25 de mar. de 2016

EDUCAÇÃO PARA LIBERDADE



“Estarei sempre com vocês; vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês. Eu os tirei do Egito para que vocês não fossem escravos dos egípcios. Eu os livrei da escravidão e os fiz andar de cabeça erguida”. Lv.26.12,13 NTLH



OBJETIVO.

Este sermão propõe gerar libertação de certos paradigmas mentais através de uma mensagem que serve como suporte para adquirir uma disposição espiritual e psíquica de educação social em Deus na preparação transformadora rumo à conquista que temos em Cristo.

INTRODUÇÃO.

Todos podem ter em Deus a educação que anelam! Como consequência, você adquire a dignidade concedida por essa educação. Todavia, a diferença entre ter essa dignidade fornecida pela educação e não tê-la está relacionado com a capacidade de poder lidar com ela. Observe esse exemplo:
“e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8.32
Observe que o conhecimento fundamentado naquilo que é verdadeiro provoca libertação, sem dúvida, a premissa oposta também é válida, isto é, a falta de conhecimento e educação mantém a pessoa em regime de escravidão.

DEFINIÇÕES

Mas o que significa “REDUZIR A ESCRAVIDÃO”?
Reduzir a escravidão é colocar o homem em uma condição de escravo, cativo, estar preso; não possuindo liberdade ou direito de escolha, negar-lhe o acesso a cidadania.
A escravidão rouba a dignidade de um homem, rouba a sua coroa de honra e glória. Pois só um homem livre pode reinar, o escravo não reina. Nesse sentido, a falta de educação e conhecimento priva o ser humano da sua dignidade fornecida pela liberdade.
Nós devemos ter a consciência de que Jesus é nosso Deus, e que, como Deus nos tirou de uma condição de escravos. Somente com uma consciência de libertos estamos preparados para resistir aos ídolos e a escravidão imposta por eles sobre nós. Assim, Jesus te chamou para ser livre de uma mentalidade escravagista de pobreza. Compare essa analogia paulina.
“1 Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. 2  Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. 3  Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; 4  vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5  para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos”. Gl.4.1-5.
Observe no versículo primeiro que mesmo que o filho seja herdeiro ele ainda é tratado como escravo, devido o fato de não ter adquirido o esclarecimento advindo da maioridade, por isso o uso de tutores e curadores. Da mesma sorte, existem muitos cristãos que ainda estão numa condição de escravos; pois carecem do conhecimento que os conduz a uma maioridade espiritual.

ISRAEL, UM POVO QUE ERA ESCRAVO E DEGRADADO

De fato, já estamos cientes que o diabo pode roubar a dignidade de um homem, todavia, a questão é: Satanás pode roubar a dignidade de uma nação inteira?
No livro de Êxodo podemos perceber a maior igreja do mundo. Moisés pastoreava cerca de 4 a 6 milhões de pessoas; foi a maior igreja da face da terra. Mas, como uma nação tão grande se encontrava escrava?
Observemos o que descreve a história e a Palavra de Deus! Quando Deus chama a Abraão e faz uma aliança com ele, Deus lhe promete fazer uma nação onde Deus haveria de se expressar por meio dela para ser canal e instrumento da vontade divina para as outras nações.
“Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn.12.1-3
A medida que Satanás descobriu o propósito de Deus através da nação de Israel, o mesmo tentou com todo empenho destruí-la, ainda tenta nos dias de hoje; sendo assim, Satanás conseguiu escravizar esta nação com o propósito de tentar impedir o plano de Deus para com Israel.
“Ao pôr-do- sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram; então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina  em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos.” Gn.15.12,13
“Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés.” Ex.1.8-11
Satanás conseguiu reduzir Israel até a escravidão; assim é o propósito dele para com a Igreja, tentar reduzi-la a escravidão; ele conseguiu no período de trevas da Igreja, entre os anos de 400 até 1550 d.C. O mesmo tem se esforçado a reduzi-la novamente, como também, a cada cristão que não vigiar e se deixar cair no pecado, na indignidade e desonra.
O povo de Israel esteve cativo no Egito por 400 anos. Israel não era um povo liberto, seus feitores determinavam o que eles deviam comer, vestir e etc. Não tinha as condições básicas de vida como: higiene, saúde, escolaridade e outras; de fato, estavam cativos.
Isto é um fato; junto à escravidão mental também pode ocorrer à sujeira! Existem pessoas que se acomodam com a sujeira, tal qual, se acomodam com a escravidão e pobreza. Estar pobre é uma coisa, viver na sujeira é outra, porém ambas procedem de uma acomodação ou condicionamento mental de escravidão.
Será que temos algumas áreas na nossa vida que ainda mentalmente precisamos de uma maior libertação? Se a sua resposta foi “não”. Então me responda:
  • O que determina você na compra de um vestuário ou o seu modo de vestir?
  • Até que ponto você é influenciado pela mídia na conduta de sua vida?
  • Quem tem o controle de suas finanças, você ou seu crediário nas lojas? Você ou o juro bancário?
  • Seu linguajar e gírias: procedem de onde? Talvez, você possa estar mais escravizado do que você pensa!

