7 de set. de 2014

A SAGA DO TEMPLO

 “10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. 11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. Mlq.3.10-12”.
OBJETIVO.
Venho tratar neste sermão sobre a história e os fatores que levaram Davi a querer construir um templo para Deus no monte Moriá e quais foram os benefícios disso.
INTRODUÇÃO.
Malaquias tinha em mente algo considerado muito importante quando escreveu esses versículos acima exposto, a saber, a importância de ter o Templo, seu histórico e a necessidade de sua reconstrução para que fosse liberada a benção de Deus e a repreensão do devorador.
Destarte, temos que entender o histórico do Templo em Jerusalém e sua saga aitiológica para que possamos compreender com profundidade a importância do templo para benção do povo de Israel; pelo menos a importância do primeiro e segundo templo. Pois existiram três templos em Jerusalém: O Templo no período de Salomão (em torno de 970 a.C.), O Templo no período de Esdras ( por volta de 530 a.C.), O Templo de Herodes aproximadamente 30 d.C.) e o quarto, o qual está para ser construído, conforme profecia de Ezequiel; Ez.40ss.

HISTÓRICO.
  1. O contexto histórico anterior – a motivação de construir o templo:
A história começa quando Davi dispõe a trazer a arca da aliança de Bete Semes até Jerusalém para que pudesse glorificar a Deus ali e adorá-lo continuamente.
Então, Davi, com todo o Israel, subiu a Baalá, isto é, a Quiriate-Jearim, que está em Judá, para fazer subir dali a arca de Deus, diante da qual é invocado o nome do SENHOR, que se assenta acima dos querubins. 7 Puseram a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro. 8 Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus, com todo o seu empenho; em cânticos, com harpas, com alaúdes, com tamboris, com címbalos e com trombetas. 1 Cr.13.6-8.
Também estabeleceu os levitas na Casa do SENHOR com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do SENHOR, por intermédio de seus profetas. 2 Crônicas 29:25
A primeira tentativa de trazer a arca deu errado porque Deus desaprovou o modo filisteu de leva-la. Mas, na segunda tentativa, Davi trás a arca da aliança no modo certo.
Então, disse Davi: Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o SENHOR os elegeu, para levarem a arca de Deus e o servirem para sempre...13 Pois, visto que não a levastes na primeira vez, o SENHOR, nosso Deus, irrompeu contra nós, porque, então, não o buscamos, segundo nos fora ordenado. 14 Santificaram-se, pois, os sacerdotes e levitas, para fazerem subir a arca do SENHOR, Deus de Israel. 15 Os filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus aos ombros pelas varas que nela estavam, como Moisés tinha ordenado, segundo a palavra do SENHOR. 1 Cr.15.2;13-15.
Davi resolve colocar a arca da aliança em um tabernáculo no monte Sião, na cidade de Davi.
Ao entrar a arca da Aliança do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi dançando e folgando, o desprezou no seu coração. 1 Cr.15.29
Não apenas satisfeito de ter trazido a arca para abençoar a si e a todo povo de Israel, Davi despertou a generosidade em seu coração pelo interesse em construir um templo que pudesse expressar a magnitude de Deus.
1 Sucedeu que, habitando Davi em sua própria casa, disse ao profeta Natã: Eis que moro em casa de cedros, mas a arca da Aliança do SENHOR se acha numa tenda. 2 Então, Natã disse a Davi: Faze tudo quanto está no teu coração, porque Deus é contigo. 1 Cr.17.1,2.
Todavia, veio da parte do Senhor a resposta de Deus acerca de um templo para si e quanto a disposição de Davi em construir esse templo.
Porém, naquela mesma noite, veio a palavra do SENHOR a Natã, dizendo: 4 Vai e dize a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR: Tu não edificarás casa para minha habitação; 5 porque em casa nenhuma habitei, desde o dia que fiz subir a Israel até ao dia de hoje; mas tenho andado de tenda em tenda, de tabernáculo em tabernáculo. 6 Em todo lugar em que andei com todo o Israel, falei, acaso, alguma palavra com algum dos seus juízes, a quem mandei apascentar o meu povo, dizendo: Por que não me edificais uma casa de cedro? 7 Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tomei-te da malhada e de detrás das ovelhas, para que fosses príncipe sobre o meu povo de Israel. 8 E fui contigo, por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos de diante de ti e fiz grande o teu nome, como só os grandes têm na terra. 9 Prepararei lugar para o meu povo de Israel e o plantarei para que habite no seu lugar e não mais seja perturbado; e jamais os filhos da perversidade o oprimam, como dantes, 10 desde o dia em que mandei houvesse juízes sobre o meu povo de Israel; porém abati todos os teus inimigos e também te fiz saber que o SENHOR te edificaria uma casa. 11 Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. 12 Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre. 13 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti. 14 Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre. 15 Segundo todas estas palavras e conforme toda esta visão, assim falou Natã a Davi. 1 Cr.17.3-15

