28 de fev. de 2014

ENDEMONINHAMENTO CULTURAL

“3  Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4  nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. 2 Co.4.3,4.

OBJETIVO. 
Nesses dias de carnaval onde há forte influência espiritual maligna é necessário tratar nesse sermão sobre as estratégias satânicas de introduzir seus desígnios malignos na cultura.

INTRODUÇÃO. 
para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. 2 Coríntios 2:11  

Dizem que um dos mais eficazes desígnios de satanás está na artimanha de induzir as pessoas a acreditarem que ele não existe. E de fato, quando as pessoas desacreditam acerca da atuação do diabo elas tornam-se susceptíveis a cometer seus intentos.
Quer seja pela prática do pecado, quer pelas seitas que desviam as pessoas da verdade ou pelas práticas de origem diabólica que estão inseridas na cultura social.
Todos nós sofremos interferência cultural em nossas atitudes, quer seja em maior ou menor grau. Tal interferência cultural pode vir de maneira negativa - a ponto de “restringir” ou “limitar” o divino projeto de Deus em uma pessoa. Ocorre quando alguém resiste a qualquer mudança cultural em sua vida em favor da aceitação dos padrões do Evangelho, fato que aprenderemos no decorrer desse sermão.

DEFINIÇÕES. 
Mas, o que é cultura? E de que forma satanás intervém na cultura?
Edward B. Tylor definiu: “Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. 
Todos nós pertencemos a um intrincado ecossistema e trazemos conosco in loco uma grupal e similar cosmovisão a que chamamos “cultura”. Cultura, pois, esta ligada a totalidade dos produtos da atividade humana, de sua evolução ou degeneração (materiais e espirituais). 

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
A interiorização cultural da sociedade ou do grupo social a que pertencemos é que nos permite agir de uma forma quase instintiva e automática. Este processo de interiorização pressupõe a interiorização de valores, normas morais e instituições da sociedade, a qual, nós chamamos de processo de subjetivação. 

“sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,”  1 Pedro 1:18  

Este processo de interiorização ou subjetivação numa cultura chega a ser completo ou absoluto. Isto é, ao mesmo tempo em que assimilamos uma cultura somos assimilados por ela. 
A questão problemática ocorre quando praticamos certos comportamentos culturais tão somente porque eles estão interiorizados ou subjetivados ao nosso padrão comportamental mecânico e sequer questionamos a validade dos mesmos (se são certos ou errados de acordo com a Palavra de Deus).
Esquecemo-nos de analisar a fim de saber quem introduziu esses comportamentos, se veio de Deus, do homem ou do diabo e assim praticamos porque se tornou hábito social (como alguns equivocadamente pressupõem: “a final de contas, se todos praticam então tal comportamento deve estar certo”).

CLASSIFICAÇÃO. 
Tal é a situação encontrada na sociedade atual, contudo, no mundo secular a cultura tornou-se cada vez mais endemoninhada. Observemos:
O problema dessa questão é que satanás coloca essas praticas não somente como um aspecto religioso, mas principalmente como algo cultural, como se fosse um comportamento cultural; assim as pessoas não questionam a respeito disso, tampouco elas estão dispostas a renunciar na sua cultura tudo aquilo que não agrada a Deus. 


Porque existe relutância ao abandono de certas estratégias satânicas nas práticas culturais?

3  Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4  nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 2 Co.4.3,4.

Podemos afirmar que o “deus deste século” aqui relatado como “EON”, cujo espírito determina os padrões culturais deste século. Desta forma, reconhecemos a existência de uma guerra de valores, princípios espirituais; sendo os valores e princípios de Deus em contrariedade com os valores do mundo influenciados por satanás, dentro de nossa cultura. Assim, um deverá vencer o outro.

3  Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. 4  Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas 5  e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, 6  e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão. 2 Co. 10.3-6 

No texto acima (2 Co.10), Paulo descreve que as armas do Evangelho são poderosas para destruir fortalezas, as quais muitas delas estão inseridas e impregnadas em nossa cultura, isto é, nosso estilo de vida, padrões de comportamento, nosso modo de pensar e valores criam fortalezas que tende neutralizar a operação do Evangelho. Por isso o próprio Evangelho se opõe a elas.

e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa. 1 Co.7.31.
porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. 1 João 2:16,17

Observe alguns exemplos de atitudes influenciadas pelo endemoninhamento cultural: 

1. O forte apelo à sensualidade corrente entre a moda e o despertamento da promiscuidade cada vez mais precoce no coração das crianças. 
 “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.” Ct 2.7; 3.5; 8.4.
Sabemos que muitos traumas sexuais, se originam na infância, por falhas dos pais ou responsáveis; quer pela curiosidade ou por pessoas que aproveitam de sua ingenuidade. 