A RESTAURAÇÃO DA DIGNIDADE DE ISRAEL COMO CIVILIZAÇÃO

A restauração da dignidade humana começa pela educação na Palavra de Deus mediante a compreensão do valor de seus mandamentos.
“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” Ex.20.1-3
Este é o primeiro mandamento que Deus falou a nação de Israel após a saída do cativeiro, sendo o primeiro dos “dez mandamentos”; isto é, um dos mais importantes.
O valor desse primeiro mandamento, está na consciência de que Ele é nosso Deus, e que, como Deus, nos tirou de uma condição de escravos. Ou seja, o primeiro mandamento está fundamentado sobre a ação daquilo que Deus fez por nós. Logo, tudo que vier a ser feito será para manter essa condição de liberdade! Somente através de uma consciência de libertos é que estaremos preparados para resistir aos ídolos, deuses e pecados que nos levaria novamente a escravidão.
Após o estabelecimento desta “lei prima”. Deus começa estabelecer leis que visam dignificar o ser humano que se encontrava em uma condição de escravo.
“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” Ex.20.4-6
No segundo mandamento, Deus procura tirar uma mentalidade idólatra do coração do povo, pois o ídolo cativa o coração humano a viver uma vida restrita e condicionada aos seus temores, isto é, o medo escraviza e a falta de conhecimento gera medo restritor.
Ainda, tem a capacidade de influenciar referencialmente gerações seguintes a este modo de vida até três e quatro gerações. Como também, levá-los a assimilar as próprias paixões e trejeitos do ídolo e seus demônios.
“Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.” Sl.115.4-8
O terceiro mandamento visa trazer respeito e dignidade a Deus e seu nome:
“Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Êxodo 20.7
Pois alguém que não respeita a Deus, nem seu nome, como uma autoridade superior; aquém respeitará? A presença do respeito leva o próprio indivíduo a buscar respeito como sua referência. A ausência de respeito mútuo conduz a escravidão.
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro;”  Ex. 20.8 — 10.
O quarto mandamento, o dia do descanso, visa trazer dignidade ao homem para com seu próprio bem estar, valorizando sua saúde, o descanso de seu corpo e o respeito ao descanso e saúde alheia.
Quer um exemplo: Quanto ao não ter para si um dia de descanso! Somente escravos de suas próprias ambições, de seus senhores, de Mamon ou do dinheiro é que se dispõem a desonrar o sagrado direito à descanso de seu corpo para viver uma vida de trabalho ininterrupto semelhante a um escravo, não se deixe escravizar pelo trabalho, valorize sua vida e saúde.
“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.” Êxodo 20.12
O quinto mandamento visa honrar os progenitores, aqueles que foram os doadores da vida, entendendo que a dignificação dos progenitores e a valorização da vida é que nos torna a tê-la com abundância, deleite e longevidade.
“Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.” Ex. 20.13 — 17.
Do sexto até o décimo mandamento visa trazer um condicionamento e uma postura digna no comportamento do homem agora liberto para com o seu próximo, mostrando que através de seus gestos, atitudes e palavras, de fato, é um cidadão digno e honrado como um ser livre.
O propósito de Deus na implantação do decálogo e nas demais leis complementares, estatutos e juízos, não visava restringir então a liberdade de Israel, uma vez liberto do cativeiro do Egito. Mas, como um Deus de amor e bondade, como um Pai educador, tinha por objetivo apontar a nação de Israel através de orientações escritas (leis) de como eles poderiam “permanecer ou se manter” nesta condição espiritual digna e honrosa de um povo liberto; pois, a  transgressão dessas leis levaria o povo novamente a uma condição de indignidade, desonra e escravidão espiritual.
“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” Jo.8.34
Você tem observado os 10 mandamentos? “Não como lei, mas como princípio e estilo digno de vida”?
O aspecto mais difícil do cumprimento dos 10 mandamentos e das leis complementares que preservam a dignidade humana não era o cumprimento ou a obediência do ato em si, mas a obediência de coração, que só pode ocorrer em alguém que já renunciou uma mentalidade escrava.
Essas leis visavam trocar não apenas a conduta, mas o entendimento, e a disposição espiritual para uma posição mais elevada. Deus sabe que o povo com uma mentalidade escrava, torna-se escravo, como também sabe que a nação com uma disposição mental livre torna-se livre.
Infelizmente, o presente século se encontra escravizado a um sistema. Mas, nós cristãos não somos dominados pelo sistema deste mundo que é controlado pela escravidão a Mamon.
“Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Lucas 16.13  
Observe que a Bíblia cita o termo “servo”; quer seja de Deus ou de Mamom. Contudo, no aspecto sobre o tema da servidão ou escravidão existem pessoas que nasceram servos (escravos de nascimento) e pessoas que se fizeram escravos (escravos por desinformação ou opção cultural). Ora, mesmo que você tenha nascido escravo ou esteja escravo por desinformação, e assim anuído com a falta de educação e pobreza. Jesus lhe convoca a adquirir sabedoria e maturidade espiritual vinda dEle. Quem assim o faz, não adquire maturidade espiritual!
Outro exemplo: É semelhante aquele ancião que mesmo sendo liberto, tendo a sua carta de alforria, vivia como escravo porque foi educado desta maneira e preferia viver condicionado, assim, a agora ser reeducado a uma vida de liberdade.
O que nos faz alusão que um dos maiores desafios de Moisés, o qual, não foi tirar o povo da escravidão, mas tirar a escravidão de dentro deles.
