28 de ago. de 2011

PROPÓSITOS DA FÉ EM HEBREUS 11


INTRODUÇÃO

Ao iniciarmos a leitura do capítulo 11 de Hebreus nos deparamos com algumas coisas relevantes para sua interpretação. Primeiramente, constatamos que o tema central do capítulo é sobre fé, de fato, o autor quer nos ensinar acerca de muitos aspectos importantes sobre fé. O qual será tema e objeto de nossa ministração.

Em segundo ponto, percebemos que existem quarenta versículos, e estes versículos no livro de Hebreus em seu capítulo 11 possuem uma representação, tais representam o “período de tempo de uma geração”, o “período de uma fase ministerial” ou a “fase de nossa provação terrena”. Ex.: Moisés passou por três períodos de 40 anos, assim: Josué, Samuel, Saul, Davi, Salomão e etc. Então, o número quarenta associado ao tema central do capítulo nos leva a conclusão parcial que existe um tempo para provação e aperfeiçoamento terreno de nossa fé, ou seja, enquanto estivermos neste mundo, poderemos e estaremos sendo provados e aperfeiçoados em nossa fé.

Além de o autor expor sobre o termo fé em aspectos gerais, entretanto, através do discorrimento do assunto ele apresenta elementos e conceitos importantes para compreensão e assimilação pormenorizada do tema fé. O autor de Hebreus destaca vários pontos concernentes a fé como: conceitos, a atuação da fé, a aprovação por ela, transmissão e transferência da mesma e sua recompensa. Assuntos que haveremos de aprender através deste sermão:


1.      CONCEITOS SOBRE FÉ

1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam a convicção de fatos que se não vêem... A fé esta relacionada ao ato de aguardar ou ter expectativa de algo, a fé é o penhor, isto é, a garantia que algo será efetuado. Ou seja, se você tem fé acerca de alguma coisa, esta mesma fé lhe serve de penhor que tal coisa será realizada. Como posso saber que tal coisa que busco pela fé acontecerá? É simples, você já possui o ticket de confirmação do recebimento que é sua fé
Assim, a fé trás a condição de coisas vindouras para o presente, pois “a fé é”, ou seja, a fé nunca será alguma coisa, pois enquanto nossa expectativa estiver no futuro, não possuímos fé e sim esperança.


2.      ATUAÇÃO DA FÉ EM FAZER O INVISÍVEL TORNAR-SE VISÍVEL

1 ... a convicção de fatos que se não vêem. Um dos propósitos ou modos de operação da fé esta relacionada ao ato de gerar (criar) algo que ainda não possa ser visto de forma natural. Tal coisa passa a existir no mundo espiritual e ser contemplado nele, porém não está visível no mundo natural. Mas, se isto é procedente, então de que maneira isto ocorre?

3  Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. A fé é utilizada por meio da ativação de palavras, onde o próprio Deus utiliza deste recurso para estabelecer seus propósitos (formação do universo), sempre gerando de uma dimensão invisível para uma visível. Assim, constata-se que a melhor “aplicação da fé” é por meio da citação (confissão) da Palavra de Deus Rm.10.17; 2 Co.4.13. Pois a fé é a linguagem de Deus. Quando utilizamos a Palavra de Deus dentro dos propósitos e anseios estabelecidos pela mesma Palavra, (como dizemos: em linha com a Palavra), colaboramos no processo de “em fé”  executarmos a vontade de Deus e fazer existir seus propósitos.


3.      OBTER BOM TESTEMUNHO: SER APROVADO PELO TIPO DE FÉ QUE APRESENTA.

2  Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. A bíblia afirma que os que adquirem um determinado nível ou condição de fé, não caducam, pois não envelhecem, mas são chamados de antigos. Cuja postura de fé que adquiriram produziu da parte de Deus uma apreciação através do testemunho de seus posicionamentos. Logo, um bom comportamento realizado em fé produz aprazimento em Deus. É isto que Deus espera de nós neste período de provação e peregrinação terrena de fé. Veja em versículos abaixo exemplos e qualificações deste raciocínio:

4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. A fé conduz-nos a praticar o que há de melhor, a transcender a condição normal para excelência, o qual, tal comportamento produz em nós da parte de Deus uma aprovação, cuja duração é eterna. Nós demonstramos este crescimento e aperfeiçoamento de fé muitas atitudes, porém, uma das mais realçam nossas atitudes de fé é nas ofertas.

