23 de jul. de 2013

MEDIOCRIDADE OU MENTALIDADE DE POBREZA

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12.2

OBJETIVO.
Este sermão tem propósito de compartilhar em amor acerca de vários fatores que trabalham contrariamente que resulta numa vida e numa mentalidade de pobreza em todos os sentidos. Todavia veremos como Deus concede passos para vitória sobre esta forma de pensamento.
 INTRODUÇÃO.
Este sermão trata-se de uma continuidade do ensino que temos ministrado sobre como se desvencilhar de uma disposição mental que condiciona a uma vida de pobreza e mediocridade em todos os sentidos.
Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra. Deuteronômio 15:11 
       Talvez você venha a indagar a afirmação acima: Por que nunca deixará de haver pobres na terra? Ou por que sempre existirá o pobre? A resposta é: Porque pobreza é muito mais do que falta de dinheiro!
Pobreza é derivada de um conjunto de fatores que se juntam de forma contrária no sentido de dificultar a qualidade de vida.
Seria muito ingênuo de nossa parte se imaginássemos que pobreza vem de um único fator; no caso, falta de dinheiro. Portanto, a combinação de fatores provoca o aumento da pobreza.
DEFINIÇÕES.
Pobreza tem a ver com “carência”, “escassez”, “falta” ou “ausência” de determinada coisa. Portanto, o termo pobreza é muito mais abrangente do que falta de dinheiro, tem a ver com “ausência ou carência de recursos indispensáveis”.
Desta forma, podemos conceituar pobreza como o estado ou qualidade daquilo ou daquele que tem ausência e carência de recursos indispensáveis.  
Se pobreza é isso. Então, a disposição mental que se conforma com o estado nos quais os recursos são apenas razoáveis se denomina como mediocridade. Isto é, mediocridade é o estado ou qualidade daquela pessoa que tem o razoável e anda a margem do suficiente; contudo, ainda carece de méritos, assim sobrevive numa vida vulgar, ordinária ou mediana. Que se conforma com coisas de pouco valor. O dicionário define também: Aquele que tem pouco talento, pouco espírito, pouco mérito ou merecimento; Aquilo que tem pouco valor”.
Sob o aspecto espiritual podemos definir que “pobreza” e “mediocridade” são tudo o que condiciona um modo de pensar e leva uma pessoa a viver a margem do que Deus tem para ela.
Ou seja, qualquer pessoa que vive aquém do que Deus planejou pode ser considerada “pobre”. E aquela que vive razoavelmente naquilo que Deus planejou pode ser considerada “medíocre”.
Desta forma, nosso parâmetro bíblico para definir riqueza e pobreza não é quantidade de dinheiro no bolso ou na conta bancária, e sim se determinada pessoa tem ou não cumprido seu propósito divino.
Mas, louvado seja Deus porque “em Cristo” nós nos tornamos ricos em graça, em bênçãos, em promessas e uma série de coisas!
ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
A Bíblia apresenta uma narrativa de Jesus quanto a seu parecer sobre riqueza ou pobreza, vejamos:
15  Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! 16  Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; 17  pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. 18  Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. 19  Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Ap.3.15-19
Observe que este texto representa de forma muito clara os errôneos valores estéticos e ostentativos desta atual sociedade cuja aparência é o que mais importa.
Ora, Jesus descreve que esta igreja em Laodicéia, cuja interpretação escatológica de muitos representa a igreja dos últimos dias, que se proclamava rica e possuía dinheiro; mas, na verdade, era pobre porque tinha ausência ou carência de outros recursos considerados indispensáveis sob a ótica de Jesus Cristo.
Era também considerada uma igreja em estado de mediocridade porque estava numa situação nem quente, tão pouco fria. Assim, denotamos que o “espiritualmente morno” pode ser considerado medíocre para Deus.
É como diz aquele ditado: “Tem pessoas que se dizem ricas, mas que na verdade, tais são tão pobres que a única coisa que possuem é o dinheiro”. Exemplo:
-      O traficante que desfruta do resultado de seu espolio. “O que é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o suborno, esse viverá. Pv. 15.27”
-      O infeliz que ganhou na loteria, mas não tem sabedoria para aplicar seu dinheiro. “Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do trabalho terá aumento. Pv. 13.11”
-     A mulher indiscreta que deu o “golpe do baú” casando com um homem de posses, mas não sabe se comportar. “Como jóia de ouro em focinho de porco, assim é a mulher formosa que não tem discrição. Pv. 11.22”.
-    O bem sucedido economicamente a custa de opressão alheia. (Jó 20.4-22)
Se riqueza é muito mais que dinheiro; destarte, pobreza é muito mais que ausência dele.
CLASSIFICAÇÃO.
Desta forma, podemos classificar muitos tipos de pobres e pobrezas:

