24 de jul. de 2015

ENSAIO SOBRE O AMOR DE DEUS

Baseado em três sermões sobre o "Amor".

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” 1 Coríntios 13.13.
OBJETIVO.
Venho tratar neste sermão sobre as “três virtudes teologais” caraterizadas na natureza moral de Deus que representam a própria trindade manifestando a expressão de sua natureza em seu Reino e a importância do amor na supremacia das três virtudes.

INTRODUÇÃO.

OS TRÊS FUNDAMENTOS: FÉ, ESPERANÇA E AMOR.
Deus constituiu três fundamentos para dar sustentabilidade a nossa vida cristã. Esses três fundamentos chamados “virtudes teologais”: Fé, esperança e amor estão vinculados em seu próprio caráter e deidade, os quais, podem representar a trindade; bem como, cada pessoa dessa trindade em si.
Observe, a Bíblia relata a respeito da fé, a qual, o mundo foi criado por ela (Hb.11.3); cuja fé operava mediante o poder da Palavra e ação do Espírito Santo. Sendo assim, a fé pode ser comparada a uma representação da pessoa do Espírito Santo (2 Co.4.13). Sim, a fé é uma virtude que representa o Espírito Santo.
3  Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Hb.11.3.
13  Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos, 2 Co.4.13.
2  Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? … 5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Gál. 3.2,5.
Destarte, a Palavra de Deus narra acerca da “esperança messiânica”. A Escritura afirma que Cristo em nós é a esperança da glória. De sorte que a esperança pode ser comparada como uma representação da pessoa do Filho, Jesus Cristo de Nazaré.
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança, 1 Timóteo 1.1.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 1 Pedro 1.3
aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; Colossenses 1.27
Igualmente, as Sagradas Escrituras constatam que Deus é amor (1 Jo.4.8). E que Ele amou o mundo de tal maneira que entregou seu filho unigênito… (Jo.3.16.). Vede que grande amor nos tem concedido o Pai… (1 Jo.3.1.). Portanto, a virtude teologal do amor pode ser comparado a uma representação da própria pessoa de Deus Pai.
16  Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo.3.16.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, Efésios 2.4  
Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.1 João 3.1.
8  Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.9  Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.1 João 4.7-10.
Assim, ao manifestarmos a fé, a esperança e o amor bíblicos, nós afirmamos que temos sido exercitados no tocante as virtudes divinas em nossos corações onde cada pessoa da trindade contribui com esse processo. Sendo que os mesmos possuem em si cada uma dessas virtudes teologais.

ANÁLISE.