5  Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. A fé nos coloca em uma prova de avaliação, cujo propósito final é agradar a Deus. Quem assim o agrada, Deus toma para si. Quem não agradou Deus em fé durante sua vida, Deus rejeita.

6  De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. A fé tem propósito de agradar a Deus e nos aproximar dEle; a medida que nos aproximamos dele está mesma fé nos mostra ainda mais quem Deus é! Quem assim o faz obtém bom testemunho e é recompensado.

16  Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade. Existe uma inclinação na fé de deixar de buscar coisas terrenas a fim de buscar as coisas que aos olhos de Deus são primazia que são as coisas celestiais. É necessário que entendamos que aqueles que têm fé agradam a Deus. Mas os incrédulos envergonham a Deus. Existem cristãos que causam vergonha a Deus por sua incredulidade. Uma vez que tais envergonham a Deus, Deus não faz questão de ser seu Deus.


4.      FÉ GERA OBEDIÊNCIA: POSTURA CONDIZENTE COM TIPO DE FÉ

7  Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé. A fé nos conduz a instrução divina levando a obediência da mesma, mostra o que ainda não era visível, a fé nos proporciona temor a Deus; a fé nos coloca em situação de instrumento de juízo; a fé nos condiciona em sua hereditariedade e consequentemente ao direito de herança (sua casa).

8  Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.  A fé nos leva ao entendimento de nosso chamado e posiciona numa postura de obediência, no propósito de nos direcionar para alcançar a herança, mesmo não tendo muito conhecimento do que é.

22  Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos. A fé leva-nos a apontar esperanças vindouras e preparar o presente de acordo com elas. (pro atividade da fé).


5.      FÉ GERACIONAL OU PORTADORA DE HERANÇA

9  Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; No conceito de hereditariedade da fé, a mesma promessa divina dada nós, pode ser repassada aos nossos herdeiros. Este repasse de fé pode ser feito por “TRANSMISSÃO” sempre dada de via oral, Rm.10.17; 2 Co.4.13. Ou por “TRANFERÊNCIA” concedido por impartição da unção através de uma benção legitimada.

20  Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, acerca de coisas que ainda estavam para vir. A fé nos condiciona a uma dimensão de bênção e apropriação de coisas futuras.

21  Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou. A fé propicia que tal benção possa ser transferível cuja finalidade seja adoração.


6.      A FÉ PROPORCIONA PROMESSAS INALCANSÁVEIS NA CONDIÇÃO HUMANA

10  porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. A fé leva-nos aguardar coisas superiores as nossas condições, coisas que só Deus pode realizar.

11  Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. A fé nos faz receber poder naquilo que é nossa fragilidade, proporciona superação. A fé nos apresenta e convence da fidelidade divina em cumprir sua promessa.

12  Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar. A fé tem poder para da morte fazer surgir vida incontável e imensurável. É inexplicável o poder da fé Mc.9.23.


7.      O AMADURECIMENTO DA FÉ É PROPORCIONADO PELAS OPOSIÇÕES

À medida que observamos as reações contrárias à fé neste mundo nós chegamos a constatação que tudo que ocorre de secular e mundano compete contra a fé, existem várias razões para que a fé seja neutralizada e impeça as pessoas de exercê-la: um dia por que está frio, outro porque está quente, outro porque existe um clássico esportivo, ou por que há uma festividade e etc. Tudo é motivo que impeça a pessoa de intensificar sua fé ou vir ao culto. Porém, quem vence estas oposições elementares adquire um amadurecimento de fé incalculável 1 Pe.1.7.

15  E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. OPOSIÇÃO DA TENTAÇÃO. A fé não exclui a possibilidade de “tentação” ao retrocesso, antes, a fé leva-nos a escolha de que devemos manter-se firme em nossa posição.

17  Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, OPOSIÇÃO DA PROVA: A fé nos condiciona a um período de “prova”. O fato de acolhermos a promessa independente da intensidade desta não evita a prova que dela será aplicada.

18  a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19  porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. OPOSIÇÃO DA RESTITUIÇÃO: Quem tem fé crê que Deus é poderoso para recobrar a promessa mesmo quando a mesma parece não ser mais possível.