1.      Pobres de saúde: São aqueles que têm ausência ou carência de saúde. Muitas pessoas não conseguem prosperar porque seus gastos com doença e remédios impedem de ter uma melhor qualidade de vida.
Antigamente se afirmava que rico comia muito e pobre comia pouco. Mas esta proposição está errada! Pobre come muito, mas come errado! Rico pode comer pouco, mas come certo! Muitas pessoas estão doentes porque estão ausentes de saúde, porque são carentes do conhecimento de que comer muito pode fazer mal, principalmente quando esta comida não tem qualidade.
Assim, muitos crentes desinformados se abarrotam com comida de péssima qualidade e culpam o diabo como causador de suas enfermidades, mas na verdade, deveriam culpar a “desinteresse” e o “vício” de não se alimentarem adequadamente. Toda pessoa rica em saúde deve se alimentar corretamente e de forma equilibrada.
Mas, graças a Deus que em Cristo nós podemos declarar saúde e riqueza em nosso corpo, porque pelas suas pisaduras nós fomos sarados. Também entendemos que somos templo do Espírito Santo e devemos zelar pela saúde de nosso corpo para glorificar a Deus.
Postura de Fé: “Eu declaro que fui curado há dois mil anos atrás, quando Jesus pagou o preço da minha cura. Ele tomou o castigo pela minha doença, então eu determino hoje que andarei em saúde divina; logo, eu recuso e rejeito a doença, a dor, a pobreza, a falta, a necessidade e a morte. Sei que a Palavra de Deus está operando em mim, em todos os músculos do meu ser e em todos os ossos do meu corpo. Que ao receber a Palavra de Deus em mim, ela passa por todo meu espírito, alma e corpo; vai diretamente às minhas células e minha medula, limpando-me por dentro e me renovando. A lei do espírito de vida em Jesus Cristo está operando em mim! Vida eterna está passando por todo meu ser, vitalizando-me por dentro. Profetizo que a Palavra de Deus tem produzido os resultados de que Ela promete sobre mim”.
2.      Pobres de cultura. Além da ausência de saúde como um fator que restringe a prosperidade, a “falta de cultura” necessária pode impedir que uma pessoa ascenda na vida social; assim, determinada pessoa torna-se pobre economicamente porque não tem subsídios culturais suficientes para elevar um status social e profissional melhor. Ao abrir sua boca, tal pessoa expõe toda sua brutalidade, ignorância e menosprezo por aquilo que a sociedade culta prestigia; portanto, tornando-se desqualificado.
Quando o tolo vai pelo caminho, falta-lhe o entendimento; e, assim, a todos mostra que é estulto. Ec. 10.3
Postura de Fé: “Eu declaro a sabedoria da Palavra de Deus sobre mim que me faz andar em segurança, profetizo que sobre mim repousa o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR. (Is.11.2)
3.      Pobres de relacionamentos. Existem pessoas que são muito pobres em seus relacionamentos sociais. Ou seja, tais pessoas apesar de possuírem dinheiro não conseguem ter relacionamentos satisfatórios. Elas podem ser economicamente bem-sucedidas, mas enfrentam crises conjugais, familiares e sociais. Elas são tão infelizes quanto qualquer pessoa que é desprovida de recursos econômicos; elas vivem à custa de ódios, intrigas, desajustes, mágoas, ressentimentos e falta de perdão. Tais pessoas são “pobres de alma” que apesar de seu dinheiro tem uma alma pequena.
Glória a Deus porque no evangelho nós temos a promessa de restauração de nossos relacionamentos. Encontramos em Deus e em sua Palavra a promessa que diz: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa".

