37 Por cima da sua cabeça puseram escrita a sua
acusação: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS. 38
E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à
sua esquerda. 39 Os que iam passando
blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: 40 Ó tu que destróis o santuário e em três dias
o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!
41 De igual modo, os principais sacerdotes,
com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: 42 Salvou os outros, a si mesmo não pode
salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. 43 Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora,
se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus. 44 E os mesmos impropérios lhe diziam também os
ladrões que haviam sido crucificados com ele. 45 Desde a hora sexta até à hora nona, houve
trevas sobre toda a terra. 46 Por volta
da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O
que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 47 E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto,
diziam: Ele chama por Elias. 48 E, logo,
um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido de vinagre e colocado
na ponta de um caniço, deu-lhe a beber. 49
Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo. 50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz,
entregou o espírito. 51 Eis que o véu do
santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se
as rochas; 52 abriram-se os sepulcros, e
muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; 53 e, saindo dos sepulcros depois da
ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam a
Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande
temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus. Mt.27.37ss
A absoluta maioria dos descrentes sofrem com crises
de autoafirmação. Dentro do meio cristão, a maioria dos evangélicos sofrem com crises
de autoafirmação. E é possível que a maior parte de pastores sofram com crises de
autoafirmação.
Qualquer pessoa pode estar sujeita a
passar por crise de autoafirmação. Crise de Autoafirmação é uma tentação
ocasionada como resultado da queda de Adão. Assim, todo ser humano é
susceptível a tentação de crise de autoafirmação.
Contudo, o que fazemos com ela e como
a lidamos pode constituir pecado.
A crise de autoafirmação quando
permanece por dias, a ponto de tornar se crônica e provoca crise de identidade
e insegurança.
EXEMPLOS
DE CRISES DE AUTOAFIRMAÇÃO
Exemplos de situações onde pastores e
cristãos demonstram que sofrem de crise de autoafirmação:
ü Necessidade de ostentar sucesso:
ü Eclesial (uma superigreja),
financeiro (status e estética refinadas) e espiritual (trejeitos e estereótipos
de espiritualidade).
ü Necessidade de estar em evidência.
ü Necessidade de demonstrar título.
ü Necessidade de compartilhar
resultados e feitos extraordinários em réplica a notícia de um feito de outrem.
ü Competitividade familiar,
profissional e ministerial.
ü No seu íntimo tem dificuldade de se
alegrar com êxito de outros (principalmente se ele se considerava melhor ou
mais importante que aquela pessoa).
EXEMPLO
DE JESUS
Jesus não sofria de nenhum tipo de
crise de autoafirmação. Embora, o diabo tentasse com ela, Mt 4 e Lc 4.
Mas, Jesus não se deixava levar por
ela porque Ele sabia quem era em Deus. A crise de autoafirmação reside na
orfandade.
ANÁLISE
Crise de autoafirmação acontece na
vida daqueles que não conhecem sua real identidade e filiação em Deus.
Assim o remédio de Deus para as
crises de autoafirmação é o reconhecimento de nossa filiação que vem pela
intimidade e unção do Espírito.
Quando conhecemos nossa identidade e
filiação em Deus, sabemos que somos muito maiores e melhores que estes
conflitos tolos que surgem em nossa alma clamando desesperadamente por
reconhecimento e atenção.
Semelhantemente, a unção rompe com as
crises de autoafirmação porque o Espírito Santo preenche o vazio existencial em
nossa alma e reforça nossa identidade em Deus.
APLICAÇÃO
Quando entendemos o que é filiação e somos curamos
em nossa personalidade por causa da unção, tais atributos leva-nos a fazer com
que as pessoas acreditem mais em nós e naquilo que Deus nos tem dado.
Pois, como poderíamos dar o que nós não temos como
poderíamos fazer com que acreditem naquilo que nem nós temos acreditamos; veja
como a crise de autoafirmação prejudica nosso desempenho. Assim, para vencer
este processo, filiação e unção exige de nós crescimento de alma. Pois,
conquistar pessoas ao nosso crédito demanda nobreza de alma.
Porém, a unção já está sobre você; assim, as
pessoas querem estar com você, por causa da unção na qual você será aceito.
Você é procurado por causa da unção. Inclusive nos negócios. Em qualquer
atividade.
27 Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes
permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como
a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é
falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou. 1 Jo.2.27
PASSOS PARA MIGRAR DA ORFANDADE AO CONHECIMENTO DE NOSSA
FILIAÇÃO EM DEUS
Todo aquele que sofre de crises de autoafirmação
trás consigo sentimentos de orfandade; todavia, Jesus veio a este mundo para
que tenhamos o entendimento de que somos recebidos como filhos de Deus.
Assim, já não somos dependentes mais de sentimentos
como insegurança pessoal, falta de paz, ou busca frenética por elogios,
aprovação e aceitação humana. E sim, temos a compreensão de que somos
totalmente aceitos no amor de Deus e justificados pela sua graça; pois tal
realidade leva-nos a desfrutar a vida com confiança, assertividade, segurança e
paz.
Crises de autorrejeição vinda da comparação com
outros desaparece quando construímos nossa autoimagem positiva e assegurada,
porque sabemos que temos grande valor como filhos de Deus.
Desta forma, já não vivemos pelo esforço da lei,
como servos que estão à procura de agradar seu Deus como um mestre ou um amo
distante; mas vemos Deus como pai de amor muito íntimo e achegado, do qual,
vivemos sua Palavra, não por lei, mas pela liberdade do amor.
Não nos esforçamos mais para sermos aceito,
tampouco temos a necessidade por alcançar realização pessoal a fim de
impressionar a Deus e as pessoas; mas nosso serviço é motivado por uma profunda
gratidão por ser incondicionalmente amado e aceito pelo Pai. Não temos ciúmes,
ou sentimentos de competição, rivalidade pelo sucesso de terceiros, mas em
humildade e unidade valorizamos as pessoas e somos capazes de se alegrar com
sucesso de outros e sofrer por suas falhas.
Na área ministerial, não ambicionamos para sermos
vistos ou distinguidos por nossas realizações espirituais ou posicionar-se
entre os renomados da fé. Mas, damos extraordinário valor experiência diária do
incondicional amor e aceitação do Pai, no entendimento que somos enviados como
representantes do seu amor a serviço dos irmãos.
Logo, não
lutamos, negociamos ou fazemos conchavos e politicagens para alcançar ascensão
ou status, mas entendemos que como filhos temos direito natural de herança.
14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito
de Deus são filhos de Deus. 15 Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos:
Aba, Pai. 16 O próprio Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de
Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos
glorificados. Rm.8.14-17.
CONCLUSÃO
Desta forma, Deus
requer que não sejamos mais meninos, que apesar de herdeiros, precisam ser
educados por curadores. Mas que cheguemos a maturidade no entendimento de nossa
realidade em Cristo como nova criatura, a fim de se desvincilhar destes
sentimentos ou crises de autoafirmação e podermos desfrutar em Deus de uma
postura de herdeiro maduro.
1 Digo, pois, que, durante o tempo em que o
herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo.
2 Mas está sob tutores e curadores até
ao tempo predeterminado pelo pai. 3
Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos
aos rudimentos do mundo; 4 vindo, porém,
a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei, 5 para resgatar os que estavam sob
a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao
nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! 7 De sorte que já não és escravo, porém filho;
e, sendo filho, também herdeiro por Deus. Gl.4.1-7
APELO
Quantos querem se tornar
filhos de Deus?
Quantos querem
assumir sua posição de filiação e desfrutar dos privilégios de herdeiro?