29 de dez. de 2013

O FRUTO DO MADEIRO

15 Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. 16 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Gn.2.15-17.
OBJETIVO.
Este sermão trata sobre o processo de restituição que Deus proporcionou através de Jesus Cristo quando ele foi crucificado. Pois, A OBRA DA CRUZ é a maior expressão de manifestação do amor de Deus a humanidade.
INTRODUÇÃO.
Existe um paralelo e analogia na história da humanidade que se cumpre em Cristo. O qual, de uma forma épica, Cristo é apresentado como salvador da humanidade e celebrado através de sua ação restituidora e substitutiva na Cruz.
A restituição de Cristo faz implicação à perda daquilo que se deu no Éden, isto é, no Paraíso. Mas, o que foi perdido no Éden?
1 Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? 2 Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. 4 Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. 6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Gn.3.1-6.
Ao observarmos atentamente o texto da criação e queda, nós percebemos que Adão e Eva pecaram ao praticar desobediência daquilo que Deus determinou que não fizessem: comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Em síntese, o ser humano comeu do fruto que não devia, retirando do madeiro um fruto que não lhes pertencia. Assim ocasionou o pecado, o afastamento de Deus e a maldição sobre a humanidade.
ANÁLISE
Segundo o relato da queda, podemos observar agora alguns aspectos no pronunciamento dessa maldição que se deu em função do pecado:
14 Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. 17 E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. 18 Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. 19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás. 20 E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos. 21 Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. 22 Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. Gn.3.14-23.
Tal pronunciamento de maldição trouxe sentenças cujas consequências ocasionaram perdas e restrições tanto no aspecto espiritual, quanto no psíquico e físico:
- O roubo (O tirar o fruto do madeiro: roubar e ser roubado; engano; desobediência; desonras; ofensas e a decepção).
- Sofrimento (Dores e doenças; espinhos; nudez; suor; expulsão do Éden “Paraíso”).
- O ressentimento da criatura ao criador pela privação (O homem se afasta de Deus; rebeldia; culpa; incredulidade; morte espiritual; etc.).
- O ressentimento com outras pessoas (O aspecto da negação e acusação a terceiros: Adão culpa Eva que culpa a serpente; sobrepujança; manipulação; perdas nos relacionamentos).
Apesar de ocorrer essas consequências acima citadas. Contudo, Deus tinha um plano para retirar o homem dessa situação e reconciliar com Ele. Pois, através de Jesus cumpre-se o propósito de Deus em reconciliar a humanidade com Ele pagando o preço dessa reconciliação através da morte substitutiva.
Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. Gn.3.21
e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Apocalipse 13.8.
Ora, a maldição começou sobre a humanidade porque o homem desobedeceu a Deus, roubou, tirou o fruto do madeiro e estava em falta com Deus. Assim, em analogia, aquele fruto roubado precisava ser restituído.
Jesus, como homem precisava ser crucificado no madeiro, o fruto precisava ser restituído. Por esta razão, somente através de Jesus, temos salvação eterna e libertação das maldições. Através de sua morte substitutiva (vicária) temos vida eterna a fim de nos reconduzir ao paraíso.
CARACTERÍSTICAS.
Para isso Jesus veio ao mundo e viveu para nos reconciliar com Deus.
10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; 11 e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. 12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. Rm.5.10-12.
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. 2 Coríntios 5.18,19.
Em analogia, Jesus é o fruto escolhido por Deus para restituir o fruto roubado e dar a oportunidade de reconciliação.
41 Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo. 42 E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre! 43 E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Lc.1.41-43.
Por isso, Jesus tinha que cumprir tudo que estava escrito ao seu respeito.
Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores. Porque o que a mim se refere está sendo cumprido. Lc.22.27.
Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Mt.3.15
Um dado importante, Jesus viveu uma vida plena segundo todo o propósito do Pai. Isto é, nada do que aconteceu com Jesus foi por acaso, tudo foi planejado por Deus. Até a profissão de José, seu pai adotivo, foi importante.
1 Tendo Jesus partido dali, foi para a sua terra, e os seus discípulos o acompanharam. 2 Chegando o sábado, passou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam, dizendo: Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos? 3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele. 4 Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa. Mc.6.1-4.
Jesus viveu e praticou a carpintaria até aos 30 anos, para que estivesse habilitado pelo Pai, a ser pregado num madeiro. Ou seja, por 30 anos ele se preparou para aquele único dia. Suas principais ferramentas foram usadas contra ele naquele dia. Madeira, Cravos e Martelo.
Assim, podemos afirmar JESUS ESTAVA DESTINADO A CRUZ, logo, NÃO TINHA COMO ERRAR, ele foi preparado para isso.
Portanto, Jesus teve que receber o preço da maldição por nós a fim de extrair a maldição da humanidade e recebermos sua benção.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), 14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido. Gl.3.13,14.
13 Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu. 14 E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. 16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo.3.13-15.
Querido, a cruz representa a vitória de Jesus sobre a serpente, ali na cruz a serpente que representa o pecado e o diabo foram derrotados, nossa natureza pecaminosa foi colocada sobre Jesus quando Ele levou nossas iniquidades na cruz. E hoje não é diferente, pois todo aquele que olhar para Jesus, para a sua obra vitoriosa na cruz é perdoado e curado.
O diabo, até que tentou terminar com Jesus, mas no coração de Jesus estava resoluto o cumprimento do propósito do Pai, embora ele não tenha rejeitado o desafio.
22 Todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios, e perguntavam: Não é este o filho de José? 23 Disse-lhes Jesus: Sem dúvida, citar-me-eis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum, faze-o também aqui na tua terra....28 Todos na sinagoga, ouvindo estas coisas, se encheram de ira. 29 E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até ao cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo. 30 Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se. Lc.4.22-30
14 porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. 15 (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.) 16 Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom. Ap.16.14-16.
Repito! Nada do que aconteceu com Jesus foi por acaso, tudo foi planejado por Deus. Seus 3 anos ½ de ministério que representa metade de um período, pois se o anticristo terá um período inteiro, então o curto período de 3 anos ½ indicam que ele voltará.
CLASSIFICAÇÃO.
Evidente que tais relatos acima fazem alusão a SIMBOLOGIA e propósito bíblico na crucificação como aspecto restituidor da justiça e santidade divina na busca pela reconciliação.
O fato de Jesus morrer em nosso lugar e assim participar de nossos sofrimentos aponta para a compaixão de Deus. “Aquele que carrega a cruz conosco”. A nossa cruz representa o nosso fardo e o estigma que carregamos acerca do que já fomos e dos pecados que cometemos. Jesus leva as nossas marcas e feridas.
Observemos algumas restituições feitas por Jesus na cruz:
E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra. Lucas 22:44
28 Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; 29 tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus! 30 E, cuspindo nele, tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça. 31 Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado. Mt.27.28-31.
1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? 2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. 3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. 4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Is.53.1-5
41 No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto. 42 Ali, pois, por causa da preparação dos judeus e por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus. Jo.19.41,42.
A RESTITUIÇÃO.
Ora fica claro que em Jesus fora feita toda a restituição daquela maldição ocorrida no Éden (Paraíso).
Jesus foi o fruto reposto no madeiro, ele levou sobre si a nossa morte para que pudéssemos nele ter vida. Ele levou o suor de nosso rosto para que comêssemos dele como nosso pão. Ele levou as nossas dores e enfermidades para que pelas suas pisaduras fossemos sarados. Ele levou nossa nudez para vestíssemos vestes de justiça. Ele levou nossos cardos, espinhos e recebeu uma cora de humilhação para que recebêssemos a coroa da vida. Ele julgou a serpente e esmagou sua cabeça para que retornasse a benção e a autoridade sobre toda a terra.
No Éden, o homem foi expulso do jardim. Jesus, o novo homem, o segundo Adão, foi colocado e ressurreto em um jardim. Por fim, como por um ladrão a humanidade foi expulsa do Paraíso, Jesus inaugura o Paraíso com um convite feito a um ladrão perdoado.
21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo... 45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. 46 Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. 47 O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. 48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. 49 E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial. 1 Co.15.21,22,46-49.
15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. 17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo. 19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. 20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, Rm.5.15,17,19,20.
CONCLUSÃO.
A crucificação de Jesus Cristo entre duas cruzes representa dois destinos, duas decisões a serem tomadas, as quais fazem alusão às duas árvores do Éden, a escolha do bem e do mal ressaltado também pela literatura secular.
38 Também sobre ele estava esta epígrafe em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. 39 Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. 40 Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? 41 Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. 42 E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. 43 Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Lc.23.38-43.
Lembre-se, Jesus no momento da crucificação tinha ao seu lado dois ladrões. O primeiro se arrependeu e foi justificado; “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. Lc.23.43. Ora, se Jesus perdoou um criminoso também pode perdoar você. Esse arrependimento representa o arrependimento de todos nós.
O outro criminoso rejeitou a Cristo e ainda o ridicularizou demonstrando que era mais do que merecedor da sentença de morte por seus crimes e do castigo do inferno por causa de sua blasfêmia e rejeição a Deus. Tal criminoso representa aqueles que mesmo diante da opção da restituição e substituição de Jesus preferem viver uma vida fundamentada em sua própria justiça.
APELO.
Diante desse pensamento, somos forçados a tomar uma posição: Ou sigamos o caminho da maioria e ficamos apenas a contemplar o episódio como se não tivesse nada a vermos com isso.
Permanecemos a se gabar por conquistas ou títulos que nos sobem a cabeça, todavia continuamos a pendurar os diplomas de nossos próprios feitos na cruz. Ou aceitamos a inscrição INRI sobre nossas vidas e o reconhecemos como nosso Senhor e Salvador Pessoal.
Permanecemos como aquele crucificado que não enxerga sua situação e continuava a escarnecer das misérias de outro crucificado.
Ou somos como aquele outro que pondera sua vida diante da morte, o qual cresce pelo reconhecimento de suas falhas e necessidade de perdão. Cresce pelo reconhecimento de suas limitações. Cresce pelo reconhecimento da presença de Jesus em todos os aspectos da vida e mesmo em face da morte e convida-o para Jesus nele entrar.
42 E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. 43 Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. Lc.23.33-43.