  1. O contexto histórico imediato: O Sinal sobre qual lugar edificaria o templo.
Assim, Davi ficou agradecido a Deus pelo fato de saber que seu filho construiria e que Deus lhe firmaria uma dinastia eterna que se cumpre com a vinda do messias em sua descendência. Todavia, ocorre um enredo que define o local para construção do Templo no Monte Moriá. Observe:
Esse episódio começa quando Davi em seu senso do orgulho faz um senso do número de guerreiros em Israel.
1 Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel. 2 Disse Davi a Joabe e aos chefes do povo: Ide, levantai o censo de Israel, desde Berseba até Dã; e trazei-me a apuração para que eu saiba o seu número. 3 Então, disse Joabe: Multiplique o SENHOR, teu Deus, a este povo cem vezes mais; porventura, ó rei, meu senhor, não são todos servos de meu senhor? Por que requer isso o meu senhor? Por que trazer, assim, culpa sobre Israel? 1 Cr.21.1-3.
Tal senso foi uma ofensa a Deus, portanto, seria escolhido um castigo por tal ato pecaminoso, assim Davi escolhe ser disciplinado pelo Senhor.
13 Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do SENHOR, porque são muitíssimas as suas misericórdias, mas nas mãos dos homens não caia eu. 14 Então, enviou o SENHOR a peste a Israel; e caíram de Israel setenta mil homens. 1 Cr.21.13-14.
Ora, e, meio ao castigo veio a misericórdia de Deus em lugar específico, isto é, na eira de Ornã, lugar mais alto e ao norte de Jerusalém antiga.
Enviou Deus um anjo a Jerusalém, para a destruir; ao destruí-la, olhou o SENHOR, e se arrependeu do mal, e disse ao anjo destruidor: Basta, retira, agora, a mão. O Anjo do SENHOR estava junto à eira de Ornã, o jebuseu. 1 Cr.21.15.
O MAPA.
A questão que nos surge a mente é porque Deus resolve parar o castigo justamente naquele lugar? Para que responsamos isso, nós temos que entender um histórico ainda mais antigo, isso é, do pacto de Deus com Abrão e a importância de se edificar um altar.


  1. O contexto histórico antepassado: A importância de se edificar uma altar.
Por um bom tempo em sua vida, Abraão peregrinava entre o deserto do Negueve e a futura cidade de Betel e em cada lugar ele erigia um altar ao Senhor e invocava seu nome e tinha experiência com um de seus nomes e atributos: Observe a experiência com o atributo de Deus chamado em hebraico de “EL”.
2 Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. 3 Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, 4 até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do SENHOR. Gn.13.2,4.

Quando Abraão peregrinou em Berseba, ele teve a experiência de erigir um altar e invocar o atributo do Deus Eterno “EL ‘OLAM”.
Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o nome do SENHOR, Deus Eterno. Gn.21.33.
Todavia, foi no Caminho dos Carvalhais de Manré em Hebrom (Gn.13.18) que ele teve a experiência com o atributo de Deus Todo-Poderoso que se revela como “EL SHADDAY” Gn.17.1.
18 E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao SENHOR. Gn.13.18

1 Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito. Gn.17.1
Também Abrão teve o conhecimento de uma cidade chamada Salém (o qual é Jebus: futura Jerusalém) cujo sacerdote chamado Melquisedeque sai ao seu encontro para abençoá-lo com a experiência do atributo de Deus Altíssimo “ELION”.
18 Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; 19 abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; 20 e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo. Gn.14.18-20.
Dali, Abraão tem o entendimento do que é um sacerdote sobre sua vida e da importância de contribuir com a parte do Senhor lhe entregando os dízimos. O Novo Testamento nos dá referência disso.
1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou, 2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz; 3 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente. 4 Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. Hb.7.1-4.


