28 de abr. de 2013

ENXERTADOS


17 Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, 18  não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti. 19  Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. 20  Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme. 21  Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará”. Rom.11.17-21.

OBJETIVO.
O sermão aborda acerca da necessidade de produzir bons frutos na medida em que somos enxertados na oliveira que é Jesus, a fim de não sermos rejeitados por Deus e continuarmos sendo beneficiados pela boa seiva.

INTRODUÇÃO.
O PODER DA ANALOGIA DE JESUS
A Palavra de Deus é riquíssima em utilizar símbolos e ilustrações para que através destas analogias aprendamos coisas espirituais referentes ao Reino de Deus.
Jesus, em seu ministério terreno, foi profundamente habilidoso na utilização de ilustrações para esclarecer coisas do Reino de Deus. Pois, ele utilizava muitas parábolas. Observe a Parábola da Videira Verdadeira.
1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2  Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. 3  Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; 4  permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5  Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6  Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. 7  Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. 8  Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Jo. 15.1-8.
Perceba que Jesus utiliza a ilustração da videira para falar sobre a necessidade de estarmos vinculados nele e da necessidade de extrairmos dele a seiva de vida que nos propicia dar excelentes frutos para glória do Pai.
ANALOGIA PAULINA: IMPLANTADO, TRANSPLANTADO OU ENXERTADO.
Da mesma forma, o apóstolo Paulo utilizava dos recursos da ilustração para nos instruir com propriedade as coisas concernentes à fé cristã.
Uma destas ilustrações é sobre a analogia de Paulo na apresentação metafórica do corpo para falar de nossa ligação com Cristo e de como esta ligação nos vincula a Igreja.
Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, 5  assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, Romanos 12.4,5. 
Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? 17  Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão. 1 Coríntios 10.16,17.
Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 1 Coríntios 12:13 
13  Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. 14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, 15  aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, 16  e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. 17  E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; 18  porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Ef.2.13-17.
Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. Romanos 7.4
Além disto, tanto Jesus quanto Paulo, ambos utilizam a ilustração da árvore para falar acerca da nova vida em Deus e da necessidade de produzir respectivos frutos que estejam de acordo com a natureza da árvore e expectativa de seu dono.
 “17  Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira,” Rm.11.17.
EXPECTATIVAS DE BOM FRUTO
Ora, eles falam acerca da expectativa de fruto da árvore porque para tal objetivo a árvore é constituída, ou seja, uma árvore frutífera só tem sentido se a mesma produzir frutos. E a expectativa é que estes frutos sejam bons.
Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. Lucas 6.43,44
9 E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção,10  para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, 11  cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus. Filipenses 1.9-11.
“19  Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação. 20  Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. 21  Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. 22  Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna;” Rom.6.19-22
A CONSTATAÇÃO DE MAU FRUTO
            Contudo, algo muito ruim se espera quando se constata que uma árvore que se esperava bons frutos por fim produz frutos maus. Tal árvore não somente proporciona o contrário daquilo que se esperava como está utilizando um espaço e absorvendo do adubo e nutriente de outra árvore que possa produzir bons frutos.
3 Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; 4  nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. 5  Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. 6  Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. 7  Portanto, não sejais participantes com eles. 8  Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz9  (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade), 10  provando sempre o que é agradável ao Senhor. 11  E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. 12  Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha. 13  Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz. 14  Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Ef.5.3-14.
A NATUREZA DOS FRUTOS COMO CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Então, a natureza dos frutos passa a ser critério de avaliação quanto a constatação da árvore em seu propósito e manutenção desta em sua existência. Isto é, na apresentação de frutos maus, tal árvore se encontra na condição de ser cortada a qualquer momento.
E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Lucas 3:9 
APROVEITAR-SE DA BOA SEIVA PARA PRODUZIR MAUS FRUTOS ESTÁ A PONTO DE OFENDER O ESPÍRITO SANTO
            Entretanto, pior que a condição anterior, no sentido de estar num lugar para dar bons frutos e produzir frutos maus, são aqueles tipos de galhos que se aproveitam da condição de serem enxertados na oliveira verdadeira e extraírem de Sua seiva para produzirem frutos maus. Aproveitam-se dos benefícios da fé e da nobreza de Deus para manter seus interesses egoístas. São verdadeiros abusadores de Deus!
Tais, na verdade, são da pior espécie, refiro-me aos falsos cristãos, falsos evangélicos; pois com esta atitude ofendem ao Espírito Santo do qual absorvem a seiva e se aproveitam da fé alheia para praticarem todo tipo de manipulação, golpes e falcatruas, tais se encontram na condição e expectativa de serem incinerados a qualquer momento e serem lançados em fogo eterno.
30  Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. 31  Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. 32  Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir. 33  Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. 34  Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. 35  O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. 36  Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; 37  porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado. Mt.12.30-37.