2. Em contrapartida, o povão é sempre manipulado pelas novelas, músicas e culturas que a mídia o impõe, tendências manipuladoras comerciais como “dia tal” para aumentar vendas. Algum artista inventa uma bobagem, assim, no outro dia as pessoas comentam e fazem aquela bobagem tornando-se ridículos. Exemplo: O menininho e a dança da garrafa. 

3. O alcoólatra, o cachaceiro, o boêmio, a mulher leviana; os quais segundo seus entendimentos e visão cultural pensam ser o máximo, mas na verdade são infelizes e miseráveis. Sem contar aqueles que gostam de ouvir música de traído, vivem na desconfiança e fobia que seus relacionamentos terminarão algum dia. Ou daquele que pensa ser o malandro e esperto e leva a vida na malandragem; não percebendo que é escravo do pecado e da vida de miséria moral e pobreza ética que leva. ESTA É A VIDA DO POVÃO MUNDANO.

4. Agregado a isso vemos a forte influência do carnaval que controla as massas da população induzindo ao pecado, ao desperdício e alienação dos problemas.
Ora, se observarmos as estatísticas do carnaval, veremos o aumento exponencial da criminalidade, da violência, dos acidentes, dos homicídios, dos divórcios, das traições, do desperdício, da perda ou abandono de emprego, da orfandade, da bastardia, etc. Todavia, com tantos males que o carnaval proporciona porque a sociedade não termina com isso? Por causa de sua influencia demoníaca!

UMA CULTURA CELESTIAL
A proposta é que devemos assumir uma postura correta tendo a Bíblia como autoridade para definir parâmetros a fim de reger nossos comportamentos culturais de uma cultura endemoninhada para celestial.

17  Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18  obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, 19  os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. 20  Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, 21  se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, 22  no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, 23  e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, 24  e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Ef.4.17-24 .

Baseado nos versículos acima, nós podemos considerar que o Evangelho é a cultura de Deus, e uma introdução à cultura dos céus. Através do Evangelho vem ao homem contemporâneo à transmissão dos valores e padrões celestiais e de nossa eternidade. 
Quando aceitamos a Jesus Cristo, nos tornamos cidadãos celestiais pela adoção de uma nova identidade; assim, em muitos aspectos, nós somos desafiados a trocar conceitos e valores de nossa cultura e nossa visão. Recebendo da parte de Deus uma nova ótica das coisas, nova visão, nova concepção e nova percepção do mundo que vivemos e viveremos.
É tarefa do Espírito Santo (que habita em nós) fazer com que a verdade de Deus domine sobre nosso pensamento "renovando a nossa mente". O Senhor Jesus disse: 

" o Consolador, o Espírito Santo. ..vos ensinará todas as coisas e vos  fará LEMBRAR de tudo o que vos tenho dito"   Jo 14.26

Daí surge uma pergunta: Será que há em algo nossa cultura que nos priva de ter uma vida vitoriosa em Cristo Jesus? Caso a resposta seja afirmativa; então necessitamos ser transformados pela RENOVAÇÃO de nossa MENTE e isso se faz através da Palavra de Deus. Observe o que diz Paulo: 

"Os que se inclinam para a carne COGITAM das coisas da carne. mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. ..o PENDOR da carne da para a morte mas o do Espírito para a vida e paz. Por isso o PENDOR da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus..." Rm 8.5-7

EXERCENDO UMA CULTURA CELESTIAL
Contudo, é necessário que estejamos dispostos a renunciar nossa cultura natural, ou seja, nossa identidade social como segunda natureza para que venhamos assimilar a cultura celestial. 
Porém, podemos fazer a seguinte pergunta: Quem está disposto a renunciar seu padrão cultural? Talvez pudéssemos afirmar que sejam raras pessoas a fazer isto. Além disso, tais pessoas seguem equivocadas e dizem: Que mal tem isso? Isto é um assunto cultural ou problema espiritual!
Além disso, estamos convictos que as pessoas escolhem sua conduta de vida cristã e até sua congregação mais por um critério cultural do que por uma direção do Espírito. Até porque elas não sabem ter direção espiritual para tal, pois na ausência de uma orientação espiritual a cultura assume esta função.
Mas, Deus na sua multiforme sabedoria aproveita esta variação cultural para permitir diversidade de igrejas; Talvez sejam os homens que criam igrejas a fim de adaptar a fé a seus ditames culturais, em todo caso, tais pessoas são volúveis, pois são guiadas pela volatilidade da alma subserviente a cultura. 

