17 de jan. de 2016

A LINGUAGEM DE DEUS


“1 Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. 2  Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. 3  Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; 4  no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, 5  o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. 6  Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor… 14  As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” Sl.19.1-6,14.

OBJETIVO.

Este sermão trata acerca da linguagem espiritual e como ela é superior a linguagem racional. Vindo a expressar nas mais variadas formas proféticas e artísticas.

INTRODUÇÃO.

Quanto a Bibliologia; A manifestação da Glória de Deus através da natureza é uma linguagem fundamentada na revelação geral divina, da qual, todo ser humano está cônscio de sua existência. Observe o texto:
17  visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. 18  A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; 19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20  Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; Rm.1.17-20.
Assim, o salmo 19, em todo seu conceito, pode ser contemplado tanto por sua linguagem poética e artística quanto por uma linguagem profética que anuncia o poder de Deus, sua sabedoria e atributos.

DEFINIÇÕES.

No tocante a revelação específica;Jesus é o verbo de Deus! (Jo.1.1)
Ele não apenas é a palavra escrita ou oral, mas representa a linguagem de Deus (Jo.14.6). Jesus Cristo é a totalidade do processo e da manifestação do que podemos afirmar como Palavra de Deus (Jo. 1.14; Hb.1.3).
Ele é a palavra em seu desenvolvimento mais preliminar desde a inspiração (Jó.35.10) e motivação de um pensamento quando a mesma se encontra em seu estágio inicial (Fp.2.13).
Ele é o pensamento que passa pela elaboração do raciocínio, na construção de um conteúdo, do argumento, permeia o aspecto do sentido na palavra e de sua razão formando a sabedoria de Deus (Pv.9.1ss). Sim, Cristo é a  sabedoria personificada! (1 Co.1.24)
O logos chega em seu processo ao campo da articulação quer seja na transcrição ou locução e oralidade como “logos” (Jo.1.1) e “rhema” (Rm.10.17) no grego, como “dabhar” e “milah” em hebraico; assim como uma “interjeição”, “sentença” ou “oração”  divina, executa as mais variadas formas de expressão em sua linguagem que decreta a ação, na qual, a mesma Palavra em seu conceito se propõe como verbo de Deus (Is.55.11).
Assim podemos afirmar que Deus comunica sua vontade e propósitos tanto pela revelação geral, o qual é sua criação, quanto por meio da revelação particular através de sua Palavra, e por fim, através de seu filho, Jesus.
Contudo, isso representa as mais variadas formas de linguagem pela qual Deus quer comunicar sua vontade ao ser humano.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.

