28 de fev. de 2014

ENDEMONINHAMENTO CULTURAL

“3  Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4  nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. 2 Co.4.3,4.

OBJETIVO. 
Nesses dias de carnaval onde há forte influência espiritual maligna é necessário tratar nesse sermão sobre as estratégias satânicas de introduzir seus desígnios malignos na cultura.

INTRODUÇÃO. 
para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. 2 Coríntios 2:11  

Dizem que um dos mais eficazes desígnios de satanás está na artimanha de induzir as pessoas a acreditarem que ele não existe. E de fato, quando as pessoas desacreditam acerca da atuação do diabo elas tornam-se susceptíveis a cometer seus intentos.
Quer seja pela prática do pecado, quer pelas seitas que desviam as pessoas da verdade ou pelas práticas de origem diabólica que estão inseridas na cultura social.
Todos nós sofremos interferência cultural em nossas atitudes, quer seja em maior ou menor grau. Tal interferência cultural pode vir de maneira negativa - a ponto de “restringir” ou “limitar” o divino projeto de Deus em uma pessoa. Ocorre quando alguém resiste a qualquer mudança cultural em sua vida em favor da aceitação dos padrões do Evangelho, fato que aprenderemos no decorrer desse sermão.

DEFINIÇÕES. 
Mas, o que é cultura? E de que forma satanás intervém na cultura?
Edward B. Tylor definiu: “Cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. 
Todos nós pertencemos a um intrincado ecossistema e trazemos conosco in loco uma grupal e similar cosmovisão a que chamamos “cultura”. Cultura, pois, esta ligada a totalidade dos produtos da atividade humana, de sua evolução ou degeneração (materiais e espirituais). 

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
A interiorização cultural da sociedade ou do grupo social a que pertencemos é que nos permite agir de uma forma quase instintiva e automática. Este processo de interiorização pressupõe a interiorização de valores, normas morais e instituições da sociedade, a qual, nós chamamos de processo de subjetivação. 

“sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,”  1 Pedro 1:18  

Este processo de interiorização ou subjetivação numa cultura chega a ser completo ou absoluto. Isto é, ao mesmo tempo em que assimilamos uma cultura somos assimilados por ela. 
A questão problemática ocorre quando praticamos certos comportamentos culturais tão somente porque eles estão interiorizados ou subjetivados ao nosso padrão comportamental mecânico e sequer questionamos a validade dos mesmos (se são certos ou errados de acordo com a Palavra de Deus).
Esquecemo-nos de analisar a fim de saber quem introduziu esses comportamentos, se veio de Deus, do homem ou do diabo e assim praticamos porque se tornou hábito social (como alguns equivocadamente pressupõem: “a final de contas, se todos praticam então tal comportamento deve estar certo”).

CLASSIFICAÇÃO. 
Tal é a situação encontrada na sociedade atual, contudo, no mundo secular a cultura tornou-se cada vez mais endemoninhada. Observemos:
O problema dessa questão é que satanás coloca essas praticas não somente como um aspecto religioso, mas principalmente como algo cultural, como se fosse um comportamento cultural; assim as pessoas não questionam a respeito disso, tampouco elas estão dispostas a renunciar na sua cultura tudo aquilo que não agrada a Deus. 


Porque existe relutância ao abandono de certas estratégias satânicas nas práticas culturais?

3  Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4  nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 2 Co.4.3,4.

Podemos afirmar que o “deus deste século” aqui relatado como “EON”, cujo espírito determina os padrões culturais deste século. Desta forma, reconhecemos a existência de uma guerra de valores, princípios espirituais; sendo os valores e princípios de Deus em contrariedade com os valores do mundo influenciados por satanás, dentro de nossa cultura. Assim, um deverá vencer o outro.

3  Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. 4  Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas 5  e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, 6  e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão. 2 Co. 10.3-6 

No texto acima (2 Co.10), Paulo descreve que as armas do Evangelho são poderosas para destruir fortalezas, as quais muitas delas estão inseridas e impregnadas em nossa cultura, isto é, nosso estilo de vida, padrões de comportamento, nosso modo de pensar e valores criam fortalezas que tende neutralizar a operação do Evangelho. Por isso o próprio Evangelho se opõe a elas.

e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa. 1 Co.7.31.
porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. 1 João 2:16,17

Observe alguns exemplos de atitudes influenciadas pelo endemoninhamento cultural: 

1. O forte apelo à sensualidade corrente entre a moda e o despertamento da promiscuidade cada vez mais precoce no coração das crianças. 
 “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira.” Ct 2.7; 3.5; 8.4.
Sabemos que muitos traumas sexuais, se originam na infância, por falhas dos pais ou responsáveis; quer pela curiosidade ou por pessoas que aproveitam de sua ingenuidade. 