CONCLUSÃO.
Conscientes de esse poder que a cultura exerce sobre os seres humanos, somos orientados a analisar cada aspecto cultural de nossas vidas a fim de que sejamos regidos pela autoridade da Palavra de Deus.
E possamos revidar e combater o endemoninhamento cultural que se alastra dentro do mundo e principalmente dentro da igreja mediante pessoas que não questionam seus padrões culturais vigentes.

APELO.
Quantos estão conscientes dessas questões e querem mudança de vida?

23 de fev. de 2014

FUNDAMENTOS DO PENTECOSTALISMO - LIBERDADE NO ESPÍRITO

Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. 2 Co. 3.17.

OBJETIVO.
Este sermão trata das características pela qual se originou o movimento pentecostal em meio à igreja cristã e como tal alcançou em torno de dez por cento da população mundial.

INTRODUÇÃO.
            Começo meu sermão com a informação de que o mover do Espírito foi o maior responsável pelo crescimento da igreja primitiva. Basta observar o livro de Atos a partir do capítulo dois e certificar-se disso, cerca de trezentos anos foram necessários para que o cristianismo ocupasse a maioria dos cidadãos no império romano.
A obra do Espírito é a causa principal do reavivamento do século XX, o qual tem sido o maior de todos os tempos. Hoje, há mais de 600 milhões de “pentecostais” e “neopentecostais” espalhados pelo mundo. Um terço de todos os cristãos do mundo professa o pentecostalismo, tudo isso em pouco mais de cem anos.
            Tal êxito se dá porque muitos cristãos começaram a acreditar não apenas na presença do Espírito Santo, mas que Ele é capaz de conduzir e preparar uma igreja ataviada ao Cordeiro. Isto é, os cristãos passaram a crer não apenas na forma conceitual do dogma e da doutrina do Espírito Santo; mas, na prática passaram a dar liberdade a Ele para assumir o controle da Igreja.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
Sabedor desse poder de transformação, o diabo tem procurado sufocar o mover do Espírito Santo através dos séculos na tentativa de conduzir a igreja a uma religião morna que contempla apenas a razão e menospreza os efeitos espirituais da fé e suas manifestações.
Em função disso, ele conseguiu introduzir espíritos de religiosidade no meio da igreja secular, os quais condicionaram a vida cristã a meras liturgias, dogmatismos vazios e aniquilação de qualquer sentimento nas manifestações de culto. Por muitos anos o demônio roubou a alegria e a espontaneidade espiritual da Igreja.
Mas, nos últimos tempos, o Espírito Santo tem mudado essa realidade. É hora de darmos um basta a toda essa intenção maligna e agirmos no mover do Espírito Santo dando plena liberdade a Ele para que conduza a obra de Deus.

Jesus foi ao Pai e enviou “o paracletos”, consolador, para que vivamos e exerçamos autoridade como Igreja no ministério do Espírito.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco João 14.16 
6  o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. 7  E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, 8  como não será de maior glória o ministério do Espírito! 9  Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. 10  Porquanto, na verdade, o que, outrora, foi glorificado, neste respeito, já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. 11  Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente. 2 Co.3.6-12.
            Nós temos liberdade para expressar nossa fé com todo o dinamismo do Espírito, sim uma fé que contempla os anseios humanos em todos os sentidos; tanto no espiritual, no físico, no racional quanto no sentimental. Nós temos confiança para sermos espontâneos em Deus da mesma forma que uma criança é espontânea para expressar seus sentimentos.
            Assim, você é livre para fluir com ousadia na presença de Deus, não sinta pena de si mesmo, nem venha a frente do altar com auto piedade, mas com ousadia e fé.
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. 2 Tm.1.7
1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;2  de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. At.2.1,2
REPENTINAMENTE UM SOM DO CÉU VEIO COMO UM VENTO VIOLENTO (BIAIAS) MESMO.
Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.Mt.11.12

PASSOS PARA APROPRIAR-SE DO MOVER DE DEUS.
O mover do Espírito Santo é para todos os que creem, jamais levando em consideração sua classe ou denominação. Ele não foi dado somente para os da igreja primitiva, mas á partir dela.
Nós sabemos hoje que o cumprimento da promessa do Pai teve seu início. Sabemos que Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre e não faz acepção de pessoas, nós também que pertencemos a igreja contemporânea podemos declarar que temos o mesmo direito.
Assim, através do Espírito Santo somos conduzidos e despertados em fé pelo “Batismo com o próprio Espírito Santo” em uma liberação daquilo que é espiritual essencialmente reprimido por um excesso de consciência que neutraliza as funções espirituais.
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Devemos ser e manter-se espontâneos no espirito, isto é, ter um espírito sensível e uma alma aberta, a qual promove liberação de qualquer bloqueio para um processo de atuação no espírito em seu sentido existencial para sua vocação, chamado e ministério.
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. 2 Co.3.18.