23  Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. OPOSIÇÃO DO MEDO: A fé nos livra de todo medo, quem sucumbe ao medo, ainda não possui amadurecimento de fé, quem resiste ao medo aperfeiçoa a fé.

24  Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, OPOSIÇÃO PELA RENÚNCIA: A fé nos obriga a posições de renúncia. Devemos aprender a abrir mão de certas coisas pela fé.

25  preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; OPOSIÇÃO DOS PRAZERES: A fé nos condiciona a escolhas e renúncias contra o pecado, mesmo que tal traga satisfação transitória.

26  porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. OPOSIÇÃO DA HUMILHAÇÃO: A fé impulsiona a aceitação da humilhação por amor a Cristo, entendendo que tal proporcionará recompensa melhor do que os benefícios transitórios das riquezas deste mundo.

27  Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. OPOSIÇÃO DE OPNIÕES: A fé leva-nos a decisões sem temor da opinião adversa, perseverando convicto como se vislumbrasse algo que não está aparente.

29  Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os egípcios, foram tragados de todo. OPOSIÇÃO DAS ADVERSIDADES: A fé direciona-nos a atravessar adversidades cujas tais pode derrubar os que não tem fé.

30  Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTOS: A fé tem poder para derrubar barreiras que constantemente nos cercam e insistem em permanecer nos impedindo de assumir a vitória.

28  Pela fé, celebrou a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não tocasse nos primogênitos dos israelitas. PROTEÇÃO EM MEIO EXTREMA OPOSIÇÃO: Mesmo debaixo de extraordinária oposição, devemos estar seguros e confiantes, pois Deus não permitirá que o mal possa nos tocar. A fé nos protege contra demônios que intentam fazer mal.

31  Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias. PROTEÇÃO EM MEIO EXTREMA OPOSIÇÃO DE DESTRUIÇÃO: A fé além de proteger da iminente destruição, oportuniza pessoas assumirem na prova uma mudança significativa de vida e de comportamento produzindo resultado esperado pela provação, o qual é a “aprovação da fé”.

32  E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, O assunto de fé é inesgotável.

33  os quais, por meio da fé, subjugaram reinos Davi, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões Daniel, 34  extinguiram a violência do fogo, Amigos de Daniel escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros Davi. 35  Mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos Sunamita e Eliseu. Alguns foram torturados profetas menores, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; 36  outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões Jeremias. 37  Foram apedrejados Amós, provados, serrados pelo meio Isaías, mortos a fio de espada Ezequiel; andaram peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados Elias.
Todos estes da galeria da fé foram aprovados pela fé através da oposição e provação que passaram.


CONCLUSÃO: A FÉ NOS LEVA ANELAR E ALCANÇAR COISAS SUPERIORES

13  Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. A promessa da fé tem fases de cumprimento, parte deste cumprimento é terreno, parte celestial. A fé nos condiciona a prática da confissão tanto do terreno quanto do celestial.

14  Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. Existe um determinado nível de aprofundamento na fé que nos conduz a anelar coisas superiores que até então buscávamos, ou seja, quanto mais aprofundamos na fé, tanto mais anelamos coisas de natureza mais elevada.

38  (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Em contrapartida, a fé nos proporciona a condição de que nos tornamos incompatíveis com este mundo, na verdade, o mundo não merece os que têm fé, sendo necessário, portanto, Deus preparar um mundo melhor, algo superior a este mundo.

39  Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, A fé não nos faz adquirir todas as coisas que anelamos neste mundo, até porque se tivéssemos tudo que queríamos neste mundo, não haveria necessidade de buscar um mundo vindouro; Deus deixa este desejo de “quero mais” por uma razão? Assim a fé nos condiciona a expectativas de coisas que não podemos obter na limitação deste mundo, evocando algo superior que somente na vida celestial poderemos alcançar.

40  por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. A fé proporciona algo melhor preparado por Deus para nós pelo qual possamos compartilhar com aqueles que comungam deste mesmo nível de fé.

10 de ago. de 2011

DIÁCONOS


1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. 2  Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. 3  Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; 4  e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. 5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. 6  Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. 7  Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé. At.6.1-7.


