29 de mar. de 2015

EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL

28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. Mat 11:28-30



OBJETIVO.

Vamos tratar neste sermão sobre o “controle e educação dos sentimentos”; o qual, inclusive no ambiente cristão, a falta de conhecimento e controle dos sentimentos tem gerado alguns dos mais aterradores distúrbios que têm assolado a sociedade. Assim, nós apresentaremos alguns aspectos sobre o tema e algumas dicas comportamentais que podem gerenciá-los.
O objetivo é ministrar saúde emocional para aqueles que tiveram dificuldades emocionais na sua experiência de vida e necessitam de apoio para adquirirem cura emocional estabelecida por Jesus Cristo na cruz a fim de aprender a educar suas emoções.

INTRODUÇÃO.

Diante das exigências do mundo pós-contemporâneo Jesus apresenta uma proposta de refrigério: “achareis dencanso para vossa alma”; ele descreve a sociedade “cansada” (exausta) e “sobrecarregada” (estressada), mas oferece a solução que vem dele mesmo: “sou manso e humilde de coração”; “porque o meu jugo é suave  e meu fardo é leve”. Ou seja, Jesus apresenta uma proposta de buscar o que hoje denominamos por “educação socioemocional” para gerência dos próprios sentimentos. Essa busca está em sua pessoa e na comunhão com o Espírito Santo e seu fruto.

Muitos desconhecem a administração de seus próprios sentimentos, outros têm receio de tratar sobre esse tema, até por que ninguém gosta de aflorar sentimentos quando os desconhece; ainda há aqueles que por “mecanismo de defesa do ego” chamado “negação” procuram ignorar certos sinais ou sintomas de um conflito emocional; mas é justamente porque não querem lidar com isso que eles se tornam susceptíveis aos seus desconfortos.
Ora, a fuga acerca do conhecimento dos problemas não é a melhor maneira de resolvê-los. Parafraseando um dito de um renomado escritor: “Se na medida que resolvemos os problemas e estes apresentam mais demanda de sabedoria para resolvê-los, não será com falta de sabedoria que vamos resolver estes problemas ainda maiores.”
Daí a reação das pessoas tratarem esses aspectos do sentimento de forma negativa, desdém, menosprezo ou conflituosa; pois, na verdade a alma manifesta sua dificuldade de confrontar e lidar com suas emoções e conflitos, principalmente daquilo que ele não entende. Todavia, a Palavra de Deus assim afirma:
“Conhecereis a verdade; e a verdade vos libertará!” Jo.8.32
Outro fator importante a ser salientado é que o sistema educacional secular quer seja no ambiente escolar ou familiar se fundamenta prioritariamente na formação educacional “cognitiva” e pouco ensina sobre o aspecto “socioemocional”, isto é, não prepara o indivíduo para lidar com suas emoções e seus relacionamentos. Do ponto de vista socioemocional, nos encontramos despreparados para enfrentar as vicissitudes da vida.
Como revelam pesquisas científicas nas áreas de psicologia e economia da educação, “habilidades socioemocionais” são tão importantes quanto as “cognitivas” para a obtenção de bons resultados, e tão ou mais importantes que elas para o sucesso no trabalho e na vida.
Diante disso surge as seguintes proposições:
  • Podemos educar nossas emoções?
  • E se podemos; então como educar nossas emoções a ponto de habilitá-las de forma madura, saudável e equilibrada?
Essas características não são talentos natos, mas podem ser aprendidas em qualquer momento da vida. As pessoas têm predisposições, há crianças que são mais expansivas e outras mais retraídas. No entanto, é a interação com as pessoas de sua convivência que irá estimular ou não sua sociabilidade. Especialistas avaliam que é necessário haver um programa intencional e estruturado para que haja resultados positivos.


DEFINIÇÕES.
Inteligência emocional e maturidade socioemocional são elementos imprescindíveis na atuação como resposta aos desafios na família, no trabalho, na vida, etc.
Tais habilidades não técnicas como: curiosidade, colaboração, resiliência, pensamento crítico, “Lócus de controle” e capacidade de resolução de problemas são cruciais para preparar as pessoas para o futuro.
As habilidades ou competências socioemocionais incluem um "conjunto de comportamentos e sentimentos" individuais como uma espécie de padrão constante ou tendência para responder de determinada forma em determinados contextos e situações cotidianas, como ao gerenciar as próprias emoções ou tentar atingir um objetivo.
Sobre esse assunto podemos observar o exemplo de Esdras, um homem que possuía inteligência (sabedoria) emocional.
97  Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo. 98  O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. 99  Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. 100 Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos. Sl. 119:97-100.
Segundo os versículos acima expostos podemos comparar o quanto a meditação e aplicação da Palavra de Deus nos torna sábios, isto é com inteligência e gerência socioemocional.