EXERCENDO A INICIATIVA NO FLUIR ESPIRITUAL
Jamais devemos perder as oportunidades para ter comunhão com Deus. Assim, o cristão não deve negligenciar seu tempo de qualidade, comunhão e intimidade com o Espírito Santo a fim de ser refrigerado pela sua manifestação.
5  não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6  que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador Tito 3.5,6.
            Pois a manifestação de Deus refrigera todo nosso ser! Espírito, alma e corpo.

APLICAÇÃO.
Assim, de forma consciente devemos autorizar e liberar nosso espirito a permitir que o Espírito Santo assuma total controle de todo nosso ser e sujeitar nossa alma a sua vontade com objetivo de glorificar a Deus.
Sem qualquer medo, nós devemos confiar na capacidade do Espírito Santo em conduzir esse passo de fé através do fluir espiritual, a qual em alguns se encontra em estado latente ou inconsciente sufocado pela alma e pelo racionalismo tecnocrático.
O fato de nós termos sido feitos nova criatura em Cristo e restituído nossa posição como filhos de Deus leva-nos agora a acreditar em nossa capacidade espiritual. Pois, tudo que necessitamos para liberação dessa capacitação espiritual e de dons vem como providência e suprimento do Espírito Santo que reside em nós mediante o ouvir da fé.
Aquele, pois, que vos fornece (epichoregon) o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Gl.3.5

CONCLUSÃO.
Portanto, devemos aflorar nossa liberação espiritual agora regenerada em Deus por meio do Espírito Santo que ativa nossa espontaneidade espiritual dado pela intuição.

APELO.
Quantos querem dar liberdade ao Espírito Santo?

11 de fev. de 2014

AUTORIDADE PARA GOVERNAR O CLIMA E AFUGENTAR SEUS ESPÍRITOS

35  Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem. 36  E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. 37  Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. 38  E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? 39  E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. 40  Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? 41  E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?
1 Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos. 2  Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, 3  o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; 4  porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. 5  Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. 6  Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, 7  exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! 8  Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem! 9  E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10  E rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país. 11  Ora, pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos. 12  E os espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para que entremos neles. 13  Jesus o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram. Mc.4.35-5.1-13.
OBJETIVO.
Este sermão tem como propósito alertar os cristãos acerca de sua autoridade sobre as questões climáticas e sobre espíritos que atuam através delas. 
INTRODUÇÃO.
Começo a indagação desse argumento com as seguintes perguntas que embora aparentemente absurdas nos conduzem a prerrogativa para nosso válido argumento:
      Teria Jesus criado aquela tormenta para depois repreendê-la, tendo em vista que Ele é o criador de todas as coisas (Jo.1.3)? Penso que não, porque se isso fosse provável, Jesus estaria desfazendo as suas próprias obras e isso é um absurdo! Logo, não foi Jesus quem criou aquela tormenta.

      Teria sido o Pai quem criara a tormenta e esqueceu-se de comunicar a Jesus? Digo que esse segundo raciocínio também é inviável. Logo, não foi o Pai, pois o filho está sempre em comunhão com o Pai.

      Então quem teria criado a tormenta? Seria fruto do acaso e da combinação climática das temperaturas da geografia de Israel? Se assim fosse, a natureza como criação estaria se rebelando contra seu criador, pois sua intenção era gerar perecimento (v.38). Logo, é garantido que isso não tenha acontecido e assim devemos rechaçar o pensamento determinista e fatalista de aceitamos as calamidades com resignação.
Contudo, podemos pensar que mais do que uma combinação e variação de temperaturas climáticas existem espíritos que podem interferir na atmosfera, tanto espiritual quanto natural (Ef.2.2).
A resposta plausível está na continuidade do texto em seu fluxo de argumentação de Marcos 5 de 1 a 13 sobre um espírito territorial nesse caso chamado “Legião” que tentara impedir Jesus de cruzar a fronteira e libertar aquele homem.
Sim existem espíritos territoriais que comandam as regiões tanto na esfera espiritual quanto climática e cabe a Igreja exercer autoridade contra esses espíritos.
ANÁLISE.
            Quero enumerar alguns versículos que fortalecem o pensamento de que existem espíritos que controlam as questões climáticas de regiões, vejamos:
Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo; Hebreus 1:7 
Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Apocalipse 7:1 
            Observe que ambos os versículos corroboram com a ideia de que por trás dos ventos existem forças espirituais, não é por acaso que a palavra para designar espírito é a mesma para vento, tanto no hebraico, grego e latim.
            Observe também a existência de manifestações espirituais em meios a fenômenos da natureza com os ventos:
Quando estava o SENHOR para tomar Elias ao céu por um redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu... Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. 2 Reis 2:1,11.