Postura de Fé: “Assim determinamos que nós e nossa família serviremos ao Senhor! Sabemos A Palavra de Deus está operando em nossa família e nosso trabalho, sobre nossos amigos e colegas no Nome de Jesus! Declaramos que todos aqueles ligados a nós também são preservados por essa promessa da Palavra!”
4.      Pobres de conhecimentoPobreza de conhecimento não é apenas ausência de estudo; embora muitas pessoas que são pobres no conhecimento encontram-se neste estado porque não tiveram acesso ao estudo. Mas, denomina-se pobreza de conhecimento aquela determinada pessoa que não valorizou, se esforçou ou se dedicou o suficiente para os estudos.
Pior do que não ter o conhecimento é a ignorância de não buscar o conhecimento. Em minha opinião, este é um dos piores tipos de pobreza. Porque a falta de conhecimento leva a pessoa à falta de recursos em muitos aspectos e principalmente financeiros. Muitas pessoas culpam o demônio pela falta de recursos na vida; mas esquecem que estão apenas colhendo uma semeadura de anos de negligência educacional. Todavia, a Boa Notícia é que enquanto há vida, ainda há oportunidade para o aprendizado.
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Os.4.6
Mas, louvado seja o nome do Senhor porque sua Palavra nos garante que se tivermos falta de sabedoria, nós devemos pedir a Deus que nos dá com liberalidade.
Postura de Fé: “Assim declaro em fé que sou um caçador e devorador de conhecimento, rejeito toda preguiça e letargia do pensamento; eu me recuso a ser ignorante, me recuso a ser tapado, recuso-me ao conformismo de um pensamento simplista, eu quero saber mais, quero conhecer mais, aproprio-me das riquezas do pleno conhecimento de Deus em Cristo Jesus!”
5.      Pobres de talentos. Pobreza de talento tem a ver muito mais com obstrução do potencial do que ausência de perícia ou habilidades. Porque se entendermos que certas habilidades vêm de Deus, então não poderíamos nos responsabilizar se não as recebêssemos de forma nata; exceto se tais habilidades pudessem ser adquiridas mediante esforço e a dedicação necessária. Mas, pobreza de talento é quando temos um extraordinário potencial e o deixamos enterrado.
Existem muitas pessoas pobres de talento que teriam todas as disponibilidades e condições possíveis para obter êxito na vida, mas continuam vivendo uma vida medíocre, com carências e falta de recursos porque lhes faltam fé, ousadia e motivação necessária para colocar seus talentos em atividade.
Contudo, bendito seja o Senhor que nos dá nova oportunidade para colocar nos nossos talentos em ação e nele fazermos proeza a fim de que possamos aprimorar nossas habilidades.
Postura de Fé: “Assim declaro em fé que sou habilidoso, que sou talentoso em Deus; afirmo que sou peculiar, que tenho talentos especiais. Eu sou abençoado! Eu ando na bênção! Eu ando na Palavra de Deus, por isso digo: Obrigado Senhor Jesus! Pois Eu sei quem eu sou; pois me aproprio daquilo que tua Palavra afirma que sou.”
6.      Pobres de sonhos e perspectiva. A perspectiva de melhora e inconformismo com a comodidade são condições necessárias para que determinada pessoa venha adquirir prosperidade. O comodismo é um dos principais opositores de uma mentalidade próspera. A pobreza de sonhos e perspectiva é a identificação de uma pessoa que desistiu de crescer ou se acomodou na vida, ou seja, todo aquele que na vida desiste de crescer contrai sobre si um espírito de pobreza e entristece o Espírito Santo.
Uma disposição mental fundamentada na falta de objetivo na vida atrai demônios que trabalham na mediocridade. Mas, em Deus nós encontramos um sentido para a vida que nos deu possibilidade de podermos sonhar mais alto do ir mais longe. Aleluia! Sim, com Jesus nós certamente sonharemos mais alto e iremos mais longe.
Postura de Fé: “Profetizo pela Palavra de Deus que eu tenho vivido a vida de qualidade que Deus planejou que vivesse: uma vida de saúde divina, sucesso e vitória. Declaro em fé que eu superei! Eu sou um vitorioso! Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. Eu sou mais que vencedor por Cristo Jesus! A vida de Deus está em mim, por isso todo medo se foi! Profetizo pela Palavra que meu sucesso, saúde, prosperidade e longevidade estão garantidos. Declaro que tudo em mim é aperfeiçoado em Nome de Jesus! Eu sei quem eu sou! Eu sou filho do Deus Todo-poderoso. Eu sou especial e importante para Deus e eu sou sua melhor e mais preciosa obra. Obrigado Jesus! Assim, usando a autoridade da Palavra e do nome de Jesus: eu rejeito a doença, a pobreza e a vida medíocre, porque eu nasci para ser cabeça. Eu declaro hoje que minha vida é totalmente rendida ao senhorio da Palavra de Deus. Em Nome de Jesus!”
7.      Espiritualmente pobres. Espiritualmente pobre é aquela pessoa que se conforma com sua atual condição espiritual. Ou seja, é toda pessoa que não dá valor e negligencia sua vida no tocante às coisas espirituais. Desta forma, de acordo com a visão divina podemos afirmar que a grande maioria das pessoas que vivem ou viveram neste mundo são ou foram consideradas pobres.
16  E lhes proferiu ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância. 17  E arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18  E disse: Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. 19  Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te. 20  Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? 21  Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus. Lc.12.16-21.
Se há pessoas aqui neste dia que ainda são consideradas espiritualmente pobres, quero lhes dar a oportunidade de se tornarem ricas em Deus através da salvação de nosso Senhor Jesus Cristo e de sua maravilhosa obra na Cruz.
Postura de Fé: “Eu declaro que aceito a salvação de Jesus Cristo o filho de Deus, confesso meus pecados e recebo seu perdão. Aproprio-me da nova vida em Deus, assumo hoje a postura de nova criatura em fé e tomo posse de todas as bênçãos contidas na obra de salvação através de Cristo na cruz.”
8.      Pobres de fé. Pobres de fé ou pobres na fé são aquelas pessoas que vivem uma vida medíocre apesar de receberem salvação; porque desconhecem a importância do que Jesus fez por elas na cruz e da autoridade que as Sagradas Escrituras lhe proporcionam quando entendem sua posição em Cristo.
Todavia, nós somos aqueles que resolutamente crêem em toda a verdade da Palavra de Deus e estamos plenamente dispostos a se apropriar de toda a fé e de tudo aquilo que Ele nos prometeu.