  • Quantos querem aceitar a Jesus com seu Senhor e Salvador pessoal?

22 de dez. de 2013

O TRABALHAR DE DEUS EM CICLOS PROFÉTICOS DE SETE

Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo... Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo. 2 Reis 5:10,14.
OBJETIVO.
O presente sermão descreve uma singularidade no modo como Deus trabalha através de períodos cíclicos de sete tempos quer sejam vigílias, dias, semanas, festas, ou anos e até jubileu. E como tais ciclos atuam profeticamente em naqueles que servem a Deus.
INTRODUÇÃO.
Quanto à simbologia bíblica dos números, não há dúvida que o número sete representa o número de Deus e o número da perfeição. Sua singularidade em Deus atuar em correlação a sete e seus múltiplos pode indicar uma ligação ou preferência por esse número e um vínculo profético em relação ao mesmo. Observemos algumas características disso:
Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus. Apocalipse 4:5
Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. Apocalipse 5:6
Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas. Apocalipse 1:20
As palavras do SENHOR são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes. Salmos 12:6
A Sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas. Provérbios 9:1
DEFINIÇÕES.
Esse conceito pode ser embasado sobre vários aspectos, observemos alguns:
Sob o ponto de vista lexicográfico, a palavra hebraica “Shibhe’a”: representado pelo numeral “sete”, pode também significar: “juramento”. Pois são oriundas da raiz verbal “Shabh'a”: jurar.
Pois, ao israelita fazer um juramento, tal o fazia repetindo sete vezes a mesma ação, ou seja, ao gesticular ou fazer repetitivamente sete vezes algo, significa que tal pessoa jurava por aquilo, como por exemplo, levantava suas mãos aos céus e pronunciava o juramento. Tal relação do sete em hebraico também pode ser comparado pelo verbo “Sabhah” que significa estar pleno, estar satisfeito; nesse aspecto atribui-se a ideia de plenitude e satisfação. Assim, corroborado com a premissa inicial.
Pôs Abraão à parte sete cordeiras do rebanho. Perguntou Abimeleque a Abraão: Que significam as sete cordeiras que puseste à parte? Respondeu Abraão: Receberás de minhas mãos as sete cordeiras, para que me sirvam de testemunho de que eu cavei este poço. Gênesis 21.28-30.
ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS.
Embora não seja meu propósito abordar aspectos referentes à guarda e a defesa de um dia específico. O sábado, para o israelita, traz conotação de sétimo dia: "O ciclo de sete dias pode também ter surgido da idéia de perfeição e santidade, inerente ao número sete." De fato, conforme tradição judaica que atribui destaque a determinados números em relação aos demais, os quais são: 3,7 e 12. Então, as atividades vinculadas aos calendários judaicos têm correlação com os números 7, 3 e 12.
Desta forma, o dia para os israelitas constituía um período de sete vigílias, sendo quatro vigílias diurnas de três horas e três vigílias noturnas de quatro horas. Cada sete dias consistia um período semanal, que iniciava pelo sábado de lua nova, daí o termo hebraico "hodesh" que significa “mês” ou “lua Nova”, correlacionado a "hadash" que significa novo.

Como curiosidade, cogita-se a existência de uma hipótese preexílica, a qual, não é meu propósito defendê-la, apenas esclarecer a possibilidade de que em toda lua nova iniciava um mês cuja fase lunar vigorava até o próximo sábado: dia 7. Surgia ao dia seguinte a fase lunar crescente e segunda semana até o segundo sábado que consistia o 14⁰ dia do mês; vindo a lua cheia no meio do mês, e na quarta semana com início em lua minguante, finalizando as fases lunares e o mês em torno de 30 dias, por isso o calendário judeu durava cerca de 360 dias.