9  Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? 10  Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. 11  Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. 12  Disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está em teu poder; somente contra ele não estendas a mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR... 16  Falava este ainda quando veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu; só eu escapei, para trazer-te a nova... 18  Também este falava ainda quando veio outro e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa do irmão primogênito, 19  eis que se levantou grande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles, e morreram; só eu escapei, para trazer-te a nova. Jó.1.9-12;16,18,19.
Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Jó 38:1 
            Portanto, estamos repletos de textos que tratam sobre as atividades espirituais em manifestação de fenômenos da natureza. Não apenas possuímos versículos bíblicos, mas estamos repletos de lendas na etnografia de seres espirituais que percorrem os redemoinhos e ventos comprovando a crença popular do mesmo.       
CARACTERÍSTICAS.
Ora, as catástrofes podem ocorrer pelo mínimo por dois motivos:
1.      Por juízo divino sobre uma população impenitente a fim de levá-los ao arrependimento.
Porque eis que o SENHOR virá em fogo, e os seus carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo, Isaías 66:15 

2.      Por ação dominadora das trevas oprimindo os povos.
1 Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à terra dos gerasenos. 2  Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo, 3  o qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; 4  porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo. Mc.5.1-4.

3.      Por inaptidão ou passividade de cristãos que deveriam orar e exercer autoridade sobre as questões climatológicas.
39  E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. 40  Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? Mc.4.39-40.
Todavia, o mesmo nível de autoridade que Jesus tinha para repreender o mar e o vento nós também temos (Jo.14.12-14) e assim ele nos conferiu autoridade para exercer esse poder e as forças espirituais e naturais se sujeitarem a ele.
APLICAÇÃO.
Testemunho de John Alexander Dowie em Pomona, Califórnia e seus oito meses de seca.
            Quero ressaltar que isso não é só para alguns que se afirmavam como Elias, mas isso é pata todos nós que cremos que temos a unção que estava sobre Elias, o qual alterava a climatologia e os elementos da natureza (Tg.5.17). Assim podemos orar com fé e reprender as catástrofes climáticas em o Nome de Jesus.
            Permita-me compartilhar minha experiência:
  Minha experiência no início da conversão acerca de determinar a onde à chuva ia cair.
  Minha experiência em determinar o fim de uma seca de mais de quarenta dias e a chuva ocorrer na virada do dia.
  Minha experiência de repreender ao furacão e ele alterar sua rota em Cuba.
CONCLUSÃO.
Assim, quero regimentar um exército de intercessores que tem o entendimento para usar essa autoridade de reprender as catástrofes através do poderoso nome de Jesus e em se tratando de chuvas tão necessárias, que tais possam orar para atenuá-las de tormenta para aguaceiros ou que venha desviá-las para regiões inabitadas ou despovoadas.