Postura de Fé: “Profetizo pela Palavra de Deus que eu tomo posse de todas as promessas da Palavra de Deus, declaro em fé que não vivo mais aquém ou a margem do que Deus me deu. Afirmo que minha fé é vigorosa e está produzindo tudo que a Palavra de Deus garante que ela pode produzir. Declaro-me possuidor de todas as bênçãos do Evangelho pleno e que tudo de bom há de se cumprir em minha vida!”
9.      Pobres de dons e ministérios. Pobreza de dom e ministério tem a ver com aquelas pessoas que apesar de terem sido salvas vivem completamente desinformadas daquilo que Deus pretende realizar através de suas vidas. São pobres de dons e ministérios porque possuem uma visão restrita daquilo que Deus as pode usar contentando-se apenas com uma única atividade funcional no Reino, ao invés de serem usadas plenamente na graça e no poder do Espírito Santo.
Amado! Eu quero lhe estimular a buscar muito mais do que você pode imaginar. Declaro que você será ainda mais usado e que todo comodismo espiritual vai embora em nome de Jesus!
Postura de Fé: “Afirmo pela Palavra de Deus que eu sou uma bênção, que tenho a unção de Deus sobre minha vida, que recebi plenitude de funções ministeriais e extraordinária variedade de dons. Pela unção do Espírito de Deus, eu estou marchando sem parar e sem esmorecer! Eu me recuso a aceitar futilidades vãs da incredulidade, porque eu sou um filho da fé em um Deus de fé e eu vivo e conquisto diariamente através da fé na Palavra e Deus, que nunca falha! Declaro que sou útil, funcional, importante e necessário no Reino através de minha vocação, chamado e ministério. Declaro que nasci para destruir as obras do diabo e edificar o Reino de Deus. Em Nome de Jesus!
10.   Pobre de dinheiro. E por fim, economicamente pobre é aquela pessoa que se encontra desprovida de recursos econômicos e materiais que são indispensáveis para manter qualidade de vida.
“9  pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos. 2 Coríntios 8.9”
Mas, em Cristo nós podemos sair de uma condição de carência ou escassez e incrementar nossos recursos a fim de experimentarmos o melhor de Deus nesta terra (Is.19).
Postura de Fé: “Eu declaro que sou próspero; afirmo pela Palavra de Deus que eu tomo posse de toda liberação financeira que Deus me determinou. Aproprio-me de toda prosperidade e riqueza conferida a mi nas Sagradas Escrituras. Aleluia! Pois em Cristo eu obtenho todos os recursos que são necessários.”
Portanto, o parâmetro para definir riqueza ou pobreza é muito mais abrangente que possuir quantidade de dinheiro no bolso ou na conta bancária, e sim se determinada pessoa tem ou não cumprido com seu propósito em todos os aspectos da vida.
Que nos leva ocasionalmente a seguinte pergunta: Que tipo de mentalidade você permite governar seu coração?  Em contrapartida, uma mentalidade de êxito, otimista e cheia da promessa de Deus só atrai coisas boas dispensadas pelo Espírito Santo!
Postura de Fé: “Aleluia, por meio de todo este conhecimento, eu posso afirmar que sou rico em Cristo Jesus! Assim, rejeito toda forma ou pensamento de mediocridade que me levaria ficar aquém do chamando divino. Eu me recuso a manter em minha mente um pensamento de mediocridade ou pobreza, pois me aproprio de toda Palavra de Deus que me traz promessas de vitória”.