INTRODUÇÃO

O referido texto acima relata a história de como surgiram os diáconos na igreja primitiva, aqueles sete diáconos foram escolhidos em função de uma necessidade existente na casa de Deus.
O vocábulo "DIÁCONO" é de origem grega, e significa: servidor, auxiliar, obreiro. Sua função original era auxiliar os ministros nos assuntos práticos e temporais, como manutenção, assistência social, zeladoria e outros.
Deriva igualmente deste termo o vocábulo diaconia, cujo significado é: O ato de exercer o diaconato, ou seja, é quando um diácono exerce sua designação: ser ajudante do líder de uma igreja local. A diaconia também pode ser definida, segundo o dicionário Aurélio, como um serviço prestado ao próximo.
A razão pela qual surgiu esta necessidade na igreja primitiva é porque se multiplicaram o número dos discípulos, ou seja, havia crescimento por parte da igreja, além da sua capacidade de assimilação. Isto leva a constatação que na medida em que a igreja cresce surge à necessidade de preparar homens que estejam aptos para solucionar questões das circunstâncias que advém.

Estes homens foram instituídos e revestidos de autoridade e honra para o serviço que os qualificava para o exercício de suas funções ministeriais. Tal instituição do chamado fizera com que estes homens colocassem ao lado do serviço ministerial gerando cooperação mútua para aportar e desenvolver o crescimento ministerial da igreja. Seu papel é servir, executando as deliberações do presbitério.
Muitas pessoas servem dentro da igreja, mas o diácono ocupa uma posição honrosa de representar o presbitério naquilo que faz. É por isso que ele tem que ser apresentado diante da igreja.

O que nos mostra uma verdade fundamental contida na expressão prática da vida da igreja, isto é, Deus chama homens para contribuir com o chamado e auxiliar nas tarefas diárias e não para colocar-se em papel de oposição. Os diáconos, também foram estabelecidos para cuidar dos assuntos temporais da Igreja.

CARACTERÍSTICAS DE UM DIÁCONO


Para que tal propósito fosse assegurado, conforme Atos 6, era necessário que tais pessoas pudessem conter características específicas em seu caráter.
Estas características podem ser classificadas de três formas: O reconhecimento, a paixão e a habilidade de administração. Acerca da característica de reconhecimento, nós encontramos Pedro falando a respeito da boa reputação; com relação a paixão, nós podemos constatar que estes homens buscavam viver uma vida cheia do Espírito Santo; e no critério da habilidade de administração, observamos Pedro utilizar o termo sabedoria: Esta sabedoria não refere-se ao fato de possuir apenas conhecimento, mas habilidade para poder coordenar de forma prática este conhecimento adquirido.


1. BOA REPUTAÇÃO:

A boa reputação aqui relacionada representa o testemunho que tais pessoas têm tanto para com os de dentro da igreja quanto para com os de fora. Esta reputação está relacionada nos deveres do diácono, conforme escrito, na Epístola de Primeira de Timóteo, Capítulo 3, vejamos:

8 Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, 9  conservando o mistério da fé com a consciência limpa. 10  Também sejam estes primeiramente experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato. 11  Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo. 12  O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa. 13  Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus. 1 Tm.3.8-13.

Em I Tm 3.10, no referimento das qualificações do diácono, Paulo recomenda: “Primeiro devem ser provados”. Isto demonstrará seu valor (ou falta dele) para uma posição de responsabilidade na igreja.  É necessário que aquele que participa deste Ministério tenha alguns requisitos a cumprir:

·         Vida de Santidade. É imprescindível que o diácono tenha uma vida de santidade na Presença de Deus, pois Deus é Santo, e também o serviço dedicado a Ele deve ser santo.
·     Vida de Oração e Adoração (Comunhão com Deus). Para servir a Igreja e agradar a Deus, o obreiro precisa ter comunhão com Deus, através da oração e adoração na sua vida diária.
·       Leitura da Palavra de Deus. O obreiro precisa conhecer a Deus através de sua Palavra para que possa O servir e ter fé para ministrar diante de Deus.
·         Bom Testemunho. Sua vida precisa refletir a vida de Jesus.
·        Obediência. O diácono precisa ser obediente e submisso à voz do Espírito e de sua liderança.
·      Excelência. A obra de Deus deve ser feita com amor, zelo e excelência, não de qualquer jeito, mas conforme as suas forças.


