1 de mai. de 2015

JESUS E O CIRENEU

“1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. 2  Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” Gl.6.1,2.
OBJETIVO.
Venho tratar neste sermão sobre a importância de ter amigos para compartilhar nossos fardos.

INTRODUÇÃO.

Afim de que possamos respaldar nosso argumento, permita-me utilizar Jesus como referência como forma de ter relacionamentos saudáveis. Observe o exemplo de Jesus.
Jesus tinha companheiros para levar seus fardos. Ele se relacionava e confidenciava a eles. Observe o texto:
36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; 37  e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38  Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39  Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. Mt.26.36-39.

DEFINIÇÕES.

Mas, o que significa relacionamentos saudáveis? Relacionamentos saudáveis não significa relacionamentos perfeitos! Pois até nos relacionamentos saudáveis poderão ocorrer falhas na expectativa e na confiança.
Relacionamentos saudáveis trata de relacionamentos maduros e dispostos a perdoar, até porque é impossível ao ser humano não ter relacionamentos, a pessoa que acha que não precisa de relacionamentos é uma pessoa doente no âmbito socioemocional.
Até Jesus sofreu decepção com seus amigos nas horas mais difíceis.
40  E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41  Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42  Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43  E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44  Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45  Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Mt.26.40-45.
Jesus teve amigos que fugiram.
50  Então, deixando-o, todos fugiram. 51  Seguia-o um jovem, coberto unicamente com um lençol, e lançaram-lhe a mão. 52  Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo. Mc.14.50-52.
Jesus teve um amigo que negou.
69 Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu. 70  Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. 71  E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. 72  E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. 73  Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. 74  Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo. 75  Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente. Mt.26.69-75.
Mas, diante de tudo isso, Jesus teve um companheiro fiel: O apóstolo João.
25  E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. 26  Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. 27  Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa. 28  Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! 29  Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. 30  Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. Jo.19.25-30.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.

Todavia, isso não fez Jesus se ressentir e, por orgulho, criar barreiras nos relacionamentos. Pelo contrário, em momentos difíceis, Jesus adquiriu novas amizades.
Pois, as amizades nos auxiliam em nossas dificuldades. Até Jesus, o filho de Deus, precisou de ajuda no seu momento de dificuldades.
Observe o caso de Simão Cireneu; seguramente, em Cristo na cruz do calvário foi abolida a separação existente entre raças, a exemplo disto podemos tomar o caso de Simão Cireneu, em levar a cruz ao Gólgota.
21 E obrigaram a Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a cruz. Mc.15.21.
31 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado. 32 Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar-lhe a cruz. Mt.27.31,32.
26 E, como o conduzissem, constrangendo um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus. Lc.23.26.
Simão de Cirene foi a pessoa obrigada pelos romanos a carregar a cruz de Jesus quando ele foi levado à sua crucificação, de acordo com os  Evangelhos.
Fora chamado de Cirene ou cireneu porque sua cidade natal era em Cirene, na Líbia, localizada ao norte de África, desta forma o texto faz alusão a Simão, o primeiro africano cristão. Cirene foi uma comunidade judaica, onde 100.000 judeus tinham resolvido habitar durante o reinado de Ptolomeu Soter (323-285 a.C.). E que periodicamente era costume muitos desses judeus irem a Jerusalém para as festas anuais, no caso, da Páscoa.
A tradição diz que seus filhos Rufo e Alexandre se tornaram missionários, a inclusão de seus nomes em Marcos sugere que eles tinham alguma posição na comunidade cristã em Roma.
Foi sugerido que o Rufo mencionado por Paulo em Romanos 16:13 é o filho de Simão de Cirene. Alguns também apontam Simão como os "homens de Cirene", que pregou o Evangelho para os gregos, em Atos 11: 20.

PASSOS PARA RECONHECER QUE PRECISA DE AJUDA.

1 Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. 2  Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Gl.4.1-2.
Ou seja, a verdade é que pedir ajuda não nos torna inferior em nossa posição como filhos de Deus, pelo contrário, nos faz reconhecer que o Pai coloca sobre nós curadores e tutores segundo seu propósito. Pessoas precisam de ajuda:
  • na vida espiritual.
  • no conhecimento da Palavra de Deus.
  • na área familiar.
  • no âmbito conjugal.
  • no aspecto do aprendizado financeiro.
  • nas tomadas de decisões.
  • no suporte em meio a dificuldades.
  • outros.
Somente o orgulhoso não reconhece que precisa de ajuda, e por isso, Deus permite ele sofrer com a consequência da dificuldade para fazê-lo mais humilde.
24 Daí retribuir- me o SENHOR, segundo a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos, na sua presença. 25 Para com o benigno, benigno te mostras; com o íntegro, também íntegro. 26 Com o puro, puro te mostras; com o perverso, inflexível. 27 Porque tu salvas o povo humilde, mas os olhos altivos, tu os abates. 28 Porque fazes resplandecer a minha lâmpada; o SENHOR, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas. Sl.18.24-28.

APLICAÇÃO.

Assim, devemos amadurecer nossas emoções e termos hombridade e humildade para solicitar ajuda quando precisamos. Pois, até o filho de Deus precisou de ajuda para cumprir com seu propósito na terra, cujo Simão carregou-lhe a cruz.

CONCLUSÃO.

Diante de todos esses argumentos se estabelece a seguinte proposição:
“Ninguém se encontra tão bem em sua vida que possa dizer que não precisa de ajuda alguma, ou ninguém está tão mal a ponto de não poder ajudar outrem”.

APELO.

Quantos sentem necessidade de ter relacionamentos saudáveis?
Quantos estão dispostos a se humilhar para pedir ajuda?