CLASSIFICAÇÃO.
DESVIADOS OU CORTADOS
6 Então, Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. 7  Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? 8  Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. 9  Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la. Lc.13.6-9.
            A Palavra de Deus narra acerca da condição de algumas pessoas que foram cortadas por Deus de sua figueira. Assim, muitas das pessoas que hoje denominamos como “desviadas”, na verdade, deveria melhor estes ser chamados de “cortados”.
Pois, em tese, tais foram inseridos na videira verdadeira e foram nutridos pela boa seiva e no lugar de produzirem bons frutos, utilizaram abusadamente da boa seiva para serem infrutíferos ou produzirem frutos maus.
INFRUTÍFEROS OU FRUTOS MAUS.
            Ora, dentro da categoria de cortados, podem se encontrar tanto os que chamamos de “infrutíferos” quanto aqueles que produzem “frutos maus”.
1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2  Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Jo.15.1-2.
            Desta forma, existe um ingênuo sentimento de complacência por parte dos evangélicos em relação ao que se desviaram. Fundamentados em um pensamento filosófico humanista achamos que tais desviados foram bonzinhos e desafortunados e que as pessoas ou instituições falharam com eles.
Ou então eles se apresentam assim, foram caluniados, injuriados ou perseguidos na fé e por isso se desviaram. Eu vejo muito disto quando chegam desviados que agora retornaram para as drogas e o vício. Isto é uma grande falácia e engano!
Todavia, em minhas décadas de convívio cristão percebo que tais desviados raramente se afastaram por falha de terceiros. Na sua maioria, eles se afastaram porque se demonstraram infrutíferos ou apresentaram frutos maus em seus processos de avaliação e por isso foram removidos por Deus e extraídos do corpo.
O corpo tem seus próprios meios de extrair elementos estranhos ao corpo! Assim também o corpo de Cristo. O cidadão desajustado no corpo anda por todas as partes do corpo até ser ele próprio retirado.
PACIENCIA DA COLHEITA
Deus trabalha por estações! Uma das características do atributo divino é sua paciência; tanto paciência para esperar frutos bons quanto paciência para cortar árvores que dão maus frutos ou galhos infrutíferos.
Mesmo assim, nós devemos saber que a paciência tem um prazo cujo término é o final do período de uma estação. Existe estação para semear, estação de frutos, estação de poda e estação da ceifa. Deus aplica seus devidos métodos de acordo com a expectativa de cada uma delas no término de cada estação.
7  Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8  Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima. 9  Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas. Tg.5.7-9.
Assim, devemos temer a Deus e temer seus métodos e estações de colheita!

PASSOS PARA TORNARMOS FRUTIFICANTES: A PODA
Deus utiliza a poda como método divino em seus trabalhos através das estações, antes da colheita definitiva! Ou seja, antes de ser definitivamente ceifado, Deus poda primeiro, como expectativa de mudança.
1 Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2  Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Jo.15.1-2.
A poda é um método divino para proporcionar maior frutificação. Através da poda, somos reorientados e disciplinados a utilizar a própria vida e seiva da árvore com foco naquilo que é bom e essencial.
Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. Hebreus 12:11 
            Assim, somos disciplinados pelo Senhor a fim de que demos melhores frutos. E não sejamos de todo ceifados.
EXERCENDO O FRUTO ATRAVÉS DAS PALAVRAS E AÇÕES
            Existem algumas formas pelas quais podemos frutificar ao Senhor. Através das palavras que saem de nossos lábios podemos produzir bons ou maus frutos.
20  Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz. 21  A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. Provérbios 18:20,21
Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Hebreus 13:15 
Através de nossas obras podemos produzir bons ou maus frutos.
Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Isaías 53:11 
            Logo, Deus espera que sejamos bons cristãos que expressem genuinamente nossa conversão e posição de fé através da frutificação de um linguajar sadio e edificante e de boas obras. Perceba que boas obras não salvam ninguém, mas boas obras são demonstrações de quem é genuinamente convertido.
8  Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9  não de obras, para que ninguém se glorie. 10  Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. Ef.2.8.10.
Se há alguns evangélicos que não expressam linguajar sadio e não demonstram boas obras, então já começo a questionar acerca da veracidade de sua conversão e estão a um passo de ser o que denominamos “desviados”, mas que na verdade tem sido por Deus cortados.

APLICAÇÃO ALEGÓRICA
A COLHEITA DA VIDA E SUAS ESTAÇÕES
Penso que a vida terrena como um todo é uma grande estação! Bem como, cada vida em si possui a sua própria estação com períodos de semeadura, afloração, produção e colheita.
24 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; 25  mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. 26  E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio. 27  Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio? 28  Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio? 29  Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo. 30  Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro. Mt.13.24-30.
Deus espera que no decorrer deste período apresentemos bons frutos a fim de que sejamos colhidos no seu devido tempo. Se dermos bons frutos somos “trigo” e se pessoas produzem maus frutos então são “joio”.
29  Se algum homem se levantar para te perseguir e buscar a tua vida, então, a tua vida será atada no feixe dos que vivem com o SENHOR, teu Deus; porém a vida de teus inimigos, este a arrojará como se a atirasse da cavidade de uma funda. 1 Sm.25.29
O GADANHO DE DEUS
            Todavia, quando de antemão, Deus percebe que tal indivíduo produz fruto imprestável, ele usa seus meios para passar a foice ou gadanho. (Por isso, o anjo da morte é representado na literatura com um gadanho).
Lançai a foice, porque está madura a seara; vinde, pisai, porque o lagar está cheio, os seus compartimentos transbordam, porquanto a sua malícia é grande. Joel 3:13 
E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa. Marcos 4:29 
14  Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. 15  Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!... Então, o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. Apocalipse 14:14,15,19.
Eis a razão de muitas pessoas boas morrerem mais cedo, porque já demonstraram a Deus que deram bons frutos. Quando Deus percebe que determinada pessoa cumpriu com seu propósito ele o toma para si, “preciosa é para o Senhor a morte de seus santos” Sl.116.15.
Em contrapartida, a razão de muitos ladrões, bandidos, drogados e traficantes serem executados no auge de suas vidas é porque já demonstraram que natureza eles querem pertencer. E os que ainda não foram ceifados, e persistem na prática de seus delitos estão a um passo de confrontarem com “o anjo da morte” e seu gadanho.