2. CHEIOS DO ESPÍRITO.

Ser cheio do Espírito Santo não implica apenas em saber o quanto nós buscamos do poder do Espírito Santo como instrumentos úteis de Deus no meio da igreja, mas, o quanto este Espírito Santo teve liberdade de apropriar-se e moldar nossos pensamentos, sentimentos e coração, segundo seus eternos propostos, de fazer a obra divina não da nossa maneira, porém da maneira de Deus.

Ser cheio do Espírito Santo significa executar a obra sagrada não através de madeira, feno ou palha; mas de elementos preciosos como ouro, prata e pedras preciosas conforme relatado na Epístola de Primeira de Coríntios, capítulo 3.

11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. 12  Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13  manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. 14  Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; 15  se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo. 16  Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17  Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. 1 Co.3.11-17.


3. CHEIOS DE SABEDORIA,

A sabedoria relatada neste texto tem a ver com a habilidade, pela qual, podemos exercer na obra de Deus, o vocábulo sabedoria em hebraico denota tanto a questão empírica e experimental, como no aspecto da aquisição do conhecimento elaborado. Revela o completo equilíbrio entre experiência e habilidade no exercício ministerial.

Assim, Deus requer que seus escolhidos sejam homens que venham buscar sabedoria tanto quanto compartilhá-la. Todo homem de Deus que busca crescimento ministerial deve ser alguém que ama os estudos, bem como procura desenvolver-se como pessoa de forma espiritual, social e cognitiva.

TIPOS DE DIACONIA E FUNÇÕES ESPECÍFICAS

Poderíamos pensar em diácono com diferentes funções:
  • Diáconos com funções pastorais delegadas - São os que secundam aos Pastores, a Comunidade em todas as áreas – Ex. Líder de Casa-Luz, Líder de Departamentos e auxiliares.
  • Diáconos em serviços específicos de certas funções administrativas – São os que têm tarefas específicas em matéria administrativa designada.
Cabe ressaltar que as duas primeiras funções estão inclusas numa apostila específica do CURSO DE QUALIFICAÇÃO DE DIACONIA.
É importante salientar que além destas qualidades acima citadas, os diáconos encontrados em Atos dos Apóstolos também desenvolviam suas habilidades e funções ministeriais dentro dos cinco ministérios de Ef.6. Vejamos:

8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. At.6.8.

4  Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. 5  Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo. 6  As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava. 7  Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. 8  E houve grande alegria naquela cidade. At.8.4-8.

Filipe, o único homem chamado de evangelista no Novo testamento, era um dos sete diáconos da igreja Primitiva, e um dos que foram dispersos, por causa da perseguição, que culminou com a morte Estevão (At 6.5; 8.1-5). Esta perseguição proporcionou o exercício ministerial que elevou Filipe, o diácono, à categoria de evangelista. Nele podemos encontrar duas importantes qualidades:
·         Era um homem que, das adversidades, tirava proveito em favor da evangelização; era ativo e não um refugiado medroso.
·         Era um homem a quem Deus podia falar por intermédio dos anjos. Estava pronto a obedecer e apto a ser dirigido por Deus (At 8.26-29).

 A ELEIÇÃO DOS SETE DIÁCONOS

É importante para ressaltar no referido texto em Atos 6 que tais características são encontradas nos respectivos sete nomes, bem como, suas próprias personalidades tiveram grande aceitação por parte do povo. O que leva a compreensão de que tais pessoas devem ter tanto aceitação por parte da liderança quanto carisma e reconhecimento por parte do povo. Sendo que o resultado desta indicação trouxera um crescimento ainda maior na igreja primitiva.
Sem dúvida, o diácono precisa ter estas características. Tais qualidades encontram em meio aos referidos irmãos, agora apresentados: Paixão, Zelo, Obediência, Ser Servidor, Ser Esforçado, Ser Pacífico, Simpatia, Maturidade, Disposição, Prestatividade, Motivação e Fidelidade.

4 de ago. de 2011

VIDEIRA VERDADEIRA

1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2  Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. 3  Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; 4  permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Jo.15.1-4.