Tendo esta correlação nos dias, semanas e anos, o Pentateuco estabelece sete principais festas no calendário israelita: Quatro no período da colheita da cevada e primeiras monções e três na colheita do trigo e frutos após chuvas serôdias Zc.14.16,17.
1. Festa dos Ázimos.
Sete dias comereis pães asmos. Logo ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, pois qualquer que comer coisa levedada, desde o primeiro dia até ao sétimo dia, essa pessoa será eliminada de Israel... 19 Por sete dias, não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado será eliminado da congregação de Israel, tanto o peregrino como o natural da terra. Êxodo 12:15,19.
2. Páscoa que sempre coincide com o equinócio.
No primeiro mês, no dia catorze do mês, tereis a Páscoa, festa de sete dias; pão asmo se comerá. Nos sete dias da festa, preparará ele um holocausto ao SENHOR, sete novilhos e sete carneiros sem defeito, cada dia durante os sete dias; e um bode cada dia como oferta pelo pecado. Ezequiel 45:21,23.
3. Festa das Primícias, oferenda para vinda de boas chuvas 4. Festa das Semanas, após primeiras chuvas, no fim da colheita dos cereais Dt.11.14. Denomina-se de semanas, por causa da contagem de “sete semanas” a partir do início da colheita dos cereais.
Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Levítico 23:15
Sete semanas contarás; quando a foice começar na seara, entrarás a contar as sete semanas. Deuteronômio 16:9
5. Hosh Hashanáh (Ano Novo – Festa das Trombetas) no mês "sete". 6. Dia do Perdão (Yom Kippur) e 7. Festa dos Tabernáculos, no fim da colheita das frutas e trigo.
Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, memorial, com sonidos de trombetas, santa convocação. Levítico 23:24
A Festa dos Tabernáculos, celebrá-la-ás por sete dias, quando houveres recolhido da tua eira e do teu lagar. Deuteronômio 16:13