A linguagem do Espírito.
10  Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo; nenhum deles, contudo, sem sentido. 11  Se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala; e ele, estrangeiro para mim… 22  De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e sim para os que crêem. 1 Co.14.10,11,22.
Ora, o Espírito Santo e o espírito humano não estão condicionados e tão pouco podem se circunscreverem as leis do intelecto. Pois a linguagem do Espírito e a linguagem da fé sobrepuja a linguagem da razão.
Mesmo a linguagem da razão não é de todo competente para compreender a totalidade da linguagem do espírito. Sendo assim, não devemos permitir que essa mesma razão torne-se tirana, seja arbitro e por fim, o deus de nossa fé.
Permita-me explicar algumas coisas que Deus em ensinou em minha experiência de oração.
Por muitas vezes, eu quis que Deus pudesse se comunicar comigo em uma linguagem audível e em português, minha língua mater. No entanto, não lograva êxito da forma como eu esperava. Por essa razão, estabeleci um propósito de oração contínua até Deus falar comigo sobre esse assunto. Foi então que Deus me ensinou a convergir à linguagem dEle, não o condicioná-lo para que Ele se comunicasse exclusivamente através de minha linguagem.
Foi por meio de uma visão de vulcão, na qual, conseguia enxergar tanto com os olhos naturais, quanto contemplar com os olhos espirituais; assim vendo ao mesmo tempo o natural e espiritual (Nm.22.31, 24.3) que compreendi que deveria eu me conformar a linguagem de Deus e não o contrário.
Compare desta forma, se quisermos migrar para um país, temos que aprender o idioma oficial daquele país (1 Co.14.11). Assim, se quisermos alcançar o mundo espiritual temos que falar sua linguagem espiritual!
Ora, o que são os dons? Senão uma maneira do Espírito Santo nos presentear com dádivas que nos habilita a se comunicar com a linguagem espiritual. Assim, a linguagem profética do Espírito Santo vem através de seus dons, sinais e símbolos (1 Co.14.22).
10. pedindo sempre em minhas orações que, afinal, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião para ir ter convosco. 11. Porque desejo muito ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos; 12. isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado em vós pela fé mútua, vossa e minha. Rm.1.10-12.
Compare esse argumento de linguagem profética com a linguagem com o qual foi nos presenteado o livro do Apocalipse e seus símbolos proféticos, se um ser humano tentar interpretar o apocalipse na linguagem meramente racional, o mesmo ficará frustrado ou terá uma interpretação distorcida.
13  Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. 14  Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15  Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 1 Co.2.13-15.
Portanto, dentro da linguagem da fé, da linguagem profética e espiritual existe muitas maneiras de se comunicar o Evangelho, em seu signo e significado!
19 ACRÓSTICOS DA LINGUAGEM DA FÉ: Todas essas linguagem abordam em comunicação da fé a alcançar o ser humano em sua forma integral, isto é, em seu espírito (compungimento, contrição, consternação, comiseração, confissão, conversão e comunhão) na sua alma (com consideração, compreensão e convicção intelectual; comoção, compaixão, consentimento, confiança, consolo e contentamento emocional, conforto e convencimento, confirmação volitivos) bem como o corpo, não apenas sua razão.

PASSOS PARA ASSIMILAR ESSE CONHECIMENTO.

A Comunicação Integral do Evangelho.
O Evangelho precisa ser comunicado além das palavras, podemos usar todas linguagens para o alcance dos perdidos. Sim, a mensagem de Deus precisa ser comunicada em todos os sentidos para o pleno cumprimento de seu propósito, a proclamação do Evangelho.
Pois é necessário que a linguagem seja integrada e condizente. Isto é, a linguagem corporal e visual deve estar em concordância com as palavras. Exemplo de concordância e de discordância:
  • O palhaço e o pregador religioso.
  • O testemunho do bebedor inveterado.
Que tipo de Evangelho temos anunciado: O da “religião” ou da “Boa Notícia”? Nossa conduta através da palavra do Evangelho deve ser com a linguagem do amor e não com a linguagem da religião!
  • Quem prega a Palavra provocando e evocando medo e condenação anuncia somente religião e opressão. Lc. 9.54-56.
  • Quem proclama a Palavra com amor salvador anuncia Jesus e o Evangelho Libertador.
  • Nossa abordagem evangelística não pode ser preconceituosa, elitista, excludente e condenadora; mas, esclarecida, acolhedora e libertadora. Dn. 2.24,47,48; Tg. 2.8,9.
  • O descrente percebe em sua forma de compreender a linguagem quando se prega a Palavra com a linguagem da religião e do desprezo ou quando se anuncia o Evangelho com amor (ele é descrente e não burro).
  • Somos chamados para amar e evangelizar. Evangelismo sem amor é religião.

APLICAÇÃO.

A Utilização das Artes na Proclamação do Evangelho.
Destarte, é válido toda a forma de comunicação e linguagem para transmissão do Evangelho e da Palavra de Deus com amor em seu aspecto profético.
A arte é uma linguagem que pode comunicar o Evangelho mais do que palavras. Bom é que aprendamos a comunicar o Evangelho dentro de um viés artístico.
Desta forma, o artístico é uma poderosa ferramenta na proclamação do Evangelho, quer pela forma literária, quanto de outras formas como: música, dança, teatro, comédia, comunhão, artes visuais, artes plásticas, artes circenses, atos proféticos, etc.

CONCLUSÃO.

