1 Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. 2 De
madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com
ele; e, assentado, os ensinava. 3 Os escribas e fariseus trouxeram à
sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a
ficar de pé no meio de todos, 4 disseram a Jesus: Mestre, esta
mulher foi apanhada em flagrante adultério. 5 E na lei nos mandou
Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? 6
Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus,
inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. 7 Como insistissem na
pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós
estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. 8 E,
tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9 Mas,
ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência,
foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos
últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. 10
Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher,
perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém
te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse
Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. Jo.8.1-12.
(OBS: TAL TEXTO PODE SER ENCENADO NUM TEATRO!)
OBJETIVO.
O presente sermão visa preparação do coração e motivação dos
ouvintes para provocar arrependimento com denúncia do ego mascarado
em religiosidade. Sua proposta está em despertar choque inicial
sobre toda dinâmica de pregações que vem a seguir.
INTRODUÇÃO.
Nós ouviremos muito sobre este tema acerca da religiosidade como a
religiosidade no sentido de legalismo ou moralismo tem prejudicado o
crescimento no Reino de Deus. O propósito de Jesus em vir a este
mundo nunca foi trazer mais uma religião e sim conduzir os homem a
relacionamento mais próximo com Deus.
“Nunca foi intenção de Deus que a Igreja se tornasse uma
geladeira para preservar a perecível religiosidade humana. Sua
intenção era que ela fosse uma incubadeira, onde se desenvolveriam
novos convertidos”. — F. Lincicome.
Jesus veio ao mundo para anunciar seu Reino e levar pessoas ao pai
por meio do relacionamento não de uma religião.
O cristianismo não deveria ser institucionalizado para se tornar
religiosidade. Assim como Gideão, nós seres humanos temos tendência
de institucionalizar o agir de Deus, trazendo glória a si.
22 Então, os homens de Israel disseram a Gideão: Domina sobre
nós, tanto tu como teu filho e o filho de teu filho, porque nos
livraste do poder dos midianitas. 23 Porém Gideão lhes disse: Não
dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o
SENHOR vos dominará. 24 Disse-lhes mais Gideão: Um pedido vos
farei: dai-me vós, cada um as argolas do seu despojo (porque tinham
argolas de ouro, pois eram ismaelitas). 25 Disseram eles: De bom
grado as daremos. E estenderam uma capa, e cada um deles deitou ali
uma argola do seu despojo. 26 O peso das argolas de ouro que pediu
foram mil e setecentos siclos de ouro (afora os ornamentos em forma
de meia-lua, as arrecadas e as vestes de púrpura que traziam os reis
dos midianitas, e afora os ornamentos que os camelos traziam ao
pescoço). 27 Desse peso fez Gideão uma estola sacerdotal e a pôs
na sua cidade, em Ofra; e todo o Israel se prostituiu ali após ela;
a estola veio a ser um laço a Gideão e à sua casa. Jz.8.22-27.
DEFINIÇÕES SOBRE
RELIGIOSIDADE, MORALISMO OU LEGALISMO.
Não resta a menor dúvida de que em relação a Deus, satanás pode
operar na área da alma, induzindo o homem a desenvolver sistemas de
religiosidade de toda espécie e bastante complexos. Mas nunca
devemos confundir vida religiosa com vida espiritual, pois não
existe relação alguma entre elas. A vida espiritual é o
relacionamento do nosso espírito humano com Deus, em contato direto
com Ele; já a vida religiosa é uma atuação da alma. Observe o
que diz o profeta Isaías:
“Com minha alma suspiro de
noite por ti (Deus), e com meu espírito dentro em mim,eu te procuro
diligentemente...” Is 26.9
“- Porque o Senhor disse: Pois
que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus
lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o
seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que
foi instruído.” Is 29.13
“Aproximar-se” de Deus e “honrar” a Deus é algo mais do que
“boca e lábios” e “mandamentos práticas de homens”, que
você e eu “maquinalmente” aprendemos e desenvolvemos o que
chamamos de “religiosidade”. Isso nada tem a ver
com “espiritualidade”, que é assunto do coração – da
operação do Espírito Santo em nosso íntimo.
ANÁLISE EM COMO SE FORMA O
MORALISMO?
O moralismo como fenômeno distorcido da queda humana e do pecado
pode ser encontrado em qualquer ambiente que veicula a intransigência
e o fechamento ao diálogo.
Deveras, o moralismo como tal apresentado pode ser utilizado de forma
proposital como ferramenta de manipulação de massas em alguns
segmentos atuais da sociedade, principalmente, entre setores menos
esclarecidos ou incultos da população.
Tenho por certo que esta proposição inversa é verdadeira: QUANTO
MENOS ESCLARECIDO FOR UM POVO, MAIS TENDÊNCIA TERÁ PARA SER
RELIGIOSO LEGALISTA.