O SONHO

Esta semana acordei com um sonho, cujo sonho falava-me acerca deste sermão que irei pregar. Nele, Pastor Marcelo Jammal e eu encontrávamos na Argentina e lá fora me dado o direito de pregar a Palavra de Deus.

Foi em cima desse sonho que tive este sermão, pois no sonho, falava sobre a videira verdadeira, lembro-me que à medida que pregava sobre este tema também me dirigia para o lado de fora do templo da igreja e pregava este evangelho para as pessoas que estavam na rua e não tinham Jesus e elas se sensibilizavam. Assim, despertei e escrevi este esboço.


A VIDEIRA VERDADEIRA E FALSAS VIDEIRAS

Ora, Jesus afirma neste texto sagrado acima que ele é a videira verdadeira, e se assim ele enfatiza é porque podemos conjeturar que existam outras videiras que não são verdadeiras, isto é, se Jesus enfaticamente aborda o aspecto de ele ser legítimo é porque existem outros modos de buscar a Deus de forma não legítima. Assim podemos afirmar que existe a videira verdadeira, que é Jesus e que existem videiras que são falsas.

Desta forma, Jesus estabelece características para identificar uma videira verdadeira de uma videira falsa, uma árvore verdadeira de uma falsa árvore, uma religião verdadeira de uma falsa religião.


COMO IDENTIFICAR UMA ÁRVORE OU RELIGIÃO FALSA

1 Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras,... 12 No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. 13  E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos. 14  Então, lhe disse Jesus: Nunca jamais coma alguém fruto de ti! E seus discípulos ouviram isto... 19  Em vindo a tarde, saíram da cidade.20  E, passando eles pela manhã, viram que a figueira secara desde a raiz. 21  Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. 22  Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; Mc.11.1,12-14,19-22.

O referido texto acima trata acerca da última semana do ministério terreno de Jesus, nesta última semana Jesus ia e vinha constantemente de Betânia para Jerusalém.
Porém, geograficamente, entre os três quilômetros que distanciam Betânia de Jerusalém encontra-se uma aldeia chamada Betfagé, cujo significado é: casa de figos. Nesta aldeia encontravam-se muitas figueiras, das quais, abastecia Jerusalém com seus frutos.

Passava Jesus por uma manhã de Betânia para Jerusalém, então tivera que passar por Betfagé, vila intermediária, ao passar por esta aldeia encontrou uma figueira cheia de folhas; Embora Jesus soubesse que não era época de figos, mesmo assim, foi procurar figos desta árvore.
A atitude de Jesus provocou admiração em seus discípulos porque Ele determinou que a figueira não produzisse mais frutos; justo porque não encontrara frutos nesta figueira, embora possuísse folhas.

Isto provoca em nós uma indagação: Por que Jesus reagiu desta forma com a figueira?

A razão de Jesus ser veemente com esta figueira é porque tal ostentava folhas, mas não produzia frutos, é do conhecimento de que uma figueira quando produz folhas ela deverá ter frutos; eis à razão de ser considerada uma falsa figueira por que ostenta a algo que não possuía.

1.      A OSTENTAÇÃO

Muitas árvores são falsas, ou seja, muitas religiões, pessoas, pregadores e até igrejas são considerados falsos porque procuram levar um evangelho de ostentação e não de frutificação. Vejamos alguns textos que falam sobre isto:

Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; Apocalipse 2:2 

Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2 Pedro 2:1 

13  Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. 14  E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. 15  Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras. 2 Co.11.13-15.

Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora. 1 João 4:1 

Neste ponto Jesus justifica que o único fato das árvores possuírem folhas é porque estas devem servir de proteção aos frutos; isto é, a única razão das pessoas ostentarem fama, renome, finanças, patrimônio é para que estes sirvam de benefício ao evangelho que representa o genuíno fruto e não trazer glória para si. Pois leva-nos a proposição que onde a galhos e folhas necessariamente deve possuir frutos, pois os frutos legitimam as folhas.

Veja como a Palavra de Deus endossa a importância da religião verdadeira e seus frutos:

Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. Tiago 1:26,27.


Deste nosso raciocínio surge a seguinte indagação: Se existem diferentes religiões e diferentes igrejas, sendo que muitas destas igrejas são falsas figueiras, então, porque as pessoas continuam a ir a estes lugares e sendo iludidas por elas.