CONCLUSÃO.
A MISERICÓRDIA DE SEREM REINSERIDOS
Contudo, além da paciência, outro atributo divino que quero ressaltar neste sermão é a misericórdia divina. A misericórdia do Senhor é a causa de não sermos destruídos. Mesmo quando achamos que não há mais saída e que já estamos de todo cortados, o amor do Senhor torna-nos a enxertar e dar uma nova chance.
“23  Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para enxertá-los de novo. 24  Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais!” Rom.11.23-24.
O fato de Deus nos enxertar ou enxertar um “desviado” não é porque em si mesmo o desviado é bom, mas porque Deus é amoroso e misericordioso suficiente para enxertá-lo.
3  Sabe, pois, hoje, que o SENHOR, teu Deus, é que passa adiante de ti; é fogo que consome, e os destruirá, e os subjugará diante de ti; assim, os desapossarás e, depressa, os farás perecer, como te prometeu o SENHOR. 4  Quando, pois, o SENHOR, teu Deus, os tiver lançado de diante de ti, não digas no teu coração: Por causa da minha justiça é que o SENHOR me trouxe a esta terra para possuí-la, porque, pela maldade destas gerações, é que o SENHOR as lança de diante de ti. 5  Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações o SENHOR, teu Deus, as lança de diante de ti; e para confirmar a palavra que o SENHOR, teu Deus, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó. 6  Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu Deus, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz. Dt.9.3-6.
            Logo, a conversão de alguém ou a restituição de um desviado não realça as virtudes daquele que já produziu mau fruto ou de alguém que já foi cortado, mas enaltece e sobrepuja as misericórdias de um Deus tão amoroso que está disposto a dar mais uma chance a alguém que não tem nenhum direito em si de merecer de nova chance.
            Sim, quem pode compreender a profundidade da misericórdia divina. Porque ela é capaz de triunfar até sobre aqueles que de fato merecem o juízo.
Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo. Tiago 2:13 

APELO.
Sendo assim, convido-te a se arrepender hoje e parar de abusar da misericórdia de Deus, porque não sabes quando será o tempo de tua colheita!
Quer para o bem, ao molho dos feixes e recolhidos no depósito do Senhor;  quer para o juízo a fim de ser lançado ao fogo eterno. Arrepende-te e produza frutos dignos de arrependimento!
8  Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento... 10  Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo... 12  A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível. Mt.3.8,10,12.
            Aceite a reconciliação de Deus oferecida através da obra de Cristo na cruz. Ele morreu derramando seu sangue por teus pecados para que você não precise enfrentar a ira divina. Aceite seu perdão e submeta-se ao seu senhorio.
            Lembre-se, Jesus no momento da crucificação tinha ao seu lado dois ladrões. O primeiro se arrependeu e foi justificado; “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Lc.23.43. Ora, se Jesus perdoou um criminoso também pode perdoar você.
O outro criminoso rejeitou a Cristo e ainda o ridicularizou demonstrando que era mais do que merecedor da sentença de morte por seus crimes e do castigo do inferno por causa de sua blasfêmia e rejeição a Deus. Ou seja, foi mais do que constatado que tal era fruto imprestável disposto à destruição eterna.
Às vezes, parece-me que Deus concede mais um gesto de misericórdia para certas pessoas, tão somente para mostrar como evidência que tais não vão saber aproveitar esta benevolência de forma devida; e assim culminam por culparem-se ainda mais, demostrando que são legitimamente frutos maus e merecedores de seu castigo, portanto, realçando nisto a justiça divina.
 Não faça deste um exemplo para sua vida. Pois existem aqueles que recebem uma última oportunidade de misericórdia e menosprezam tornando-se merecedores do castigo. Escolha ser fruto bom e receba a misericórdia e amor de Deus!
Aceite Jesus como teu Senhor e Salvador!

26 de abr. de 2013

INICIATIVA MINISTERIAL

16 Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. 17 Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. 18 Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga. 19 Temerão, pois, o nome do SENHOR desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do SENHOR. 20 Virá o Redentor a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o SENHOR. 21 Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se apartarão dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos, não se apartarão desde agora e para todo o sempre, diz o SENHOR. Is.59.16-21.

OBJETIVO.
O presente sermão traz ministrações e esclarecimentos na condução daqueles que anelam o ministério para o exercício de atividades com mais iniciativa, bem como os leva a resistir e evitar a inércia ministerial.