Tais grupos sociais têm a inclinação de se contentar com fórmulas
morais prontas, com chavões ou frases de efeito, evitando seguir o
caminho da busca do que é coerente através do exercício pessoal do
raciocínio, de fato, para alguns deles é por demais pesaroso
indagar e chegar a um ponto de reflexão sobre determinadas questões
éticas.
Apenas freqüentar cultos, reuniões evangélicas, sem a motivação
correta, não surti grandes efeitos. Israel, o povo de Deus, pôde
falar com propriedade a respeito disso. Isaías, pela unção
profética, desmascarou a pseudo-religiosidade daquele povo, dizendo
que o Senhor estava cansado da solenidade misturada com a iniqüidade
(Isaías 1.12-20).
CLASSIFICAÇÃO E
CARACTERÍSTICAS DE RELIGIOSIDADE
- O PRATICANTE DE UMA RELIGIÃO:
Devido ao sistema cultural de nossa nação, quase todos acham
que devem praticar algum tipo de religiosidade, com esta prática
não quer dizer que a pessoa está arrependida, pois através de
métodos, regras e formas poderá esconder um caráter,
personalidade que não agrada à Deus e por outro lado nem todas as
práticas religiosas estão de acordo com a vontade de Deus. (Mt
3:7-10; 5:20).
Podemos observar algumas características de religiosidade, legalismo
ou moralismo nos textos apresentados que identificam que estes
procedimentos dificultam ou interferem no crescimento do Reino de
Deus na face da terra e impedem pessoas de vir a Jesus.
(APLICAÇÃO: Quantas vezes você foi ao culto por mera
religiosidade?)
- FALTA DE ORAÇÃO: Quando
uma pessoa não está
com as devidas proporções de oração necessária, automaticamente
a alma latente passa a requerer o controle das decisões, surgindo
daí “o
espírito de religiosidade”,
que interpela nas direções.
Jesus era um homem de oração (V.1),
a oração pode nos libertar da religiosidade.
(APLICAÇÃO: Quantas decisões você já tomou fora de
cobertura de oração e na religiosidade).
4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não
andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 5 Porque os que se
inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se
inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. 6 Porque o
pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e
paz. Rm.8.4-6.
- HIPOCRISIA: Ao observarmos o texto áureo podemos perguntar:
Onde estava o homem que praticou o mesmo adultério com aquela
mulher? Observa-se, portanto, dois pesos e duas medidas naqueles
fariseus!
(APLICAÇÃO: Em que você tem sido hipócrita?)
24 Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo! 25 Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque limpais o exterior
do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e
intemperança! Mt.23.24,25.
- PROVOCA HUMILHAÇÃO: “fazendo-a ficar de pé no meio
de todos...” Não se importam com o valor e sentimentos de uma
pessoa, o importante é tomar medidas exemplares de rigorosidade
ascética.
No moralismo religioso os comportamentos de “não aplicação” ou
“observância” destes códigos morais e regimentos internos
proporcionam hipercorreção de conduta, ou atitudes disciplinarias
de cunho moralista e modelo de reparação como exemplo de punição
para os demais desta sociedade (o bode expiatório). Em tais práticas
o moralismo religioso assumiu conotações sempre mais pejorativas,
principalmente nos assuntos concernentes à sensualidade e o recato.
(APLICAÇÃO: Quantas vezes você já humilhou outros só por
mero capricho de religiosidade?)
-
ZELO SEM ENTENDIMENTO: Quando procuramos ser zelosos na obra de
Deus; muitas vezes agimos com o nosso zelo natural, o que não deixa
de ser um zelo de “religiosidade” ou zelo pela tradição: Um
zelo sem entendimento!
“Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus,
porém não com entendimento.” Rm 10:2
(APLICAÇÃO: Quantas vezes você já agiu com zelo sem razão?)
- LEGALISMO INCOERENTE: “E na lei nos mandou Moisés que
tais mulheres sejam apedrejadas”. Importam-se mais com o teor
da letra do que com a vida humana. Exige-se cumprimento da norma
independente do custo ou ônus final que vier resultar.
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o
dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os
preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a
fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!
Mt.23.23.
Baseado nestas ponderações anteriores podemos entender como
“moralismo ou religiosidade” uma forma caricaturada de observação
da regra, como um princípio fundamental e absoluto do agir, sob pena
de conseqüências! Excluindo a possibilidade do diálogo do tema em
questão. Moralismo se destaca pelo pensamento impositivo moral que
reduz questões da moralidade a princípios de legalidade formal
abstrata, tal denotação é mais conhecida no meio evangélico por
legalismo.