Passado algum tempo Deus prova a Abraão em seu maior desafio para edificar um altar e fazer sacrifício daquilo que era mais importante.
1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! 2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. 3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. Gn.22.1-3.
Assim, Abraão sai de Berseba crendo no “DEUS ETERNO”, passa por Hebrom sabendo que DEUS É TODO-PODEROSO, toma direção a Efrata (Belém) e segue o CAMINHO por Jebus e a Moriá encontrar-se com DEUS ALTÍSSIMO. Circula o vale de Refain (Vale da Sombra dos Mortos) e contorna o Vale de Hinon (Vale do Desespero) e deixa seus moços Gn.22.4-5. (Js.15.8)
4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. 5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Gn.22.4-5

... e as suas saídas estarão do lado de En-Rogel. 8 Deste ponto sobe pelo vale do Filho de Hinom, do lado dos jebuseus do Sul, isto é, Jerusalém; e sobe este limite até ao cimo do monte que está diante do vale de Hinom, para o ocidente, que está no fim do vale dos Refains, do lado norte. 9 Então, vai o limite desde o cimo do monte até à fonte das águas de Neftoa... Js.15.7b, 8,9a.

Abraão deve escolher entre dois caminhos e dois vales, isto em alegoria é:
Ou sobe ao oriente pelo vale de Cedrom (Vale da Escuridão e das Cinzas) ou sobe por outro vale ao ocidente [Vale Tiropeão] que atravessa por Selá (Siloé – Fonte das águas) que dá direção mais ampla a distante Neftoa (Abertura das Águas) ao extremo noroeste de Jerusalém. Pois é pela direção desse último vale que Abraão sobe na expectativa de que Deus é a fonte de toda vida, eternidade, poder e soberania, por isso proverá para si um holocausto ainda que dos mortos tenha que ressuscitar.
6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. 7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos.

17 Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou. Hb.11.17-19.
Abraão circula o Monte Sião a Ocidente e margeia o Monte Ofel subindo ao Monte Moriá , Gn.22.2,9-14. E tem a experiência com o atributo de Deus da provisão “JIRÉH”.
2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei... 9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; 10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. 11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! 12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. 13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. 14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá. Gn.22.2,9-14

  1. O retorno ao contexto histórico imediato: A escolha do Monte Moriá.
Agora encontramos o anjo sobre o mesmo monte Moriá (eira de Ornã) que Abrão erigira um altar e Deus se compadecera.
15 Enviou Deus um anjo a Jerusalém, para a destruir; ao destruí-la, olhou o SENHOR, e se arrependeu do mal, e disse ao anjo destruidor: Basta, retira, agora, a mão. O Anjo do SENHOR estava junto à eira de Ornã, o jebuseu. 1 Cr.21.15
Ao saber do paradeiro do anjo Davi tem a disposição para fazer um sacrifício naquele lugar 1 Cr.21.18-25.
18 Então, o Anjo do SENHOR disse a Gade que mandasse Davi subir para levantar um altar ao SENHOR, na eira de Ornã, o jebuseu. 19 Subiu, pois, Davi, segundo a palavra de Gade, que falara em nome do SENHOR. 20 Virando-se Ornã, viu o Anjo; e esconderam-se seus quatro filhos que estavam com ele. Ora, Ornã estava debulhando trigo. 21 Quando Davi vinha chegando a Ornã, este olhou, e o viu e, saindo da eira, se inclinou diante de Davi, com o rosto em terra. 22 Disse Davi a Ornã: Dá-me este lugar da eira a fim de edificar nele um altar ao SENHOR, para que cesse a praga de sobre o povo; dá-mo pelo seu devido valor. 23 Então, disse Ornã a Davi: Tome-a o rei, meu senhor, para si e faça dela o que bem lhe parecer; eis que dou os bois para o holocausto, e os trilhos, para a lenha, e o trigo, para oferta de manjares; dou tudo. 24 Tornou o rei Davi a Ornã: Não; antes, pelo seu inteiro valor a quero comprar; porque não tomarei o que é teu para o SENHOR, nem oferecerei holocausto que não me custe nada. 25 Davi deu a Ornã por aquele lugar a soma de seiscentos siclos de ouro. 1 Cr.21.18-25
A resposta da aceitação divina vem mediante o fogo que cai do céu e impede a praga destruidora. Daí a entendimento que mediante o sacrifício naquele lugar Deus responde a oração, abençoa e impede o devorador.
26 Edificou ali um altar ao SENHOR, ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos e invocou o SENHOR, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto. 27 O SENHOR deu ordem ao Anjo, e ele meteu a sua espada na bainha. 1 Cr.21.26-27.
Logo, Davi entende que este local é consagrado para edificar o templo do Senhor. Observe o texto abaixo:
28 Vendo Davi, naquele mesmo tempo, que o SENHOR lhe respondera na eira de Ornã, o jebuseu, sacrificou ali. 29 Porque o tabernáculo do SENHOR, que Moisés fizera no deserto, e o altar do holocausto estavam, naquele tempo, no alto de Gibeão. 30 Davi não podia ir até lá para consultar a Deus, porque estava atemorizado por causa da espada do Anjo do SENHOR. 1 Disse Davi: Aqui, se levantará a Casa do SENHOR Deus e o altar do holocausto para Israel. 1 Cr.21.28-30 e 1 Cr.22.1