Agora, compare esse argumento estabelecido sob a ótica de nossas expectativas humanas:
A fé está fundamentada no que Deus pode fazer (Hb.11.1), a esperança no que Deus fará (Tt1.2;2.13), mas o Seu amor fundamenta se naquilo que “Ele já fez por nós” (Rm.5.8). Observe esses versículos:
5  Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. 6  Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Gl.5.5,6.
Compare a esperança da justiça (representação da obra de Jesus) que provém da fé (representação da obra do Espírito Santo em nós); mas, ambas estão fundamentadas na ação do amor (representação da obra do pai em nós através da trindade).
Portanto, a Trindade opera em nós agregando confiança sobre aquilo que Deus pode fazer, gerando expectativas no que Ele fará; mas, alicerçado naquilo que Ele já fez!
A FRAGILIDADE DE NOSSAS PERCEPÇÕES EM CONTRASTE COM A IMUTABILIDADE DO AMOR DE DEUS.
No entanto, mesmo que associássemos a fé num estágio presente e a esperança em algo vindouro, e portanto, em nossa inconstante percepção de realidade, passíveis de hesitação. Todavia, o amor está fundamentado em algo que já ocorreu, logo não há como ser abalado.
O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; 1 Coríntios 13.8.
Onde queremos chegar com esse argumento?
Imagine que caso ocorresse, embora não devesse acontecer, em que nossa expectativa de fé fosse abalada porque a ação divina veio de encontro a própria expectativa no tocante aquilo que Deus, em sua soberania, não quis fazer consoante a nossa fé. Isto é, que nossa expectativa de fé, por alguma razão, não estivesse de acordo com a vontade divina e por isso fosse abalada.
Exemplo: Isto ocorre quando, as vezes, nós queremos que determinado familiar não venha perecer e estar sempre conosco; mas, por mais que tenhamos fé, chega um momento em que Deus em sua soberania o toma para  si.
De forma semelhante, imagine que se nossa percepção de esperança viesse a ser abatida no tocante aquilo que Deus faria, sendo que a ação divina, em sua soberania, não fará consoante a nossa esperança. Ou seja, nossa percepção de esperança, por alguma razão, não estivesse de acordo com a vontade divina  e por isso fosse abatida.
Exemplo: Tal situação ocorre quando nós temos esperança de que algo de bom possa acontecer, mas o tempo passa e descobrimos que isso jamais ocorrerá. Pois, Deus em sua sabedoria nunca quis que acontecesse.
Ou temos a expectativa que nosso familiar dentro de meses se converta, mas as circunstâncias passam e levam décadas e o mesmo ainda não se converteu. Da mesma forma, anelamos receber alguma coisa de irmãos, comunidade ou igreja e deparamos com a inviabilidade dessas expectativas humanas que geram “desapontamento cognitivo”, “decepção emocional” e “frustração volitiva”.
Estas situações anteriores de frustração podem (mas, não deveriam) abalar nossa expectativa de fé e abater nossa sensação de esperança; contudo, mesmo que isso viesse acontecer, tais não poderiam acabar com nosso amor em Deus.
35  Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36  Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37  Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38  Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39  nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Rm 8.35-39.
As coisas do presente e do futuro podem sair diferentes em relação as nossas expectativas e percepções. Contudo, não dá para mudar a realidade de nosso passado e daquilo que Deus fez por nós. Sim, nossa percepção e realidade de amor jamais poderá acabar, isto porque não dá para mudar aquilo que Deus já fez por nós através de seu amor. Oh Glória!
Coube a Deus em sua soberania, amar a nós independente de nossas expectativas e frustrações, acima de nossas frustrações e temores. Isto é, o amor de Deus vai além dessas questões transitórias e volúveis de nossa alma. Compare:
1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; 2  por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. 3  E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; 4  e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. 5  Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. Rom.5.1-5.
O AMOR QUE FAZ RESSURGIR A FÉ E A ESPERANÇA
Observe que, “por hora”, a própria tribulação gera uma crise que pode abalar ou abater nossa fé e esperança; todavia, a mesma tribulação produzirá em nós uma fé e esperança ainda mais sólida, porque a tribulação produzirá perseverança e esta gerará experiência que, por fim removerá toda a confusão mediante o transbordar ilimitado do amor de Deus por nós. Oh Glória!!!
Assim, permanecem a fé, a esperança e o amor, mas o maior dessas três virtudes continua sendo o amor, porque não dá para mudar o que Deus fez por nós. Ele resolveu nos amar como filhos de uma forma resoluta e irrevogável.
Destarte, existe um “poder inefável” no amor divino capaz de fazer ressurgir nossa fé e esperança de uma forma ainda mais vigorosa do que antes, mesmo quando já havíamos dado por vencida! Glória a Deus por seu amor inefável.
7 Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. 8  Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, 9  ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova. Jó.14.7-9.
Não sei o que você tem passado nesses dias, porém sei de algo! O amor de Deus irá ressurgir tudo aquilo que em sua expectativa tinha sido abalado. O amor de Deus está aqui para ressurgir sua fé e esperança nEle!

DESCRIÇÃO SOBRE O AMOR.