(APLICAÇÃO: Aponte atitudes em sua vida oriundas de legalismo
incoerente.)
- INTERESSES POLÍTICOS OU MERCADOLÓGICOS ALÉM DA FÉ: “6
Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar.” Eles
não se interessavam pelo problema, pois tal era instrumento de
interesses pessoais e estranhos ao reino.
24 Disse-lhes mais Gideão: Um pedido vos farei: dai-me vós,
cada um as argolas do seu despojo (porque tinham argolas de ouro,
pois eram ismaelitas).
(APLICAÇÃO: Quantas vezes você tomou decisões que
satisfaziam mais ao teu interresse do que a justiça?)
- EXIGEM PUNIÇÃO IMEDIATA: “Como insistissem na
pergunta,”. O rigor ascético exige não solução do problema
e sim punição imediata. A proposta na solução de um problema não
é disciplina ou castigo e sim arrependimento. Quando estamos mais
preocupados em disciplina e forma de disciplina do que
arrependimento, nós temos sido moralistas e religiosos.
(APLICAÇÃO: Os legalistas de plantão exigem da liderança
uma atitude, quantas vezes você exigiu vingança?).
- SÃO RANCOROSOS E INCAPASES DE PERDOAR: “Aquele que
dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.”
O religioso não perdoa! E se o faz, faz questão de lembrar
novamente. Guardam mágoa das pessoas e seus feitos, guardam um
histórico de bom ou mal comportamento e julgam por eles.
(APLICAÇÃO: Há alguém que você tenha dificuldade em
perdoar?)
- QUER ESTABELECER DOMÍNIO HUMANO: “22 Então, os
homens de Israel disseram a Gideão: Domina sobre nós “. O
religioso gosta de títulos e ostentar autoridade e poder sobre os
outros, gosta de se enaltecer sobre os demais, mostrar suas virtudes
e valores acima da média. Ou mostrarem que tem poder para te
restringir em algo.
-
A
RELIGIOSIDADE QUE TENDE SEMPRE EM OPTAR POR DIZER “NÃO”: Devemos
evitar a religiosidade advinda da inclinação natural e mecânica de
observar com superficialidade ou precariedade o objeto ou o assunto
em questão que leva a má formação do processo da descrição,
depois da classificação, e assim da análise e por fim, má
atribuição na definição e designação de juízo e valores.
Muitos fatores implicam numa pessoa que tem a natureza contrariadora,
talvez seu conservadorismo esteja fundamentado no medo da inovação.
Todavia, oposição por simples travamento da pauta é burrice e
espírito de religiosidade.
(APLICAÇÃO: Você tem sido uma pessoa que gosta de dizer não
por mero capricho de religiosidade?)
- CRIA INSTRUMENTOS DE RELIGIOSIDADE: “27 Desse peso fez
Gideão uma estola sacerdotal e a pôs na sua cidade, em Ofra; e todo
o Israel se prostituiu ali após ela; a estola veio a ser um laço a
Gideão e à sua casa.” Estabelece uma hierarquia de clérigo
e leigos e provoca distanciamento entre líderes e liderados.
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois
semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos,
mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda
imundícia! 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos
homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
Mt.23.27,28.
PASSOS PARA ROMPIMENTO DA
RELIGIOSIDADE
-
ARREPENDIMENTO: O verdadeiro
arrependimento é uma mudança radical de atitudes, é aquela
tristeza que não fica apenas no intelecto ou no constrangimento com
o próximo mas leva a pessoa para a direção de Deus (Sl 51:1-4;
38:8). Podemos perceber que com essa definição o verdadeiro
arrependimento envolve intelecto, emoções e vontade. Lembre-se o
que já falamos, que o arrependimento é o primeiro passo para
desfrutarmos da salvação e suas bênçãos dadas por Deus em Cristo
Jesus.
Quem
não admite erros é vaidoso e comete pecado de soberba! Devemos
periodicamente confessar e pedir perdão pelos pecados de
religiosidade.
- DEVEMOS CHORAR PELO PECADO: Jeremias clamou: “Oxalá a
minha cabeça se transformasse em águas”; e o salmista diz:
“Torrentes de águas nascem dos meus olhos”. Irmãos, nossos
olhos estão secos porque nosso coração também está. Em nossos
dias, é possível ver-se uma religiosidade despida de compaixão.
Penso que a natureza humana possui inclinação para religiosidade
tal qual quando folha cai da árvore e se inclina ao chão, pois
somos desta terra. Por isso, devemos periodicamente confessar nossos
pecados, pedir perdão e arrependimento de nossas tendências
moralistas, legalistas, religiosas, carnais e outras que nos impedem
de interagir com dinamismo em nossa fé.