ORIGENS PARA UMA MENTALIDADE MEDIANA
1. O DESPREPARO PARA VIDA
Hoje existem muitas pessoas boas, muitos honestos pais de família, honradas donas de casa, trabalhadores fiéis, muitos líderes ou pastores que são boas pessoas, mas estão despreparados para vida! Ou seja; tais não foram ensinados para isto, a maioria das pessoas no Brasil na foi ensinada ou preparada para a vida!
Sob certas circunstâncias o pobre permanece em sua condição, não por causa da origem humilde que em foi gerado, mas pelo completo despreparo para a vida, isto porque talvez seus antepassados também fossem despreparados. Ou seja, o despreparo para a vida respalda uma mentalidade insuficiente que prolonga o ciclo de pobreza.
Dentro de suas condições, tais antepassados fizeram o que puderam de melhor e devemos reconhecê-los e honrá-los por seus esforços. Glória Deus por isso! Assim, dentro do que puderam eles nos ensinaram a sobreviver.
Também sabemos que nossos pais educaram seus filhos, alguns deram amor, ensinaram a serem honestos, pessoas de valor; mas tais virtudes, embora importantes, sequer representa o mínimo de preparo para a vida, isto não é preparo, é obrigação! Outros foram além: instruíram os filhos no temor do Senhor e na fé em Deus, o qual leva a salvação, isto representa um preparo regular e satisfatório, mas está aquém para o real preparo desta vida.
Porém a grande questão com relação ao despreparo para vida é que a condição de pobreza, com sua respectiva mentalidade, nos ensina apenas a sobreviver; ou seja, como pobres que éramos, fomos treinados para sobrevivência e não para crescimento.
Enquanto que o cidadão com condições torna-se uma pessoa mais “preparada para a vida”, tal é treinada e ensinada para o desenvolvimento e crescimento rumo ao êxito e prosperidade. A pobreza ensina a sobrevivência; o preparo à vida ensina o crescimento
Porém, a Boa Notícia é que Jesus quer mudar este quadro em nossa vida neste dia! Jesus quer nos dar estas condições a fim de fazermos à diferença.
Postura de Fé: “Declaro que Eu sou cuidadosamente criado pelo próprio Deus, moldando-me para as boas obras e destinado para uma vida boa e de sucesso. Eu me recuso a ser uma vítima de qualquer situação negativa ou influência. Eu reino como rei sobre as forças e armas das trevas. Eu sou mais que vencedor e eu vivo para dominar as forças das trevas! Eu recebi a vida e a natureza de Deus, por isso eu declaro que eu sou superior a satanás e maior que toda potestade do inferno!”
2. O CONFORMISMO SOCIAL FUNDAMENTADOS EM UMA CULTURA MEDIANA.
REPITA: JESUS ME LIBERTOU DE UMA MENTALIDADE REATIVA DE POBREZA PARA UMA VIDA PRÓSPERA DE VITÓRIA!
Portanto, a questão a ser tratada não é a pobreza em si, mas uma mentalidade de pobreza fundamentada numa cultura que se amolda ao conformismo e sua reatividade.
A forma como fomos aculturados nos moldou a um modo de pensar assistencialista em achar que sempre será alguém que virá e fará minha vida fazer a diferença ao invés de toma iniciativa própria.
De fato, essa pessoa já veio e se chama Jesus Cristo de Nazaré! Agora vá e faça o que Ele determinou.
Observe o posicionamento de Jesus ante ao assistencialismo. Cabe ressaltar naqueles versículos do vaso de alabastro que Jesus não foi contra os pobres e sim contra a mentalidade assistencialista de pobreza. Enquanto tivermos ligados a uma mentalidade assistencialista, espiritualmente estaremos numa condição de contínua mendicância; mas se entendermos e nos apropriarmos do que Deus tem para nós, vamos romper com esta disposição medíocre e mendicante de pensamento assim iremos prosperar em vencer!
Postura de Fé: “Eu vivo pela fé de Jesus! Ele viu o que eu poderia me tornar e deu Sua vida por mim, por isso, eu serei quem Ele acreditou que eu pudesse ser! Não serei um mendigo ou vítima em minha vida, mas eu viverei para o louvor da glória do Nome de Jesus. Eu sou vitorioso! O sucesso é meu! Saúde divina é minha! A vitória é minha em Nome de Jesus! Eu sei quem eu sou! Eu sou um filho de Deus, herdeiro de Deus e coerdeiro de Cristo. Obrigado Jesus!”
3. UMA ABORDAGEM PASSIONAL REATIVA DA VIDA AO INVÉS DE ESPIRITUAL
A mentalidade de pobreza está fundamentada numa forma passional de condução de vida e administração de recursos. A fim de que haja uma real transformação de vida tal mentalidade de pobreza precisa ser removida a favor de uma mentalidade administrativa de pró atividade.
Porém, Jesus te concede sabedoria para administrar com a razão e direção do Espírito. Aleluia, pois Ele é nosso conselheiro! Jesus nos dá condição e autoridade para romper com jugos de uma mentalidade de pobreza e nos leva a um espírito de êxito e vitória. Apropria-te desta Palavra de benção e vitória!
Postura de Fé: “Declaro que minha vida foi feita e planejada por Deus para o bem. Eu fui criado com saúde divina, prosperidade e vitória. Eu ando todos os dias da minha vida em caminhos que Deus me predestinou que andasse; eu não me desvio desse caminho, mas eu mantenho meus olhos focados em Jesus, o autor e consumador da minha fé. Deus me selou e me certificou como um conquistador do mundo; portanto eu reino sobre o mundo e seu sistema. Eu reino sobre demônios da enfermidade e sobre a morte. Eu olho de cima para o mundo que está abaixo dos meus pés, pois estou assentado com Cristo nas regiões celestiais! Eu olho para o mundo de uma posição de vantagem! Eu não posso ter desvantagem em minha vida, porque eu olho as dificuldades segundo a ótica de Deus e de Sua Palavra! Aleluia!”
4. NECESSIDADE DE ALGUÉM QUE APONTE O MODO COMO PODEMOS TRANSCENDER DE UM PENSAMENTO MEDIANO PARA UM PENSAMENTO ELEVADO.
Por isso temos enfatizado a mentoria como forma de rompermos com as origens da mediocridade e ascendermos a um pensamento mais elevado.
Quero deixar aqui alguns exemplos de homens bíblicos que foram preparados: José, Moisés, Samuel, Salomão, Daniel, Paulo; perceba que todos eles tiveram mentores que os prepararam para vida. E acima de todos como nosso modelo: Jesus! Pois, Jesus além de estar preparado para a vida ainda instruiu a onze discípulos; bem como tem poder e sabedoria para preparar a sua!
Observe como é importante encontrar alguém mais preparado que se disponha a ser agente ativador de nosso destino, cooperador de nossa missão, catalizador de nossos talentos e mentor no potencial de seus liderados.
O mentor é aquele cidadão exemplo e referência que através situações e gestos nobres causam admiração, inspiração e influência ao propósito. Através do companheirismo informal, descontraído, fraterno e respeitoso que fomenta a criatividade e aumenta potencialmente a habilidade de seu discípulo por meio de palavras de encorajamento, ânimo e valor.
Ele crê e faz seu liderado acreditar que é capaz a fim de promover sua autoafirmação. Leva seu liderado a meditar numa relação de valores e aprofundar-se no propósito pessoal. Ele conduz o discípulo rumo a convicção cognitiva, confiança nos sentimentos e assertividade nas ações, agregado naquele sentimento familiar de que a conquista de seu discípulo é também razão do seu pessoal chamado.
Incentiva, fomenta e ampara seus liderados no empreendedorismo, dá oportunidade a fomentar ideias e sugestões. Valoriza a persistência individual e oferece suporte a fim de que o liderado se mantenha no foco. Está presente, estimula perseverança e dá suporte no momento da dificuldade.
Expressa com palavras e objetos sua gratificação, seu contentamento e satisfação pelo discípulo fazendo sentir-se importante e necessário. Felicita-o, se envolve, recompensa e promove celebração de resultados e conquistas obtidas pelo discípulo.
Acima de qualquer pessoa, JESUS É ESTE MENTOR! Assim, com ele, nós podemos ser auxiliados nesta transcendência de uma vida mediana para uma mentalidade elevada de vitória de acordo com a Palavra de Deus. Bem como, colocar mentores na fé que nos auxilie no propósito.
PASSOS PARA POTENCIALIZAR DE UMA MENTALIDADE MEDIANA RUMO AO ENTENDIMENTO MAIS ELEVADO
Aleluia, Porque Deus nos ama, então na pessoa de Jesus Cristo nos concede a benção de podermos trocar nossa forma de pensar segundo a mentalidade dEle e transformar nossa condição rumo à sua promessa.
Ou seja, todos aqueles tipos de pobreza, bem como a origem de uma mentalidade pobre e medíocre como: despreparo para vida, conformismo social,  abordagem passional reativa podem e devem ser removidos, abolidos, expurgados, banidos e expulsos rumo ao crescimento e prosperidade até agora nunca alcançado. Oh Glória! Receba esta promessa e benção de Deus!
-      Conhecendo sua posição e valor em Cristo.
-      Enchendo-se de fé.
-      Enchendo-se da Palavra.
-      Entusiasmando, encorajando, e estimulando uns aos outros.
-      Ajustando o foco e ampliando a visão em seu destino em Deus.
-      Tomando uma atitude de fé e iniciativa conforme a Palavra.
-      Perseverando nas promessas.
CONCLUSÃO.
Assim, através deste sermão percebemos mediante muitas provas e argumentações que quaisquer uns dos fatores acima expostos, tanto os tipos de pobreza quanto a origem da pobreza e mediocridade podem tornar-se base para reter uma pessoa em estado de pobreza e condicioná-la nesta mentalidade.
Afirmamos que boa parte da pobreza e sua mentalidade quanto à mediocridade estão diretamente relacionados tanto com a má administração quanto com a forma que nos posicionamos a elas.
Contudo, afirmamos que todo tipo de mentalidade de pobreza ou pensamento de mediocridade que perpetua num ciclo ininterrupto de pobreza fundamentado neste condicionamento mental, além de restringir ao cumprimento do propósito divino, por conseguinte, gera legalidade para que espíritos corroborem na restrição deste propósito divino através do ser humano.
Desta forma, tanto a mentalidade quanto os demônios colaboram entre si como limitadores do propósito divino. Porém a obediência aos critérios da Palavra de Deus e a obra de Jesus vieram para libertá-los.
APELO.
Quantos querem abolir todo pensamento de mediocridade e mentalidade de pobreza?           
Quantos querem viver nesta dimensão de vitória, riqueza e conquista em fé?