2. Em contrapartida, o povão é sempre manipulado pelas novelas, músicas e culturas que a mídia o impõe, tendências manipuladoras comerciais como “dia tal” para aumentar vendas. Algum artista inventa uma bobagem, assim, no outro dia as pessoas comentam e fazem aquela bobagem tornando-se ridículos. Exemplo: O menininho e a dança da garrafa. 

3. O alcoólatra, o cachaceiro, o boêmio, a mulher leviana; os quais segundo seus entendimentos e visão cultural pensam ser o máximo, mas na verdade são infelizes e miseráveis. Sem contar aqueles que gostam de ouvir música de traído, vivem na desconfiança e fobia que seus relacionamentos terminarão algum dia. Ou daquele que pensa ser o malandro e esperto e leva a vida na malandragem; não percebendo que é escravo do pecado e da vida de miséria moral e pobreza ética que leva. ESTA É A VIDA DO POVÃO MUNDANO.

4. Agregado a isso vemos a forte influência do carnaval que controla as massas da população induzindo ao pecado, ao desperdício e alienação dos problemas.
Ora, se observarmos as estatísticas do carnaval, veremos o aumento exponencial da criminalidade, da violência, dos acidentes, dos homicídios, dos divórcios, das traições, do desperdício, da perda ou abandono de emprego, da orfandade, da bastardia, etc. Todavia, com tantos males que o carnaval proporciona porque a sociedade não termina com isso? Por causa de sua influencia demoníaca!

UMA CULTURA CELESTIAL
A proposta é que devemos assumir uma postura correta tendo a Bíblia como autoridade para definir parâmetros a fim de reger nossos comportamentos culturais de uma cultura endemoninhada para celestial.

17  Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18  obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, 19  os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. 20  Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, 21  se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, 22  no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, 23  e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, 24  e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Ef.4.17-24 .

Baseado nos versículos acima, nós podemos considerar que o Evangelho é a cultura de Deus, e uma introdução à cultura dos céus. Através do Evangelho vem ao homem contemporâneo à transmissão dos valores e padrões celestiais e de nossa eternidade. 
Quando aceitamos a Jesus Cristo, nos tornamos cidadãos celestiais pela adoção de uma nova identidade; assim, em muitos aspectos, nós somos desafiados a trocar conceitos e valores de nossa cultura e nossa visão. Recebendo da parte de Deus uma nova ótica das coisas, nova visão, nova concepção e nova percepção do mundo que vivemos e viveremos.
É tarefa do Espírito Santo (que habita em nós) fazer com que a verdade de Deus domine sobre nosso pensamento "renovando a nossa mente". O Senhor Jesus disse: 

" o Consolador, o Espírito Santo. ..vos ensinará todas as coisas e vos  fará LEMBRAR de tudo o que vos tenho dito"   Jo 14.26

Daí surge uma pergunta: Será que há em algo nossa cultura que nos priva de ter uma vida vitoriosa em Cristo Jesus? Caso a resposta seja afirmativa; então necessitamos ser transformados pela RENOVAÇÃO de nossa MENTE e isso se faz através da Palavra de Deus. Observe o que diz Paulo: 

"Os que se inclinam para a carne COGITAM das coisas da carne. mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. ..o PENDOR da carne da para a morte mas o do Espírito para a vida e paz. Por isso o PENDOR da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus..." Rm 8.5-7

EXERCENDO UMA CULTURA CELESTIAL
Contudo, é necessário que estejamos dispostos a renunciar nossa cultura natural, ou seja, nossa identidade social como segunda natureza para que venhamos assimilar a cultura celestial. 
Porém, podemos fazer a seguinte pergunta: Quem está disposto a renunciar seu padrão cultural? Talvez pudéssemos afirmar que sejam raras pessoas a fazer isto. Além disso, tais pessoas seguem equivocadas e dizem: Que mal tem isso? Isto é um assunto cultural ou problema espiritual!
Além disso, estamos convictos que as pessoas escolhem sua conduta de vida cristã e até sua congregação mais por um critério cultural do que por uma direção do Espírito. Até porque elas não sabem ter direção espiritual para tal, pois na ausência de uma orientação espiritual a cultura assume esta função.
Mas, Deus na sua multiforme sabedoria aproveita esta variação cultural para permitir diversidade de igrejas; Talvez sejam os homens que criam igrejas a fim de adaptar a fé a seus ditames culturais, em todo caso, tais pessoas são volúveis, pois são guiadas pela volatilidade da alma subserviente a cultura. 

CONCLUSÃO.
Conscientes de esse poder que a cultura exerce sobre os seres humanos, somos orientados a analisar cada aspecto cultural de nossas vidas a fim de que sejamos regidos pela autoridade da Palavra de Deus.
E possamos revidar e combater o endemoninhamento cultural que se alastra dentro do mundo e principalmente dentro da igreja mediante pessoas que não questionam seus padrões culturais vigentes.

APELO.
Quantos estão conscientes dessas questões e querem mudança de vida?