Uma de nossas funções como pregadores do Evangelho é anunciar libertação em Cristo de todos os aspectos restringentes que dificultam as pessoas de servirem a Deus e proclamarem o Evangelho. Assim nesta função libertadora do Evangelho, devemos ajudar os cristãos a sair desta mentalidade escravizadora de pobreza quer seja por nascimento, ou por desinformação ou por conformismo cultural e dar lhes a educação necessária para viverem livres como filhos de Deus. O evangelho começa com salvação e segue por educação.
O problema é que o povo que habitualmente vive e condiciona-se por uma vida de escravidão, também tem uma mentalidade condicionada àquele modo de vida; e por força de hábito e por estruturas condicionadas àquela subcultura não está disposto a mudança imposta pela educação.
“Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro. Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento que lhes fora dado. Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.” 2 Pe.2.20-22
Desta forma, compreendemos porque a nação de Israel estava tão propícia para a volta ao pecado e ao Egito; pois, seu coração ainda estava  cativo ao Egito e seus hábitos ainda eram de escravos. O difícil não foi tirar Israel da escravidão do Egito, o difícil era tirar a escravidão egípcia de dentro do coração de Israel. E transcender seus corações obstinados para o valor da educação da Palavra de Deus.
Será que possuímos ainda algumas coisas da escravidão egípcia dentro de nós? Será que trouxemos algo do Egito que ainda enlaçam nossos corações e nos impedem de sermos educados pela Palavra?
Através da história, descobrimos que o povo hebreu não conseguiu assimilar a devida conduta digna, honrosa e de liberdade. Portanto, o retorno para uma condição literal de escravatura era apenas uma questão de tempo.
“Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do inimigo, a fim de que os leve cativos à terra inimiga, longe ou perto esteja; e, na terra aonde forem levados cativos, caírem em si, e se converterem, e, na terra do seu cativeiro, te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente procedemos, e cometemos iniquidade; e se converterem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra de seus inimigos que os levarem cativos, e orarem a ti, voltados para a sua terra, que deste a seus pais, para esta cidade que escolheste e para a casa que edifiquei ao teu nome;” 1 Rs.8.46-48
“Pelo que o SENHOR, seu Deus, o entregou nas mãos do rei dos siros, os quais o derrotaram e levaram dele em cativeiro uma grande multidão de presos, que trouxeram a Damasco; também foi entregue nas mãos do rei de Israel, o qual lhe infligiu grande derrota.” 2 Cr.28.5
Observe isso: A limitação educacional só existe na mente daquele que tem prazer em ser ignorante. Pois é Ele que diz: “não vai dar para fazer isto ou aquilo...”  O que enfatizo é que esta mentalidade restringente está tão impregnada que ao Deus pedir para fazer algo, tal pessoa dirá: “não vai dar para fazer porque não tenho condições.” E assim esta pessoa não consegue ser liberta e experimentar as liberações vindas do Pai por sua restrição de mentalidade.
Permita-me dar outro exemplo: Logo que terminou a II Guerra Mundial, por algumas semanas, vários campos de concentração permaneceram em funcionamento; embora as pessoas que estavam lá de dentro já fossem livres; Contudo, a boa notícia não tinha chegado até eles; eles eram homens livres que viviam em condições péssimas porque lhes faltava o conhecimento; assim, aquele poder restritor da desinformação estava sobre eles.
Da mesma forma, devemos cuidar para que essa desinformação não venha restringir nossa liberdade e, por conseguinte, nossa dignidade.
Podemos classificar vários temas que tratam sobre formas de disposição mental que geram um posicionamento de vitória e sua respectiva melhora na qualidade de vida. Exemplo:
  • Mentalidade e o mundo espiritual, onde o mundo espiritual se respalda sobre um pensamento que lhe dá legalidade.
  • A ilustração de uma mentalidade errada através de Judas Iscariotes.
  • Uma mentalidade pequena como raiz de uma série de problemas e os tipos de pobrezas causadas por esse tipo de pensamento.
Tais temas nos inspiram a pensar diferente e termos uma mentalidade superior de vitória através de nossa educação na Palavra, no conhecimento de nossa cidadania celestial e tudo o que isso implica. Desta forma é necessário possuirmos a educação de um entendimento correto de que de fato somos cidadãos celestiais e que agora estamos neste mundo como “Embaixadores do Reino”.
Enquanto estivermos neste mundo já não vivemos mais com a mentalidade escrava deste mundo, no sentido de estarmos sujeitos aos seus rudimentos.
Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: Colossenses 2:20  
Mas confessamos através de nossa postura de fé que somos estrangeiros e peregrinos sobre a terra e que temos sido “reeducados pelo Senhor” numa cultura celestial para uma posição de dignidade, governo e liderança.
Se você vive na dimensão espiritual de sua cidadania celestial você não está limitado a situações de ignorância ou escravizado pelas circunstâncias. Talvez em seu país você esteja debaixo das condições inconstantes e vulneráveis do mesmo; Contudo, quando você apropria-te de tua verdadeira cidadania, você está seguindo a soberania das leis celestiais; e no reino celestial não há vulnerabilidade, doenças, problemas e inconstâncias econômicas; e sim, há vida, fé, educação e prosperidade. Logo ao exercer ações celestiais de fé, você exerce a autoridade do reino celestial sobre a terra por meio de seu posicionamento de embaixador.
20  De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. 2 Co.5.20.