A resposta é simples, é porque estas pessoas amam a própria ostentação que tais religiões e igrejas oferecem. Quando uma pessoa vai ao encontro desta igreja ou religião é porque em seu coração existe um desejo por ganância, a avareza, espírito de grandeza e ostentação. De forma que a pessoa é atraída e enganada pelo mesmo espírito que a seduz.

13 Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. 14  Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15  Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Tg.1.13-14.

Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. 10  Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. 11  Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. 1 Timóteo 6:9-11.


2.      A VERIFICAÇÃO DE FRUTOS INAPROPRIADOS

Além da ostentação, outra característica que identifica uma falsa religião ou um falso cristão é a incapacidade do mesmo apresentar constantemente frutos dignos de alguém genuíno.

1 Fez-me ver o SENHOR, e vi dois cestos de figos postos diante do templo do SENHOR, depois que Nabucodonosor, rei da Babilônia, levou em cativeiro a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e os príncipes de Judá, e os artífices, e os ferreiros de Jerusalém e os trouxe à Babilônia. 2  Tinha um cesto figos muito bons, como os figos temporãos; mas o outro, ruins, que, de ruins que eram, não se podiam comer. 3  Então, me perguntou o SENHOR: Que vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos muito bons e os muito ruins, que, de ruins que são, não se podem comer. Jr.24.1-3.
15  Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. 16  Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17  Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. 18  Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. 19  Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. 20  Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.Mt.7.15-20.

Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; Mateus 3:8 

O que significa produzir frutos dignos? Significa ter comportamento íntegro à altura daquilo que lhe foi confiado. Possuir caráter condizente com a função.

Quando falamos em conduta certa, isto não deve ocorrer apenas nas questões religiosas; embora, os fiéis devam ser os primeiros a dar o exemplo, mas em todos os setores da sociedade, isto é, na politica, na educação, na medicina, no profissionalismo liberal e etc. Quem disse que apenas o cristão tem o dever de ser honesto. Honestidade é uma obrigação de todo ser humano e em todas profissões.

12  Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce. 13 Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Tg.3.12,13.


COMO REAGIR DIANTE DO CONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE FIGUEIRAS FALSAS

Todavia, se assim é o comportamento de muitas instituições: Qual deverá ser nossa postura diante delas e diante destas circunstâncias?

1.      Permanecer incontaminável. Penso que a primeira postura que devemos possuí é o fato de mantermos incontaminados com todas estas sujicidades.

A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. Tiago 1:27.

2.      Manter-se fiel. Jesus nos admoesta a permanecermos fiéis ao seu mandamento porque cada um de nós há de prestar contas a Deus pelos nossos comportamentos e independentes de quem nos acerca.

17  Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, 18  todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. 19  O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. A o mestre de canto. Para instrumentos de cordas. Hb.3.17-19.

3.      Admoestar os mal orientados. Se possível, salvar alguns da perdição pela pregação da Palavra.

22  E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida; 23  salvai-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne. 24  Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, Jd.22-24.

  
PASSOS E EVIDÊNCIAS PARA MANTER-SE NA VIDEIRA VERDADEIRA

Toda árvore que ostenta folhas em excesso Jesus vem executar o corte. Este corte pode ser para poda se houver propensão a quebrantamento ou para remoção caso não haja mais reparação naquela alma.

2  Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. 3  Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; Jo.15.2,3.

Conforme a Palavra de Deus e também a ciência existem critérios, características e propósitos estabelecidos para execução de poda nas árvores. A Escritura estabelece estas características no referido texto de João capítulo 15. Assim vejamos quais são os critérios que configuram legitimidade para a execução de uma poda.

  1. Poda para Iluminação.
Um dos propósitos de aplicação de poda nas árvores é o fato desta mesma árvore em sua frondosidade apresentar dificuldade de iluminação aos seus ramos inferiores ou nos frutos que se encontram debaixo de sua copa. Assim, urge a necessidade de poda a fim de que a luz permeie suas folhas trazendo maturação, doçura e iluminação o fruto.

Doce é a luz, e agradável aos olhos, ver o sol. Eclesiastes 11:7 

Da mesma maneira é necessário que possuamos uma poda de iluminação, a fim de que pela Palavra de Deus estejamos cada vez mais limpos e iluminados pelo sol da justiça que produzamos maturação, sabor e vigor a nosso fruto diante do Pai.