Assim, estimulo a todos a dar vazão a arte para manifestação de uma linguagem não apenas cognitivo e racional, mas sensacional, emotiva, bem como, espiritual.
Por isso, comece a falar em novas línguas agora, e sature esta atmosfera e este lugar com a fé esteja aberto para a linguagem que Deus quer comunicar nessa hora, porque Deus irá operar o sobrenatural.

APELO.

Quantos querem fluir na linguagem espiritual e profética?
Quantos querem ter uma proclamação de evangelho exitosa e influente?

FÉ EXPRESSADA PELO AMOR

28 Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os mandamentos? 29  Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30  Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. 31  O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. 32  Disse-lhe o escriba: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele, 33  e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios. 34  Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo. Mc.12.28-34.

OBJETIVO.

Venho tratar neste sermão sobre a importância do cristão expressar sua fé e salvação concedida por Cristo através do amor, pelo qual, Deus outorgou a ele. Nosso objetivo é que você possa ter compreensão do que é corresponder a Cristo com amor, excelência e dedicação, a fim de que Deus seja glorificado através de sua vida.

INTRODUÇÃO.

Desde o momento em que aceitamos a Jesus Cristo, Deus nos desperta um desejo ardente de estar com Ele e servi-lo com todo carinho e atenção. Este afeto surge como reconhecimento e retribuição por todo amor e bondade que Deus expressou através de seu ato misericordioso de perdão e salvação oferecido por Cristo na cruz do calvário.
Deus espera que tudo o que façamos a Ele seja uma expressão de gratidão fundamentada em nosso amor recíproco numa fé atuante voltada para a consciência do que é graça e não por regime da lei.
Desta forma, o amor é a essência de tudo aquilo que rege e tange a fé. O cumprimento da vontade divina está não só nas coisas que fazemos ou deixamos de fazer; mas, principalmente, no quanto de amor depositamos naquilo que fazemos para o Senhor.
8  A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. 9  Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 10  O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. Rm.13.8-10.
Observe, conforme o texto acima, como Deus encerra o regime da Lei através de uma prática que deva ser exercitada em amor.
Portanto, para o cumprimento de Sua vontade não se leva em consideração apenas a eficiência, justiça, bondade ou capacidade; mas, principalmente, a resposta de gratidão que damos àquilo que Deus realizou através de sua graça fundamentada em seu amor.

DEFINIÇÕES.

Este sentimento de gratidão é derivado do entendimento de nosso estado de graça, o qual recebemos de forma imerecida através do amor favorável e soberano de Deus e da obra redentora de Jesus.
Ou seja, essa gratidão começa por um esclarecimento do que é Graça Divina, isto é, do amor imerecido (gratuito) de Deus por nós; assim nos evoca um sentimento de favor e contentamento (fomos agraciados por Ele).
Tal gratidão proporciona amor, contentamento e felicidade em meio a uma sociedade cada vez mais desafetuosa e exigente; mas, quando o cristão persevera em gratidão ele, por fim, redundará em contentamento, felicidade e alegria.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.

    Sim, é por causa desse amor oriundo da gratidão a Deus, fundamentado na Sua graça, que faz com que o cristão seja grato , animado , alegre e descontraído. Um legítimo filho de Deus que serve com uma vida de fé voltada para o voluntariado na consciência dessa mesma graça e não no regime da lei com suas técnicas impositivas de coerção.
Um cristão que ama, está atento, valoriza e se relaciona com as pessoas, que desperta o cuidado, o acompanhamento, o amor fraternal solidário; que valoriza e se relaciona com as pessoas pelo que elas são, não por suas posses, interesses ou desempenho. Que exerce suas atividades de fé não com interesse econômico ou obrigatoriedade; mas, no voluntariado pela graça.
Cujo cristão serve como exemplo para serviço, abnegação, companheirismo e dedicação com uma postura despojada e descontraída, tal qual era Jesus em seu ministério terreno.
Um cristão livre de preconceitos religiosos excludentes, o qual vai ao alcance dos perdidos levando o amor de Deus.

CLASSIFICAÇÃO.

Agora, se você sente dificuldade para ser assim? Isto porque sua vida cristã ainda está mais para um dever religioso e cumprimento da lei do que para um prazer e expressão de alegria em Deus!
Tal esfriamento da essência da fé e da amor rumo a religiosidade pode vir por várias razões.
  1. PELA PERDA IMPERCEPTÍVEL DO AMOR.