DE ESCRAVOS A PASTORES

Moisés foi usado por Deus para tirar o jugo da escravatura egípcia da família de Israel. Deus manda Israel sair do Egito como uma nação, mas também como uma família.
Deus organiza a nação de Israel como família. O propósito de Deus é edificar uma igreja família, onde Ele possa manifestar Seu amor, no qual, nós somos reconhecidos como filhos. Deus não nos chama de servos, mas de filhos, Ele mesmo nos adotou:
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba Pai”. Rm 8.15
Voltar aos princípios antigos da Palavra de Deus é viver em família. Esta é à base dos relacionamentos que Deus nos ensina: igreja como família de Deus.
Jesus trata Deus como o Seu Pai, “ABBA”; ao passo que os judeus o chamavam de “ABHINU”. “E nós? Temos a Deus como Senhor ou como Pai? Se o temos mais como Senhor O cultuamos por obediência e obrigação e ainda somos ESCRAVOS.
“Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” Jo 15.15.
Se como Pai, a motivação é o amor. Se nossa comunhão é pelo senhorio, fazemos muitas coisas por obrigação. Mas, Deus quer que nosso relacionamento com Ele, seja de Pai para filho.
“O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Jo 8.35-36;
Servir a Deus não deve ser visto como fardo em nossa Igreja. Devemos fazer as coisas por amor, pois Jesus tira este fardo. Acima de sermos servos, nós somos filhos.
Educados pelo entendimento dessa revelação, mudamos nossa atitude em nossa comunhão com Ele e mudamos nosso relacionamento como líderes. Quando a Igreja também entende isso, muda o seu relacionamento como corpo.
Onde há muitos servos existe uma empresa! Onde há muitos filhos existe uma família! Se o vínculo de Deus conosco é de senhorio então nosso relacionamento com ele é de empresa, se é de amor, então somos uma família.
Como família, nós somos educados por nosso pai celestial.
“e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado.” Heb 12:5 —13.

CONCLUSÃO.

Portanto, amados irmãos, a suma é que tenhamos um coração disposto a rejeitar toda a atitude de indignidade de nossa vida, rejeitemos o pecado, o linguajar e as práticas vis; e assumamos uma posição de honra e glória, permitindo que o Senhor nos eduque e coloque esta coroa sobre nossa cabeça a ponto de tornarmos cabeça e não cauda sobre esta terra.
“O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.” Dt.28.13
A Igreja é, da parte de Deus, a instituição mais honrada sobre a face da terra, e nós como cristãos temos que nos esforçar para que ela permaneça assim.
Desta forma, nós somos orientadas e educados a assumir nossa real postura de cidadão celestial e assim andarmos em novidade de vida declarando-nos mortos para este mundo e vivos para Deus, bem como apropriando-nos de todas as promessas que vem como benefício deste posicionamento e aguardando o estabelecimento literal do Reino de Deus sobre esta terra.