INTRODUÇÃO.
Iniciativa é a capacidade de colocar em ação, dar partida e execução a tarefa de Deus. A iniciativa é o talento que mais carece no Reino, Neste estudo veremos que embora Deus tenha dado tudo à disposição para fazer a sua obra, contudo, falta iniciativa para realizá-la.
E de onde vem à falta de iniciativa?
Do romantismo ministerial!
Durante minha caminhada ministerial tenho percebido no meio cristão um “modus operanti” prejudicial ao crescimento do Reino. Tal comportamento ministerial quando contrastado com seus resultados mostra-se inoperante na igreja possuindo aparência de espiritualidade, mas negando o poder. 2 Tm.3.5.
Muitas pessoas devaneiam na obra de Deus através de conceitos utópicos e realizações ilusórias do que seria a obra e o ministério. Sonham com formas extraordinárias e sensações atípicas do fazer da obra e vivem a espera que tais sensações aconteçam para que os mesmos comecem a trabalhar em algo para o Senhor.
O fato é que em absoluta maioria das vezes, tais sensações não ocorrem e tampouco estas pessoas tornam-se produtivas para Deus. Assim, os anos e a vida passam e o sujeito sequer realizou a vontade divina.
Portanto, existe muito romantismo, devaneio, divagação, ilusão ou fantasia espiritual no meio cristão que compromete a iniciativa, ação, pragmatismo, aplicação da fé e resultados. Uma das razões porque não alcançamos ainda a Grande Comissão.
Contudo, Deus espera que obedeçamos a sua vontade sem que venhamos parar ou desacelerar a obra divina e o autodesenvolvimento com ideias ilusórias que surgem nos corações.
Através de Desculpas Inoperantes
Muitas pessoas se escusam de seus compromissos ministeriais e permanecem em estado de inércia quando argumentam que: “Estão esperando em Deus para iniciar algo.” Tais pessoas não percebem que ao dar esta desculpa a fim de poder apresentar uma justificativa espiritualizante, na verdade, colocam a culpa e atribuição de sua inércia ao Espírito Santo que ainda não lhes respondeu segundo suas ilusões. Todavia, esta desculpa consiste num sofisma ou estigma espiritual que diabo aproveita para deixar as pessoas neutralizadas no Reino.
Da Acusação de Terceiros
Assim entra a terrível realidade do diabo na assolação das mentes por meio da delegação da culpa ou desculpas. Muitas pessoas procuram se desculpar pela sua falta de iniciativa lançando a culpa sobre o governo, as autoridades, os pais, as lideranças eclesiásticas e até Deus, bem como passam a questionar suas promessas. Dão desculpa por causa da pobreza e falta de recursos, assim tentam justificar sua inércia e inaptidão.
Passarão a vida se lamentando sobre sua incapacidade e após a morte chegarão diante do trono divino com este medíocre discurso de falta de possibilidades por causa de circunstâncias e de terceiros não levando em conta que a real responsabilidade de seus fracassos é justamente sua falta de planejamento e iniciativa. Mas, diante de Deus, a responsabilidade será sempre pessoal na execução do propósito e nunca de outros. Pois cada um prestará contas de si mesmo a Deus.
Da Preguiça e Comodismo aliado a Zona de Conforto
A preguiça é um espírito que domina e neutraliza a iniciativa das pessoas; há pessoas que simplesmente não conseguem colocar algo a diante porque a preguiça está tão entranhada que não permite que façam nada.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
Então, surgem as perguntas:
  • Como tornar os talentos práticos?
  • Porque encontramos dificuldades para por em atividade obreiros em potencial?
  • Como combater a falta de iniciativa?
A resposta é que devemos levar o cristão a um melhor entendimento das coisas espirituais e daquilo que Deus espera dele. “Pois o povo de Deus perece por falta de conhecimento”.

PASSOS PARA ANDAR EM INICIATIVA MINISTERIAL
  1. O conhecimento de nossa real posição em Deus é chave para a iniciativa espiritual e ministerial. Vejamos:
Jesus levou cativo àquilo que nos prendia. Assim, nós não consentimos com as amarraduras da inércia.
7 e a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. 8 Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. Ef.4.7,8.

Quando Cristo morreu e ressuscitou as engrenagens do Reino espiritual começaram a funcionar. Agora já temos tudo em Cristo. Assim, de hoje em diante você elevar a um novo nível. Em Cristo temos tudo que precisamos para funcionar no propósito.
  1. Devemos buscar Iniciativa Espiritual com Ousadia e Arrojo no Espírito.
Como se adquire ousadia Espiritual que proporciona iniciativa? Adquire-se com exercícios das práticas espirituais, principalmente por meio da oração em línguas.
2 Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Co.14. 2. 
 
Ora, quando você fala em línguas você se promove, se edifica, se eleva a um nível espiritual maior e cheio de possibilidades. Progride-se de uma disposição carnal e incrédula para uma disposição confiante, assertiva, ousada e cheia do Espírito Santo. Contudo, trata-se de um nível que devemos conquistar no espiritual e não na nossa força natural ou carnal.
Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, Jd 20 
 
Você quer um nível novo, você deve buscar em Deus algo maior? Em Deus você se eleva. Quando estamos elevados neste nível nada é grande demais que nós não possamos conseguir.
19 Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo. 20 Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, 21 ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor. Is. 43.19-21.