ANÁLISE.

A educação dos sentimentos visa compreender sistematicamente os processos que mantém a condição do sofrimento emocional, identificar as ideias, memórias, pensamentos e comportamentos que são prejudicais, refletindo sobre elas e, posteriormente, testando novos paradigmas de pensamento e comportamento para que seja possível o desenvolvimento de uma vida mais saudável e flexível.

CARACTERÍSTICAS.

Há ao menos 24 características ou competências socioemocionais a serem trabalhadas, onde cada pessoa pode aprimorá-las em diferentes níveis, tais são consideradas essenciais para gerar um resultado de vida positivo: Em geral, essas competências podem ser classificadas em cinco domínios:
  • Amabilidade (presente em cooperação, gratidão, cortesia),
  • Abertura a novas experiências (presente em comportamentos de curiosidade, motivação, criatividade, não ter medo de errar, coragem, etc.),
  • Extroversão (como sociabilidade ou inteligência social).
  • Conscienciosidade (expressa em atitudes de responsabilidade, persistência, perseverança, resiliência e outras), 
  • Estabilidade emocional (na capacidade de autocontrole, autoconceito, esperança e outras).

DESCRIÇÃO DE SENTIMENTOS.
Obviamente, ao tratarmos sobre o tema da educação socioemocional, é importante informar que não somente as habilidades e competências socioemocionais devem ser educadas, mas todas as emoções necessitam de educação e gerência. Assim, trataremos da questão da descrição de alguns sentimentos importantes e suas aplicações comportamentais.  
Na busca pela saúde emocional é fundamental que o indivíduo saiba avaliar qual a natureza e intensidade de um sentimento. Pois, os sentimentos norteiam os aspectos do inconsciente e consciente mais do que muitos possam imaginar.

Quanto ao Gênero:

Observa-se uma leve diferença na forma como o homem e a mulher lidam com seus sentimentos. Via de regra, os do gênero masculino tendem a absorver o sentimento ou informações sobre um pensamento e compartimentá-los em categorias. Enquanto que mulheres absorvem o sentimento de uma forma mais interligada, onde cada emoção se conecta entre si e com o todo.
Assim descobre-se porque ocorrem tantos ruídos de comunicação entre os gêneros, pois cada um quer absorver o sentimento segundo sua forma de ver a vida (cosmovisão) e lidar com suas emoções desconsiderando a de outro.
Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações. 1 Pe.3.7.
A educação socioemocional nos ensina a gerenciar nossos sentimentos a ponto de poder entender “a linguagem de amor” dos outros.

Quanto Natureza:

O sentimento de uma pessoa pode ficar armazenado no mais profundo de seu ser, aloca-se nas regiões mais intrínsecas do inconsciente. A natureza de um sentimento armazenado nesse recôndito é que está escondida por trás de um estímulo, ímpeto, pulsão ou motivação; o qual serve como efeito motivador para provocar ações e reações psíquicas.
Quando esse sentimento que orienta o estímulo é ruim, ele provoca atitudes que estão fundamentadas na rejeição, aflição ou angústia, preocupação, insegurança, frustração ou medo.
Desta forma, deve se reconhecer que tipo de sentimento vem do inconsciente e que natureza de sentimento ele provoca como estímulo primário.
Sob certos aspectos, nós reconhecemos os sintomas ou as evidências e não suas origens, suas raízes. Por exemplo, uma pessoa chega para nós e diz que está cheia de ansiedade, de tensão, mas isto é apenas sintoma. Precisamos ajudá-la a descobrir a verdadeira causa de sua ansiedade, qual força motriz ou estímulo que provoca tal ansiedade ou tensão.
Uma vez detectado essa força motriz emocional do estímulo, deve-se cuidá-la e reeducá-la para que seja um bom sentimento, o qual proporcionará atitudes saudáveis que despertem amor e harmonia para um comportamento equilibrado.
Portanto, o que estimula primariamente as ações não pode ser oriunda de sentimentos ruins como: rejeição, preocupação, insegurança, frustração ou medo; mas manifesta pelo “Fruto do Espírito” que é “amor, alegria, paz, mansidão, paciência, benignidade, bondade, fé e autocontrole” (Gl.5.22).

Quanto a Intensidade: O sentimento pode ser moderado ou patológico.