Por fim, o sete pode ser correlacionado ao ano sabático: sétimo ano e no jubileu: 7x7 e ano seguinte.
Ao fim de cada sete anos, farás remissão. Deuteronômio 15.1
Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. Levítico 25:8
CLASSIFICAÇÃO.
Tendo observado a correlação do número sete no calendário hebreu, podemos observar também outros tipos de correlações com o número sete e seus ciclos.
  1. Quanto à correlação profética do número sete e seus múltiplos:
Pode ser constatada a correlação do número sete com ações tidas por âmbito profético. Observe a profetisa Ana, casada em um ciclo de sete e viúva na idade de doze ciclos de sete até encontrar o messias:
36 Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara 37 e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. Lc.2.36,37.
Além disso, temos os atos proféticos na queda da muralha de Jericó, o qual ocorreu em múltiplos de sete, isto é, setes dias com sete voltas, no sétimo dia sete volta no mesmo dia.
Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. Hebreus 11:30
Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas... No sétimo dia, madrugaram ao subir da alva e, da mesma sorte, rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam a cidade sete vezes. Josué 6:4,15.
Observamos igualmente os atos proféticos através de Elias e Eliseu e como eles entendiam os ciclos de sete: Elias tem sete milagres relatados na Bíblia, Eliseu possui quatorze.
e disse ao seu moço: Sobe e olha para o lado do mar. Ele subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe disse Elias: Volta. E assim por sete vezes. 1 Reis 18:43
Então, se levantou, e andou no quarto uma vez de lá para cá, e tornou a subir, e se estendeu sobre o menino; este espirrou sete vezes e abriu os olhos. 2 Reis 4:35
Observemos a ação profética de multiplicação dos pães: Na primeira multiplicação foi através dos cinco pães e dois peixinhos (5+2=7) e na segunda multiplicação tomos os sete pães.
E de quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! Marcos 8:20
Com isso não afirmamos que o número sete tem poder em si e que tal possa ser usado de forma mística, longe disso! Mas, o que queremos mostrar é que Deus parece utilizar períodos de sete para manifestar o sobrenatural e o profético que vem dele e não dos sete em si.
  1. A correlação do numeral sete na escolha de auxiliares, os sete diáconos, os setenta condiscípulos e setenta anciãos:
Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; Atos 6:3
No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Atos 21:8
Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir...Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Lc.10.1,17.
Disse também Deus a Moisés: Sobe ao SENHOR, tu, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e adorai de longe. Êxodo 24:1
Saiu, pois, Moisés, e referiu ao povo as palavras do SENHOR, e ajuntou setenta homens dos anciãos do povo, e os pôs ao redor da tenda. Então, o SENHOR desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais. Números 11:24,25
  1. A correlação do numeral sete com a consagração e purificação:
Sete dias as vestirá o filho que for sacerdote em seu lugar, quando entrar na tenda da congregação para ministrar no santuário. Assim, pois, farás a Arão e a seus filhos, conforme tudo o que te hei ordenado; por sete dias, os consagrarás. Êxodo 29:30 ,35.
e, molhando o dedo no sangue, aspergirá dele sete vezes perante o SENHOR, diante do véu do santuário. Levítico 4:6
E, sobre aquele que há de purificar-se da lepra, aspergirá sete vezes; então, o declarará limpo e soltará a ave viva para o campo aberto. Levítico 14:7
Que lhe disse, porém, a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal. Romanos 11:4
  1. A correlação com ações cerimoniais em sete:
Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar defronte dele. Êxodo 25:37
Então, Balaão disse a Balaque: Edifica-me, aqui, sete altares e prepara-me sete novilhos e sete carneiros. Números 23:1
Tu, porém, descerás adiante de mim a Gilgal, e eis que eu descerei a ti, para sacrificar holocausto e para apresentar ofertas pacíficas; sete dias esperarás, até que eu venha ter contigo e te declare o que hás de fazer. 1 Samuel 10:8
Tendo Deus ajudado os levitas que levavam a arca da Aliança do SENHOR, ofereceram em sacrifício sete novilhos e sete carneiros. 1 Crônicas 15:26
Mandou trazer sete novilhos, sete carneiros, sete cordeiros e sete bodes, como oferta pelo pecado a favor do reino, do santuário e de Judá; e aos filhos de Arão, os sacerdotes, que os oferecessem sobre o altar do SENHOR. 2 Crônicas 29:21
Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Jó 42:8
  1. A correlação do numeral sete com a libertação:
Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa. Mateus 12:45
Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. Marcos 16:9
Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher: Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, Apocalipse 17:3,7,9.
  1. Os juízos em ações cíclicas de sete:
Observe a correlação do número sete e a aplicação dos juízos divinos, aqui no sentido de plenitude e satisfação da justiça divina mediante Sete selos, sete trombetas, sete trovões e sete taças. Ap.5.5; 8.2; 10.3; 15.1,7.
Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Apocalipse 8:1
mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas. Apocalipse 10:7
O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Apocalipse 11:15
Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! Apocalipse 16:17
Sete vezes se tomará vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete. Gênesis 4:24
Falou Eliseu àquela mulher cujo filho ele restaurara à vida, dizendo: Levanta-te, vai com os de tua casa e mora onde puderes; porque o SENHOR chamou a fome, a qual virá sobre a terra por sete anos. 2 Reis 8:1
e, havendo destruído sete nações na terra de Canaã, deu-lhes essa terra por herança, Atos 13:19
Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; Deuteronômio 7:1
O SENHOR fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete caminhos, fugirão da tua presença. Deuteronômio 28:7
e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios; 2 Pedro 2:5
Se ainda assim com isto não me ouvirdes, tornarei a castigar-vos sete vezes mais por causa dos vossos pecados. Levítico 26:18
Sete meses esteve a arca do SENHOR na terra dos filisteus. 1 Samuel 6:1
Feriu o SENHOR os homens de Bete-Semes, porque olharam para dentro da arca do SENHOR, sim, feriu deles setenta homens; então, o povo chorou, porquanto o SENHOR fizera tão grande morticínio entre eles. 1 Samuel 6:19
Toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; estas nações servirão ao rei da Babilônia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniqüidade do rei da Babilônia e a desta nação, diz o SENHOR, como também a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas. Jeremias 25:11,12.
no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. Daniel 9:2 .
A luz da lua será como a do sol, e a do sol, sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o SENHOR atar a ferida do seu povo e curar a chaga do golpe que ele deu. Isaías 30:26
Mude-se-lhe o coração, para que não seja mais coração de homem, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ela sete tempos... Quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu e que dizia: Cortai a árvore e destruí-a, mas a cepa com as raízes deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do campo, até que passem sobre ela sete tempos, Daniel 4:16,23
Retribui, Senhor, aos nossos vizinhos, sete vezes tanto, o opróbrio com que te vituperaram. Salmos 79:12
  1. A Correlação do sete com o perdão:
Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Mateus 18:21,22.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. Daniel 9:24
  1. A Correlação do sete com o descanso:
E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. Gênesis 2:2
Se comprares um escravo hebreu, seis anos servirá; mas, ao sétimo, sairá forro, de graça. Êxodo 21:2
CORRELAÇÃO DE UM PERÍODO DE METADE DE SETE
A Palavra de Deus relata períodos de tempo, tempos e metade de um tempo, ou seja 3 ½ , como metade de um ciclo profético de sete. Observe: Tg.5.17; Dn.12.7. Ap.11.2,3; 12.6,14; 13.5. Como algo inacabado e que ainda está por mudar ou completar. Exemplo:
O ministério de 3 anos ½, de Jesus que indica uma continuidade por vir.
Os sete anos de governo do anticristo que será dividido em duas fases de 3 anos ½.
As duas testemunhas do Apocalipse e seus ministérios cortados.
ENTENDENDO O CICLO EM NOSSAS VIDAS
Torna-se interessante observar que se encontramos uma singularidade de sete no agir profético de Deus; então, presumiríamos a possibilidade que encontrássemos também uma singularidade de ciclos de sete em aspectos pessoais?
Exemplo do A.T. Ações cíclicas de sete na vida de Jacó:
Jacó amava a Raquel e disse: Sete anos te servirei por tua filha mais moça, Raquel. Assim, por amor a Raquel, serviu Jacó sete anos; e estes lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava. Gênesis 29:18,20.
E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão. Gênesis 33:3
e os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram dois. Todas as pessoas da casa de Jacó, que vieram para o Egito, foram setenta. Gênesis 46:27
gastando nisso quarenta dias, pois assim se cumprem os dias do embalsamamento; e os egípcios o choraram setenta dias. Gênesis 50:3
Ações cíclicas de sete na vida de Jesus:
De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze. Mateus 1:17
Há de constatar também que Jesus é a septuagésima sétima geração depois de Adão, seguindo a genealogia de Lucas, o que equivale a onze gerações de sete, onde Deus levanta um protagonista da fé a cada sete gerações. Também a genealogia real em Mateus possui múltiplos de sete, seis gerações de sete até Abraão igual a 42 gerações, porém de Jesus até Adão gerado por Deus possui nove gerações de sete, igual a 63 gerações.
Exemplo no N.T. Ações cíclicas na vida de Paulo:
Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) 2 Coríntios 12:2
Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também a Tito. Gálatas 2:1
Encontrando os discípulos, permanecemos lá durante sete dias; e eles, movidos pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém. Atos 21:4
Quando já estavam por findar os sete dias, os judeus vindos da Ásia, tendo visto Paulo no templo, alvoroçaram todo o povo e o agarraram, Atos 21:27
onde achamos alguns irmãos que nos rogaram ficássemos com eles sete dias; e foi assim que nos dirigimos a Roma. Atos 28:14
PASSOS PARA AJUSTAR NOSSO CICLO PROFÉTICO.
Na medida em que percebemos haver uma singularidade de sete em aspectos pessoais, podemos fazer igualmente como fez José, o qual, entendendo os tempos proféticos estabeleceu propósitos em Deus para cada um desses ciclos:
2 Do rio subiam sete vacas formosas à vista e gordas e pastavam no carriçal. Após elas subiam do rio outras sete vacas, feias à vista e magras; e pararam junto às primeiras, na margem do rio. 4 As vacas feias à vista e magras comiam as sete formosas à vista e gordas. Então, acordou Faraó. 5 Tornando a dormir, sonhou outra vez. De uma só haste saíam sete espigas cheias e boas. 6 E após elas nasciam sete espigas mirradas, crestadas do vento oriental.7 As espigas mirradas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Então, acordou Faraó. Fora isto um sonho... 26 As sete vacas boas serão sete anos; as sete espigas boas, também sete anos; o sonho é um só. 27 As sete vacas magras e feias, que subiam após as primeiras, serão sete anos, bem como as sete espigas mirradas e crestadas do vento oriental serão sete anos de fome. Gênesis 41:2-7;26-27
Assim, devemos nós de forma profética entender os tempos em seus ciclos, obedecer a revelação no propósito divino e administrar esses ciclos em suas provisões.
33 Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egito. 34 Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egito nos sete anos de fartura. 35 Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. 36 Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egito; para que a terra não pereça de fome. 37 O conselho foi agradável a Faraó e a todos os seus oficiais. Gn.41.33-37.
APLICAÇÃO.
Quando entendemos os ciclos proféticos em nossas vidas, somos impulsionados por Deus a buscarmos arrependimento, caso tenhamos negligenciado nesse período; e assim, em arrependimento e humildade clamarmos por misericórdia e benevolência do Senhor para fluirmos nesse kairós profético de sete.
porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos são derribados pela calamidade. Provérbios 24:16
Através desse propósito, nós devemos dispor a fazer tudo que Deus queira que façamos com atitude de gratidão e obediência a Ele.
Sete vezes no dia, eu te louvo pela justiça dos teus juízos. Salmos 119:164
CONCLUSÃO.
Tendo em vista que discorremos sob muitas evidências na demonstração do modo como Deus trabalha através de períodos cíclicos de sete tempos, chegamos ao entendimento de como tais ciclos atuam profeticamente em naqueles que servem a Deus.
Assim, estimulo cada um a buscar tudo o que Deus tem tanto no âmbito profético quanto ministerial, na consagração, na libertação ou em qualquer área da vida. Que você venha tomar posse de todo o desígnio de Deus no entendimento desses ciclos quer pela obediência, pela revelação e pela administração do propósito divino e suas provisões.
APELO.
Quantos querem entender o tempo profético em sua vida?

Quantos querem se ajustar a esse tempo profético?