Deus é amor (1 Jo 4.8)! Assim, para entender e desfrutar do amor divino deve se buscar sua origem nEle. Tudo o que nós podemos aprender e experimentar acerca do amor genuíno vem de Deus. Quanto mais estamos com Deus tanto mais somos enriquecidos na experiência e no conhecimento desse amor ágape.
A essência do amor de Deus é "Ágape", isto é, um gênero de amor abnegado, altruísta e sacrificial. Nisso podemos entender porque Deus amou o mundo de uma tal maneira que (abnegadamente) deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (Jo 3.16).
Assim podemos deslumbrar o porque Deus agiu conforme versículo abaixo:
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Rom 5.8
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo,-- pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; Ef 2.4-6.
Desta forma, não é por nossa eficiência, justiça, bondade ou capacidade; tampouco por causa de nossas fraquezas ou expectativas desapontadas, decepcionas ou frustradas, mas exclusivamente por sua graça fundamentada em seu amor.
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija- se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba.” 1 Co. 13.4-8.
"O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." O amor é a força motriz que move a roda ou engrenagens do universo; é o sentimento primário que fundamenta e faz funcionar Reino de Deus.
Todas as vossas obras sejam feitas em amor. 1Co 16.14  
que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor Ef 3.17  
O amor é mais do que um fim em si mesmo; o amor é um caminho, uma postura de vida. O amor é uma dinâmica de vida.
Segui o amor...1Co 14.1a
Pois estar amadurecidos na fé e na vida cristã é andar e estar aperfeiçoado em amor.
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. Gl 5.22,23.  
"O amor é paciente, é benigno..." Pois motiva Deus a investir em fé na humanidade e dá esperança necessária para acreditar que vale a pena continuar se esforçar em favor a ela.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3.16.
Desta forma, o amor é pleno de fé e esperança.
“e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Rom 5.5
O amor é a plenitude da perfeição! E devemos nos aperfeiçoar nele.
acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Col. 3.14
e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ef. 3.19.

CARACTERÍSTICAS.

O amor deve ser saudável e não doentio; para que isso aconteça ele em sua natureza deve ser altruísta e não egoísta. Daí a necessidade e supremacia do amor ser conforme o termo grego que corresponde: "Ágape" e não "Fileo" ou "Eros".
"O amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece..." Todo amor que promove o eu como foco é imaturo, possessivo e egoísta. O amor genuíno e aperfeiçoado tem o foco em outrem.
O amor doentio busca em primeira instância suprir carências pessoais, o amor genuíno sacia o todo. Daí muitas distorções e dificuldades em encontrar relacionamentos saudáveis em amor. Por causa dos problemas derivados daqueles que o buscam para suprir suas próprias carências ao invés de se doar de forma recíproca.
13 Ninguém tem maior amor do que este:de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. João 15.13.
O amor é dadivoso, gracioso, generoso, doador; Isto é, o amor procura sempre abençoar; faz com que o "eu" não seja só o receptor, mas o transmissor e por fim o canal; pois evoca e provoca a ação graciosa de Deus que se manifesta através desse gênero de amor.
Amor é uma doação recíproca visando o bem comum. Por causa disso, o amor é cuidadoso, mas também é perdoador: "não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; "
O amor é sincero e busca andar em integridade para com aquele que é objeto desse amor.
9 O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros; Rom 12.9-10.
O amor tem capacidade de consternação. Ele constrange e induz a fazer o que é certo. Assim, o amor tem alto poder de reconciliação e recuperação.
Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram 2Co 5.14
O AMOR É CURA.  
De forma semelhante, a amor de Deus é virtude essencial para restauração de todas as coisas, pois por meio do amor, Deus trará cura e restauração em seu Reino.
3  Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 4  E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. 5  E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. 6  Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. 7  O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Ap.21.3-7.
O amor de Deus irá curar suas feridas na fé e na esperança; sim, o amor de Deus produzirá restauração daquilo que estava abatido em seu coração!

PASSOS PARA APLICAR ESSAS VIRTUDES.

Por que o diabo se levanta de forma tão voraz contra a fé, esperança e amor? Porque ele sabe que essas virtudes são fundamentais para o cristão vencer a carne, o pecado e o orgulho. Observe:
15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; 16 porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. 17 Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. 1 Jo.2.15-17.
A ausência de amor divino conduz a pessoa em sua queda para a dissolução e leva pessoa a amar o mundo! Isso demonstra que de alguma maneira necessitamos amar algo. Mas! ao invés de amar o mundo, receba o amor de Deus que liberta, que perdoa, que reconcilia e cura trazendo oportunidade para restaurar nossa comunhão abnegada com Ele.
O amor é revigorante e tem efeito motivacional, o qual transcende para outras virtudes, pois promove de forma intrínseca a justiça e a santidade. "não se alegra com a injustiça, mas regozija- se com a verdade;"
Devido a natureza motivacional desse gênero de amor, ele desperta características funcionais em si que o conduz a aplicação, como está escrito em 1 Co.8.1 “A ciência incha, mas o amor edifica”. Ou seja, o amor, em sua essência, não é de natureza epistemológica teórica mas excede para o âmbito funcional; ou seja, não dá apenas para conhecer e saber acerca do amor, deve se vivê-lo, sentí-lo, experimentá-lo.
9 E também faço esta oração:que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, 10 para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo, 11 cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus. Fp 1.9-11.
Quando assim andamos e vivemos, instintivamente cumprimos a prática da lei. Pois a mesma foi compilada no espírito e teor desse amor.
8 A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei. 9  Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. 10  O amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei. Rom 13.8-10.  
O amor nos faz compartilhar as necessidades uns dos outros, não como obrigatoriedade ou coação, mas por voluntariedade, clemência e gratidão.
pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza fôsseis enriquecidos. 2Co 8.9
20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. 1 Jo.4.20,21.