2 de fev. de 2014

VIGILÂNCIA ESPIRITUAL

6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. 7 Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. 8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação; 9 porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, 10 que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele. 1 Ts.5.6-10.
OBJETIVO.
Este sermão tem como propósito alertar os cristãos no sentido de viver uma vida em maior sobriedade espiritual a fim de que não sejam tão susceptíveis as astutas ciladas do diabo e perder o que já foi conquistado em Deus.
INTRODUÇÃO.
Assim, como o sermão “Como Evitar Decisões Tolas”; este sermão propõe a tratar de temas que esclarecem o leitor e ouvinte a viver uma vida com sobriedade na fé. Pois a sobriedade é importante para darmos manutenção às conquistas que já temos alcançado.
Muitas analogias são demonstradas nas Sagradas Escrituras; porém uma delas é a utilizada por Paulo sobre um atleta que tudo se domina para alcançar o prêmio, ou seja, o atleta se torna disciplinado a fim de conquistar um mérito e uma posição em sua categoria esportiva.
25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 26  Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. 27  Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. 1 Co.9.25-27.
Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas. 2 Timóteo 2.5 
O que nos lembra daqueles esportistas de Tênis que se esmeram para estar no topo da ATP; ou dos lutadores que se esforçam para ganhar um cinturão.
No entanto, uma coisa é conquistar o título, outra é manter o título, temos visto como é difícil para um atleta se manter no título; da mesma forma, percebemos que muito se tem dito acerca de alcançar as conquistas na fé, mas pouco se trata acerca de manter essas conquistas.
O inusitado é que o diabo pouco se preocupa se você vai conquistar algo, desde que ele possa retomar essa conquista em pouco tempo depois, dado a falta de vigilância da mesma. Por isso a necessidade de vigilância espiritual a fim de que mantenhamos as conquistas em Deus.
Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. 2 João 1:8 
Portanto, é necessário assumir uma postura sóbria e disciplinada em fé a ponto de conquistar o que Deus tem nos dado e manter essa conquista até a volta de Jesus.
O que é Vigilância Espiritual?
É a capacidade de ser sóbrio e coerente nas decisões respeitando e sendo condizente com as circunstâncias em questão na manutenção e responsabilidade do que já foi alcançado. Aquele que é diligente, precavido, cuidadoso nas coisas espirituais.
Ao falarmos acerca de conquistas, tratamos não apenas do aspecto de conquistas materiais; mas, principalmente as espirituais como: a salvação, a cura, a restauração do casamento, a ascensão ministerial, os dons, etc.
Percebemos que as pessoas se esforçam por alcançar essas coisas, porém depois de conquistadas, as mesmas negligenciam; assim, perdem o que já conquistou. Por negligência, insensatez, ou relapso são destituídas de autoridade espiritual sobre tudo aquilo que já tiveram outrora.
Lares que foram construídos entram em divórcio, pessoas perdem empregos que foram alcançados, dons recebidos são enterrados, ministérios pessoais estacionados, ministros que conquistaram títulos caem em vergonha e descrédito, outros naufragam na fé, etc.
Todos esses relatos ocorrem porque as pessoas são ciclotímicas na fé e inconstantes na vida dado a falta de disciplina e vigilância agregado ao enfoque de se ensinar muito sobre conquistas e pouco sobre vigilância espiritual.
homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos. Tiago 1:8 
6  E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram; Gl.2.6
ANÁLISE.
Mas como manter vigilância?
A sobriedade e vigilância espiritual de um indivíduo estão relacionadas com a competência que o mesmo indivíduo tem acerca do senso de circunstância e percepção das questões.
Isto é, quanto mais coerente e sensato for determinada pessoa, mais ele estará apto para vigiar acerca de sua vida espiritual e tanto mais o mesmo manterá suas conquistas e posições espirituais. De forma que a sensatez está diretamente relacionada ao senso de circunstância e a vigilância como um todo.
Observe o versículo abaixo:
13 Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. 14 Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; 15 pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, 16 porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. 1 Pe.1.13-16.
            Observe a sequencia do ensinamento petrino: Primeiro devemos ter o entendimento e pensamento cingidos de resolução, depois entrarmos em estado contínuo de vigilância, a fim de não voltarmos a uma disposição mental de outrora que nos levava a uma dimensão aquém das conquistas e assim perdermos o que já foi alcançado. Exemplo: “Dieta e perda de peso.”
            Pessoas se esmeram para conquistar perda de peso, chegam a fazer redução de estomago, porém depois voltam às paixões da glutonaria e ganham peso novamente.
Irmãos! Se quisermos conquistar algo, temos que assumir uma mudança radical para uma mentalidade que gera essa conquista, então devemos manter essa mentalidade sob pena de retornarmos a um pensamento que nos retorna a posição de outrora. Para uma mudança no quadro de conquista exige uma mudança definitiva de pensamento.
O exemplo de Simão Pedro.
Sem dúvida, depois de Jesus, a personagem que mais falou sobre vigilância na Bíblia foi o apóstolo Pedro. Isso porque no tempo de Simão, o mesmo necessitava desesperadamente de vigilância e foi o mesmo que ao tornar-se apóstolo Pedro necessitava ser trabalhado nessa área.