11 de dez. de 2013

APOLOGIA CONTRA O SECTARISMO


20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; Ef. 2. 20.
No intuito de proteger a igreja de Cristo contra diversas heresias que surgem de tempos em tempos, elaboramos o presente material a fim de trazer alguns sólidos esclarecimentos da Palavra de Deus, da Coerência e da Verdade reivindicada pela fé.
Ciente dessa responsabilidade, utilizo das prerrogativas de minha função apostólica em meio ao povo o qual pastoreio e a faço como defensor da fé (Tt.1.9) no propósito de mostrar aos não conversos a veracidade da fé cristã, instruir a igreja na correta doutrina, esclarecer os duvidosos, resgatar os que se perdem e banir os mal intencionados. Fazendo figuradamente do uso tanto do cajado para agregar o rebanho quanto da vara para afugentar lobos vorazes.
Assim como Pedro enfrentou Simão, o mágico (At.8.9ss); Paulo confrontou Himeneu e Alexandre, o Latoeiro ( 1 Tm.1.20; 2 Tm.4.14) e João contestou os gnósticos (1 Jo.4.1ss), da mesma forma, se faz necessário enfrentar a heresias de aparecem na atualidade, embora não sejam tão contemporâneas assim.
Velhas heresias, tanto não cristãs como pseudocristãs, sempre aparecem com roupagens e nomenclaturas novas, tais são como certos falsários que periodicamente precisam trocar seus nomes para continuar a aplicar suas dissimulações.
Todavia, o tempo mostra sua ineficiência, assim é necessário buscar histórico dessas correntes ideológicas para identificar se são velhas seitas com nomenclaturas novas.

O QUE CARACTERIZA UM ENSINAMENTO VERDADEIRO DE UM ENSINAMENTO HEREGE:
Muitas facções pseudocristãs vêm com ideologias que despertam fascínio dado a força de seu argumento e a aparente nobreza de sua intensão. Assim, atraem inúmeras pessoas ingênuas que abraçam suas ideias sem o devido questionamento e coerência de acordo com as Escrituras.
Todavia, determinadas práticas e posturas de fé não podem ser inseridas na igreja tão somente por causa de seu brilhantismo ideológico, pelo fascínio de suas práticas ou por suas motivações altruístas.
Pois, um dos parâmetros essenciais para fundamentação de qualquer ensinamento eclesial está em sua fidelidade na permanência da “doutrina dos apóstolos" (apóstolos do Cordeiro). Assim, o que determina se tal corpo de ensinamento ou prática é cristão ou não está na sua correlação com os ensinamentos dos apóstolos e fundamentação com as Escrituras.
Mas, o que é doutrina dos apóstolos? São os ensinamentos dados pelos apóstolos do N.T. e suas condutas como exemplos do rebanho; portanto, destaca-se além do aspecto doutrinário a conduta eclesial como parâmetro para definir o que é seita.  (Todas as citações bíblicas, exceto quando explicitado, são da tradução da Versão Almeida Revista e Atualizada: Grifo meu em negrito).
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. At. 2.42,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; Ef. 2. 20.
Por isso, o presente argumento fundamenta-se em três aspectos ou questões: Sobre questões doutrinárias, sobre questões comportamentais e medidas para arrependimento ou exclusão.

1. SOBRE QUESTÕES DOUTRINÁRIAS:

A RECUSA EM ADMITIR A TOTALIDADE DAS ESCRITURAS:
Um dos pontos estruturais de diversas seitas é ignorar certas porções da Bíblia a fim de justificar suas posições. Tendo em vista que grande parte procura ignorar o Antigo Testamento (Ex: Marcionismo, docetismo, etc.) Portanto, por hora, vou fundamentar o argumento apenas no N.T.
Contudo, vale assegurar na “doutrina dos apóstolos” que tais validavam, amparavam e endossavam a utilização do A.T. entendendo como um conjunto com o N.T. a qual se denomina "Escrituras".
Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança. Rm.15.4.
16  Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17  a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. 2 Tm.3.16,17.
Observe o ensinamento apostólico através do A.T. Onde tanto Jesus quanto Pedro e Paulo usavam o A.T.
27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. Lc.24.27
25 Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. At.2.25;
20 sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; 21 porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. 2Pe.1.20,21.
15 e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 16 ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles. 17 Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados, descaiais da vossa própria firmeza; 2 Pe.3.15-17.
Dessa forma, com a sustentação do fundamento dos apóstolos, qualquer um que afirmar posturas resistentes ao A.T. vai de encontro à própria Palavra de Deus e se constitui como um sectário. Pois as Escrituras como um todo é a nossa autoridade final em questões de fé e prática (2 Tm 3:16-17).
18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; 19  e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. Ap.22.18,19.

ACRÉSCIMOS DE ELEMENTOS CULTURAIS JUDAIZANTES COMO DOUTRINA DE FÉ ENTRE IGREJAS OCIDENTAIS.
Se por um lado, existem aqueles que tentam subtrair o A.T.; por outro lado, existem aqueles que procuram o oposto e tentam incluir questões culturais do A.T. e até do próprio judaísmo.
Existe certa apreciação a cultura judaica entre as igrejas ocidentais dados a inclinação e ao amor com que o povo cristão tem para com o povo judeu. Certos sentimentos são admiráveis e merecem consideração.
Todavia, como tudo que ultrapassa o equilíbrio e chega ao extremo, assim devemos prestar atenção a alguns fatores que geram desequilíbrio doutrinário entre as igrejas ocidentais como a inserção de práticas culturais judaicas nas atividades de rito doutrinário na Igreja.
À medida que observamos o Antigo Testamento encontramos textos bíblicos que descrevem acerca de festas israelitas e acerca do calendário hebreu. Cremos que estas festas são importantes e trazem analogias espirituais maravilhosas. Contudo, é importante observarmos se, de fato, existe ou não, relevância nessas práticas como prescrição doutrinária ou se apenas aplica ao aspecto cultural do povo judeu.
Muito das celebrações das festas israelitas estava relacionado às atividades agrícolas do povo hebreu e foram estabelecidas num calendário para datação desses fatores que podem aludir as questões de colheita e gratidão por elas; que são importantes para que vivem no hemisfério norte; porém seria forçoso demais extrair um rito para igrejas gentias através desses fatores.
Além disso, há aqueles que agregam certos costumes em vestir indumentárias de rito judaico em meio a cultos cristãos, como “tallit” e “kippah”, algo restrito ao cerimonial judaico que não tem relação ao culto cristão ocidental. Mas, infelizmente, o tempo e o propósito nos impedem em sermos completos nesse ponto.
Todavia, a suma é que Paulo fez contundentes asseverações a esses pontos em separação do que é cultural e espiritual.
16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, 17  porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo... 20  Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21  não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, 22  segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. 23  Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade. Cl.2.16-23.
9  mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? 10  Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. 11  Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco. Gl.4.9-11.
É valida a observação que houve um concílio dos apóstolos em Jerusalém sobre o questionamento da aplicação de certos ritos judaicos em relação aos gentios, onde obtivemos a seguinte determinação:
23  escrevendo, por mão deles: Os irmãos, tanto os apóstolos como os presbíteros, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações.24  Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras, transtornando a vossa alma, 25  pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger alguns homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Paulo, 26  homens que têm exposto a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27  Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais pessoalmente vos dirão também estas coisas. 28  Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais: 29  que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde. At.15.23-29.
Agora, porque tais ministérios aplicam costumes judaizantes e querem torna-los correntes se os próprios apóstolos nos isentaram disso?