Tal profundidade de um sentimento pode vir na intensidade de um exagero de sensações, que se não cuidado produz “aflição”, “angústia” e até “esgotamento” do mesmo; pode gerar uma crise ou um transtorno emocional propriamente dito.
Contudo, ao entrarmos nesse tópico devemos primeiramente diferenciar certos aspectos da intensidade do sentimentos que definirão o correto equilíbrio:
Primeiramente, o que é sentimento? Todos nós temos emoções, sensações e anseios; os sentimentos fazem parte da natureza humana e dão vivacidade a ser humano; pois o mesmo continuamento procura sentir essas emoções que agregam valor e sentido aquilo que fazemos e isso é bom quando dado de forma equilibrada.
1 Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. 2  A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? 3  As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está? 4  Lembro-me destas coisas—e dentro de mim se me derrama a alma—,de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa. 5  Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu. Sl.42.1-5.
Assim, existe um tipo de “sentimento moderado” que é normal e demonstra que certa pessoa sabe gerenciá-los e desfruta sua vida com emoções e vivacidade.
Destarte, a neutralização de sentimentos ou o desequilíbrio para menos no fator das emoções pode levar alguém a entrar em estágio não salutar de “apatia ou preponderância do racionalismo”. Tal déficit de sentimento pode vir pelo desapego aos valores e alegrias da vida, em caso cristão pode sublimar em acídia, ou seja, um desleixo temporal a favor do mundo porvir.
Em contra partida, o desequilíbrio desses sentimentos em sua forma de excesso e a falta de compreensão em como deva ser lidado, quer no presente como no decorrer de sua história pode gerar conflitos psíquicos.
A medicina que estuda essa categoria de doença considera “sentimento patológico” como anormal, pois rouba da pessoa a capacidade de enfrentar os problemas e a lucidez para suportar as pressões da vida.
Portanto, existe um “ponto de equilíbrio” na esfera da alma em que encontramos um estágio saudável para lidar com os aspectos das aspirações humanas e suas habilidades socioemocionais. Pois, Deus deseja que sejamos saudáveis em todos os aspectos emocionais e espirituais.
2  Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. 3 Jo.2
Quanto a Permanência
Penso que num processo da avaliação de um sentimento é necessário observar os aspectos da natureza do sentimento, sua intensidade; também o período pelo qual se prolonga tal sentimento.
Sim, o tempo pelo qual uma pessoa é acometida por um sentimento ruim e sua respectiva angústia e o tempo que a mesma leva para superá-lo de fundamental importância para descrevermos a permanência em um quadro de conflito emocional. Vai deste um sentimento de intensidade "aguda" ou "mediana" podendo se tornar "crônica"; vindo afetar os aspectos básicos de convivência e trabalho.
Exemplo: Há aqueles que se iram e depois conseguem superar rapidamente essa situação. Mas, existem aqueles que permitem que a ira afete por dias seu estado de humor.
26  Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, 27  nem deis lugar ao diabo. Ef.4.26,27.
É necessário que a pessoa saiba cuidar seu estado de ânimo a fim de o mesmo não venha ser dominado por seus sentimentos e faça algo impróprio.

ASPECTO DA ANGÚSTIA DOS SENTIMENTOS

Ao descrevermos os aspectos da angústia nos sentimentos devemos entender um critério preliminar a ser estabelecido: “O que” e “quem” está no controle de nosso ser?
Observe, o quadro apropriado é que você deveria controlar seus pensamentos e gerenciar seus sentimentos; jamais os pensamentos e sentimentos deveriam ser aqueles que  dominam o ser humano. Se deixarmos nossos pensamentos e sentimentos nos dominarem então estaremos susceptíveis a suas reações e caprichos.
Desta forma, não podemos ser passivos e susceptíveis aos sentimentos e emoção que as circunstâncias impõem; tais sentimentos no controle é que provocam a angústia; pois, os mesmos não são aptos para governarem o ser humano; embora, estes devam ter seu peso de participação e não serem negligenciados nas decisões da alma.
Necessitamos identificar os sentimentos e pensamentos que fazem mal. E gerenciá-los de forma correta a fim de mudar nosso comportamento e não permitir que a angústia se apodere deles.
Existem pelo menos três situações em nossa vida cujos sentimentos mais nos preocupam e nos deixam angustiados. A pessoa pode ser ou estar angustiada no:

Ser -

O qual se destaca pelos aspectos ontológicos de seu valor pessoal, aceitação ou rejeição.
Exemplo: A pessoa pode estar angustiada no tocante as questões do relacionamento conjugal; na harmonia dos sólidos relacionamentos sociais onde se conjuga suas atividades como: família, escola, trabalho, etc. O resultado desse tipo de angustia no ser tendem a desencadear sentimentos de “rejeição” e “depressão”.
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? 26  Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? 27  Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? Mt.6.25-27.
A angústia no ser pode despertar preocupação com as doenças. Atentar a saúde é algo normal, todos nós devemos cuidar bem do próprio corpo. O que não é normal é viver em função de uma preocupação crônica com doenças, pois temos o Senhor que nos sara.
nenhuma enfermidade verá sobre ti... Êx.15.26.
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5  Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Is.53.4,5.

Ter –

Diante a massiva ênfase dada ao materialismo e suas formas de consumo, certas pessoas procuram preencher lacunas de suas angústias com produtos, status e ascensão social ou profissional. Na busca contínua por uma demanda cada vez maior, tal ímpeto desperta sentimentos de ansiedade e mania e pelo “ter” e a não obtenção destes por gerar transtorno obsessivo compulsivo e ou esgotamento.
28  E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29  Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30  Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Mt.6.28-30.
A angústia pelo “ter” desperta preocupação com a questão financeira. Existem pessoas que pressupõe que pelo excesso de trabalho é que vão conquistar prosperidade econômica. Tal pensamento os conduz a uma cilada de ansiedade e compulsividade por desejos econômicos.
Ora, não é errado trabalhar, pois Deus nos mandou trabalhar (Gn.2.15). Errado está na priorização do dinheiro no lugar d’Aquele que nos proporciona saúde para trabalhar.
17  Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. 18  Antes, te lembrarás do SENHOR, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê. Dt.8.17,18.
pois conhecereis a graça de nosso senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos. 2 Coríntios 8.9.
Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. 1 Cr29.12.

Fazer

Muitas pessoas manifestam sentimentos de angústia ao realizar certas atividades, as quais quando praticadas em tal sentimento desperta expectativas que na não realização dessas produz frustração que pode conduzir a irritação e fúria.
31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; 33  buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34  Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Mt.6.31-34.
De igual modo, a angústia no fazer pode despertar preocupação, pressentimento de ameaça ou medo para com a violência.
A vigilância, a atenção e o cuidado é uma incumbência de todo cidadão. Contudo, a paralisação e medo de sair de casa além de não ser produtivo leva a pessoa a sofrer por antecedência o que ocasiona no tormento; pois esquece do que é o mais importante: Que o Senhor nos protege!
Se o senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Sl.127.1.

ILUSTRAÇÃO

Observe como alguns sentimentos ruins em comparação ao “Fruto do Espírito”; os quais podem ser classificados e nivelados quanto a sua natureza, em escala de 0 à 10 quanto sua angústia e intensidade:
  • REJEIÇÃO: Começa com os aspectos intrínsecos das questões de baixo autoestima e falta de aceitação permeando em culpa, insegurança e complexo de inferioridade; ou autoestima distorcida que acolhe a ferida emocional, ofensa, ressentimento, mágoa, amargura, decepção, proporcionando orgulho, crítica, indiferença, desprezo e hostilidade.
  • DEPRESSÃO: começa com entristecimento, tristeza, prostração, pesar, desânimo, desmotivação, desapego, desleixo a vida, acídia e culmina em depressão.
  • ANSIEDADE: Autoconfiança, euforia, SPA (síndrome do pensamento acelerado), preocupação, autoexigência, perfeccionismo, pragmatismo, pressão, exaustão e esgotamento.
  • INQUIETAÇÃO: Impertinência, teimosia, controle, tecnicismo, tensão, obstinação e mania; num processo de manifestação de NOC ou TOC. (Neurose Obsessivo Compulsiva e Transtorno Obsessivo Compulsivo).
  • FRUSTRAÇÃO: Ocasionado por inquietação vinda de um excesso de expectativa, desapontamento, inconformidade, centralização, indiferença, irritação, hostilidade, ira e fúria.
  • MEDO: Começa com a incerteza ou dúvida a respeito de muitos aspectos que evolui para receio, o qual uma vez estabelecido se torna numa ameaça, após temor, desespero, medo, fobia, pânico, opressão e por fim o tormento.

PASSOS PARA LIDAR COM A ANGÚSTIA E OS SENTIMENTOS PELA PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO E SEU FRUTO.