Ninguém cometeu mais erros por falta de vigilância que Simão, tal vivia abrindo espaço para ser corrigido por falta de sobriedade, observe alguns exemplos:
22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. 23  Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. Mt.16.22,23.
4  Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. 5  Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. 6  Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Mt.17.4-6.
6  Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? 7  Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. 8  Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9  Então, Pedro lhe pediu: Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. 10  Declarou-lhe Jesus: Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais, está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. Jo.13.6-10.
33  Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim. 34  Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. 35  Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo. Mt.26.33-35.
40  E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41  Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Mt.26.40,41.
Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? Jo.18.10,11.
Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente. Mateus 26.75
Todavia, Jesus tinha um propósito de transformar essa debilidade em Pedro, Ele o recebera como Simão, uma cana agitada pelo vento das circunstâncias e o transformaria em Pedro, um homem sólido e vigilante com uma pedra.
41  Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), 42  e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). Jo.1.41,42.
17  Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. 18  Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres. 19  Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. 20 Então, Pedro, voltando-se, viu que também o ia seguindo o discípulo a quem Jesus amava, o qual na ceia se reclinara sobre o peito de Jesus e perguntara: Senhor, quem é o traidor? 21  Vendo-o, pois, Pedro perguntou a Jesus: E quanto a este? 22  Respondeu-lhe Jesus: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me. Jo.21.17-21.
Perceba que a questão de vigilância em Pedro perdurou tanto no início quanto no meio e fim do ministério:
14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? Gl.2.14.
            Há o relato histórico dos atos de Pedro que narra sobre “Quo Vadis?”.
CARACTERÍSTICAS.
A vigilância não é meramente um aspecto relacionado à esfera espiritual da fé; mas está mais relacionada às questões psíquicas do discernimento, intelectualidade e coerência. Tem a ver com a capacidade da pessoa gerenciar e policiar seu pensamento.
Por incrível que pareça, uma grande parcela da população (mesmo cristã) sequer tem o pudor ou preocupação de vigiar ou questionar a validade e a qualidade das ideias do que passa em seus pensamentos. Simplesmente abrem a boca de forma destrambelhada e extravasam toda sua estultícia e inconveniência.
Pergunta: Você tem o hábito de vigiar o que passa o conteúdo e qualidade daquilo que brota em seus pensamentos?
Observe isso: É comum presenciarmos episódios de pessoas com falta de coerência ou bom senso e ao analisar essa pessoa que cometeu a gafe perceber que tal possui na sua aparência estereótipos de evangélicos fundamentalistas e ai ouvirmos da parte do lesado que recebeu a gafe o famoso dito: “Tinha que ser crente”!
A propósito, a falta de coerência nada tem a ver com o aspecto de “ser” ou “não ser” crente, mas com “ter” ou “não ter” tino, bom senso e coerência nas circunstâncias.  Exemplo: A crente e o marido feiticeiro.
Sob esse ponto podemos destacar aquelas pessoas que apesar de serem crentes as mesmas são: indiscretas, inconvenientes ou impertinentes.
Nas expressões populares elas são tachadas de: “Vacilão”, “Sem noção”, “Sem desconfiômetro”, “Nó cego”, “Pisa na bola”, “Bola fora”, “Viajante”, “Xarope”, “O que não se toca”, etc.
O real problema é que a pessoa inconveniente, de fato, não se percebe que está sendo inconveniente e que ela gera incomodo. Exemplo: Podemos constatar pessoas inconvenientes nas filas de caixa, fast food, etc.
O inconveniente respalda na falsa ideia e capricho de que os outros têm que tolerar seus incômodos em favor do bom relacionamento. E que por causa disso, dão mal testemunho do Evangelho. O nome do Evangelho é blasfemado por causa dessas inconveniências.
Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa. Romanos 2.24
Todos nós somos propensos a dar vacilo, quer sejam grandes ou pequenos atos de vacilo, porém, uns dão mais vacilo, outros menos. Segundo meu sermão “Como Evitar Decisões Tolas”:
“Todo ser humano pratica tolices. Parece ser da natureza caída do homem a prática de tolices. O homem é propenso a cometer tolice como a pedra é propensa a cair no chão pela lei da gravidade. Nós somos inclinados a praticar coisas tolas como a água é inclinada a seguir o curso mais profundo de uma superfície. Não há um homem sequer que não tenha praticado tolices. Não se trata aqui se haveremos de praticar coisas tolas, mas, o quanto destas coisas tolas nós poderemos evitar”.
Todavia, em meus anos de pastoreio posso conjecturar que existem grupos mais propensos a ter menos estado vigilância. Ora, meu intuito não é diagnosticá-los ou criticá-los, mas fornecer suporte a essas debilidades. Pois, a igreja deve buscar alternativas sociais e terapêuticas para esses grupos.
20  Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. 21  Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda. 22  Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. 23  Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem. 24 Despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço 25  e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos. Gn.9.20-25.
