OBJETIVO.
Venho
tratar neste sermão sobre a relação bíblica de adoração
conferida por Deus segundo o modelo dado por Ele mediante o
Tabernáculo e o Templo.
Por
volta de 1445 a.C. Deus libertou Israel da escravidão com propósito
de adorá-lo. O tabernáculo foi o modelo dado por Deus para que o
homem pudesse adorá-lo. Nós aprenderemos alguns tipos e formas de
adoração que são estabelecidas na fé cristã através da alusão
deste modelo divino.
5
os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim
como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir
o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de
acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. Hb.8.5
8 E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio
deles. 9 Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo
e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis... Vê,
pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado no monte.
Êxodo 25:8,9;40
Embora
o tabernáculo servisse de modelo para adoração, a adoração no
Antigo Testamento era restrita, pois o povo não tinha o Espírito
Santo, nós reconheceremos a obra de Jesus Cristo houve um rompimento
com impedimentos que nos impossibilitavam a ter adoração perfeita
na presença de Deus, bem como, o esclarecimento de como seu
sacrifício nos tornou uma nação de reis e sacerdotes cheios do
Espírito Santo.
DEFINIÇÕES.
Na Bíblia, o tabernáculo tem servido para inúmeras
ilustrações de ensinos espirituais; uns o aplicam a igreja, outros
a Jesus, etc. Sem dúvida, tal objeto é riquíssimo em seus
significados.
Contudo, nós podemos ilustrar uma notável analogia
quando abordamos o tema sobre adoração e sua relação na
comparação do ser humano com o tabernáculo.
Penso que podemos com propriedade fazer tal comparação,
principalmente se utilizarmos a referência do versículo abaixo:
Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não
sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6.19.
Ora, se somos o santuário do Espírito Santo então o
tabernáculo serve para o cumprimento de nosso propósito no sentido
de que cada relação compreendida no Tabernáculo de Moisés possa
ter uma referência a nós, como santuário do Espírito Santo.
Observemos o relato em Hebreus:
1 Ora, a primeira aliança também tinha
preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre. 2 Com
efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde
estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o
Santo Lugar; 3 por trás do segundo véu, se encontrava o
tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, 4 ao qual pertencia um
altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta
de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o bordão
de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança; 5 e sobre ela, os
querubins de glória, que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório.
Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente. 6
Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no
primeiro tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços
sagrados; 7 mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez
por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de
ignorância do povo, Hb.9.1-7.
Através desse relato em Hebreus, o autor descreve as
características do santuário do Senhor nas Sagradas Escrituras, as
quais serão vistas a seguir:
ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
O ÁTRIO
O Átrio era o local visível do tabernáculo sendo o
pátio do Santuário e era nele se encontrava os utensílios para o
sacrifício e local para execução deste.
De acordo com essa analogia, poderíamos inferir ao
átrio a comparação do mundo exterior e de suas interações com
seu meio ambiente, nesse sentido, o átrio era o local onde se tinha
acesso as pessoas normais e sua relação com mundo que vivemos, logo
representa o nosso corpo como templo do Espírito.
O Átrio era o local do
sacrifício. Tome-se
por
alegoria
o
fato
dos
sacerdotes
que
em
exercício
ministerial
tinham
que
lidar
com
o
sacrifício. Cabia
a
eles,
pela
legislação
do
Pentateuco,
o
ato
de
imolar
o
animal,
colher
e
espargir
seu
sangue,
remover
a
gordura,
queimá-la
no
altar,
preparar
a
lenha,
retirar
as
cinzas
e
a
fumaça.
É
evidente
que
todas
estas
atividades
traziam
sujeiras
nas
mãos,
manchas
nas
roupas
e
cheiro
no
corpo.
Nestas
sequelas
do
seu
trabalho
é
onde
se refere
o
exemplo
das
cargas
emocionais.
Além do altar do sacrifício,
Deus
preparou
no
tabernáculo
uma
bacia
de
lavar feita
de espelho das mulheres que saíram do Egito!
8 Fez também a bacia de bronze, com o seu
suporte de bronze, dos espelhos das mulheres que se reuniam para
ministrar à porta da tenda da congregação Êxodo
38.8.
Tal
bacia
faz
analogia
à obra
do
Espírito
Santo
e
seu
papel
purificador
no
processo
de
purificação
dos
resíduos
do
sacrifício
do
altar.