  1. Poda para Oxigenação.
A poda de oxigenação tem um propósito de levar vento e respiração às árvores, através da ventilação do ar o fruto fica tenro e saboroso. Um fruto abafado pode criar caruncho e mofo, assim, para evitar o bolor é necessário que sejamos oxigenados na fé.

  1. Poda para Purificação.
A poda de purificação visa a remover os detritos e dejetos encontrados no ramo e nas suas folhas, frequentemente os musgos e sujeiras se acolhem das árvores, bem como, outras coisas mais. Quando praticamos a poda de purificação retiramos estas sujeiras acumuladas para que a mesma esteja higienizada e desfrutando de maior vigor.

  1. Poda para Frutificação.
A poda de frutificação ocorre para gerar maior desempenho na árvore, pois, o excesso de galhos e folhas rouba o vigor da árvore fazendo com que boa parte da seiva seja desperdiçada nestes ramos. Assim é necessário que venhamos podar os galhos inúteis com o propósito de proporcionar maior seiva e vigor para o fruto em maturação.

De fato, desperdiçamos muito de nosso vigor com coisas inúteis para a fé, desta forma, é necessário que venhamos otimizar nosso tempo e aplicarmos naquilo que trará mais desempenho espiritual.

  1. Poda para Enxerto ou Muda.
A poda para enxerto ou muda representa uma boa remoção de ramos para expansão da espécie, quando executamos poda que visa trazer mudas novas, quando falamos de mudas, alegoricamente falamos da expansão missionária o qual enviamos galhos de boa espécie a fim de que venhamos a expandir o reino de Deus.

  1. Remoção de Galhos ou Videiras Impróprias.
Muitos de nós não entendemos porque existe tanta apostasia e até desvio na fé; de fato, muitos abandonam Jesus e a fé por enfraquecimento. Todavia, há alguns, cujo próprio Deus está rejeitando e lançando fora pela incapacidade desta mesma videira ou ramos produzir frutos apropriados.
6  Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. 7  Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? 8  Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. 9  Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la. Lc.13.6-9

CONCLUSÃO

Sabe! Queridos, por isso nós admoestamos cada um a viver uma vida honesta diante de Deus e dos homens sem olhar para o lado, porque se olharmos ao lado nós vamos ver os maus exemplos.
Às vezes, temos a sensação que os maus exemplos sempre saem lucrando; ou seja, por um leve momento, temos a impressão que os corruptos é que se dão bem na vida! E se quiséssemos seguir os seus maus exemplos e maus testemunhos, nós teríamos motivação de sobra.

Além disso, parece que aqueles que lutam para viver uma vida honesta é que saem perdendo.
Mas, irmãos, não se enganem, no final, veremos a recompensa. Ainda que venhamos perseverar por décadas sem vislumbrar aparência de vitória, todavia, vale a pena, pois, com certeza veremos a recompensa.
Tenha fé, persevere, mantenha-te fiel, anima-te! Pois, com certeza Deus é bom para galardoar àqueles que persistem em fazer o bem mesmo diante de uma onda de impiedade.

No mais, pois, temos o entendimento de que nós somos compromissados primeiramente conosco, cada um consigo mesmo, ou seja: temos um pacto com nossa própria vida no posicionamento em sermos corretos, justos e honestos, porque é isto que enobrece o nosso caráter, o fato de sermos gente boa, honrosos e respeitáveis. É isto que dignifica um homem, sim! A integridade é o que de mais importante o homem é!

Nós queremos ser assim e manter-nos assim, honestos, não apenas porque isto nos trás benefício; mas, porque escolhemos ser do lado do bem. Escolhemos ser de boa índole, de boa natureza, por mais que o mundo empurre-nos para baixo nós vamos, em Cristo, nos esforçar para mantermos nesta condição.


E além de nos compromissarmos conosco, temos o temor e o compromisso com Deus, sabendo que Ele aprova pessoas com este bom caráter e que um dia vai julgar os bons e os maus, vai separar os frutos bons dos ruins e recompensar quem em perseverança permanece fazendo o bem apesar da resistência e oposição dos maus.