APLICAÇÃO.
            Ora, meu irmão, é seu dever como cristão policiar e vigiar com aquilo que passa em seus pensamentos, palavras e ações! Pois a negligência disso trás consequências em todas as áreas da vida.
1.      A TENTAÇÃO E SUAS SUCEPTIBILIDADES PARA A QUEDA DA VIGILÂNCIA
A questão é, uma vez que se abre essa guarda ou apresenta essa debilidade, tal pode tornar-se uma presa fácil para o diabo e suas armadilhas.
8 Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. 10 Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. 11 A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!
Uma vez que tais apresentam essa debilidade às mesmas tornam-se susceptíveis a tentação. Isto é, o diabo sempre derruba pessoas que não estão sóbrias na fé e na vigilância.
2.      O ANDAR NA CARNE
Outro fator propiciador para alguém ser derrubado pelo diabo é o fato de certos cristãos “andarem na carne”. Ou seja, quem anda na carne está sujeito a ser derrubado pelo diabo e propenso a perder aquilo que já conquistou.
Infelizmente, em meus anos de pastoreio posso conjecturar que a maioria de cristãos são guiados pela carne e sua natureza e não pelo espírito.
A maioria das pessoas, mesmo cristãs é guiada mais pela ação da preguiça e pela lei do menor esforço do que pelo Espírito. Constate você mesmo! E verás que as pessoas decidem as coisas do cotidiano pelo menor esforço e não pelo Espírito Santo. Exemplos: “Os carros e faróis no monte”; “O procurar uma igreja mais perto de casa e não uma igreja, a qual seja melhor para sua vida espiritual”.
A meu ver, existem demônios de preguiça cuja função é guiar muitos cristãos na tentação de fazer as coisas pelo menor esforço e não pela direção do Espírito Santo.
A maioria das pessoas, mesmo cristãs é guiada mais pelo egoísmo como fator motivacional que gera benefício próprio do que pelo aspecto altruísta do Espirito de ver o bem comum da comunidade. Em função disso acabam por prejudicar outros em razão de seu benefício próprio, o qual gera mal testemunho na fé.
Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos.1 Coríntios 16.13
            Você constata o quanto é carnal pelo nível de preguiça e egoísmo que você apresenta, quanto mais egoísta for a o cristão, mais carnal ele é. Quanto mais a pessoa pensa e vive apenas no mundinho de seus interesses tanto mais ela é susceptível a cometer carnalidades e inconveniências.
3.      A SOBRIEDADE E O MINISTÉRIO
Sobriedade e vigilância deve ser uma característica essencial de quem anela o ministério. Isto se torna um requisito essencial para quem anela fazer a obra de Deus.
É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 1 Timóteo 3.2
Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério. 2 Timóteo 4.5
Antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, Tito 1.8
PASSOS PARA EXERCITAR A VIGILÂNCIA ESPIRITUAL.
Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. 1 Pedro 4.7
1.      Ore mais: Existem 10 citações dadas por Jesus acerca da vigilância demonstrando o elevado nível de importância que ele dava a esse tema.
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Mateus 26:41
2.      Seja comedido, moderado: Uma pessoa moderada está mais propensa a agir com sabedoria e precaução assim evita os devaneios das falas e ações tolas.
Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Fp. 4.5
3.      Não se precipite: A precipitação é uma das principais armas do diabo para conduzir a pessoa ao pecado e decair da graça e autoridade.
Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado. Provérbios 19:2
4.      Busque conselho: O homem que busca conselhos com pessoas sábias e virtuosas apresenta humildade e qualidade de quem se tornará exitoso na vida.
Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito. Provérbios 15.22
5.      Ande no espírito: A chave para andar em vigilância espiritual é andar no espírito. Pois quem anda no espírito anda debaixo da direção de Deus.
16  Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. 17  Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. 18  Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. 19  Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20  idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21  invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. 22  Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gl.5.16-23.
6.      Busque avaliação de suas reais motivações antes de agir: O homem sábio e vigilante procura sempre, sempre e sempre avaliar suas motivações em Deus; o inconveniente simplesmente age porque tem preguiça para pensar.
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,... 17  Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. Ef.5.15,17.
7.      Medite sete vezes antes de “falar”, “postar” e “agir”: Quando alguém comete um vacilo fica entre ele só, mas quando posta na internet o mundo inteiro descobre que ele fez estupidez.
Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Salmos 141.3
8.      Respeite limites e liberdade de outros: A minha liberdade termina quando começa a de outro. Seja educado e respeitoso nas ações a fim de adquirir graça diante dos outros.
7  Torna-te, pessoalmente, padrão de boas obras. No ensino, mostra integridade, reverência, 8  linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário seja envergonhado, não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito. Tt.2.7,8.
APELO.
            Quantos necessitam desenvolver e exercitar vigilância espiritual?