7 de jul. de 2013

ACELDAMA

18  (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram; 19  e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.) At.1.18,19.
OBJETIVO.
O sermão com título Aceldama visa tratar sobre os aspectos perfeitos da obra da Cruz e seus benefícios para a humanidade, bem como através do preço de Jesus evidenciamos que sua morte foi o método de Deus lidar com as consequências espirituais da morte.
INTRODUÇÃO.
O enredo desta homilia começa no momento em que Jesus lida com a ganância de Judas. Ora, ocorreu um episódio interessante na semana que Jesus estava para ser entregue; pois, uma mulher derramara bálsamo sobre a cabeça de Jesus, e isto manifestou as ambições de Judas cuja influencia trouxe desavença no pensamento dos discípulos.
Tudo começou mediante a simulação de Judas que por interesse econômico argumentou que determinado valor do bálsamo poderia ser distribuído aos pobres. Tal manipulação persuadiu os demais discípulos que anuíram ao argumento de Judas. Mas, Jesus foi taxativo em sua argumentação, o qual deflagrou as intenções demoníacas dos propósitos de Judas.
2  Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. 3  Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. 4  Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: 5  Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6  Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava. 7  Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem; 8  porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. Jo.12.2-8.
3  Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. 4  Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? 5  Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. 6  Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. 7  Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. 8  Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. Mc.14.3-8.
6 Ora, estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso, 7  aproximou-se dele uma mulher, trazendo um vaso de alabastro cheio de precioso bálsamo, que lhe derramou sobre a cabeça, estando ele à mesa. 8  Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? 9  Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres. 10  Mas Jesus, sabendo disto, disse-lhes: Por que molestais esta mulher? Ela praticou boa ação para comigo. 11  Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes; 12  pois, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento. Mt.26.6-12.
Após este episódio, Judas ressentido, percebeu que não teriam mais êxito seus intentos; assim toma a resolução de lucrar mais por meio da traição de Jesus.
3  Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze. 4  Este foi entender-se com os principais sacerdotes e os capitães sobre como lhes entregaria a Jesus; 5  então, eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro. 6  Judas concordou e buscava uma boa ocasião de lho entregar sem tumulto. Lc.22.3-6.
14 Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: 15  Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. 16  E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar. Mt.26.14-16.
Outro fator importante é que Judas consentiu em vender Jesus por trinta moedas de prata. O curioso nesta situação é que trinta moedas de prata equivaliam ao preço de um escravo simples, além disso, a Palavra de Deus afirma que este valor seria o preço do qual o Messias seria vendido.
Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata. 13  Então, o SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do SENHOR. Zc.11.12,13.
Se o boi chifrar um escravo ou uma escrava, dar-se-ão trinta siclos de prata ao senhor destes, e o boi será apedrejado. Êxodo 21:32 