ADOÇÃO DO NOME “YESHUA” E FRANCA REJEIÇÃO DO NOME “JESUS”.
            Outra discrepância e exageros praticados por algumas instituições estão na deliberada rejeição a forma ocidental de escrita e pronúncia do nome Jesus. Sabemos que muitos preferem invocar o nome de Jesus seguindo sua respectiva pronúncia em hebraico: “Yeshua”, o qual se trata de uma postura de decisão individual; todavia, o erro acontece quando se procura recusar a variação ocidental do nome “Jesus” destituindo essa forma em sua eficácia.
            Tais que utilizam o nome do filho de Deus apenas em hebraico ignoram que foram os próprios apóstolos que escreveram o nome de Jesus em caracteres gregos com sua devida vocalização e pronúncia ocidental no Novo Testamento; portanto se nem os apóstolos questionaram esse letrismo, porque haveríamos de cogitar esses extremismos?
            Se tal fosse assim, então haveríamos de presumir (e isso não é correto) que os pais de Jesus falharam em colocar uma terminação diminuta “Yeshua” de um nome completo do que deveria ter sido “Yehoshua” traduzido como Josué de um tronco verbal “Qal” para o tronco “Hophal” do verbo irregular “Yasha`” na conjugação hebraica. Mas, se os próprios pais de Jesus não fizeram caso de terminação e pronúncia, porque haveríamos de fazê-lo? Percebo incoerência no argumento daqueles que rejeitam o nome Jesus por uma terminologia hebraica “Yeshua”.
            Com isso não me refiro aos judeus messiânicos, pois tais são os que legitimamente podem usar o nome “Yeshua” como equivalente fonético do nome Jesus em seu próprio idioma, cultura e costume, bem como, seus ritos e indumentárias.
            Obviamente, tais posturas tem mais relação com o judaísmo atual e suas influências místicas de letrismo do que fundamento bíblico tanto do Novo quanto do Antigo Testamento. Tais pessoas assim podem fazer na tentativa de trazer tendências, modismos e inovações mais por uma necessidade em ser diferente do que ter a humildade em andar de acordo com o convencional.

A RECUSA EM RECONHECER TANTO OS CULTOS DE CELEBRAÇÃO PÚBLICA COMO OS CULTOS FAMILIARES:
É comum encontrarmos nestas seitas, certos antagonismos e distorções do equilíbrio na forma de cultuar a Deus e promover alguns extremismos em nome do zelo. Do tipo só admitir cultos em celebrações públicas (templismo) ou só admitir cultos caseiros (celularismo).
Todavia, o ensinamento bíblico e a coerência afirmam que todo extremismo em nome do zelo é prejudicial ao bom andamento do corpo. Tomemos o exemplo de que o zelo extremista foi prejudicial até ao Apóstolo Paulo.
14  E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. Gl.1.14.
quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. 7  Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Fp.3.6,7.
17 Os que vos obsequiam não o fazem sinceramente, mas querem afastar-vos de mim, para que o vosso zelo seja em favor deles. 18  É bom ser sempre zeloso pelo bem e não apenas quando estou presente convosco, Gl.4.17,18.
2  Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. Rm.10.2.
Observemos versículos que falam do equilíbrio sobre o culto no templo e de casa em casa:
46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, 47  louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos... 1  Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona. At.2.46. At.3.1;
É profundamente relevante reparar os tempos verbais de "perseveravam" e "subiam" que no português se conjugam no imperfeito do modo indicativo, os quais corroboram com a ação verbal no grego usado no particípio presente e no imperfeito que expressam exatamente essa ideia de costume e prática contínua.
19 Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, lhes disse: 20  Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida. 21  Tendo ouvido isto, logo ao romper do dia, entraram no templo e ensinavam. At.5.19-21a;
12 e que não me acharam no templo discutindo com alguém, nem tampouco amotinando o povo, fosse nas sinagogas ou na cidade;... 18  e foi nesta prática que alguns judeus da Ásia me encontraram já purificado no templo, sem ajuntamento e sem tumulto,At.24.12,18.
Observe que o próprio Senhor Jesus frequentava sinagoga como local público de adoração.
16 Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Lc. 4.16.
Jesus não era contra os lugares públicos de adoração e sim contra a má utilização dos mesmos (exemplo: purificação do templo).
Além do costume de Jesus ir a lugares públicos de celebração (o qual, Ele nunca condenou essa prática) há também existência do cenáculo como precursor de um local público de adoração cristã escolhido pelo próprio Jesus.
12 E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-lhe seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa? 13  Então, enviou dois dos seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à cidade, e vos sairá ao encontro um homem trazendo um cântaro de água; 14  segui-o e dizei ao dono da casa onde ele entrar que o Mestre pergunta: Onde é o meu aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 15  E ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobiliado e pronto; ali fazei os preparativos. Mc.14.12-15.
13 Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. 14  Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele... 1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; At. 1.13,14; 2.1.
Igualmente Paulo utilizou uma escola como local público de adoração demonstrando nenhum repúdio a forma de culto público como celebração.
8 Durante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus. 9  Visto que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano. 10  Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos. At. 19.8-10.
Ora, seria incoerente “no fundamento apostólico” caso os apóstolos fossem contrários à celebração pública de cultos e ao mesmo tempo utilizá-los para difundir seus ensinamentos (do tipo: eu utilizo os modos de celebração, mas sou contra isso) tal procedimento seria constatado como pecado contra honestidade de caráter e ética comportamental.
Sobre as questões dos locais de reunião, existem comprovações arqueológicas e históricas de cultos públicos ocorridos antes da sujeição da igreja ao Estado no período de Constantino.  Ex: Catacumbas de Roma e Cavernas da Capadócia. O que nos leva a questionar se tais pessoas que condenam a celebração pública de adoração ou desconhecem a Bíblia e a história ou propositadamente ignoram esses fatos a fim de provocar dissensões.
Mas, porque não existem maiores evidências de lugares de celebração pública na igreja neotestamentária e de prédios construídos para esse fim? Por causa da perseguição! A carência de inúmeros centros públicos de adoração cristã no período primitivo está vinculada questões da perseguição como fator que dificultava a reunião pública e não por questões ideológicas como alguns tentam afirmar. Onde a igreja é considerada ilegal e clandestina é certo que não há condições de expressar publicamente sua fé, tal ocorre inclusive em nossos dias. Contudo isso não serve como argumento para amparar a proibição de celebrações públicas de adoração.
Caso, contrário, se devêssemos assumir a clandestinidade eclesial e romper com a estrutura, o sistema e qualquer forma de governo sobre ela, então deveríamos ser coerentes com a verdade e rompermos com qualquer forma de sistema e como cidadãos andarmos em completa clandestinidade, tanto nas questões da fé quanto nas questões sociais, a fim de que as questões sociais sejam condizentes com a prática da fé. Mas como tal postura é inconcebível, logo demonstra a incoerência e o absurdo da premissa em sermos comunidade extraextrutural.