Pode vir quando a pessoa deixa de se relacionar com Deus por amor nesse entendimento que está em estado de graça. Assim, por se sentir legitimado como filho, passa a buscar agora os seus direitos e exigir aquilo que doravante era favor. Por conseguinte começa a perder o prazer de estar na presença de Deus e começa a buscá-lo por uma questão de responsabilidade e aparência espiritual.
  1. POR UMA QUESTÃO DE TRANSIÇÃO PARA FIDELIDADE.

Após esse estágio da perda do prazer, surge, portanto, certos questionamentos que vinculam as pessoas a estarem com Deus mais questões de fidelidade; pois, o mesmo passa a se relacionar com Deus num estágio mais de compromisso do que por amor; isto é, mesmo que não haja mais aquele nível da prazer ou amor por Deus, o indivíduo continua a buscar a Deus por um senso de fidelidade.
  1. PELA CULMINAÇÃO NO ASPECTO DE DEVER OU OBRIGAÇÃO QUE RESULTA NA RELIGIOSIDADE.  

Por fim, após contínua permanência em estágio de fidelidade, tal cristão culmina no estágio do dever; ou seja, a pessoa começa a se relacionar e servir a Deus mais por obrigação de moral e de consciência do que por vida, amor e espiritualidade.
Logo, essa busca e ação espiritual, quer seja na comunhão, quer seja na oração, ou no serviço vinculado somente a fidelidade, compromisso, dever e obrigação produz mais religiosidade do que vida com Deus! Oração, serviço e vida de fé sem amor é religiosidade!
Ora quando a pessoa chega nesse estágio de conduzir sua vida de fé por obrigação e desta forma, por religiosidade; tal pessoa necessita procurar saber o que levou a perder esse prazer de estar na presença de Deus e voltar a prática do primeiro amor.
4  Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. 5  Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. Ap 2.4,5.
O amor e prazer de estar em Deus deve ser o genuíno sentimento de todo cristão ardoroso que de fato aceitou a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal. Porventura, se você não tem mais este prazer, então aconselho você a orar, e buscar orientação divina; pois deve estar acontecendo alguma coisa errada em sua motivação espiritual.
Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, 1Jo 5:3  
O amor é mais do que um fim em si mesmo; o amor é um caminho, uma postura de vida, serve como termômetro de nossa dinâmica de vida cristã. Pois estar amadurecidos na fé e na vida cristã é andar e estar aperfeiçoado em amor.
Segui o amor...1Co 14.1a
Todos os vossos atos sejam feitos com amor. 1Co 16:14

PASSOS PARA ASSIMILAR ESSE CONHECIMENTO.

Nossa conduta através da Palavra e por meio do Evangelho deve ser com a linguagem do amor!
Que tipo de Evangelho temos anunciado: O proselitismo da “religião” ou a proclamação da “Boa Notícia”? Nossa comunicação do Evangelho ocorre com a linguagem do amor e não com a linguagem da religião!
  • Quem prega a Palavra provocando e evocando obrigação, medo e condenação anuncia somente religião e opressão. Lc. 9.54-56.
  • Quem proclama a Palavra com amor salvador anuncia Jesus e o Evangelho Libertador.
  • Nossa abordagem evangelística não pode ser preconceituosa, elitista, excludente e condenadora; mas, esclarecida, acolhedora e libertadora. Dn. 2.24,47,48; Tg. 2.8,9.
  • O descrente percebe em sua forma de compreender a linguagem, quando se prega a Palavra com a linguagem da religião e do desprezo, ou quando se anuncia o Evangelho com amor (ele é descrente e não burro).
  • Somos chamados para expressar nossa fé com amor e evangelizar. Evangelismo sem amor é religião.
34  Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 35  Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. Jo.13.34,35.

APLICAÇÃO.