Fato é que ao avaliar Jesus por trinta moedas de prata, tais sacerdotes em sua atitude de menosprezo pelo filho de Deus não imaginavam que cumpririam as Sagradas Escrituras ditas cerca de 450 anos antes. Tal desprezo é evidenciado na Palavra de Deus, no livro de Zacarias, onde o próprio Deus ironiza afirmando ser "magnífico preço" estabelecido por ele cujo valor foi dado à casa do oleiro; daí então ter comprado do oleiro o Aceldama.

Da mesma forma, a ganância de Judas somada à amargura gerada pela repreensão de Jesus fez com que ele não percebesse que estava depreciando o valor do filho de Deus dando o menor preço estabelecido pela Lei para um ser humano.

A TRAIÇÃO DE JUDAS.
A ocasião para entregar Jesus ocorreu no momento após o jantar, antes da Santa Ceia, quando Jesus indica o traidor e fala para Judas cumprir com seus intentos.
21  E, enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. 22  E eles, muitíssimo contristados, começaram um por um a perguntar-lhe: Porventura, sou eu, Senhor? 23  E ele respondeu: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá. 24  O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito, mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor lhe fora não haver nascido! 25  Então, Judas, que o traía, perguntou: Acaso, sou eu, Mestre? Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste. Mt.26.21-25.
João 13:2  Durante a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que traísse a Jesus, João 13:26  Respondeu Jesus: É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado. Tomou, pois, um pedaço de pão e, tendo-o molhado, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
Todavia, a consumação da traição ocorre quando horas após Judas conduz a guarda de Caifás para prenderem Jesus no Horto das Oliveiras e o delata com um beijo.
47 Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. 48  Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o. 49  E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. Mt.26.47-49.
47  Falava ele ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, o chamado Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar. 48  Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem? Lucas 22:47,48

ANÁLISE.
Perceba como o diabo é astuto. Pois, após ter usado Judas através de sua ganância, ele agora deixa Judas com remorso.
1 Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem; 2  e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos. 3  Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: 4  Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. 5  Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. Mt.27.1-5.
Judas volta aos sacerdotes para recusar aquele dinheiro. Todavia, Judas não possuiu o verdadeiro arrependimento no sentido de voltar a Jesus e pedir perdão por todos os seus crimes preferindo então o seu próprio enforcamento, o qual, conforme texto áureo: “rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”. At.1.18.
6  E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. 7  E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. 8  Por isso, aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue. 9  Então, se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram; 10  e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor. Mt.27.6-10.
Tal é foi a cegueira espiritual e religiosidade daqueles pérfidos sacerdotes que reconheceram que aquele dinheiro foi um dinheiro iníquo, portanto, não poderia ser colocado no local das ofertas. Mas, os mesmos sacerdotes não enxergaram que eles próprios foram os ocasionadores daquela iniquidade que, portanto, suas próprias atitudes os condenavam serem merecedores do inferno.
            Assim usaram as trinta moedas de prata para comprarem um campo de oleiro que ficava na região mais baixa e ao extremo sul de Jerusalém, um local ao fundo do vale de Hinon, figurado como Geena ou inferno, lugar de punição eterna.
CARACTERÍSTICAS.
A Cidade Velha de Jerusalém possui uma elevação de aproximadamente 760 metros constituída de montes e cercada por vales. Existem três vales que se unem em uma área ao extremo sul e ao fundo da cidade antiga de Jerusalém: Cedron, Tyropeon e Hinon.  
O Vale do Cedron está ao leste da Cidade Velha e corre para o sul e separa o Monte das Oliveiras e a cidade propriamente dita.
O Vale de Tyropoeon começa na região noroeste próximo ao Portão de Damasco,  dirige-se ao sudoeste através do centro da Cidade Velha para baixo do Tanque de Siloé, cuja parte inferior dividide duas colinas, o Monte do Templo no leste, e o resto da cidade no oeste (as partes alta e baixa da cidade descrita por Flávio Josefo).
Ao sudoeste e ao longo do lado sul da antiga Jerusalém está o Vale de Hinon, uma ravina íngreme associada com  com o conceito de inferno ou Geena (Jeremias 19.2,6).