ARGUMENTO PRÓ-GRUPOS FAMILIARES
Se por um lado existem aqueles que são contra cultos de celebração pública, de outra forma, o extremo em ser apenas templistas e rejeitar os grupos pequenos também pode ser considerado um erro.
Observa-se que o cristianismo começou também com pequenos grupos, tanto pelo comissionamento de Jesus como pela sua postura. Portanto, torna-se necessário segui-lo como modelo, pois o próprio Senhor Jesus tinha sua própria casa como culto caseiro.
11  E, em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes 12  Ao entrardes na casa, saudai-a; 13  se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz. 14  Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Mt.10.11-14.
13  e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; 14  para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: 15  Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios! 16  O povo que jazia em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz. 17  Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Mt.4.13-17.
1 Dias depois, entrou Jesus de novo em Cafarnaum, e logo correu que ele estava em casa. 2  Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra. 3  Alguns foram ter com ele, conduzindo um paralítico, levado por quatro homens. 4  E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente. 5  Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. Mc.2 1-5.
Além do exemplo de Jesus, podemos constatar a prática das igrejas tanto israelitas quanto dos gentios em estabelecer seus cultos nas casas.
E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo. Atos 5:42 
jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa, Atos 20:20 
Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa. Colossenses 4:15 
e à irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa, Filemon 1:2 
30 Por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam. 31  pregando o reino de Deus, e, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo. At.28.30,31.
As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles. 1 Coríntios 16:19 
Diante de tantos versículos e evidências torna-se conclusivo a importância equilibrada tanto dos cultos de celebração pública quanto dos grupos familiares sendo ambos correspondentes às práticas e aos critérios dos fundamentos dos apóstolos.

A RECUSA EM RECONHECER LIDERANÇAS COMO AUTORIDADE SOBRE SUAS VIDAS AFIRMANDO QUE A ÚNICA AUTORIDADE É CRISTO (CLÉRIGOS X LEIGOS):
Evidentemente, existem abusos no exercício de qualquer autoridade, tal distorção surgiu com a queda no Éden e permanece até o dia de hoje. Todavia, a existência de abusos não pode servir como argumento para rejeitar qualquer linha de autoridade e comando, bem como no enquadramento de sua submissão.
Ora, aquele que de forma extremada se recusa a se encaixar nas questões de filiação ministerial deveria manter a coerência e também de forma extremada recusar a se encaixar em qualquer filiação ou forma de governo sobre ele como consistência na conduta. Deveria recusar ser registrado com C.I., C.N.H., Carteira de Trabalho já que ele só admite ser aceitos no livro da vida. Mas, ao expor o argumento do extremismo, podemos observar como é absurda tal proposição, portanto, cai por descrédito o argumento extremado acerca de nenhum vínculo ministerial.
O que nos leva a questionar sobre as reais motivações que residem na dificuldade para se sujeitar as lideranças e prestar contas de seus atos. Além da forte evidência de insubmissão, constata se manifestação de orgulho espiritual em achar que ninguém é apto o suficiente para ser seu líder, exceto o próprio Jesus.
Sobre as questões da submissão a liderança nós encontramos esses versículos:
1  Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. 2  De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Rm.13.1,2.
1 Lembra-lhes que se sujeitem aos que governam, às autoridades; sejam obedientes, estejam prontos para toda boa obra, 2  não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia, para com todos os homens. Tt.3.1,2.
Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram...17  Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros. Hb.13.7,17;

O QUESTIONAMENTO ACERCA DA UTILIZAÇÃO DAS FINANÇAS:
Torna-se comum, quando alguém tem divergência com pontos tão importantes acima, que também possuam divergências no tocante a questão financeira. (Evidentemente a proposta do diabo não é apenas minar aspectos doutrinais, mas enfraquecer financeiramente por meio da sedição Jo.10.10).
37  como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos. At.4.37.
A importância do que significa “pés dos apóstolos”: Depositar aos pés dos apóstolos significava acreditar na capacidade deles administrarem os bens eclesiais. Tais pessoas têm dificuldade em se submeter às lideranças daí a razão para não depositarem as contribuições aos pés (aos encargos) da liderança preferindo ser como Ananias e Safira e administrar parte dos valores.
1 Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, 2  mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. At. 5.1,2.
3 A minha defesa perante os que me interpelam é esta: 4  não temos nós o direito de comer e beber? 5  E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? 6  Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? 7  Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? 8  Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei? 9  Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? 10  Ou é, seguramente, por nós que ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida. 11  Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? 12  Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo. 13  Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? 14  Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho; 1 Co.9.3-14.
O interessante é notar: tais pessoas que questionam essa gestão eclesial utilizam o mesmo argumento usado por Satanás através de "Judas Iscariotes”, o traidor, quando questionou o uso do recurso para benefício próprio de seu líder Jesus.
4  Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse:5  Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6  Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava. 7  Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem; 8  porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes. Jo.12.4-8.
O problema é que tal tipo de argumento sempre atrai e contaminam outros, dado a sensibilização de uma proposta mais nobre para a utilização dos recursos. Todavia, ignoram a compreensão e conceito de pobreza no N. T.
8  Vendo isto, indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? 9  Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres. Mt.26.8,9.
Evidentemente que os que defendem esse argumento o fazem mais por adesão ao primitivo ensino sobre a Idade de Ouro através do “Estado de Natureza Igualitária” como um estado de coisas em que “os homens eram iguais em posição e riqueza e ninguém era oprimido ou explorado por outros” e sua franca oposição a “meritocracia” do que por evidências bíblicas propriamente ditas.
“44  Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. 45  Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.” At.2.44,45.
“para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”. Mt.5.45
Todavia, os mesmos ignoram que esse conceito de “igualitarismo absoluto” embora tivesse aparência Edênica torna-se utópico após a Queda e a constatação da corrupção da natureza humana. Fica-se mais do que comprovado, tanto pelo esfacelamento de proposta similar a esse sistema no estoicismo e entre os essênios quanto na improbidade do mesmo em regimes que culminaram no comunismo e socialismo por Carl Marx. Tal aplicação desse pensamento só é oriunda em mentes utópicas e extremistas que menosprezam as realidades humanas.
Com isso não asseguramos o capitalismo e sua meritocracia dentro da igreja como governo de Deus, de forma alguma! Pois, tanto o capitalismo e seus derivados de ganância e avareza quanto a socialismo e sua natureza igualitária apresentam seus problemas com a Queda e a corrupção do gênero humano.
Contudo, devemos ter discernimento escatológico no sentido de esperar que “no tempo de Deus” e após a glorificação dos redimidos no arrebatamento tais valores sejam reparados como afirmado pelas Escrituras e endossado por alguns patriarcas da Igreja sobre esse tema.
Também há aqueles que menosprezam o dízimo dizendo que tal pertence ao período da Lei. Todavia, ignoram a diacronia das ofertas no conceito de que Dízimo precede e transcende a Lei; pois, observamos a aplicação do dízimos como costume nos patriarcas (Gn.14.20; Gn.28.22). Na verdade, a lei apenas instituiu aquilo que já era praticado como costume (Dt.12.11ss).
Há de observar que o próprio Senhor Jesus endossa a prática dos dízimos na contribuição Mt.23.23; Lc.11.42. Com a afirmação de que deveriam praticar a misericórdia, justiça e a fé sem omitir de contribuir com o dízimo.