Deus nos fornece conforto através da presença do Espírito Santo, o qual é nosso “parácletos”, nosso consolador que nos auxilia a vencermos os traumas e os distúrbios emocionais.
Pois, o Espírito Santo foi dado a nós como selo e penhor da salvação, também Ele manifesta a Sua presença a fim de que em nosso espírito humano possamos ter comunhão com Deus.
13  em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14  o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória. Ef.1.13,14.
O Espírito Santo além de proporcionar essa regeneração espiritual permite fazer com que nossa alma desfrute e deleite com sua presença.
a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, Atos 3.20
Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso. Êxodo 33.14
Porém, a ação do Espírito Santo em nossa psique é muito maior do que apenas proporcionar deleite; Ele foi outorgado a nós para nos proporcionar cura emocional. Isto é, a presença do Espírito gera a cura (Rm.8.11).
4  Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. 5  Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito. 6  Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; 7  visto que andamos por fé e não pelo que vemos. 2 Co.5.4-7.
De que forma Ele nos cura? Através da manifestação de seu fruto!
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. Gl.5.22,23.
Se observarmos atentamente, nós veremos que o fruto do Espírito Santo serve como remédio e terapia para as questões das aflições e distúrbios emocionais:
Deus ministra “amor” para curar todos os sentimentos de rejeição e carência afetiva (1 Jo.4.18). O Espírito Santo ministra “alegria” para curar qualquer depressão (Ne.8.10); Ele dispõe de “paz” para extrair toda ansiedade a fim de que estejamos tranquilos (Is.26.3).
Ele nos dá “paciência” para remover nossa mania, neurose e compulsividade (Fp.4.6,7); dá-nos “mansidão” a fim de que permaneçamos calmos e tenhamos resiliência contra a frustração e ira (Sl.37.11).
Também nos concede “benignidade e bondade” para que sintamos aceitos e protegidos (Sl.36.7); libera a “” para remover toda a atribulação emocional e medo (Jo.14.1) a fim de que tenhamos bom ânimo (2 Co.5.6); por fim proporciona “domínio próprio” para remover toda angústia, preocupação, descontrole e distúrbio emocional.


Todo esse processo começa com a experiência fundamental do “amor de Deus”, pois o amor de Deus reconstrói toda nossa estrutura psíquica deformada pelo pecado e enferma pelos traumas da vida. Observe  como o amor desencadeia todos os demais aspectos do fruto do Espírito:
4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5  não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6  não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7  tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Co.13.4-7.
“22  Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23  mansidão, domínio próprio”. Gl.5.22,23a
O “amor é paciente”, compare como o amor trabalha no aspecto do fruto do Espírito chamado “longanimidade” (paciência), veja o amor em correlação ao fruto do Espírito chamado “benignidade”; também encontramos ligação com o aspecto do fruto do Espírito; o amor que não arde em ciúmes e tudo crê é um amor de “fidelidade” e confiança; o amor que não se ufana nem se ensoberbece é um amor de “mansidão”; o amor que não se conduz inconvenientemente é aspecto do fruto chamado “paz”.
Tal amor que não se ressente do mal é uma qualidade de amor que produz o aspecto do fruto chamado “bondade”. O amor que se regozija com a verdade tem a ver com o aspecto do fruto do Espírito chamado “alegria”; por fim, o amor que tudo sofre, tudo espera e tudo suporta correlaciona-se ao aspecto do fruto chamado “domínio próprio”.
Portanto, definimos que o amor trabalha em todos os aspectos do fruto do Espírito e que esse fruto não serve apenas para deleite, mas para cura e remédio de nossos sentimentos e para educação socioemocional.

APLICAÇÃO.

Assim, orientamos a todos que possam meditar sobre esse tema e permita que Deus, pela presença do Espírito Santo e seu fruto venha educar nossas emoções a ponto de podermos gerenciá-las de forma correta, com inteligência emocional.
Dedique um tempo de oração para que Deus aja através de seu Espírito e cure certas emoções, bem como, seus estímulos a fim de que você desfrute do melhor de Deus para sua vida.
11  Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança. 12  Então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. 13  Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Jer.29.11-13.

CONCLUSÃO.

Portanto, queridos! Disponhais vosso coração, abrí vossos sentimentos, deixai o Espírito Santo trazer cura através da obra de Jesus Cristo na cruz do Calvário para que experimenteis refrigério do Senhor.
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, da presença do Senhor At.3.19

APELO.


  • Quantos querem receber cura em seus sentimentos?
  • Quantos permitem Deus reeducar seus sentimentos?
  • Quantos querem aptidão e crescimento na sua educação socioemocional?