Deus está contente por você, porque tem um propósito para você. A unção está sobre você; assim, as pessoas querem estar com você, por causa da unção, a qual, fará com que você seja aceito. O homem ungido fala de coisas que já conhecemos, mas ditas de modo diferente. Você é procurado por causa da unção. Pois ela te Eleva em todas áreas, em qualquer atividade.
Devemos fazer com que as pessoas acreditem mais em nós. Acreditar naquilo que Deus nos tem dado. Pois, como podemos dar o que nós não temos? Como podemos fazer com que acredite naquilo que nem nós acreditamos? Isto exige de nós crescimento de alma. Pois, conquistar pessoas ao nosso crédito demanda nobreza de alma.
Decida ser continuamente cheio do Espirito. Não é algo que você precisa apenas para o trabalho. Coloque isso em uma linguagem continua.
Ef 5:18 Sejam continuamente cheios, estejam sempre cheios do Espírito. Podemos falar continuamente no Espirito. Não é difícil! Para que não seja achado em falta quando sua vez ou participação for necessária. Ou seja, devemos estar sempre a disposição, por isso devemos estar sempre cheios do Espírito Santo a fim de ser usado em todo momento e a qualquer hora.
Ele nos ensinou como ser cheio. Falando consigo mesmo em salmos, hinos e cânticos espirituais. O senhor é o meu pastor e nada me faltara. O Senhor é a minha forca, a quem temerei. Quando você fala assim você é cheio do Espírito. Funcione e opere no espirito. Você é um ministro e carrega algo em sua vida. Você não é uma pessoa comum.
Deus não nos dá um espírito por medida. Assim Ele nos dá tudo que é necessário para a unção. Ora se Deus nos dá, onde está o problema? O problema está na falta de conhecimento. Sem conhecimento não é possível adquirir absoluta vitória.
  1. Faça o que Deus determinou que você fizesse, e isto sem hesitação.
Às vezes tentamos nos justificar dizendo que se não fizermos a obra, Deus levantara outro. Mas, não é assim.
Usamos textos dizendo que se nós ou outras pessoas não clamarmos as pedras clamarão. Essas pedras eram as pedras do Jordão colocadas como marco. Era o testemunho das pedras.
Ora, o fato é que se você não fizer seu trabalho, então não será feito! Significa que Deus vai responsabilizar você. A responsabilidade ainda é sua. Pois, se Deus achar outra pessoa para fazer o teu trabalho, quem vai fazer o trabalho dela? Cada um tem a sua própria responsabilidade divina e seu próprio desígnio. Se você não fizer, não será feito. E como você respondera a Deus?
Ezequiel 3.17-18; Ezequiel 33.7-8. Deus deu obra para que você faca. Se você não alcançar estas pessoas, então elas morrerão.
Talvez, você diga: “Eu não sabia”! Mas, você perguntou para Deus? Meu povo é destruído por falta de conhecimento. O Espirito Santo te lembra das missões e tarefas que ele te deu. O sangue da tua mão eu requererei. Não vou chamar outro, requererei de você. Você fez o que te mandei fazer?
Em 1Ts 2:4 e 1Tm 1:11-12 diz que o Evangelho foi confiado a nós. Deus não confiaria em nos se houvesse outra opção. Não há alternativas. Deus nos confiou o evangelho. Você é responsável por aquele que Deus quer alcançar através de você. Evangelho que nos foi confiado. Jesus julgou-nos fiel para esse ministério. Deus te julgou fiel mesmo antes do teu ministério.

CONCLUSÃO.
Não aceite ficar inerte, sem iniciativa, estagnado, ou ficar decepcionado. Ele confia em você. Ele julga você confiável. Não importa seus problemas e dificuldades, tais constituem como ferramentas para aprimorar teu caráter. Essas coisas não importam se você entender que Ele te julga fiel.
At. 20:24 declara que em nada tenho minha vida como preciosa contanto que complete minha carreira. Que nada possa te abalar. Esteja determinado a terminar teu ministério com alegria.
Assim, eu me recuso a ficar inerte ou desistir! Louvado seja Deus pela iniciativa ministerial!