2. SOBRE QUESTÕES COMPORTAMENTAIS:

            Porém, não são apenas fatores doutrinais que identificam um sectário ou uma heresia, segundo o “fundamento dos apóstolos”, a identificação de sectário e heresia está principalmente vinculada a fatores comportamentais. Ou seja, além do aspecto doutrinário encontra se em pessoas facciosas um comportamento não condizente como filho de Deus. Observemos:

COMPORTAMENTO SECTÁRIO DE JACTÂNCIA E DE SOBERBA.
Os sectários possuem vaidades teológicas em se acharem os únicos certos e detentores da revelação e não titubeiam em determinar que outros estejam errados, assim, constituindo um pecado de jactância contra ao corpo.
1 No que se refere às coisas sacrificadas a ídolos, reconhecemos que todos somos senhores do saber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. 2 Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber. 3  Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.1 Co. 8.1-3.
18 Alguns se ensoberbeceram, como se eu não tivesse de ir ter convosco; 19  mas, em breve, irei visitar-vos, se o Senhor quiser, e, então, conhecerei não a palavra, mas o poder dos ensoberbecidos. 20  Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder. 1 Co. 4.18-20.
13 Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé 14 e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade. Tt.1.13,14.
Além disso, tais sectários sempre trazem consigo a sensação que estão trazendo uma grande revelação do momento que ficou oculta por séculos e só eles possuem a profundidade do conhecimento dessa verdade.
Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; Apocalipse 2:24 
3 Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, 4  é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, 5  altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro.... 20  E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado, evitando os falatórios inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe chamam, 21  pois alguns, professando-o, se desviaram da fé. A graça seja convosco. 1 Timóteo 6.3-5,20,21
Tal fundamento jactancioso se estabelece na conduta radical e extremista agregada à falta de esclarecimento das Escrituras. Pois, justamente por não ter conhecimento sólido da Palavra é que tais pessoas se atem as questões polêmicas a fim de se passarem por mestres ou entendidos na Palavra não levando em consideração que tal vaidade ideológica trás mais confusão e prejuízo ao Reino de Deus do que edificação.
8 Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores. 10 Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem.Jd.1.8,10.
3 Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia, te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, 4 nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que, antes, promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé... 6 Desviando- se algumas pessoas destas coisas, perderam- se em loquacidade frívola, 7 pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações. 1 Tm 1.3,4,6,7.

COMPORTAMENTO SECTÁRIO EM TRABALHAR SORRATEIRAMENTE.
Cuidado com aqueles que vão de casa em casa a semear questionamentos contrários e posturas sabidamente distintas da liderança em franca discordância com as pregações em semeadura a outros.
6  Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, 7  que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. 8  E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé 9  eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles. 2 Tm.3.6-9;
10 Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. 11  É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância. Tt.1.10-11.
Outro comportamento sectário está nessas pessoas irem aos lugares e se convidarem a pregar sem autorização mostrando motivação errada e espírito insubordinado.
19 Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, 20  sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; 21  porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo. 1 Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. 2  E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; 2 Pe.1.19-21; 2.1-2.
            Constata-se também um espírito faccioso naqueles que não tem coragem para resolver seus problemas de ordem pessoal ou teológica diante de sua liderança ou diante dos envolvidos, então preferem numa atitude de covardia postar mediante redes sociais e blogs todos seus descontentamentos e divergências quer de âmbito teológico quanto pessoal mascarado na forma de intelectualidade.
            Pessoas que se desligam do ministério e depois postam divergências em redes sociais e internet, tais demonstram que são mal resolvidas emocionalmente e tem dificuldade para tratar de seus problemas de modo franco e presencial.
8  Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me envergonharei, 9  para que não pareça ser meu intuito intimidar-vos por meio de cartas. 10  As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é fraca, e a palavra, desprezível. 11  Considere o tal isto: que o que somos na palavra por cartas, estando ausentes, tal seremos em atos, quando presentes. 2 Co.10.8-11.


3. PASSOS PARA ARREPENDIMENTO OU FUNDAMENTO BÍBLICO PARA EXCLUSÃO:
Em muitas situações da história da Igreja, por ignorarem ou não saberem manusear a Palavra de Deus, sempre surgiram pequenos desvios, que no momento pareciam inofensivos, mas com o passar do tempo se mostraram como verdadeiros campos minados à pregação do Evangelho. Tais pessoas ignoram que o desviar se um milímetro da doutrina hoje representará quilômetros no futuro. Podendo afastar se e por fim se apostatar da fé.
16  Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes. 1 Tm.4.16;

      Portanto é necessário que tal pessoa venha reconhecer em si que há debilidade, limitação e inclinação a tendências teológicas sectárias. Bem como, ser humilde no reconhecimento de que precisa ser cauteloso e prudente antes de formar uma opinião a fim de saber diferenciar entre um ponto de vista, opinião, parecer e doutrina.
14  para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Ef. 4.14

      Assim, tal pessoa precisa se retratar publicamente fazendo nota de seu reconhecimento assumindo uma postura de humildade em espírito contrário ao jactancioso orgulho sectário. Caso isso não aconteça, jamais será quebrada a influência do espírito de orgulho sobre sua vida.
13 Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé Tt.1.13.
19 Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. 20 Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam. 1 Tm.5.19-20.

      Afastar se de qualquer preleção ou condução da Palavra. Se determinada pessoa não está de acordo com os ensinamentos ministrados na localidade, então a mesma deve ser ética e solicitar o afastamento dos quadros funcionais para não incorrer de estar contrária a liderança.

      Mudar comportamento sectário. A proposta está na mudança de atitude e comportamento a fim de salvar o irmão.
22 E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida; 23 salvai-os, arrebatando-os do fogo; quanto a outros, sede também compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada pela carne. Jd.22,23.

MEDIDAS DE EXCLUSÃO:
Todavia, na inobservância das decisões acima, agregada a relutância em manter um perfil psicológico de um sectário como: “fechamento mental em resistir argumento plausível”, “conduta antagônica ao irmãos”, “forte intolerância ao pensamento vigente” e “isolamento relacional” estabelece fundamentos bíblicos para decisão de exclusão a aqueles que por orgulho não se submetem a verdade e estão perdidos em suas próprias vaidades, falácias ideológicas, estratagemas espirituais e demônios de heresia e apostasia. Observemos o respaldo bíblico:  
17 Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, 18  porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos. Rom. 16.17,18.
23 E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas. 24  Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, 25  disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, 26  mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade. 2 Tm.2.23-26;
10  Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez, 11  pois sabes que tal pessoa está pervertida, e vive pecando, e por si mesma está condenada. Tt.3.10,11.
9  Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. 10 Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. 11  Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más. 2Jo.1.9-11.

CONCLUSÃO:
Embora, meu presente argumento vise instruir o rebanho do qual tenho a incumbência, a admoestação pode em extensão trazer saúde e proteção ao corpo de Cristo, a Igreja, a fim de identificar aqueles ensinamentos que são estranhos a Palavra e que só provocam dissensões e perdição ao povo de Deus.
Caso, você tenha dúvida, consulte seu líder e busque saber acerca de seu parecer e orientação.
Da mesma forma, aconselhamos a todo irmão a ser mais prudente na obtenção de conteúdos, bem como, evitar o acesso a sites de origem teológica espúria na internet. Pois no afã de encontrar “novidades” de ensinamentos, tais acabam por se enredar com toda sorte de “falácias teológicas” que só trazem confusão para o rebanho.
Que a graça e a paz de Cristo e o amor de Deus Pai e a comunhão do Espírito Santo seja com todos.