APLICAÇÃO.

Nossa motivação de vida cristã e serviço não podem estar fundamentadas somente na fé acerca de um céu eterno ou salvação eterna, tampouco apenas na esperança de um galardão; sobretudo, nossa motivação de vida cristã e serviço devem estar fundamentadas em nosso amor a Deus.
1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2  Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3  E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 1 Co.13.1-3.
Observe isso apenas como força do argumento:
Caso não existisse um céu vindouro, embora temos certeza que de isso exista (1 Ts.1.10) e que, portanto, não precisássemos servir a Deus para fugir da ira e morarmos no céu. Mesmo que não houvesse recompensa ou galardão vindouro (Mt.20.1-16; 1 Jo.2.25), embora sabemos que haverá um galardão de nossas obras (Cl.3.23,24; 1 Co.9.10). Assim, não precisássemos servir a Deus com interesse.
Todavia, nós continuaríamos a servir a Deus com o mesmo cuidado e com a mesma devoção, pois não fazemos essas coisas com expectativa de ir ao céu ou fugir do inferno, tampouco devemos buscar recompensas por aquilo que fazemos, até porque tais coisas jamais irão recompensar o que Deus já fez por nós através de Jesus e sua morte expiatória.
Mas tudo o que fazemos deve ser feito tão somente por amor, não esperando receber algo em troca (Ap.4.10,11). E esse amor abnegado e fundamentado pela graça que serve de força propulsora para todas nossas atividades espirituais.
Assim, alcançaremos a motivação certa de amor que fará com que todas virtudes teologais agregadas a fé e esperança venham permanecer em nossos corações através dos séculos e de eternidade a eternidade. Aleluia!
O amor nos faz caminhar pra perto de Deus, o amor tem esse efeito gravitacional e aproxima sujeitos e objetos entre si. Sim, de fato, o amor possui um efeito de unidade, afinidade e ligação incomparável, observe:
1 Portanto, se há alguma exortação em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão do Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, 2  completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa; 3 nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; 4 não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros. Flp 2.1-4.  
Logo, porque eu amo a Deus eu quero ser igual a Ele e quero estar com ele.
Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. João 15:9,10.

O PROCESSO DE CRESCIMENTO EM AMOR

  1. MANIFESTAR
Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 1 João 4:9
Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.  1 João 3:16  
  1. CONSISTIR
7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. 1 Jo.4.7-11.
  1. APERFEIÇOAR.
17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 1 Jo.4.17-19
Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: 1 João 2:5  

OS TRÊS PROCESSOS DE CRESCIMENTO EM AMOR SOBRE PEDRO
15. Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. 16. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. 17. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas. 18. Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres. Jo.21.15-18.

CONCLUSÃO.

"O amor jamais acaba..." O amor é mais que um sentimento, o amor é uma decisão; é um processo progressivo e uma caminhada rumo ao que é perfeito e aceitável em Deus.
Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que se vos escreva, visto que vós mesmos sois instruídos por Deus a vos amardes uns aos outros; ... Exortamo-vos, porém, irmãos, a que ainda nisto abundeis cada vez mais, 1Ts 4.9,10
E, sobre tudo isto, revestí-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. Col 3.14
Logo, somos estimulados a promover e aprimorar nosso andar em Deus através de uma crescente experiência de fé, esperança e amor; sobretudo, mergulharmos profundamente nesse imensurável amor de Deus por nós.

APELO.

Quantos querem experimentar esse amor salvador de Deus aceitando a Jesus como Senhor e Salvador pessoal e decidir pelo amor de Deus?
Quantos querem ser aperfeiçoados em sua experiência no amor de Deus?