23 de abr. de 2013

PASSOS PARA O MILAGRE


8 Quando entrardes numa cidade e ali vos receberem, comei do que vos for oferecido. 9 Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus. Lc.10.8,9.
Devemos ter o entendimento que Jesus preparava as pessoas para receber a cura! Em muitos relatos do Novo Testamento vemos Jesus preparando pessoas em fé para que depois orasse por elas e assim liberasse o milagre. Por isso a necessidade de ministrarmos estas palavras para liberação da fé.
Assim, é necessário entender como a unção opera e como devemos fazer para recebê-la. Pois a unção promove a cura; e se entendemos como funciona a unção então nos apropriamos da cura.
Unção é o poder divino do Espírito. Desta forma precisamos saber como receber a unção e como receber o poder de Deus.
Surge a questão: Como receber de Deus? Nós devemos receber de Deus fazendo as coisas do modo de Deus. Ou seja, nós adquirimos os resultados de Deus praticando as coisas do modo de Deus e não do modo humano.
O modo humano pode ser representado pelo testemunho de Tomé. Sentindo para crêr.
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. 26 Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. 28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! 29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. Jo.20.24-29.
A fé não é baseada nos sentidos e sim na Palavra de Deus! Ora, a base da fé é a confissão da Palavra não dos sentimentos. Abraão não considerava seu corpo, mas a Palavra.
18 Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim será a tua descendência. 19 E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, 20 não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, 21 estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera. Rm.4.18-21.
Assim, a verdadeira fé que opera milagres possui duas características:
  1. O poder de Deus.
  2. Fé para receber.
17 Ora, aconteceu que, num daqueles dias, estava ele ensinando, e achavam-se ali assentados fariseus e mestres da Lei, vindos de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. E o poder do Senhor estava com ele para curar. 18 Vieram, então, uns homens trazendo em um leito um paralítico; e procuravam introduzi-lo e pô-lo diante de Jesus. 19 E, não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão, subindo ao eirado, o desceram no leito, por entre os ladrilhos, para o meio, diante de Jesus. 20 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os teus pecados. Lc.5.17-20.
Note que no texto acima havia tanto poder de Deus para curar quanto fé para receber o milagre. Pois, Deus vê e responde a fé.
8 Em Listra, costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. 9 Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, 10 disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e andava. At.14.8-10.
Portanto, a fé é a resposta do espirito humano ao poder divino. A fé tem uma voz, uma linguagem que se conecta com Deus. Mas, assim como a fé é a conexão, a incredulidade corta esta conexão.
1 Tendo Jesus partido dali, foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. 2 Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele. 4 Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. 5 Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. 6 Admirou-se da incredulidade deles. Contudo, percorria as aldeias circunvizinhas, a ensinar. Mc.6.1-6.
Assim, tenha fé e expectativa do milagre para recebimento da unção.
38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; At.10.38.
10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras. Jo.14.10.
Qual a diferença entre o Espírito Santo e a unção. O Espírito Santo trás a unção. Pois é o Espírito Santo que opera a obra de Deus. Portanto, a unção é o efeito do Espírito Santo. O poder do Espírito Santo é a unção.
  1. A unção é tangível; Deus espera que seja tangível em cada um de nós. Tal qualidade do que é tangível pode apresentar várias sensações como frio, fogo, eletricidade, etc.
Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes? Marcos 5:30
  1. A unção é transferível. O reconhecimento da unção transmite a cura. Devemos logo após agradecer.
Não te faças negligente para com o dom que há em ti, o qual te foi concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 1 Timóteo 4:14
6 Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.7 Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação. 2 Tm.1.6,7.
  1. A unção pode ser depositada. Não apenas como símbolo, mas como manifestação fluida da unção em sua realidade.
14 Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós. 2 Tm.1.14
Ora, não se coloca o Espírito Santo sobre objetos; mesmo em textos como At.19.11 no qual foram usados os aventais de Paulo, como o exemplo, pode ser entendido que tal aplicação foi da unção e não o Espírito em si.
11 E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, 12 a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam. At.19.11,12.
Mas, se por um aspecto, um pedaço de tecido pode carregar unção quanto mais podemos contê-la como filhos de Deus. Desta forma, a unção opera de forma inteligente, não importa como ela venha, assuma sua postura de fé e a receba.
  1. Unção expulsa demônios. A mesma unção tem capacidade para expulsar demônios, pois algumas doenças podem ser por demônios.
38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; At.10.38.
Orar em Línguas: Outra característica importante é que o falar em línguas trabalha com a unção. Paulo orava muito em línguas. Falava em línguas mais do que todos. Assim, devemos praticar muito o falar em línguas para edificação da fé.
Exercer o Nome de Jesus: Quando você exerce o nome de Jesus, o Espírito Santo responde ao nome de Jesus. Porque é idêntico a Jesus. Assim, através do Nome de Jesus, o Espírito Santo imprime o poder de Deus.
Declarar a Palavra de Deus: E por último, declare a palavra de Deus várias vezes naquilo que fala a nosso respeito. O declarar a Palavra de Deus libera a fé e o poder para receber o milagre.
Assim, o poder está em mim revitalizando em meu corpo. Logo, a doença não pode permanecer no corpo; pois a fé e a unção estão vivificando pela Palavro o corpo mortal.

18 de abr. de 2013

IMITAÇÃO ESPIRITUAL


Textos Referentes: Mc. 5.27-34. Compare Mc. 6.54-56.
27  tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. 28  Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. 29  E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo. 30  Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes? 31  Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou? 32  Ele, porém, olhava ao redor para ver quem fizera isto. 33  Então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-se diante dele e declarou-lhe toda a verdade. 34  E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.” Mc.5.27-34.
“53  Estando já no outro lado, chegaram a terra, em Genesaré, onde aportaram. 54  Saindo eles do barco, logo o povo reconheceu Jesus; 55  e, percorrendo toda aquela região, traziam em leitos os enfermos, para onde ouviam que ele estava. 56  Onde quer que ele entrasse nas aldeias, cidades ou campos, punham os enfermos nas praças, rogando-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua veste; e quantos a tocavam saíam curados.” Mc.6.54-56.

OBJETIVO.
O presente sermão aborda sobre os aspectos sociais da: imitação, a imitação no sentido religioso e dos fatores valorosos da imitação de comportamentos sadios na fé.