Desta forma, Davi dispõe de seus próprios recursos para auxiliar na construção do Templo embora não fosse ele o construtor do Templo. 1 Cr.28.2-7. 1 Cr.29.1-3.
2 Pôs-se o rei Davi em pé e disse: Ouvi-me, irmãos meus e povo meu: Era meu propósito de coração edificar uma casa de repouso para a arca da Aliança do SENHOR e para o estrado dos pés do nosso Deus, e eu tinha feito o preparo para a edificar. 3 Porém Deus me disse: Não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra e derramaste muito sangue. 4 O SENHOR, Deus de Israel, me escolheu de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse eu rei sobre Israel; porque a Judá escolheu por príncipe e a casa de meu pai, na casa de Judá; e entre os filhos de meu pai se agradou de mim, para me fazer rei sobre todo o Israel. 5 E, de todos os meus filhos, porque muitos filhos me deu o SENHOR, escolheu ele a Salomão para se assentar no trono do reino do SENHOR, sobre Israel. 6 E me disse: Teu filho Salomão é quem edificará a minha casa e os meus átrios, porque o escolhi para filho e eu lhe serei por pai. 7 Estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar ele em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje. 1Cr.28.2-7.

1 Disse mais o rei Davi a toda a congregação: Salomão, meu filho, o único a quem Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque o palácio não é para homens, mas para o SENHOR Deus. 2 Eu, pois, com todas as minhas forças já preparei para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, prata para as de prata, bronze para as de bronze, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira; pedras de ônix, pedras de engaste, pedras de várias cores, de mosaicos e toda sorte de pedras preciosas, e mármore, e tudo em abundância. 3 E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo quanto preparei para o santuário: 1 Cr.29.1-3
ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
Nesse sentido, agora nós podemos entender o discurso do profeta Ageu e o valor que o mesmo dava a reconstrução do Templo, pois ele foi um profeta que viu o Templo de Salomão e sua destruição e a reconstrução do Templo de Esdras.
3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. Ag.1.3-8.

APLICAÇÃO: BENEFÍCIOS DE ABENÇOAR A RESTAURAÇÃO OU CONSTRUÇÃO DE UM TEMPLO.
  1. PROSPERIDADE: Ag.2.3-9; 18-19.
3 Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos? 4 Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o SENHOR, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o SENHOR, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos; 5 segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. 6 Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; 7 farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o SENHOR dos Exércitos. 8 Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos. 9 A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos...18 Considerai, eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo do SENHOR, considerai nestas coisas. 19 Já não há semente no celeiro. Além disso, a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei.

  1. POR ASEGURARMOS A CASA DE DEUS, DEUS CONFIRMA NOSSA CASA.
11 Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. 12 Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre. 13 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti. 1 Cr.17.11-13.
  1. DEUS REPREENDE A PRAGA DEVORADORA. Mlq.3.10ss.
10 Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. 11 Por vossa causa, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. Mlq.3.10,11.


CONCLUSÃO.
Assim, somos estimulados a auxiliar na reparação de nosso local de culto público, não somente porque amamos a casa de Deus, mas porque também somos abençoados.
Oração de Davi 1 Cr.29.10-17.
10 Pelo que Davi louvou ao SENHOR perante a congregação toda e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. 11 Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. 12 Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. 13 Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. 14 Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. 15 Porque somos estranhos diante de ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a terra, e não temos permanência. 16 SENHOR, nosso Deus, toda esta abundância que preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome vem da tua mão e é toda tua. 17 Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente. 1 Cr.29.10-17
APELO.

Quantos querem ser auxiliadores nessa tarefa de reparar ou construir a casa do Senhor?