Assim, somos estimulados a falar desse Deus amoroso e reconciliador da forma correta para aqueles que realmente necessitam de Jesus. (2 Co. 5.20). O amor nos faz compartilhar as necessidades uns dos outros, não como obrigatoriedade ou coação, mas por voluntariedade, clemência e gratidão.
Nossa motivação de vida cristã e serviço não podem estar fundamentadas somente na obrigação assumida por um caráter religioso; sobretudo, nossa motivação de vida cristã e serviço devem estar fundamentadas em nosso amor a Deus.
1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2  Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3  E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 1 Co.13.1-3.
Mas tudo o que fazemos deve ser feito tão somente por amor, não esperando receber algo em troca (Ap.4.10,11). E esse amor abnegado e fundamentado pela graça que serve de força propulsora para todas nossas atividades espirituais.
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 1Jo 4:7-10  
O amor a Deus deve ser uma das nossas maiores motivações para fazermos qualquer serviço na casa de Deus; por isso colocamos o amor a Deus como critério básico e principio espiritual que devemos possuir para fazer Sua obra.
A Palavra de Deus nos orienta que o amor é o vínculo de alguém que está aperfeiçoado em Deus, demonstrando que esta pessoa está bem motivada; pois possui um coração puro, uma boa consciência e uma fé não fingida.
“acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.” Cl 3:14
“Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.” 1Tm 1:5
O amor é o ingrediente essencial para fazermos qualquer coisa para Deus, as coisas duradouras só permanecem porque são feitas com amor; Deus só aceita as coisas feitas com muito amor. O que passa disso é religiosidade!
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.”  1Co 13:13
Logo, devemos ser constantes e crescentes nesse amor divino.
“Seja constante o amor fraternal.” Hb 13:1
“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” Ef.4.15,16
“Irmãos, cumpre-nos dar sempre graças a Deus no tocante a vós outros, como é justo, pois a vossa fé cresce sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros vai aumentando,” 2Ts 1:3
  1. O OBJETIVO DE NOSSO SERVIÇO É O AMOR A DEUS.

Deus é a fonte e alvo de nossa devoção e afeto; este amor deve ser constante e cada vez mais intenso. Nós amamos a Deus, porque Ele nos amou primeiro.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rm 5:8
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.  Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” 1 Jo.4.10,19
2. DEVEMOS SERVIR AMANDO OS IRMÃOS.
Se amamos a Deus com todo nosso ser e devoção, então é compreensível que devamos servi-lo com este mesmo amor e devoção, amando os irmãos ao realizarmos a sua obra.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.” 1 Jo.4.7,8,11,12
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Jo 13:35
O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Rm 12:9, 10  
“e o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco,” 1Ts 3:12

3. OS BENEFÍCIOS DE VIVER E  SERVIR A DEUS COM AMOR

Quando servimos a Deus com amor; Ele nos galardoa por nossa disposição nos abençoando com vários privilégios, vejamos:


3.1. Perdão,

“Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.”1Pe 4:8

3.2. Recompensa,

“Todos os vossos atos sejam feitos com amor.” 1Co 16:14
“Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos.” Hb 6:10
“Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada.” 1Co 9:17

CONCLUSÃO.

    O intuito desse sermão é conduzí-los ao propósito original da vida cristã que é o aumento da comunhão e do amor a Deus. Porque se você ama alguém então você vai querer estar sempre com Ele.

APELO.

Quantos querem crescer em sua consagração, intimidade e comunhão com Deus?

10 de jan. de 2016

JESUS E A ORAÇÃO

“9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10  venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; 11  o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; 12  e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; 13  e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” Mt.6.9-13.






OBJETIVO.

Venho tratar neste sermão sobre a oração estabelecida através do modelo, no qual, Jesus entendia e se comportava.


INTRODUÇÃO.

Penso que o modelo mais apropriado para estabelecermos como forma de vida de oração se encontra no exemplo em como Jesus entendia e fazia como culto de oração a Deus.
Sem dúvida, Jesus é o melhor exemplo de alguém que possuía uma vida de oração eficaz. Portanto, nós vamos observar alguns fatores nas orações utilizadas por Jesus em seus exemplos e ensinamentos. Vamos permitir que Jesus nos ensine a orar bem!
1 De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. 2  Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; 3  o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; 4  perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação. Lc.11.1-4.
Que esta venha ser nossa petição nesse dia!