DEFINIÇÕES.
Porque Geena figurava o inferno?
No ponto de convergência de Hinon com os vales do Tiropeom e do Cedron, existe uma área mais larga, onde se localizava o Tofete (O nome do lugar era Tofete, e assim chamavam porque eles dançavam e tocavam pandeiros [hebr.: tuppím] por ocasião da adoração onde eles faziam seus filhos passarem pelo fogo a Moloque. Eles tocavam padeiros para que o pai não escutasse os gritos do filho quando o estivessem fazendo passar pelo fogo, e seu coração não ficasse agitado e ele o tirasse da mão deles) 2 Reis 23.10. 2 Crónicas 33.1, 6, 9.
Com o tempo, o vale de Hinom tornou-se o depósito e incinerador do lixo de Jerusalém, aos quais se acrescentava enxofre para ajudar na queima.
O vale é bastante estreito e fundo, com muitas câmaras sepulcrais nos socalcos dos seus penhascos. Lançavam-se ali tanto cadáveres de animais para serem consumidos pelos fogos quantos cadáveres de criminosos executados, considerados não merecedores dum sepultamento decente num túmulo memorial.
6  Por isso, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que este lugar já não se chamará Tofete, nem vale do filho de Hinom, mas o vale da Matança.7  Porque dissiparei o conselho de Judá e de Jerusalém neste lugar e os farei cair à espada diante de seus inimigos e pela mão dos que procuram tirar-lhes a vida; e darei o seu cadáver por pasto às aves dos céus e aos animais da terra...10 Então, quebrarás a botija à vista dos homens que foram contigo 11  e lhes dirás: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Deste modo quebrarei eu este povo e esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, que não pode mais refazer-se, e os enterrarão em Tofete, porque não haverá outro lugar para os enterrar. 12  Assim farei a este lugar, diz o SENHOR, e aos seus moradores; e farei desta cidade um Tofete. Jr.19.6,7,10-12.
Quando esses cadáveres caíam no fogo, então eram consumidos por ele, mas, quando os cadáveres caíam sobre uma saliência da ravina funda, sua carne em putrefação ficava infestada de vermes, ou gusanos, que não morriam até terem consumido as partes carnais, deixando somente os esqueletos.
42  Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no mar. 43  E se a tua mão te fizer tropeçar, corta-a; melhor é entrares na vida aleijado, do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 44  [onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.]  45  Ou, se o teu pé te fizer tropeçar, corta-o; melhor é entrares coxo na vida, do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno. 46  [onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.] 47  Ou, se o teu olho te fizer tropeçar, lança-o fora; melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno. 48  onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga. Mc.9.42-48.

Porém, ao extremo sul do vale, perto da sua extremidade oriental, encontra-se o lugar tradicional de Aceldama, o "Campo de Sangue", o campo do oleiro comprado com as 30 moedas de prata de Judas. (Mateus 27.3-10; Atos 1.18, 19).
APLICAÇÃO.
O inusitado é que Judas em sua ganância e mediocridade de pensamento não soube valorizar a unção de embalsamento, assim desprestigiou o corpo de Jesus preferindo trocá-lo por um péssimo negócio resultando num medíocre campo no pior terreno de Jerusalém.

Ou seja, além de Judas ser ladrão e traidor era também um homem com mentalidade miseravelmente medíocre e péssimo negociante.

Não é por acaso que seu lugar se situava no mais profundo do Geena, ou seja, inferno. Evidenciando geograficamente aquilo que se constata no espiritual.

Assim não devemos permitir que a ganância e religiosidade  gere incoerência tal que percamos o valor da unção por um preço fundamentado em uma mentalidade de pobreza e mediocridade.

Todavia, ainda que Judas não valorizasse o corpo de Cristo; Cristo valorizou seu corpo proporcionando pelo seu preço um local para sepultamento de todos aqueles que estavam no Geena. Pois, seu preço serviu para comprar um sepultamento digno para aqueles que seriam lançados a esmo no inferno.

7  E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. 8  Por isso, aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue. Mt.27.7,8.
CONCLUSÃO.
            Logo, pelo preço do sangue de Jesus, todos aqueles que estavam destinados a serem queimados pelo fogo e enxofre no vale de Hinon, agora podiam ser dignamente sepultados. Assim, interpretando de forma espiritual, aqueles que aceitam a Jesus como seu Senhor e salvador pessoal podem ser salvos das profundezas, das chamas do inferno e do lugar de eterna punição para receberem a vida eterna que provem dEle.
            A unção que aquela mulher derramou preparou um lugar de descanso para todos que estavam forasteiros e agora são cidadãos dos céus.
            Aleluia! Agradecemos a Deus porque não temos uma mentalidade de pobreza e mediocridade que destinou Judas ao mais profundo do inferno; mas sabemos valorizar a unção que nos proporciona um local de descanso.
APELO.
Assim, peço a todos quantos querem receber a Cristo e ter um local de descanso que tomem uma decisão agora de recebê-lo como seu Senhor e Salvador pessoal!