INTRODUÇÃO.
Começo o sermão com a seguinte pergunta: “É correto às pessoas imitarem uma as outras na fé”?
Faz parte da natureza humana a habilidade de copiar ou imitar uns aos outros. Pessoas têm imitado pessoas desde que existe humanidade.
Existem fatores sociológicos inerentes ao ser humano na arte da imitação desde a infância quando por associação aprende a imitar seus pais até sua velhice. Ou seja, a criança aprende a imitar os pais e durante a sua vida não para de imitar os outros até o final de sua vida.
O ser humano é um ser que busca adaptação, aprendizado, identificação, autoafirmação, destaque e desenvolvimento através da imitação de outros modelos. E quando não há modelos criamos referenciais para que possam ser copiados.
Desta forma, faço outra pergunta: Se o ato de imitar é inerente ao ser humano, então, “quais áreas da imitação são boas ou prejudiciais”?

DEFINIÇÕES.
O mercado de consumo quando detém este conhecimento acerca da natureza social da imitação humana aproveita-o para explorar e adquirir o maior lucro possível.
Cria-se de forma meticulosa e estratégica determinados modelos e parâmetros de comportamentos na expectativa de que pessoas “inseguras de si” venham adotar estes parâmetros e desta forma lucrar o máximo com isso e com eles. Trata-se do mercado explorando esta característica psíquica para lucro de suas empresas.
Na verdade, muito deste fator chamado “imitação” reside no sentimento de insegurança que as pessoas têm de si mesmas e da necessidade de imitar alguém renomado ou importante para se sentirem seguras ou aceitas na sociedade. Daí a razão de muita imitação na sociedade em inúmeros campos sociais.
Tal condição de insegurança e imitação é inerente à humanidade por isso sempre haverá pessoas que lucrarão e utilizarão deste conhecimento para manipular as massas a seus interesses. Fator que não se pode anular.

ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
Indago novamente: “Será que a imitação ocorre somente no secular e não no meio evangélico”? Isto ocorre tanto no meio secular quanto no evangélico. Vejamos alguns exemplos:
·        Corte de cabelo de algum esportista ou cantor. Basta uma pessoa renomada por suas habilidades atléticas ou artísticas lançar uma tendência esdrúxula que no outro dia aparecerá uma multidão de jovens inseguros tentando se auto afirmarem através daquela esquisitice.
Desta forma, o povo comenta: “O fulaninho quer se aparecer!” Não é bem assim. Tal fulaninho, de fato, tem tentado se auto afirmar. Esta situação torna se tão estranha e tão caricaturada que passa ser cômica! Para não dizer patética. Por isso vemos vários humoristas ganhando fortunas através da imitação de pessoas estranhas, engraçadas ou famosas.
Quando a imitação se torna viral!
Ao mesmo tempo cria se um padrão social através de uma imitação. Cria se também grupos sociais que se identificam com aquele comportamento gerando tribos de comportamento.
·        Tribos urbanas identificadas por estilo musical ou filosófico: podemos observar os jovens “punks, emos e etc”. Bem como as tribos ligadas a um esporte específico ou modalidade: “surfistas, skatistas, motoqueiros e outros”.
Assim, encontramos igrejas para todos os tipos de gostos e estilos. Todavia, antes de tomarmos algum posicionamento precipitado, continuemos seguindo o raciocínio.

CLASSIFICAÇÃO.
Isto é tão primário, tão elementar na natureza humana e seus comportamentos que pode ser também assimilada nas questões relativas à fé ou religião. Ou seja, os crentes se adaptam, aprendem, se identificam, se auto afirmam, se destacam e se desenvolvem através da imitação espiritual e de seus estilos.
Indago outra vez: “Será que existem estilos evangélicos”?
Por isso podemos ver pessoas que imitam estilos evangélicos ou renomadas pessoas neste meio da fé:
·        Pregadores estilo pentecostal tradicional: O “assembleiano” é uma tribo social ou religiosa com suas características típicas e inerentes com seu próprio comportamento, sua natureza e seu modo de ser e cultuar a Deus, distinto de qualquer outro segmento religioso que os elevou a uma categoria peculiar no meio religioso. Assim temos pregadores oriundos desta corrente religiosa que vai desde o precursor de um estilo como Geziel Gomes, passa por Napoleão Falcão até chegar hoje em Marcos Feliciano e Silas Malafaia.
·        Pregadores estilo neopentecostal: Oriundos de uma influência de Benny Him, mesclados a um sotaque carioca oriundo de São Gonçalo, semelhante ao Bispo Edir Macedo que culmina numa categoria específica de pregação e forma de culto. As mulheres, por vez, tornam a voz rouca semelhante a Bispa Sonia Hernandes tipificando a influência do movimento.
·        Pregadores com estilo semelhante ao líder de seu ministério: Muitos preferem adotar um estilo similar aquele utilizado pelo seu líder ministerial. É possível que exista algo relacionado à unção ministerial que gera um estilo peculiar inerente a ela naquele respectivo ministério.
Atenção: Com isto não venho fazer crítica ou depreciação, longe de nós a ideia de desprestigiar aqueles que têm levado a diante a obra do Senhor! Apenas constato uma realidade que pode ser tanto utilizada para aquilo que é bom quanto para aquilo que é mal. Destarte, sobre o que é bom, nós podemos ver certos estilos de imitação também na Bíblia.
“4  Foi, pois, o moço, o jovem profeta, a Ramote-Gileade. 5  Entrando ele, eis que os capitães do exército estavam assentados; ele disse: Capitão, tenho mensagem que te dizer. Perguntou-lhe Jeú: A qual de todos nós? Respondeu-lhe ele: A ti, capitão!... 11  Saindo Jeú aos servos de seu senhor, disseram-lhe: Vai tudo bem? Por que veio a ti este louco? Ele lhes respondeu: Bem conheceis esse homem e o seu falar. 2 Rs.9.4-5,11. (Um estilo peculiar aos profetas da escola de Eliseu)
“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.” Atos 4.13 