DEFINIÇÕES.

Primeiro passo nesse entendimento é descobrir “o que é oração para Jesus”?  Segundo a compreensão de Jesus, qual é “a verdadeira finalidade da oração”?
Ao repararmos os textos que ele comenta sobre oração, observamos que a trata para muitas finalidades. Sobretudo a mais importante é que “oração é uma forma íntima de se comunicar com o Pai”.  
Sobre esse aspecto todos os outros propósitos da oração visa fortalecer esse primeiro! Isto é, a oração visa estreitar nossa relação de comunhão, fidelidade, experiência e compromisso com Deus e qualquer coisa que seja utilizada a oração deve cumprir com essa finalidade elementar.


ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.

    A questão é que existem muitos propósitos para oração, as vezes, executamos esses propósitos secundários e desviamos da principal função da oração que é aproximar laços de relacionamento com o Pai.
Sobre esse aspecto, Jesus critica severamente esses comportamentos errados em relação ao propósito original da oração. Observe:
“5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. 6  Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 7  E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. 8  Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”. Mt.6.5-8.


CLASSIFICAÇÃO.

Mas por que nos desviamos do principal propósito da oração? E o que nos leva a desviar nossa atenção disso?
Observe o contexto no qual Jesus passou a ensinar sobre oração:
  1. Os homens procuram recompensa nas orações, numa espécie de “toma lá da cá” para com Deus. Mt.6.5. (Deus não aceita barganhas espirituais em troca de oração).
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores. Mateus 21:13.
  1. Os homens oram para se auto afirmarem em sua espiritualidade. Mt.6.5.
10  Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11  O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12  jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13  O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14  Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado. Lc.18.10-14.
O propósito da busca pela unção.
  1. Os homens repetem suas orações porque pensam que estão dobrando a vontade de Deus aos moldes de suas vontades. Mt.6.7.
24  Daí retribuir-me o SENHOR, segundo a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos, na sua presença. 25  Para com o benigno, benigno te mostras; com o íntegro, também íntegro. 26  Com o puro, puro te mostras; com o perverso, inflexível. 27  Porque tu salvas o povo humilde, mas os olhos altivos, tu os abates. Sl.18.24-27.
    A oração não muda Deus, mas tem poder para gerar mudança em nossos corações.
36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; 37  e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38  Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39  Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. 40  E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41  Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42  Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43  E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44  Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45  Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46  Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima. Mateus 26.36-46.
  1. Os homens oram para atenuar suas ansiedades. Fp.4.6,7.
A princípio a ansiedade não é em si um problema, observe que Jesus buscou Deus na sua angústia; o problema é quando essa ansiedade se torna crônica ou doentia podendo afetar a forma como oramos a Deus.
Observe como “a ansiedade” é tema central do argumento de Jesus quando Ele ensina sobre a oração:
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? 26  Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? 27  Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? 28  E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29  Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30  Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? 31  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; 33  buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34  Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Mt.6.25-34.
Assim, através das ansiedades e vãs repetições, nós podemos definir alguns tipos de oração, cuja motivação não agrada a Deus. Mt.6.7.
  1. Os desvios de atenção ao foco principal.
  2. Oração promovida por ansiedade e desespero. Mt.6.25.
  3. O problema da falta de aceitação (rejeição) na oração. Mt.6.25,26.
  4. A autocomiseração ou autopiedade na oração. Mt. 6.16.
  5. A questão do recebimento por mérito e esforço (justiça própria) na oração. Mt. 6.28.
  6. O medo de não sermos atendidos que provoca incredulidade. Mt.6.30.
  7. A indução da compulsividade na oração. Mt.6.7 (síndrome do botão de elevador).
  8. A indução da mania na oração. Mt.6.7.
“Deus não age em nosso desespero, mas em nossa confiança. Quando você começa a confiar, Deus começa a agir!”


PASSOS PARA ASSIMILAR ESSE CONHECIMENTO.