- AQUELE QUE NASCE DE NOVO, do Espírito e da Palavra, tem que
"vigiar" muito o seu modo de pensar. A vida no Espírito
não se desenvolve segundo os modos de pensar da sociedade, nem
segundo as "variadas doutrinas" e práticas formais de
religiosidade.
- DEDICAR-SE A ORAÇÃO: Satanás não se importa se
aumentarmos nosso conhecimento da Palavra de Deus, desde que não nos
dediquemos à oração, o que nos impulsionaria a pôr em prática as
instruções que recebemos pela leitura da Palavra. De que vale um
conhecimento profundo, se nosso coração não tem profundidade
espiritual? De que adianta termos uma boa posição perante os
homens, se não a temos diante de Deus? De que vale a higiene do
corpo, se nossa mente e espírito estão sujos? De que adianta
possuirmos uma fachada de religiosidade se nosso coração é carnal?
A Palavra de Deus nos diz que pecamos porque não conhecemos as
Escrituras nem o Poder de Deus (Mt.22.29). CUIDADO ! Palavra sem o
poder = RELIGIOSIDADE; Poder sem a Palavra = ESPIRITISMO (Is.29.13)
- BUSCAR EDIFICAÇÃO NA FÉ:
É a fé que transforma a religiosidade infrutífera
(fé religiosa), em uma fé prática que desfruta da vontade de Deus
para sua vida. É aquela que transforma intelectualidade humana (fé
mental), em uma fé cheia de revelações dos princípios do Senhor.
- REPREENDER DEMÔNIOS DA
RELIGIOSIDADE:
Eles trazem religiosidade que atua sobre a mente das
pessoas com suposições religiosas com sofismas e enganos. Os
objetivos dos espíritos de religiosidade são: Levar as pessoas a
serem religiosas e cegas para a Vida do Evangelho. Impedir as pessoas
a Buscarem a Deus, para que não sejam renovadas pelo ES. Levar os
Crentes a viverem sem fome e sede de Deus.
O espírito de religiosidade foi e continua sendo o maior inimigo da
obra de Deus. Ele instigou a morte dos profetas (Mateus 23.30-37). Os
judeus religiosos dos tempos de Jesus não idealizavam o cumprimento
das profecias messiânicas em alguém tão comum como um carpinteiro,
ao ponto de rejeitarem Seu ministério público e O crucificarem
(João 5.16; Mc 15.1-15). Paulo, impelido pela mesma religiosidade,
consentiu com morte de Estevão, perseguiu a Igreja e aprisionou
muitos crentes. Os religiosos de Éfeso, adoradores de Diana, agiram
com a mesma agressividade, gritando por um período de quase duas
horas, o nome de sua deusa, em protesto a libertação da menina com
espírito de advinhação.
EXERCENDO A LIBERDADE DA FÉ
Além do que, vivemos em época de intrincadas questões sociais; o
cidadão pós-moderno já não se contenta com regras absolutas ou
arcaicas que ignoram e até alienam seu senso de coerência e
razão.
A pessoa espiritual não se satisfaz apenas com: “Não pode isso!
Não pode aquilo...” Busca como exigência às questões da “razão”
ou do “porquê?” de cada normativa. Numa época de subjetividade
onde cada um de nós, em seu foro íntimo, tem a responsabilidade por
avaliar e decidir os aspectos do certo e do errado. Torna-se
profundamente relevante as abordagens e reflexões acerca da ética.
Entendo que um dos princípios fundamentais na conjuntura da ética
seja a premissa de que não há como julgar os outros sem aceitá-los
como semelhantes e sem, de alguma forma, identificar-me com eles.
“Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver
sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.” [...] 10
Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher,
perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém
te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse
Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais. Jô.8.7;11.
APLICAÇÃO.
A palavra e o Evangelho de nosso senhor Jesus Cristo tem nos
chamado para uma vida em liberdade; Cristo nos resgatou da
escravidão da religiosidade para que pudéssemos servi-lo com
alegria. Ou seja, o princípio da lei régia que diz: “Ame o
próximo como a ti mesmo”, seguido pelo julgar da consciência como
endossado pela teologia paulina. Paulo buscou como exigência às
questões da “razão” ou do “porque?” de cada normativa. Por
conseguinte, mais do que tratar de responder às questões do QUE
DEVO FAZER.
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm;
todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. 1
Coríntios 10:23
CONCLUSÃO.
Que neste momento você venha se posicionar em Deus e
dizer não a qualquer manifestação de religiosidade. Coloque-se em
oração nesta ora e combata o espírito de legalismo, moralismo e
religiosidade em sua vida!
APELO.
Todos quantos queiram vencer a religiosidade em sua
vida venham até a frente que oraremos sobre cada um em nome de Nosso
Senhor Jesus Cristo!