            Ora, se os discípulos imitavam o estilo de Jesus! Então chegamos ao parecer que podemos imitar aquilo que é bom. Portanto, vamos imitar aquilo que é Bom!
Nos versículos áureos de Mc. 5.27-34 em comparação com Mc. 6.54-56 observe o exemplo da mulher de fluxo de sangue que pelo ato de fé em tocar nas vestes de Jesus e receber um milagre despertou um modismo em fé e muitos que a imitaram foram igualmente curados.
            Compare a história de Bartimeu e como este foi influenciado por outros dois ou vice versa?! (Muitos consideram que se trata do mesmo episódio; outros de dois episódios distintos; mas, no mínimo, o segundo cego imitou a Bartimeu)
46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho 47  e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Mc.10.46-48.
29 Saindo eles de Jericó, uma grande multidão o acompanhava. 30  E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho, tendo ouvido que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós! 31  Mas a multidão os repreendia para que se calassem; eles, porém, gritavam cada vez mais: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! Mt.20.29-31.

Vejamos um terceiro exemplo de boa imitação espiritual. Maria, irmã de Marta e Lázaro e sua gratidão para com Jesus e sua influência sobre a mulher pecadora com o vaso de alabastro. (No estudo de harmonia dos Evangelhos alguns cogitam como se fosse o mesmo episódio outros como episódios distintos em uma mesma cidade).
1 Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. 2  Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. 3  Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. Jo.12.1-3.
3  Estando ele em Betânia, reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus. 4  Indignaram-se alguns entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo? 5  Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela. 6  Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. 7  Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. 8  Ela fez o que pôde: antecipou-se a ungir-me para a sepultura. 9  Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua. Mc.13.3-9.

EXERCENDO A IMITAÇÃO DE MODO SALUTAR

            Tendo em vista que a imitação faz parte da natureza humana e de seu comportamento social primário, ou seja, não dá para mudar; assim, sempre existirão imitações na sociedade.
A questão é: Por que não deveríamos utilizá-la como ferramenta para o aprendizado daquilo que é bom? Pois é certo que devemos utilizá-la naquilo que é bom e edificante. Observe a recomendação de Paulo.

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;” Efésios 5.1 
 “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1 Coríntios 11.1 
 “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.” 1 Coríntios 4.16 
 “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.” Filipenses 3:17 
“Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo,” 1 Ts 1.6 
 “Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judéia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus,” 1 Ts 2.14   

APLICAÇÃO.

Contudo, o que isto tem a ver com identificação ministerial?
Nós podemos sim imitar os ministros que tocam nossas vidas para aquilo que é bom e de forma significativa. Pois, um homem de Deus só herda a unção e legado daqueles líderes que ele mesmo admira. Logo, a admiração é um dos fatores que promove a imitação para o bem.
Assim, você deve imitar seus líderes, através do respeito, honra, lealdade e admiração. Pois por estas virtudes outorga-se unção hereditária na fé!
“para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas”. Hebreus 6.12


UM PARECER FINAL.

Estou convicto que muitas pessoas escolhem sua conduta de vida cristã e até sua congregação mais por um critério cultural, referencial, modelo, código similar de comportamento e imitação ou modismo do que por uma direção do Espírito. Até porque muitas delas não têm maturidade para ter direção espiritual para tal, pois na ausência de uma orientação espiritual, a cultura assume esta função e busca parâmetros para congregar por imitação como referência.
Mas, Deus na sua multiforme sabedoria aproveita esta variação cultural para permitir diversidade de igrejas; Talvez sejam os homens que criam igrejas a fim de adaptar a fé a seus ditames culturais, em todo caso, tais pessoas são volúveis, pois são guiadas pela volatilidade da alma subserviente a uma cultura com seus modismos e imitações.
Além do mais sou defensor da ideia que a igreja do futuro será capaz de assimilar e adequar a maior biodiversidade cultural possível. Semelhante uma “POLIS”, a qual absorve todas as tribos urbanas, etnias e modalidades culturais em suas microrregiões; assim a igreja, como uma grande cidade ou metrópole deve agregar suas várias modalidades étnicas e culturais destes segmentos.
Sobre este ponto recomendo o estudo: “Cultura e Evangelho” – Pr. Marcus Garcia.

CONCLUSÃO.

 “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram.” Hebreus 13.7 
            Tendo em vista que pessoas imitam pessoas; quero recomendá-los a imitar aqueles que podem ser exemplos de fé e assim crescer com eles para melhor proveito do Evangelho de Cristo e do Reino de Deus.

APELO.

            Quantos gostariam de se tornar imitadores de Cristo?
Quantos querem se tornar imitadores de homens de Deus que mudaram a história?