deus e refutar o medo?