Uma premissa verdadeira:
“Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”. Mt.6.8.
    “Ora, se Deus já sabe de antemão o que necessitamos; então, por que o pedimos?”
porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. Filipenses 2.13
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, Efésios. 3.20.
Deus, em sua presciência, permite que peçamos a Ele não porque ele desconheça o caso; mas, para fazer disso razão ou pretexto para buscar sua presença. Lembra-se do pão cotidiano: Ora porque devemos pedir o pão de cada dia, se bastasse pedir o pão semanal… Porque isso atrai comunhão!
Quanto ao aspecto da importunação:
1 De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. 2  Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; 3  o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; 4  perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação.
5  Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, 6  pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. 7  E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; 8  digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade.
9  Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 10  Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. 11  Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? 12  Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? 13  Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem? Lc.11.1-13.
Observe o contexto e reconhecerá que Deus atende orações por ser amigo, não por ser importunado!
Quando importunamos alguém, em outras palavras estamos afirmando que: Tal pessoa não é competente para fazer aquilo que foi pedido! Ou, talvez não acreditamos que ela seja capaz de fazer aquilo; Ou queremos dobrar a vontade dessa pessoa por incomodação e molestamento. Agora, se uma pessoa começa a importunar alguém, corre o risco do mesmo deixar de ser seu amigo. Pois, ninguém gosta de ser importunado, quanto mais Deus!
A importunação no sentido de dobrar a vontade de Deus, não é outra coisa, senão, insujeição a soberania divina.
Observe outro texto sobre importunação:
1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: 2  Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. 3  Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. 4  Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; 5  todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. 6  Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. 7  Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? 8  Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra? Lc.18.1-8.
Note que esse juiz iníquo não pode ser comparado com Deus, isso porque Deus não pode ser iníquo. Logo a questão aqui não é de comparação, mas no tocante ao  fazer justiça.

Observe que a ação de Deus é no tocante a iniquidade que os outros praticam contra nós, assim a ênfase à oração, não é para mudar Deus, mas para mudar aquele outro que praticou iniquidade contra nós. A Bíblia diz que “depressa” Deus faz justiça! Existem questões onde por fatores externos ou do livre arbítrio de outras pessoas, nas quais, justiça pode demorar a ser trabalhada. Contudo, Jesus afirma que a demora pode gerar esmorecimento na fé (v.18). Logo essa oração não pode ser promovida em ansiedade, mas em fé.


APLICAÇÃO.

Como deve ser uma oração:
“9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10  venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; 11  o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; 12  e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; 13  e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” Mt.6.9-13.
  1. A oração deve ser de rendição e entrega. (Adoração).
41  Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42  Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. Mt. 26.41,42.
  1. Oração deve ser para revelar a intimidade e segredos. Mt. 6.6.
E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. Mateus 14:23  
  1. Oração deve ser para abrirmos nossos corações em fé.
Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. Marcos 11.24  
  1. Ora, se a oração serve para estreitarmos nossa comunhão com Deus, logo, quanto mais oramos, mais sentimos vontade de orar.
Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Lucas 6.12
Se você sente dificuldade para orar é porque a oração para você ainda é um dever e não um prazer!
O esfriamento na oração pode vir de várias maneiras.  Pode vir quando a pessoa deixa de orar por amor ou prazer de estar na presença de Deus e começa a orar por uma questão de responsabilidade e aparência espiritual; depois ele começa a orar num estágio mais de compromisso do que por amor;  depois vem o estágio do dever; e, por fim, o faz por obrigação; assim essa oração produz mais religiosidade do que vida com Deus!
Oração sem amor é religiosidade!
Ora quando a pessoa chega no estágio da oração por obrigação; tal pessoa necessita procurar saber o que levou a perder o prazer de estar na presença de Deus e voltar a prática do primeiro amor. Ap 3.1ss


CONCLUSÃO.

    O intuito desse sermão não é ser uma crítica a formas de oração, mas conduzí-los ao propósito original da oração que é o aumento da comunhão e do amor a Deus. Porque se você ama alguém então você vai querer estar sempre com Ele.

APELO.

Quantos querem crescer em sua consagração, intimidade e comunhão com Deus?