Se
do
altar
do
sacrifício
decorriam
sujeiras,
a
bacia,
porém,
proporcionava
purificação.
Então, no
processo
de
ministração
do
povo
de
Deus
e
das
coisas
concernentes
a
sua
casa.
Deus
nos
preparou
um
momento
para
os ministros estarem
com
o
Espírito
Santo
e
serem
purificados
na
percepção
de
sua
glória
e
presença.
TIPOS DE ADORAÇÃO NO ÁTRIO.
- O sacrifício da oferta pelo pecado.
- A refeição com o ofertante representando a COMUNHÃO.
- A Bacia de Lavar.
9 Isto terás das coisas santíssimas, não
dadas ao fogo: todas as suas ofertas, com todas as suas ofertas de
manjares, e com todas as suas ofertas pelo pecado, e com todas as
suas ofertas pela culpa, que me apresentarem, serão coisas
santíssimas para ti e para teus filhos. 10 No lugar santíssimo, o
comerás; todo homem o comerá; ser-te-á santo. Nm.18.9
Assim, o cristão não deve
negligenciar o tempo de qualidade, comunhão e intimidade com o
Espírito Santo a fim de ser refrigerado pela sua manifestação.
5 não por obras de justiça praticadas por
nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre
nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso
Salvador Tito 3.5,6.
O SANTO LUGAR
2 Com efeito, foi preparado o tabernáculo,
cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a
exposição dos pães, se chama o Santo Lugar Hb.9.2.
Ao entrarmos no Santo lugar utilizamos a comparação
com nossa alma, do qual adquirimos consciência de nós mesmos e das
coisas concernentes ao nosso ser e de suas relações sociais.
Utilizamos as faculdades do intelecto, emoções e vontade para
interagir no meio social visando às questões do tempo presente.
Assim como não são todos que interagem nessas
características de nossa alma, somente os mais íntimos, da mesma
forma, só os sacerdotes podiam estar nesse local chamado Santo Lugar
para executar os seguintes ofícios:
TIPOS DE ADORAÇÃO NO SANTO LUGAR.
Cada dia, de manhã e à tarde, oferecem holocaustos e queimam
incenso aromático, dispondo os pães da proposição sobre a mesa
puríssima e o candeeiro de ouro e as suas lâmpadas para se
acenderem cada tarde, porque nós guardamos o preceito do SENHOR,
nosso Deus; porém vós o deixastes. 2 Crônicas 13.11
- A refeição do pão da proposição.
- O encher as lâmpadas do Candelabro.
- O encher o altar com incenso.
Tais atitudes de adoração representam a ação
periódica diária e semanal do cristão em se fortalecer com a
iluminação da Palavra através da ilustração do candelabro, pela
oração representada pelo altar de incenso e buscar Deus em
relacionamento e comunhão através do pão da proposição.
O SANTÍSSIMO LUGAR
3 por trás do segundo véu, se encontrava
o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, 4 ao qual pertencia
um altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente
coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o
bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança; 5 e sobre
ela, os querubins de glória, que, com a sua sombra, cobriam o
propiciatório. Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora,
pormenorizadamente. Hb.9.4-5.
Por fim, é no Santíssimo lugar temos relação com a
própria presença de Deus e das coisas concernentes ao seu reino.
Por meio dela temos o discernimento e compreensão de nossas
interações espirituais.
No mais interior da casa, preparou o Santo dos Santos para nele
colocar a arca da Aliança do SENHOR. 1 Reis 6:19
Tais utensílios trazidos dentro da arca da aliança
eram o pote de maná, vara de Arão que florescera e as tábuas da
lei que representam a ação do Espírito Santo em nosso mais íntimo
do ser. Assim o maná pode representar a comunhão, a vara de Arão
fala de ministério que ocorre na intuição e as tábuas da lei tem
a ver com a norma da lei gravada em nossa consciência.
TIPOS DE ADORAÇÃO NO SANTÍSSIO LUGAR.
- O atravessar o véu em jejum.
- O derramar do sangue da propiciação.
- O ouvir a v voz em meio a Shequináh.
AÇÃO DO SUMO SACERDOTE NO SANTÍSSIMO LUGAR
Somente o Sumo sacerdote, uma vez ao ano no dia da
expiação, podia entrar no santíssimo lugar para fazer propiciação
pelos pecados da nação e assim ter a direção de Deus ao povo dada
mediante sua voz na Shequináh.
Todas essas ações marcam um processo intuitivo de fé,
tendo em vista o fato de Deus ser a única luz dentro do santíssimo
lugar.
10 Tendo os sacerdotes saído do santuário,
uma nuvem encheu a Casa do SENHOR, 11 de tal sorte que os sacerdotes
não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem,
porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR. 12 Então, disse
Salomão: O SENHOR declarou que habitaria em trevas espessas. 13 Na
verdade, edifiquei uma casa para tua morada, lugar para a tua eterna
habitação. 1 Rs.8.10-13.
A tradição da sineta e da corda: Figura a analogia do
cordão umbilical e a âncora da alma que penetra no véu com a corda
sacerdotal ao entrar no Santíssimo Lugar.
Vejamos o exemplo do umbigo como marca do transcendente
que equivale à nossa consciência como marca de origem do
espiritual. Da mesma forma que umbigo humano considerado por si mesmo
parece ser um órgão sem sentido, tal só pode ser compreendido a
partir da história pré-natal de uma pessoa como sendo um resto de
sua transcendência, a qual leva sua procedência a um organismo
materno. Da mesma forma, a consciência espiritual pode ser entendida
no sentido pleno quando se concebe de uma origem transcendente.
a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra
além do véu, Hebreus 6.19
Assim, a consciência espiritual só será inteligível
a partir de uma região extra-humana numa origem transcendente; pois
um ser humano numa condição de criatura não é o senhor da sua
vontade, como criador; mas, servo de sua consciência como criatura.
Porém, a consciência não é a última instância perante a qual
precisa ser responsável, mas a penúltima. Pois, marca a relação
que temos com Deus, nosso criador, do qual compareceremos diante
dEle.
Contudo, estávamos
impedidos de entrar no Santo dos Santos, somente o Sumo sacerdote
podia entrar nele uma vez ao ano para fazer propiciação e assim ter
a direção de Deus ao povo; mas através de Jesus Cristo temos
acesso que vai além do véu.
O QUE JESUS FEZ POR NÓS.
50 E Jesus, clamando outra vez com grande
voz, entregou o espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou
em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as
rochas; 52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que
dormiam, ressuscitaram; 53 e, saindo dos sepulcros depois da
ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a
muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o
terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor
e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus. Mt.27.50-54.
No Antigo Testamento, o Espírito
Santo não podia entrar no ser humano em função de seus, porém a
partir do momento que Jesus pagou o preço de sangue por causa de
nossos pecados e o derramou além do véu, agora o Espírito pode
entrar no mais íntimo e recôndito de nosso coração e assim termos
comunhão e adoração com Ele.
11 Quando, porém, veio Cristo como sumo
sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,
12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu
próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo
obtido eterna redenção...14 muito mais o sangue de Cristo, que,
pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus,
purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao
Deus vivo! Hb.9.11,12,14.
PASSOS PARA INICIATIVA DE
ADENTRARMOS NA PRESENÇA DE DEUS.
19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para
entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e
vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua
carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22
aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo
o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água
pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar,
pois quem fez a promessa é fiel. Hb.10.19-22.
- INTREPIDEZ.
- CORAÇÃO SINCERO.
- PLENA CERTEZA DE FÉ.
- SANTIDADE (CORAÇÃO PURIFICADO, CORPO LAVADO)
- CONFISSÃO DA ESPERANÇA.
APLICAÇÃO.
Minha experiência ao ver os objetos acerca do Terceiro
Templo no instituto do Templo em Jerusalém.
CONCLUSÃO.
Assim, amados, Deus deseja que o adoremos em nosso
templo, isto é, nós que adoramos em espírito e em verdade, nós
somos agora esse templo.
Portanto, devemos romper com a expressão de serviço
meramente religioso sair daquela dimensão de sacrifício e
sociabilidade de comunhão fraterna exterior atribuída a cristão
que servem a Deus só no átrio, mediante sacrifício, sociabilidade
e purificação.
Adentrarmos para além do Santo Lugar que representa o
culto na alma com refeição, iluminação e práticas funcionais de
devoção. E irmos além do véu que nos separa para servirmos no
mais íntimo do ser. Onde a única atenção não é o exterior, mas
é onde se revela a shequináh divina.
APELO.
Quantos querem receber o sacrifício de Cristo como
Senhor e Salvador?
Quantos querem aprofundar-se na
adoração?